O Amor Acontece escrita por Isa


Capítulo 10
Story of my life


Notas iniciais do capítulo

Maaais um capítulo (:



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No intuído de conhecer melhor o pai dos seus netos, Molly e, principalmente, Arthur, convidaram Ginny e Harry para passar o final de semana no sítio, onde moravam. Ginny ficou feliz ao voltar para o lugar onde cresceu e convenceu Harry a irei sexta-feira após o trabalho.

–Vai ser bom para você, Harry. Ginny comentou enquanto dirigiam pela estrada a caminho de Newham. –Ficar uns dias longe da cidade, das preocupações com o trabalho! Apenas respirando o ar puro do campo!

–É, acho que tem razão. Harry também tinha a esperança de que pudesse relaxar um pouco. –Isso se seu pai não quiser me matar, por ter te engravidado.

–Papai já aceitou minha gravidez, está animado com a chegada dos bebês. Ela sorriu o tranquilizando.

–Ele pode ter dito isso a você, afinal é filha dele, mas para Arthur eu não passo do homem que engravidou a sua preciosa filha! Harry estava realmente receoso sobre esse final de semana.

Durante boa parte da viagem, Ginny cochilou. A gravidez a deixava com sono excessivo e o movimento da floricultura estava aumentando, principalmente na parte de decorações de casamentos e eventos. Esse era um raro final de semana que ambos estavam de folga.

–Finalmente vocês chegaram! Molly já os esperava na porta de casa. Mal esperou a filha sair do carro e a abraçou forte. –Vocês demoraram!

–Desculpe, mãe. Ginny foi tomada pelo abraço de sua mãe. –Fiz Harry parar em todos os lugares possíveis em que eu pudesse usar o banheiro.

–Bem-vindos! Arthur foi recebê-los. Ginny deixou o abraço da mãe e correu até onde Arthur estava e o abraçou, mesmo vendo o pai diariamente, sentia a falta dele. –Também senti sua falta, querida! Olá, Harry.

–Boa noite, Arthur. Harry descarregava as suas coisas e as de Ginny do carro. –Prazer em revê-los.

–O prazer será nosso em tê-los conosco durante o final de semana. Molly os levou para dentro de casa. –Espero que goste de risoto!

A casa não tinha nada demais, era simples e com móveis antigos, a maioria deveria estar ali desde que os donos se mudaram, as paredes necessitavam de uma pintura, nada de luxo. Mesmo assim, era um lar. Um lar de uma família feliz, que se importava mais em ter toda a família reunida do que uma mobília nova.

Arthur pediu para que a filha e Harry levassem suas coisas para os quartos, Harry iria dormir no quarto que pertenceu a Ron e Ginny no seu antigo quarto.

–Desculpe sobre isso. Ginny levou o namorado ao segundo andar, onde ficavam os quartos. –Papai também fazia isso quando Ron e Hermione não eram casados.

–Tudo bem, regras são regras! Harry viu o quanto os quartos eram pertos, especificamente o de Ginny com os dos pais.

–Mamãe disse que o jantar irá demorar um pouco, então se quiser tomar banho e trocar esse terno por uma roupa mais confortável.

Harry aceitou de bom grado a sugestão, passou o dia entre reuniões e problemas, um banho seria ótimo para relaxar. Ginny mostrou a ele o truque para o chuveiro funcionar e a água não oscilar entre muito quente e muito fria.

Após uns minutos embaixo da água morna e vestido com jeans e um confortável moletom, Harry desceu para o jantar. Arthur e Ginny arrumavam a mesa, enquanto Molly finalizava o jantar. Harry ficou assustado com a quantidade de comida que tinha na sua frente, aquela mesa poderia alimentar muito bem, pelo menos, umas dez pessoas.

–Esse risoto está realmente muito bom, Molly! Harry estava se deliciando com a comida, já não sabia se esse era o seu segundo ou terceiro prato de risoto.

–Que bom que gostou, querido! Molly colocou mais uma quantia generosa de risoto no prato dele. –Filha, achei que cozinhasse para o Harry!

