O Amor Acontece escrita por Isa


Capítulo 9
Like in the movies


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem (:



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O primeiro trimestre da gestação chegou ao fim. Os enjoos diminuíram a frequência, permanecendo apenas pela manhã, as tonturas também diminuíram, só sentia quando levantava muito rápido ou ficava muito tempo no metrô ou carro. Os hormônios de Ginny trabalhavam a todo vapor, deixando o seu humor totalmente instável, o que era motivo de muitas brigas entre ela e Harry.

As visitas a Doutora Anne eram feitas a cada quinze dias, por ser gêmeos requeria um acompanhamento mais detalhado. A consulta de hoje era especial, seria o primeiro ultrassom do segundo trimestre, e Ginny esperava ver o quanto seus bebês haviam crescido.

–A Doutora Anne está um pouco atrasada, foi chamada para um parto as pressas, a senhorita poderia aguardar? A recepcionista informou quando Ginny chegou ao consultório.

Por mais ansiosa que Ginny estava ficou feliz com o atraso, assim Harry, que estava preso em uma reunião, poderia chegar a tempo. A sala de espera não estava tão cheia como das outras vezes, apenas uma mulher loira que Ginny reconheceu ser a mesma com quem conversou quando esteve ali pela primeira vez, aguardava. Luna também a reconheceu e a chamou para sentar ao seu lado.

–Estava pensando em você esses dias! Luna muito animada, deixou a revista que lia de lado, e começou a conversar. –Como vai, Ginny? E o bebê?

–Vou bem, obrigada. Ginny se sentiu envergonhada por não lembrar o nome dela. –Na verdade, naquele dia descobri que são gêmeos, eles estão bem também.

–Isso é ótimo! Luna a abraçou como pode com sua barriga no caminho atrapalhando. –A proposito, meu nome é Luna!

–Certo, desculpe, eu não lembrava. E o seu bebê?

–Se tudo der certo, em menos de dois meses estarei com meu Louis nos braços.

–Pelo que lembro não é o seu primeiro filho, certo? Ginny estava gostando de conversar e conhecer melhor Luna.

–Não, mas espero que seja o último! Luna riu, alisando sua barriga. –Tem o Thomas que é filho do primeiro casamento do meu marido, mas o considero meu filho também. E juntos temos, Archie e Ethan. Tentamos uma menina, mas definitivamente, só sabemos fazer meninos.

–Nossa, é realmente uma família grande!

–Eu fui filha única e nunca quis isso para meus filhos. Você vai ver o quanto seus filhos serão unidos, principalmente na hora de fazer bagunça.

As duas ficaram conversando e não viram o tempo passar, Luna a convidou, mais uma vez, para participar do grupo de mães e grávidas que participava e também convidou para o aniversário do pequeno Ethan no domingo. A médica logo chegou e Luna foi para a consulta, apenas nesse momento, Ginny percebeu que Harry ainda não tinha chego ou ligado avisando se viria ou não.

–Desculpa o atraso! Harry entrou apressado pela sala de espera. –Cheguei a tempo?

–A médica também está atrasada. Ela o cumprimentou com um beijo, aliviada por ele não ter perdido a consulta. –Acho que vocês combinaram.

–Talvez. Ele sorriu, feliz por não ter perdido a consulta. –Muito tempo esperando?

–Não faço ideia! Encontrei Luna novamente e ficamos conversando. Harry não lembrava quem era e ela o lembrou. –Aquela mulher, muito simpática que encontramos na nossa primeira consulta... Ele ainda não lembrava. –Aquela que estava grávida do terceiro filho! Que descobrir ser, na verdade, seu quarto filho.

–Quarto? Essa mulher tem quatro filhos? Harry não acreditou. –Ela também terá gêmeos?

–Não, é uma longa história. Ginny riu do espanto dele.

Logo Ginny foi chamada para a sala, onde seria o ultrassom. Harry já estava familiarizado com os procedimentos e a acompanhou tranquilamente. A Doutora Anne fez o ultrassom, mostrando detalhadamente os bebês e como haviam crescido e estavam bem. Ao fim, ela explicou algumas duvidas e questionamentos de Ginny sobre a nova etapa da gravidez e entregou a eles, duas fotos dos bebês tiradas durante o ultrassom.

Como toda sexta-feira, Harry e Ginny passaram na pizzaria e compraram a pizza favorita deles, metade de queijo e tomate para Ginny e pepperoni para Harry.

–Você não deveria estar bebendo na minha frente! Ginny reclamou enquanto eles estavam sentados em sua cama, com a caixa de pizza aberta, assistindo a qualquer filme que ela escolhera. –Não é certo!

–Por quê? Harry tomou um longo gole da cerveja. –Você está grávida, eu não!

