O Amor Acontece escrita por Isa


Capítulo 14
We're falling in love


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo antes de voltar para a aula :/ hahahaha Espero que gostem!



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Londres estava pronta para as festas de final de ano e como em muitos lares, Lily preparava a sua casa para as festas. Montou uma enorme árvore carregada de enfeites natalinos e embaixo dela, vários presentes se agrupavam esperando o dia de natal para serem abertos. Harry tentava argumentar com a mãe, dizendo que era muita coisa e não havia necessidade para tanto, Lily rebatia o filho dizendo que era o primeiro natal em vários anos que ele estava em casa. Harry sentia-se culpado e deixava a mãe transformar a casa em uma pequena sede da terra do Papai Noel.

Essa época do ano também mexia com Ginny, principalmente com a chegada dos bebês se aproximando. No sexto mês de gestação, Ginny tinha que conciliar as dificuldades que a gravidez trazia, como cansaço e dores, com o trabalho na floricultura.

–Ginny, tem alguém querendo falar com você. Adam, o rapaz que a ajudava na floricultura, subiu ao apartamento chama-la. –Acho que deve ser alguma cliente.

–Era tudo que eu precisava. Ginny se arrumava, tinha uma consulta e esperava Harry busca-la para irem juntos. –Peça para a pessoa subir e se Harry chegar, peça para ele me esperar.

Ginny terminou de se arrumar o mais rápido possível, que sua enorme barriga deixou, e aguardou a pessoa subir. Ultimamente estava com várias encomendas para casamentos e festas, não sabia se iria aguentar essa rotina por muito mais tempo.

–Olá? A mulher subiu ao apartamento e Ginny a reconheceu imediatamente, era Melissa a noiva do seu irmão Bill. –Ginny?

–Oi, Melissa. Ginny a cumprimentou, surpresa pela visita. Desde que Bill morreu, Melissa se afastou um pouco da família. –Tudo bem?

–Tudo bem e parabéns pela floricultura, o movimento lá em baixo está grande. Seu irmão estaria muito orgulhoso de você.

–As pessoas querem deixar suas casas bonitas para as festas de fim de ano. Obrigada, eu e meu pai fazemos de tudo para cuidar da floricultura como Bill gostaria.

–E parabéns pelos bebês, passei outro dia aqui, mas você não estava... Acho que tinha ido ao médico.

–Obrigada, tenho que ir ao médico com bastante frequência. Ginny sentou-se a mesa com ela e serviu chá. –Aconteceu alguma coisa?

–Eu tomei uma decisão. Melissa tomou um pouco do chá, antes de continuar. –Eu vou fazer algo que sempre tive vontade. Vou viajar o mundo ajudando as pessoas que precisam, conhecer novas culturas, viver outras experiências.

–É uma grande aventura.

–Preciso disso, depois que Bill faleceu fiquei parada, apenas lamentando e reclamando de como a vida foi injusta ao levar meu noivo. Bill até o último momento foi a pessoa mais extrovertida e animada que já conheci, sempre preocupado e querendo ajudar quem pudesse, quero usar o que aprendi com ele e ajudar quem precisa. Ela entregou uma chave a Ginny. –Acho que pode considerar isso como um presente do tio Bill aos sobrinhos.

–Que chave é essa? Ginny já não entendia mais nada do que acontecia.

–É chave do apartamento do seu irmão, não sei quando voltou ou se um dia irei voltar. Melissa tinha lágrimas nos olhos, prontas para saírem. –Então espero que aceite. Se não quiser, pode devolver para os seus pais, mas achei melhor entregar a você primeiro, seu irmão iria querer assim.

–Eu não sei o que dizer. Você fez meu irmão muito feliz, Melissa e eu irei te agradecer para sempre por isso. Ginny a abraçou, deixando que as lágrimas rolassem pelo seu rosto. –O segundo nome de um dos bebês será William.

Ginny não soube por que, mas achou que era importante contar isso a Melissa. Melissa foi namorada de Bill desde a faculdade, eles se amavam e talvez Bill tivesse sido o amor da vida dela, assim como ela pode ter sido o amor da vida dele.

–É um belo nome. Melissa sorriu, se afastou de Ginny e caminhou em direção a porta. –Mande lembranças aos seus pais e família.

–Obrigada pelo apartamento e seja feliz na sua viagem. Ginny agradeceu e depois que ela foi embora, apertou a chave e sussurrou. –Obrigada, Bill. Mesmo de longe você continua salvando a sua irmãzinha.

Harry logo chegou e Ginny não teve mais tempo para pensar sobre a possibilidade de se mudar ou não para o apartamento que pertenceu ao irmão, agora tudo que importava era a consulta e ver novamente seus filhos.