–Você sabe cozinhar assim? Harry perguntou incrédulo, sem perceber que falava de boca cheia.

–Ginny, você nunca cozinhou para o seu namorado? Onde está a educação que lhe dei?

–É claro que eu cozinho! Ginny sentiu seu rosto ruborizar quando sua mãe chamou Harry de seu namorado.

–Molly, a única fez que Ginny me serviu algo foi um chá. Ela sempre quer comprar comida pronta, principalmente pizza. Harry sorriu ao ver a cara de espanto que fez Molly.

–Desculpe, se entre o cansaço pela gravidez e o trabalho, eu não tive tempo e energia para cozinhar! Ginny lançou um olhar assassino a Harry, mas ele não se importou, apenas riu da situação em que ela se encontrava.

–É melhor você arrumar tempo, filha. Escute o conselho de sua mãe, apesar do que dizem e pensam, o caminho para o coração de um homem é pelo seu estômago. –Como acha que seu pai e eu estamos casados há quase quarenta anos?

–E por que você acha que eu desde que conheci sua mãe, nunca mais foi magro? Arthur comentou, saboreando o risoto. Molly o olhou seria, ele piscou em resposta e completou sua fala. –Sua mãe cozinha maravilhosamente bem, como poderia negar sua comida?

Como se o jantar não tivesse sido suficiente, Molly serviu a sobremesa, torta de banoffee. Depois do jantar, Arthur convidou Harry para acompanha-lo até a sala e assistirem ao jornal da noite. Ginny insistiu em ajudar a mãe a lavar a louça e limpar a cozinha, Molly a deixou apenas lavar a louça e fazendo isso sentada em um banquinho, para não ficar muito tempo em pé.

Molly e Ginny, após deixarem a cozinha em ordem, foram para a sala e levaram chá com biscoitos. Conversaram sobre os bebês, Ginny mostrou aos pais a foto que foi tirada no último ultrassom, Molly ficou encantada com o crescimento dos netos e pediu para estar presente na consulta em que iriam descobrir os sexos dos bebês.

A noite foi avançando e o cansaço chegando com mais intensidade, era hora de se recolherem. Eles subiram a escada e chegaram ao corredor, pararam primeiramente na porta do quarto que pertenceu a Ron.

–A cama já está pronta e se ficar com frio, tem um cobertor extra dentro do armário. Molly avisou. –Durma bem, querido.

–Obrigada, Molly. Harry agradeceu e percebendo que Arthur e Molly permaneceram no corredor, teve que se despedir de Ginny na frente deles. –Boa noite, Ginny. E mesmo sabendo que Arthur poderia não gostar, ele beijou Ginny.

–Boa noite, Harry. Ginny respondeu um pouco envergonhada pelo beijo.

Harry desejou boa noite a Molly e Arthur e entrou no quarto. Escutou Ginny se despedir dos pais e entrar no seu quarto, por fim o som da porta do quarto de Arthur e Molly se fechando. Todos estavam em seus respectivos quartos e assim permaneceu durante toda a noite e o amanhecer.

Ginny acordou sentindo o cheiro do café que Molly preparava, despertando seu apetite. Por mais que quisesse, não poderia mais ficar na cama, tinha que descer e comer. Antes de descer, passou no quarto em que Harry dormiu, mas ele estava vazio. Ele estava na cozinha, juntamente com seus pais, tomando café da manhã.

–Bom dia! Eles disseram juntos.

–Dormiu bem? Arthur deixou o jornal que lia de lado e indicou para que a filha sentasse ao seu lado.

–Claro que dormiu, já passou das dez horas! Molly serviu a filha com ovos, torradas e uma xicara de chá. –Daqui a pouco irei começar o almoço.

–Você acordou cedo. Ginny disse a Harry, enquanto seus pais conversavam sobre o que iriam fazer hoje.

–Foi impossível ficar na cama sentindo o cheiro dessa maravilhosa comida. Ele respondeu depositando um beijo no rosto dela. –Seus pais estavam contando várias histórias sobre você, não acredito que você aprontou tanto quando era criança!