Ginny ficou muito brava com o que ele disse, ela poderia estar grávida, mas ele também fazia parte e seu papel era apoia-la. E o apoio nesse momento era não beber. Ginny tirou a cerveja da mão dele e despejou todo o conteúdo na pia, foi até a geladeira pegou o restante das cervejas e fez o mesmo.

–O que você está fazendo? Harry olhava a cena espantado.

–Não entra mais nenhum tipo de bebida alcoólica aqui dentro. Se quiser beber, vá para outro lugar! Ginny voltou para a sua cama, pegou mais uma fatia de pizza e continuou a assistir seu filme como se nada tivesse acontecido.

–É mais uma das suas crises de humor sem sentido! Ele disse mal humorado. –Você ficou três dias sem falar comigo, porque eu fui ao cinema ver um filme chato que você queria e dormi durante o filme. Chorou loucamente no final de semana, porque viu um cachorro e queria leva-lo para casa. E agora, sem motivo algum, simplesmente jogou fora todas as minhas cervejas!

–Vai embora! Ela gritou chorosa.

Harry pegou seu paletó e saiu. As crises de humor aumentavam a cada semana e ele não sabia o que fazer, qualquer coisa era motivo de briga. A melhor saída era deixa-la se acalmar e depois voltar pedindo desculpa, mesmo na maioria das vezes quando não sabia o que tinha feito de errado. Saiu andando pela rua, já anoitecera e o vento gelado do outono, fazia com que as pessoas ficassem em casa. Encontrou um pub, não muito longe da floricultura de Ginny, entrou e pediu por uma cerveja.

O pub estava cheio, as pessoas acompanhavam a uma partida de rúgbi e era sexta-feira, o que explicava a lotação do lugar. Harry terminou rapidamente sua cerveja e, logo em seguida, o sentimento de culpa bateu sobre ele, não deveria ter falado daquele jeito com ela. Para aumentar o seu sentimento de culpa, Hermione ligou muito brava.

–O que foi que você fez, Harry? Ela falou, assim que ele atendeu.

–Boa noite para você também, Hermione.

–Eu liguei para Ginny para saber da consulta e ela não conseguiu responder, porque estava chorando descontroladamente. Fiquei vinte minutos tentando acalma-la, pensando que tinha acontecido alguma coisa com os bebês! Hermione começou a falar sem parar. –Quando ela ficou mais calma, disse que estava tudo bem com os bebês e que vocês tinham brigado, por isso o choro...

–Eu...

–Não me interrompa, Harry James Potter! Ginny já está passando por muita coisa, o susto da gravidez, depois saber que seriam gêmeos, as mudanças que a gravidez trazem e tudo que ela não precisa é de você sendo um idiota!

–Eu não estou sendo um idiota! Harry se defendeu. ­–Qualquer coisa que eu faço a deixa brava, chateada... Eu não sei mais o que fazer!

–Você pode começar voltando imediatamente e pedir desculpas! Depois trate de ser um melhor namorado, companheiro para Ginny!

Harry ficou pensando em tudo que Hermione lhe falou e se sentiu ainda mais culpado, não tinha ideia do quanto estava sendo difícil para Ginny. Era melhor voltar e pedir desculpas. Em uma das crises que Ginny tivera recentemente, ela deu a Harry uma chave da floricultura e de sua casa, para que se acontecesse alguma coisa com ela, ele teria como entrar. Usando essa chave, Harry entrou e antes de subir para a casa dela, pegou um buque de flores.

–Se me lembro bem, mandei você ir embora! Ginny falou firme quando o viu entrando em sua casa, agradeceu por ter parado de chorar a algum tempo, não queria que ele a visse chorando.

–Eu sei, mas eu precisava voltar e pedir desculpa. Ele mostrou o buque. –Aceita?

–Quanta originalidade! Ela riu, recusando o buque. –Me dar flores da minha própria floricultura!

–São as melhores flores da cidade, o que posso fazer? Harry não iria desistir, se ela iria adotar o lado difícil, poderia aguentar. –Um pouco caras, devo admitir, mas vale a pena. Deixei uma pequena gorjeta para a dona.

–Você pagou pelas flores?

–Claro. Ele mais uma vez entregou o buque e ela aceitou. –Ginny, acho que este é o nome dela, é uma mulher muito bonita, quem sabe tenho uma chance.

–Não tenho tanta certeza, ela é uma pessoa muito difícil. Ginny ainda estava muito chateada. –Principalmente com idiotas como você!

–Essa doeu, mas eu mereço. Ele jogaria a sua última carta para tentar, pelo menos melhorar sua situação. –Eu sou um idiota, mas um idiota que sabe o quanto magoou uma mulher incrível e que volta com flores para pedir desculpa.

