Rose E Scorpius - Revenge escrita por Miss Potterhead


Capítulo 21
Safe and Sound


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Eu demorei muito a postar, eu sei, eu também estou chateada comigo por isso, mas a verdade é que tentei escrever este capitulo tantas vezes e nenhuma delas conseguia escrever nada de bom. Acho que estava com um bloqueio criativo ou algo assim, só sei que quando abria o word, tinha as ideias na minha cabeça mas não as conseguia escrever.
Eu sei que o capitulo não ficou bom, na verdade ficou uma porcaria e vocês mereciam melhor, mas foi a única coisa que consegui escrever. Eu me esforcei muito, escrevi, li, reli, apaguei, escrevi de novo e voltei a apagar e nada parecia bom o suficiente.
Mesmo assim, espero que gostem e espero que o próximo não seja tão difícil de escrever.
ps: eu tinha prometido a mim mesma que ia começar a postar mais capitulos e mais rapidamente para eu conseguir acabar esta fic perto do natal, mas como vocês já devem imaginar, isso vai ser quase impossível porque ainda falta muita coisa para acontecer.



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Na manhã seguinte, Scorpius acordou com um sorriso bobo nos lábios. Não conseguia parar de pensar no que acontecera entre ele e Rose e, apesar do que a garota dissera, agora sabia que ela sentia o mesmo que ele. Não ia desistir dela, não depois de tudo o que tinha acontecido.


Tomou um duche rápido, vestiu o seu uniforme e saiu do salão comunal da Slytherin, andando até ao salão principal enquanto assobiava animado. Ninguém podia acabar com o seu bom humor, pelo menos era o que ele pensava.


Quando chegou ao salão, começou a ouvir uns grifinórios a conversarem divertidos. Tentou ignorá-los, o que não foi muito fácil pois o salão estavam praticamente vazio e os idiotas conversavam bastante alto, como se não se importassem que os outros ouvissem.


Mas então o Malfoy ouviu o nome de Rose e ficou intrigado. Porque eles estavam a falar dela? Já ouvira alguns garotos falando sobre a Weasley, como ela era gostosa e outras coisas que o deixavam a morrer de ciumes. No entanto, decidiu ir até lá tentar descobrir o que estavam a dizer sobre a sua garota.


– Vocês não imaginam como aquela garota é gostosa - contava um grifinório do 7ºano aos seus amigos - Foi provavelmente uma das melhores transas da minha vida.


Scorpius respirou fundo e tentou-se acalmar. Não era a primeira vez que ouvia garotos conversarem sobre Rose e sabia que ela já tinha dormido com alguns deles. Mas era difícil esconder os seus ciúmes.


– Mas a garota simplesmente chegou junto de ti e beijou-te? - perguntou um grifinório curioso.


– Sim, eu ontem estava a ir para o salão comunal e via-a. Então ela piscou-me o olho e simplesmente beijou-me. Aquela ruiva é fogo, sério. - afirmou com um sorriso malicioso enquanto se lembrava do que acontecera no dia anterior - Depois fomos para a sala precisa e o resto já vos contei - disse rindo um pouco no final.


Ontem? Como aquele mentiroso podia afirmar que transara com Rose no dia anterior? Scorpius é que estivera com ela! A sua vontade era de matar aquele mentiroso!


– Tu és um mentiroso! - afirmou o Malfoy um pouco alto e agarrou o grifinório pela camisa - A Rose Weasley não esteve contigo ontem, isso é mentira!


– Não, não, é verdade! - o garoto disse um pouco assustado. - Nós transamos ontem.


– É melhor você contar a verdade, eu não vou conseguir me controlar por muito tempo - ameaçou o loiro. Estava totalmente fora de si, aquele mentiroso tinha de pagar pelo que andara a inventar.


– Scorpius, solta-o! - ouviu uma voz e mesmo sem olhar, sabia a quem percebia. Afinal, reconheceria aquela voz até no fim do mundo.


Rose chegara ao salão e logo percebera o motivo da confusão. Sabia que tinha cometido um erro e agora tinha de consertá-lo, por mais que quisesse se esquecer, a verdade é que tinha dormido com dois garotos diferentes no mesmo dia.


– Ele anda a inventar mentiras sobre ti! - contou-lhe o sonserino, como se quisesse justificar as suas ações.


A ruiva suspirou e baixou o rosto. Tinha de dizer a verdade, realmente não devia ter transado com aquele garoto, mas só queria esquecer Scorpius porque aqueles sentimentos todos estavam a confundi-la. No entanto, acabara por criar mais confusão e problemas.