–Tudo mentira! Ela respondeu saboreando sua refeição. –Fui uma criança encantadora!

Após a refeição, Arthur teve que sair fazer umas entregas de flores pela região, Molly começou a preparar o almoço e dispensou a ajuda de Ginny, dizendo para que a filha fosse mostrar a Harry o restante do sítio.

Harry ficou impressionado com o tamanho do sítio. Tinha uma grande estufa, onde são cultivadas as flores que vendem na floricultura. Um lago que Ginny contou ser nesse lago que ela aprendeu a nadar. E uma garagem que Arthur guardava sua camionete e consertava o que fosse que tivesse quebrado, consertar coisas era um grande hobby para ele.

Eles sentaram no cais do lago, depois de uma longa caminhada. Ginny tirou suas botas e mesmo com o frio que aumentava com a proximidade do inverno, colocou seus pés dentro d’água.

Na noite anterior, enquanto dormia no quarto de Ron, uma foto chamou a atenção de Harry. Na foto, havia dois garotos que Harry assumiu ser Ron quando criança, mas não sabia quem era o outro que também era ruivo e se parecia muito com Ron. Não quis perguntar a Molly e Arthur, esperava que Ginny pudesse lhe contar.

–Tem uma foto no quarto do Ron... Ele começou a falar do melhor modo que encontrou para tocar no assunto. –Têm dois garotos, um deles parece ser Ron, mas o outro eu não sei...

–É meu irmão mais velho, Bill. Ginny o interrompeu, olhando fixamente para seus pés que balançavam na água gelada.

–E onde ele está?

–Bill morreu em um acidente de carro, já faz uns cinco anos.

–Eu sinto muito, não deveria ter perguntado...

–Não tem problema. Ela o olhou e sorriu, começou a pensar no irmão. –Bill adoraria te conhecer e estaria maravilhado com a ideia de ser tio. Ele era dez anos mais velho que eu, estava sempre por perto me cuidando. Se você acha que foi difícil enfrentar meu pai e Ron, imagine como seria com mais um irmão super protetor, querendo te matar por ter engravidado a garotinha da família!

–Talvez eu não estivesse mais aqui. Harry sorriu, feliz por Ginny ter se aberto um pouco mais com ele. –Seria um prazer ter conhecido seu irmão.

–Eu fui para a faculdade de Direito, por causa dele. Bill era advogado e eu o achava o máximo por saber todas as leis. Ginny parou de falar, pensando se continuava ou não. –Quando ele morreu, nós descobrimos que ele mantinha uma conta no banco e estava a alguns anos, guardando dinheiro para meu pai abrir a floricultura.

Harry ficou comovido com a história que Ginny lhe contava, não tinha mais dúvidas de que a família Weasley era especial.

–Papai não quis aceitar o dinheiro, afinal tinha acabado de perder o filho. Então larguei meu emprego e minha carreira de advogada, e o convenci a abrir a floricultura. Foi a melhor e mais difícil decisão que já tomei na vida, tinha medo de dar errado e não corresponder às expectativas que Bill havia criado.

–Seu irmão estaria muito orgulhoso de vocês, principalmente de você. Harry a abraçou e escutou Ginny chorar baixinho. –Onde quer que Bill esteja, pode ter certeza, que ele está muito orgulhoso da sua irmãzinha!

Ginny permaneceu abraçada a Harry até parar de chorar, finalmente encontrou alguém com quem pudesse conversar sobre o irmão.

–Obrigada por escutar minha história. Ela disse, por fim, depois que parou de chorar.

–Obrigado a você, por compartilhar comigo um pouco mais sobre a sua história. Harry a beijou e depois do beijo repetiu algo que ela havia lhe dito quando se conheceram. –Afinal todo mundo tem uma história que vale a pena ser contada e escutada.

Logo Molly os chamou para almoçar e brigou com a filha, por ela ter molhado os pés na água gelada. Só deixou que Ginny almoçasse, depois que ela tomou um banho quente. Ginny não se importou da bronca que sua mãe lhe deu, estava feliz demais por ter deixado a relação dela com Harry mais intima.