–Vejo todos os dias idiotas como esse na floricultura. Eles pensam que flores e uma boa desculpa resolvem qualquer burrada que tenham feito.

–Pelo menos nos filmes românticos que me faz assistir, essa combinação dá certo. Harry argumentou a fazendo soltar uma leve risada. –Naquele filme que fomos assistir, a mulher perdoa o homem quando ele volta com flores.

–Você dormiu o filme todo. Ela o lembrou, brava, mais uma vez.

–Sim, e nos três dias seguintes que você não falou comigo, eu fui ao cinema assistir o filme e tentava descobrir o que tinha de tão bom para você ficar brava por eu ter dormido e perdido o filme.

–E que conclusão chegou? Ela perguntou imaginando Harry sozinho no cinema, assistindo aquele filme romântico, cercado por mulheres de meia idade solitárias.

–De que o filme é horrível e as mulheres só foram assistir pelo protagonista bonito.

–Tenho que concordar. Ginny riu, não conseguia ficar muito tempo perto dele sem rir.

–Desculpa por ter sido um idiota e ter falado aquilo, você está grávida, mas eu sou o pai e seu namorado e o mínimo que posso fazer é cuidar de você. Prometo que até os bebês nascerem, não irei mais beber cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica.

–Não há necessidade disso. Eu deixei os hormônios falarem mais alto e fiquei histérica, você gosta de beber sua cerveja, não...

–Mas eu gosto mais de você. Ele a beijou, essa briga boba já tinha ido longe demais e era hora de termina-la.

Ainda tentando se redimir pela briga de sexta-feira, Harry a acompanhou ao aniversário do filho de Luna. Ginny não tinha certeza se deveria ir, mas Luna a chamou e ficou curiosa para conhecer a família dela.

–Ginny! Que bom que veio! Luna a recebeu, animada como sempre. –E que bom que trouxe Harry!

–Obrigado pelo convite. Harry a cumprimentou um pouco desconfortável.

Luna os convidou para entrar, as crianças brincavam e corriam de um lado para o outro e os adultos tentavam conversar no meio de tudo isso. Neville, marido de Luna, era simpático como a esposa, apenas mais tranquilo que ela. Ele começou a conversar com Ginny e Harry, Luna já havia falado bastante sobre eles para o marido que perguntava sobre os bebês.

–Pai, posso abrir meus presentes? Ethan interrompeu a conversa. –Por favor!

–Nós já conversamos sobre isso, agora não é a hora para abrir presentes. Neville explicou pacientemente. –Vá brincar com seus amigos.

–Nós trouxemos um presente para você, Ethan. Ginny olhou para o menino, era muito parecido com o pai, tinha apenas o cabelo loiro da mãe. –Sua mãe não me disse quantos anos iria fazer...

–Tenho quatro anos. Orgulhoso, ele mostrou quatro dedos da mão.

–Então acho que irá gostar do presente. Ela riu com o menino, imaginando se seus filhos seriam tão espertos como Ethan.

–O que é? Ethan ficou curioso e sentou ao lado de Ginny.

–É um livro. Contou Ginny. –Foi o primeiro livro que ganhei, eu tinha a sua idade quando meu pai me deu de aniversário.

–Obrigado! O menino a abraçou carinhosamente. –Pai, você lê antes da hora de dormir?

–Claro. Neville sorriu, seu filho dificilmente se aproximava e conversava com pessoas que não conhecia.

Luna apresentou orgulhosamente os filhos. Thomas como todo adolescente não largava o celular, mas parecia um bom garoto, tranquilo, assim como o pai. Archie aos seis anos, era agitado como a mãe, queria mostrar a todos o primeiro dente que caíra.

Harry ficou encantado com o modo como Ginny interagia com as crianças, principalmente com Ethan que passou o restante da festa na companhia dela. As crianças a queriam por perto e ela adorava ficar com elas, tudo naturalmente. Harry não era tão ruim, os meninos gostaram dele, talvez porque Harry conhecia todos os jogos de vídeo game que eles jogavam. Neville e Luna contaram suas experiências paternais, deram alguns conselhos e ofereceram ajuda para o que eles precisassem, Ginny e Harry aceitaram de bom grado, pois Neville e Luna mostraram ser ótimos pais para os meninos e com a completa inexperiência que Harry e Ginny tinham, quanto mais ajuda melhor.


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Notas finais do capítulo

Primeiro, feliz natal atrasado e feliz ano novo adiantado! Desculpe a demora, mas essa correria de fim de ano me deixou sem tempo e inspiração para escrever. Como sempre, obrigada pelos comentários e que bom que estão gostando!

"Lais Weasley também quero um Harry assim hahahaha"
Edwiges Potter, Gabi, Mary B e Lais Weasley os comentários de vocês são demais, serio, sempre me divirto lendo! Muito obrigada!



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