– É verdade! - ela anunciou um pouco baixo e depois levantou o rosto encarando os olhos cinzas do garoto.


– É claro que não é verdade - o loiro aumentou um pouco o tom de voz. O que ela estava a dizer? Não era verdade, ela não podia ter transado com dois garotos no mesmo dia. Que tipo de pessoa fazia isso?


– É verdade - voltou a repetir - Eu dormi com ele - lançou um olhar rápido ao grifinório e depois voltou a olhar para o loiro.


Scorpius não conseguia acreditar no que ouvira. Por causa do choque, acabou soltando o grifinório que logo saiu do salão.


Ela não podia ter feito aquilo! O sonserino realmente achara que tinha sido especial para os dois, que ambos sentiam o mesmo. Mas agora percebia que tinha sido tudo uma ilusão, para ela fora simplesmente sexo e isso ela podia ter com qualquer outro garoto.


– Vadia! - disse a palavra com desprezo e raiva no olhar. Sentia-se muito magoado e traido, sabia que eles não eram namorados, mas pensava que o que ela sentia por ele era verdadeiro. - Tu és uma vadia! - voltou a repetir.


– Olha lá como falas de mim! - disse chateada e um pouco chocada pelas palavras dele. Tinha cometido um erro, ela sabia, mas não gostava do que via nos olhos do garoto. Ele parecia realmente desiludido com ela. - Eu transo com quem eu quiser! - acrescentou.


– E eu que pensava que a Evanna não prestava - começou a falar se lembrando de como ela o traíra com o melhor amigo - Tu és 100 vezes pior que ela - dizia as palavras com nojo e desprezo por Rose. Como ele havia se apaixonado por uma pessoa assim?


– NÃO ME COMPARES A ELA! - gritou as palavras completamente furiosa. Como ele ousava compará-la a Evanna? Evanna era a maior vadia e a pessoa mais desprezível que Rose alguma vez tinha conhecido e a grifinória só tinha mudado para se vingar do que lhe tinham feito.


– O que se passa aqui, senhorita Weasley e senhor Malfoy? - perguntou a Diretora McGonagall que tal como muitos outros, chegara ao salão principal e apercebera-se da discussão que ali acontecia.


– Nada, Diretora McGonagall - respondeu Rose rapidamente fazendo o seu ar de garota inocente e santa.


Scorpius reparou na mudança de atitude dela e soltou uma risada com desprezo.


– És mesmo uma falsa - declarou e revirou os olhos em seguida.


– Que engraçado, ontem não parecias achar isso - a ruiva esboçou um sorriso falso.


O loiro ia responder quando a Diretora, ao perceber que os dois iam recomeçar a briga, decidiu intervir.


– Os dois para a minha sala, agora! - ordenou Minerva no seu tom autoritário e os dois obedeceram.


(...)


John andava preocupado pelos corredores de Hogwarts. Alguns alunos da Hufflepuff tinham vindo falar com ele e contado que Louis estava desaparecido, o que deixou o moreno muito preocupado. Podia até não ser nada de especial, mas John sentia um aperto no peito que lhe dizia que o loiro precisava de ajuda.


Encontrou duas garotas da Hufflepuff e perguntou-lhes se tinham visto Louis, elas negaram e John sentiu o aperto no peito aumentar.


Será que algo tinha acontecido a Louis? Se sim, John nunca iria se perdoar porque sabia que a culpa era sua.


Mas a culpa não era o único sentimento que se estava a apoderar dele, havia um outro sentimento que o moreno à muito que tentava esconder.


Depois de perguntar a mais algumas pessoas sobre o lufano, acabou por decidir ir falar com a Diretora Mcgonagall e informá-la do desaparecimento do loiro.


(...)


Rose e Scorpius entraram no gabinete da Diretora Mcgonagall e cada um se sentou numa cadeira. Scorpius olhava para a ruiva de vez em quando com um olhar de mágoa e decepção enquanto a ruiva fingia não ver e mantinha o seu ar de garota inocente.


– Diretora Mcgonagall, eu peço muita desculpa pelo que aconteceu - disse Rose fingindo estar arrependida.


– Fico feliz que saiba que cometeu um erro - começou Minerva a falar - Mas mais importante que pedir desculpa é não voltar a cometer o mesmo erro. - disse no seu tom sério - Não concorda, senhor Malfoy?