Ficar perto de Molly era sinônimo de comer, a todo momento ela estava cozinhando e empurrando comida para Harry e Ginny. Não adiantava dizer que não queria, a senhora Weasley sempre respondia que Ginny deveria comer por três e que Harry estava muito magro e precisaria de força para quando os bebês chegassem. Lily e Olivia falavam e faziam a mesma coisa com ele, já estava acostumado.

No final da tarde, Hermione e Ron apareceram, deixando Molly a ponto de explodir de felicidade por ter a família reunida e a casa cheia. Harry pensou que Arthur fosse abrir uma exceção, pois Ron e Hermione iriam passar a noite no antigo quarto de Ron, e ele e Ginny poderiam dormir no quarto dela. Arthur informou que Harry iria dormir no quarto que pertenceu a Bill.

Não estava sendo uma noite tranquila para Harry, depois da história que Ginny lhe contou, pensava que dormir no quarto que pertenceu a Bill era estranho, como se estivesse tomando o lugar dele. Para parar com pensamentos bobos como esse, desceu silenciosamente para a cozinha, a procura do que sobrou da torta de banoffe.

–Não acredito que a mamãe fez essa torta quando eu não estava aqui! Ron apareceu na cozinha, assustando Harry. –Desculpe, não quis te assustar.

–Sem problemas. Harry se recuperou do susto e ficou imaginando se Ron estava acordado com a intenção de pegar no flagra a tentativa de Harry ou Ginny escaparem dos seus quartos. –Essa torta da sua mãe está maravilhosa!

–É a minha torta favorita. Ron pegou um pedaço da torta e sentou-se na frente de Harry na mesa, eles ficaram em silencio, apenas comendo. Até que Ron voltou a falar. –Ginny já te contou sobre o quarto em que está dormindo?

–Já... E eu sinto muito pelo seu irmão. Harry notou que esse assunto era difícil para toda a família, quando Arthur lhe disse que iria dormir ali, informou apenas que era o quarto do irmão mais velho de Ginny que havia falecido há alguns anos.

–Eu deveria ter lhe contado sobre o Bill quando pedi que fosse o meu padrinho de casamento, pois Bill seria o meu padrinho e antes de te conhecer, pretendia deixar este posto vazio.

Harry foi pego mais uma vez de surpresa, não sabia o que dizer, também não sabia se poderia considerar isso como elogio ou não.

–Mas Bill não iria gostar que fizesse isso. E não pense que está ocupando um lugar que pertenceu ao Bill. Ron completou. –Você é uma boa pessoa, Harry. Mesmo tendo engravidado minha irmãzinha!

–Obrigado, Ron. Harry o abraçou. –Fico feliz por ter participado do seu casamento, foi muito importante para mim.

Esse final de semana foi especial para Harry e Ginny. Harry descobriu mais sobre Ginny e a família Weasley o tornou integrante da família. Ginny ficou emocionada com o modo carinhoso que sua família tratou e acolheu Harry, ele não era apenas seu namorado e pai dos seus filhos, também era um homem incrível que Ginny começava a desconfiar que seus sentimentos por ele houvessem aumentando, talvez não estivesse só gostando dele, mas sim o amando. Harry nunca disse a Ginny que a amava, pois não tinha certeza, achou que amava Cho e estava errado. Mas o sentimento que sentia por Ginny era maior do que sentiu por Cho durante todos os anos em que estiveram juntos, talvez estivesse a amando. Quase disse que a amava domingo, quando estavam sozinhos na estufa e Ginny lhe contava animadamente sobre cada flor que crescia ali. Mas talvez fosse cedo para isso, Ginny poderia não sentir o mesmo e isso iria estragar a relação que desenvolviam pelo bem dos bebês.


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Notas finais do capítulo

Huum, vou perguntar... Vocês estão gostando, não vejo mais comentários :/
Enfim, mais um pouquinho de Harry e Ginny! Até o próximo, beijos (:



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