A consulta seria a última do ano e também a última do sexto mês, Harry e Ginny estavam animados. Harry havia perdido as duas últimas consultas e estava realmente animado para ver o quanto os bebês haviam crescido.

–Há quanto tempo, Harry. Anne, a médica o cumprimentou quando o viu entrar no consultório acompanhando Ginny.

–Consegui escapar um pouco do trabalho.

–Trabalhar demais não faz bem. Anne ajudou Ginny a subir na maca de exames. –Você também Ginny, agora nos últimos meses deve ir mais devagar.

–Ele agora tem Charlotte para ajuda-lo. Ginny fez uma careta ao dizer o nome de Charlotte. –Já eu, não tenho ninguém assim para me ajudar.

–Estava demorando a crise de ciúmes diária. Você tem o Adam! Ele praticamente mora na floricultura e eu nunca tive ciúmes dele. Ele sentou-se na cadeira ao lado da maca para poder olhar no monitor os bebês. –Doutora, será que não tem algum remédio para isso?

–Sinto muito, ainda não inventaram um remédio para isso. Anne riu da discussão boba que se metera. –Ginny teve ter algum motivo para sentir ciúmes de você com essa Charlotte.

–Mentira! No começo você tinha ciúmes do Adam! Ela se defendeu da acusação de ciúmes. –Não sei por que você tinha ciúmes dele, Adam é praticamente um garoto e aposto que ele não iria querer nada com uma mulher grávida.

–Nunca lhe dei motivos para sentir ciúmes, ela é apenas minha assistente. Você sabe disso, Ginny.

–Eu sei, mas nós escutamos muitas histórias de homens que trocam as esposas grávidas e gordas pelas assistentes bonitas e jovens. Aposto que a doutora conhece histórias assim, não é doutora?

Anne não respondeu, estava concentrada na imagem transmitida dos bebês no monitor. Eles ficaram calados, sentindo que alguma coisa poderia não estar bem.

–Está tudo bem? Perguntou Ginny, já preocupada antes de escutar a resposta.

–Só estou preocupada com um dos bebês. Anne mostrou a eles os bebês. –Um dos bebês não está crescendo como deveria. É normal os bebês, por serem gêmeos, serem um pouco menor que os outros bebês de gestação única. Eles deveriam estar com o mesmo tamanho, essa diferença de tamanho entre eles é preocupante.

–Foi algo que eu fiz?

–Não, Ginny. A médica a tranquilizou. –Na gravidez de gêmeos, isso é bastante comum. Agora nós precisamos tomar alguns cuidados e acompanhar no próximo mês, se o bebê volta a crescer...

–E se ele não crescer o esperado? Harry questionou muito preocupado.

–Não vamos pensar nisso agora. Aproveitem às festas com suas famílias, Ginny descanse o máximo que puder e se alimente corretamente. E mês que vem, voltamos a conversar. Tudo bem?

A consulta não foi bem o que eles esperavam, estavam assustados sobre a perspectiva de um dos filhos não estar bem como pensavam. Harry tentando animar Ginny, a levou para jantar. Ginny tinha a tendência de quando ficava preocupada ou nervosa com algo, perdia a vontade de comer, por mais que estivesse com fome.

–Vai mexer muito nessa sopa? Questionou Harry assistindo Ginny brincar com a sopa.

–Desculpe. Ela parou de brincar e começou a comer. –E se acontecer alguma coisa com o bebê? Nós nem escolhemos os nomes!

–Se isso vai deixa-la mais tranquila, podemos escolher os nomes. Ele segurou a mão dela sobre a mesa. –Vai ficar tudo bem, Ginny.

–Espero que sim. Ginny ficou emocionada com o apoio dele, isso a deixava mais tranquila. –Alguma sugestão?

–Thomas, George...

–George? Ela não conteve uma risada. –Seremos a família real? Posso mudar meu nome para Kate e seremos Harry, William e George!

–Tudo bem, diga os nomes que você gosta. Harry ficou feliz por vê-la rindo e brincando novamente, faria o que fosse possível para deixa-la assim sempre. –E nada de falar nomes daquelas séries e filmes que você assiste, eles podem apanhar na escola por isso.

–Você tirou todas as minhas ideias e devo dizer que tinham muitos nomes bonitos na lista. Ginny parecia uma criança ao escutar os pais a negarem algo, mas não iria desistir tão fácil. –Eu gosto de Nathan.

–De onde você tirou esse nome? Ele perguntou curioso, pois também gostou do nome, só queria saber de onde viria para falar se aprovava ou não.

–Não sei, apenas surgiu na minha cabeça. Gostou?

–Podemos manter na lista. Harry lembrou de outro tópico pendente. –Precisamos escolher os padrinhos.