– Foi só uma discussão - explicou Scorpius desvalorizando o assunto. Mantinha um ar sério e também um tom entediado para esconder o que verdadeiramente estava a sentir.


– Tu chamaste-me nomes muito feios - afirmou a grifinória num tom de voz infantil e fingindo-se de vitima. Realmente não gostara dele a ter chamado de vadia, mas só estava a exagerar para a diretora ficar do seu lado.


– Eu disse alguma mentira? Não disse, pois não? - o garoto arqueou as sobrancelhas e falou num tom de voz irónico - Tudo o que eu disse é verdade e eu não vou pedir desculpa. - acrescentou convicto.


– Tu chamaste-me vadia - o seu tom de voz mudou um pouco. Havia um pouco de tristeza na voz dela, uma pequena réstia de sinceridade em toda aquela encenação.


– Senhor Malfoy! - Minerva chamou-o num tom severo - Isso não são maneiras de falar com uma garota.


Mas a Diretora Minerva Mcgonagall não conseguiu continuar o seu discurso sobre: "Como tratar bem uma garota" porque nesse momento John Zabini bateu à porta.


– O que se passa, senhor Zabini? - perguntou ela, mudando a sua atenção agora para o garoto da Slytherin.


– É muito importante, Diretora, podemos falar em privado? - perguntou olhando por um segundo para Rose. Não queria falar à frente dela, ainda estava com raiva dela por o ter deixado preso a uma cadeira a noite inteira a congelar de frio.


– Claro - concordou e caminhou até à porta - Eu já volto - disse para Rose e Scorpius e saiu da sala deixando a porta entreaberta.


Rose colocou as pernas em cima da mesa e cruzou os braços sobre o peito entediada. Realmente achava que a diretora estava a exagerar, ela e Scorpius tinham apenas discutido, é verdade que tinha sido uma discussão que atraíra a atenção de muita gente, mas ainda assim achava aquilo tudo um exagero.


Olhou para o loiro e instantaneamente teve uma ideia. Estava zangada com ele por a ter chamado de vadia, afinal, ela só tinha dormido com o outro garoto para tentar esquecê-lo. Mas isso Scorpius não sabia...


A ruiva esboçou um sorriso cheio de segundas intenções e levantou-se, sentando em seguida em cima da mesa da diretora, bem à frente do garoto. Cruzou as pernas e passou as mãos pela camisa dele.


Scorpius estava um pouco distraído mas logo que a viu se sentar à sua frente, ficou parado, olhando-a sem reagir ou dizer nada. O que ela queria agora? Seja o que fosse, Scorpius estava disposto a resistir o máximo que pudesse.


– Estás chateado comigo? - perguntou num tom de voz sedutora enquanto passava a mão sobre a camisa dele, abrindo o primeiro botão.


– O que achas? - questionou Scorpius ironicamente - O que te interessa que eu esteja zangado? Tu odeias-me, lembras-te?


– Eu não te odeio - admitiu a ruiva mordendo o lábio inferior em seguida. - Eu só transei com outro porque... - parou de falar arrependendo-se do que estava a dizer. Não queria admitir a razão porque fizera aquilo, seria o mesmo que admitir que ela o amava e que por mais que tentasse, não conseguia esquecê-lo.


– Porque? - perguntou o loiro curioso, arqueando uma sobrancelha.


Rose não respondeu, abriu mais alguns botões da camisa dele e aproximou a sua boca do ouvido do garoto, sussurrando em seguida.


– Tu sabes porquê. - afirmou. A grifinória realmente não sabia se ele sabia qual era a razão, mas não queria admiti-la em voz alta.


Como se tivesse levado um choque que o tivesse feito acordar para a realidade, Scorpius percebeu o que ela queria dizer, ou talvez fosse o que ele queria ouvir. Tudo à sua volta parecia se desvanecer e naquele momento só haviam ele e Rose. O loiro deitou-a em cima da mesa com uma certa brusquidão, mas Rose não se importou. A ruiva agarrou os cabelos dele e puxou-o para si, chocando os seus lábios contra os dele num beijo cheio de paixão, luxúria e ódio.


As mãos do sonserino, quase como automaticamente, foram até aos botões da camisa dela, começando a abri-los um a um, enquanto a garota beijava o pescoço dele. Depois a mão dele passou pelas pernas dela e logo a ruiva se lembrou de tudo o que tinha acontecido no dia anterior e em como ela queria que voltasse a acontecer.


Rose estava tão deleitada com todas aquelas sensações que teve de fazer um esforço enorme para voltar à realidade, por mais que gostasse da forma como Scorpius a beijava e tocava, não podia se esquecer do que realmente importava: o seu plano de vingança. Fechou os olhos com força e com algum esforço conseguiu que algumas lágrimas surgissem nos seus olhos e então começou a tentar se soltar dele.


– Me solta, por favor! - gritou num falso desespero enquanto lágrimas caiam pelo seu rosto.


Como Rose esperava, a Diretora Mcgonagall ouviu o seu grito e entrou na sala apressada deparando-se com Scorpius "tentando agarrar Rose à força" enquanto a garota "chorava e tentava se soltar".


– O que se passa aqui? - perguntou num tom de voz alto e surpreso - SENHOR MALFOY, SOLTE A SENHORITA IMEDIATAMENTE! - ordenou quase num grito. Estava em choque, indignada e muito irritada.


O sonserino pareceu congelar de surpresa e confusão, não entendia porque Rose começara a gritar e a chorar, mas quando viu o pequeno sorriso de satisfação da ruiva, soube a razão. Ela só fizera e dissera aquilo tudo para acabar com o autocontrole dele e depois acusá-lo de a tentar agarrar à força.


Scorpius afastou-se de Rose e olhou para a Diretora que parecia capaz de o matar só com o olhar. Ele estava ferrado, muito ferrado.


Rose ficou sentada em cima da mesa a chorar sem parar, como se estivesse em estado de choque, era tão boa mentirosa que ninguém seria capaz de acreditar que era tudo mentira.


– Senhorita Weasley, está tudo bem? - perguntou Minerva preocupada com o estado físico e emocional da garota - É melhor ir à ala hospitalar, eu vou mandar chamar a Madame Pomfrey.


– Não, eu estou bem - disse a ruiva limpando as lágrimas e olhando para Scorpius e depois para a diretora - Ele tentou me agarrar - contou fazendo-se de vítima - Ele queria... - fez uma pausa tentando mostrar que não conseguia continuar a falar porque estava demasiado assustada e enojada.


– Eu não fiz nada! - afirmou Scorpius num tom de voz alto. - Ela está a mentir - apontou para Rose que estava de cabeça baixa.


– Cale-se, senhor Malfoy! - ordenou a diretora olhando para a ruiva e depois para o Malfoy - Você vai ser expulso de Hogwarts! - anunciou. Mcgonagall não podia permitir que aquele aluno continuasse a estudar na escola, não depois de ter cometido algo tão grave.


(...)


John andava de um lado para o outro, começando a ficar cansado de esperar. Tinha falado com a Diretora que afirmara que iam fazer de tudo para encontrar Louis, mas ela depois saíra apressada, deixando John sem resposta sobre quando iriam começar a procurar Louis.


A verdade é que estava muito preocupado e com medo. Podia ter acontecido algo grave, Louis podia ter entrado na floresta e ter sido morto por alguma criatura que vivia lá. John sabia que haviam muitos seres perigosos que viviam na floresta negra.


Passou as mãos pelos cabelos, tentando-se acalmar. Estava a ser muito pessimista, talvez o loiro só tivesse fugido da escola por todos terem descoberto que ele era gay.


O moreno encostou-se à parede e soltou um suspiro. Precisava de saber onde estava Louis, porque aquela preocupação estava a matá-lo.


(...)


– Expulso? - Rose foi a primeira a reagir, olhou para Scorpius que estava parado sem reação. Não podia deixar que ele fosse expulso, afinal, precisava que ele estivesse em Hogwarts para conseguir vingar-se dele. - Acho que ele não precisa ser expulso, Diretora Mcgonagall.


– É claro que é preciso, o senhor Malfoy cometeu um ato muito grave! - afirmou a Diretora.


Rose baixou o rosto olhando para as mãos enquanto estava num conflito interior sobre o fazer. Podia deixar Scorpius ser expulso, mas assim só restariam duas pessoas para se vingar e sinceramente, a pessoa de quem ela mais queria se vingar era Scorpius. Ou então podia contar a verdade, que ele não tentara abusar dela e a Diretora iria perceber que ela não era vítima nenhuma.


A Weasley olhou para o sonserino que parecia capaz de a matar só com o olhar. Estava prestes a ser expulso porque Rose o acusara de estupro. Aquela não era a Rose por quem se tinha apaixonado, mas talvez essa Rose nunca existira, apenas uma garota que estava disposta a tudo para obter a sua vingança.