–Andei pensando sobre isso... Bem, Ron e Hermione era o que tinha em mente, mas depois que soube que teríamos dois bebês, fiquei na dúvida.

–Ron e Hermione podem ser os padrinhos de um bebê, não vejo problema nisso.

–O quanto você conhece Emma? Perguntou Ginny com uma ideia surgindo em sua mente.

–Ela e Teddy namoram desde os quinze anos e se casam mês que vem, convivi bastante com eles durante a faculdade. Por quê?

–Emma e Teddy podem ser padrinhos do outro bebê. Conversei pouco com Emma, mas ela e Teddy me parecem boas pessoas para serem padrinhos do nosso filho.

–Considero Teddy um irmão, assim como Hermione. Ele sorriu, feliz pela escolha feita. –Os meninos terão excelentes padrinhos.

–E como iremos escolher quem será padrinho de quem? Ginny ficou confusa. –Ou que nome escolheremos para cada um?

–Podemos escolher na moeda, cara ou coroa. Harry brincou, mas ela não pareceu gostar da ideia. –Foi brincadeira. Vamos olhar os vídeos e fotos dos ultrassons e veremos se os bebês combinam com o nome que iremos escolher. Melhor assim?

–Muito melhor. Ela sorriu satisfeita e voltou a comer tranquilamente.

Até o fim do jantar, eles já tinham uma extensa lista. Alguns agradavam somente Harry e outros somente Ginny, teriam que chegar a um consenso.

–Peter! Harry sugeriu de repente quando entravam no apartamento de Ginny, a assustando. –É um bom nome, o que acha?

–Não precisa gritar, eu estou na sua frente e posso te escutar. Ela se recuperava do susto, Harry tinha essa mania de falar alto demais quando se empolgava com algo. –Peter me lembra alguém que não é agradável relembrar...

–Um ex-namorado? Ele perguntou curioso e ela afirmou com um gesto, indo em direção ao banheiro. –Por essa eu não esperava.

–Por quê? É difícil acreditar que eu já namorei alguém? Ginny cuspiu a pasta de dente na pia e o olhou seria, esperando a resposta. –Não precisa ficar grávida de alguém para ter um relacionamento.

–Não, mesmo com esse seu jeito tão amável de ser, que faz o namorado passar noites e noites assistindo filmes e séries de televisão e o convence de que isso é um programa divertido. Harry começou a escovar o dente também e fez uma careta de nojo antes de continuar. –Prefiro acreditar que você não namorou e saiu com outros homens.

–Por que não? Ela saiu do banheiro, vestiu o seu pijama velho e confortável e deslizou para cama e as cobertas. –Eu sei que você já namorou outras mulheres e quase casou com uma delas.

–Eu só... Ele procurou na bagunça do armário dela, o seu pijama. Não achou o pijama, provavelmente estava no cesto de roupa suja e Ginny não havia lavado a roupa ainda, pegou uma calça de moletom e uma camisa velha e deitou na cama. –Hoje o episodio é inédito?

–Não, é reprise da semana passada. Ginny não ligava para a sua série preferida que passava na televisão, o assunto estava mais interessante. –Isso é algum tipo de ciúme? Sério, Harry? Ciúmes do passado e de gente que já foi embora?

–Podemos voltar ao assunto dos nomes dos meninos? Ele estava realmente desconfortável com a conversa. –Não é ciúmes, é só que não gosto de pensar que talvez você ainda pudesse estar com um deles ou eu com outra pessoa e nada disso estaria acontecendo.

–Não precisa ficar com ciúmes. Ela abriu um enorme sorriso e se aconchegou, apoiando a cabeça no peito dele. –Nenhum deles me faz tão feliz ou me deu dois lindos presentes como você. Eu te amo, Harry.

–Eu também te amo, Ginny. Harry respondeu naturalmente e carinhosamente, beijou o topo da cabeça dela. –Eu nunca fui tão feliz em toda minha vida, como sou agora com você e os meninos.

Depois dessas declarações e revelações de sentimentos, nada mais precisava ser dito. Eles foram pegando no sono lentamente, apenas escutando a respiração deles e série que passava na televisão, o mais novo programa favorito de Harry. Dormiram e o sorriso apaixonado estampado no rosto, permaneceu na manhã seguinte e não foi mais embora.


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Notas finais do capítulo

Só explicando a minha possível demora em postar: vou para a faculdade de manhã e outro curso de tarde, o tempo será escaço. MAS, prometo que farei o possível para atualizar com frequência, a história está pronta na minha cabeça só falta colocar em palavras! hahaha
Obrigada pelos comentários e até o próximo!
P.S: se quiserem mandar sugestões de nomes para os bebês, serão bem-vindas (: Já escolhi os nomes, mas vai que vocês mandam algum e fique melhor!



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