A ruiva respirou fundo e tomou uma decisão. Tinha de fazer o que era certo.


– Eu menti. - levantou a cabeça - O Scorpius não me obrigou a nada - disse Rose olhando para Mcgonagall que parecia perplexa.


– Senhorita Weasley! - reprendeu-a - O que está a dizer é mesmo verdade? - perguntou Mcgonagall sem conseguir acreditar que Rose, uma das alunas mais exemplares que Hogwarts alguma vez tinha tido, havia inventado aquilo tudo para prejudicar Scorpius.


Mas Scorpius era quem estava mais perplexo, olhava para a ruiva de boca aberta, confuso e chocado por ela ter admitido a verdade. Talvez estivesse errado e ainda houvesse uma pequena esperança da Rose que ele amava, voltar.


(...)


John não sabia à quanto tempo estava à espera, mas para ele, pareciam ter-se passado horas. Precisava saber se Louis estava bem, mas sentia-se impotente.


Estava quase a desistir e ele próprio ir procurar o loiro, mas acabou por achar melhor interromper a conversa que a diretora Mcgonagall estava a ter com Rose e Scorpius.


Bateu à porta e entrou na sala em seguida.


– Desculpem interromper, diretora Mcgonagall, eu estou preocupado e acho que devia fazer alguma coisa sobre o desaparecimento do Louis. - disse o moreno sem conseguir esconder a sua preocupação.


– O Louis desapareceu? - Rose levantou-se e andou até John - O que aconteceu? Conta-me! - pediu também ela preocupada. Mais que isso, sentia-se culpada. Queria-se vingar de John e acabou também por fazer mal ao primo.


– Eu não sei, ninguém o vê desde ontem e eu acho que ele desapareceu - "ou fugiu" acrescentou John mentalmente. Mas não acreditava muito nessa hipótese.


– Temos de encontra-lo! - afirmou a ruiva começando a pensar - Vamos procurá-lo pela escola toda. - estava determinada em encontrar o primo e desculpar-se por ter contado o seu segredo, talvez assim Lily a perdoasse também.


– Eu vou falar com o Hagrid e com alguns professores - disse Minerva esquecendo o assunto anterior. - E vocês - apontou para os dois sonserinos e a grifinória - voltem para os salões comunais das vossas casas, os professores vão tratar de tudo.


Scorpius afirmou com a cabeça e foi o primeiro a sair da sala, Rose e John foram atrás dele e depois de saírem do gabinete da diretora, olharam um para o outro e ambos pensaram o mesmo. Não iriam obedecer à ordem da diretora, porque embora tivessem razões diferentes, ambos queriam o mesmo: encontrar Louis são e salvo.


Percorreram todos os corredores de Hogwarts, todos os andares e até foram ao lago negro, mas Louis parecia ter-se evaporado.


Estava quase a anoitecer e John e Rose estavam cansados, sentaram-se numas rochas e ficaram em silêncio durante algum tempo, até que a grifinória decidiu falar.


– Porque queres tanto encontrar o meu primo? - perguntou com curiosidade olhando para o horizonte - Ele gosta de ti mas eu sei que tu o tratavas mal. - disse desviando o olhar para o moreno.


– Eu fui injusto com ele, disse-lhe muitas coisas que não devia ter dito - explicou John. Não sabia porque estava a dizer aquilo a Rose, ele nem gostava muito da garota e estavam muito longe de serem amigos, mas talvez fosse por isso, porque apesar de tudo, estavam ali juntos com o objetivo de encontrar Louis.


– É só por causa disso? Porque te sentes culpado? - questionou a garota. Também ela sentia remorsos.


– Não é só isso... - foi a única coisa que o sonserino disse. Não lhe apetecia estar a falar sobre sentimentos com a Weasley, na verdade, não gostava de falar sobre isso com ninguém. Sempre os guardara só para si, menos quando era amigo de Louis, nessa altura sentia que podia contar-lhe qualquer coisa, porque confiava no loiro.


Rose ia perguntar o que ele queria dizer com aquilo, mas foi só preciso avaliar a expressão de John por alguns segundos e soube a resposta.


– Acho que devíamos procurar na floresta proibida - afirmou a ruiva. Levantou-se e começou a andar para lá e John foi atrás dela.


(...)


Scorpius voltou para o salão comunal da Slytherin e sentou-se numa poltrona pensando em tudo o que tinha acontecido naquele dia. Acordara tão feliz por finalmente saber que Rose sentia o mesmo que ele e agora sentia-se tão desanimado.


Rose quase o fizera ser expulso de Hogwarts mas acabara por ser ela a salvá-lo. O loiro só não sabia se isso era bom ou mau. O que sabia é que não fazia ideia se devia ou não continuar a lutar por ela, parecia-lhe uma batalha perdida mas Scorpius Malfoy não era pessoa de desistir.


(...)


John e Rose caminhavam com cuidado pela floresta proibida, ambos não gostavam da ideia do que pudessem encontrar ali, mas nenhum deles ia desistir de procurar Louis.


A garota caminhava à frente, uma pequena luz provinha da sua varinha que iluminava o caminho por onde passavam, o suficiente para nenhum deles cair em algum buraco ou se machucar com algum galho partido.


Então, a ruiva viu um buraco grande e fundo, afastou-se, continuando a andar em frente, até que ouviu a voz de John.


– Louis!! - chamou John que olhava para o fundo do buraco onde Louis se encontrava caído e inconsciente.


Rose correu até John também ela vendo o primo lá dentro. Queria saltar e trazê-lo de volta, mas era nunca iria conseguir subir porque era demasiado fundo. Então teve uma ideia e disse um feitiço e logo apareceu uma corda, a qual John agarrou.


– Eu vou descer! - afirmou amarrando a corda à sua cintura e depois foi amarrar a outra ponta da corda ao tronco de uma árvore.


– Ok - concordou com a cabeça - Tem cuidado! - disse ela. Apesar de nunca se ter dado bem com John, queria que ele salvasse o seu primo.


O garoto concordou com a cabeça e começou a descer, era muito escuro lá em baixo, mas ele tinha a sua varinha que era a única iluminação que havia ali.


Viu Louis caído e sentiu uma dor no peito que não sabia explicar. Quando chegou ao fundo, logo andou até ao garoto e agarrou-o com cuidado e começou a dar leves tapas na cara dele para o acordar. Mas Louis não reagiu e John ficou ainda mais preocupado.


– Ele não acorda! - disse John a Rose quase a entrar em pânico. - Mas ele está a respirar - acrescentou um pouco aliviado.


– Temos de levá-lo até à escola, a Madame Pomfrey saberá o que fazer. - respondeu a ruiva começando a puxar a corda para cima.


Com cuidado, John conseguiu pegar Louis ao colo, vendo que ele tinha algum sangue na cabeça o que o deixou muito assustado.


Rose começou a puxá-los para cima mas foi preciso muito esforço para o conseguir. Quando os dois garotos conseguiram sair do buraco, John deitou o loiro no chão com cuidado.


– Louis, Louis, acorda! - pediu Rose dando leves tapas no rosto do primo.


– Ele não acorda... - falou o moreno engolindo em seco, temendo o pior. Não podia perder Louis, precisava muito dele. – Louis, por favor - debruçou-se sobre o garoto, passando a mão pelo rosto dele - Acorda, por favor, eu preciso de ti - admitiu com a voz a falhar. Precisava dele porque a verdade é que gostava dele e não era só como amigo. Estava apaixonado pelo loiro mas tinha medo de admitir porque nunca tinha gostado de um garoto antes, porque tinha medo do que as pessoas iam dizer e também porque era difícil admitir que era diferente, que gostava de homens e não de mulheres.


E então, como se ouvisse as palavras do moreno, Louis começou a abrir os olhos lentamente, sentia uma dor forte na cabeça por causa da pancada, mas quando viu John à sua frente, a olha-lo cheio de preocupação e medo, era como se todas as suas dores desaparecerem.


John abriu um pequeno sorriso de alívio ao ver que o lufano tinha acordado e que estava bem. Não voltaria a tentar afastá-lo, agora sabia o que queria, ia lutar por aquele amor e não voltaria a negá-lo.


Rose também abriu um pequeno sorriso de alívio e satisfação por ver os olhares que os dois garotos trocavam. Qualquer um podia ver o que ela via, ambos gostavam um do outro e embora fossem um casal diferente, não deixava de ser amor verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

John e Louis *-* são tão cutes *-* eu gosto de casais gays, acho-os fofos.
Rose e Scorpius, será que finalmente se vao resolver ou ainda vao ficar mais chateados?
Espero que gostem, comentem, deixem recomendação (obrigada à leitora ladra de raios que deixou uma recomendação, acho que se não fosse ela não teria conseguido escrever este capitulo hoje).



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