X-Men: O Renascer Da Fênix escrita por Tenebris


Capítulo 4
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Um nome bem sugestivo para o capítulo de hoje, não? Primeiramente, desculpem o atraso galera! Deveria ter postado no domingo, mas fui numas manifestações e acabei atrasando... Enfim, até agora, já escrevi uns oito capítulos dessa fic e com certeza, esse é o meu preferido, preferido mesmo, de todos *-----------------------* nesse capítulo, conto a história de como o Erik conhece a Alice, de onde eles se conhecem... Espero que vocês gostem, acho esse flashback bem interessante... E tem uma frase muito emocionante no final (pelo menos eu achei, rs.) Boa leitura gente linda!



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Era uma noite fria de janeiro.

Era no ano de 2010. Erik usava seu uniforme de costume. Ele caminhava a passos rápidos e resolutos em uma clareira. Procurava um galpão abandonado. Tinha dois ou três mutantes que o seguiam por insistência, mas Erik não fazia a menor questão da presença deles. Tinha uma missão a cumprir.

O fato era que ele procurava por um galpão. Naquele galpão, havia dezenas de mutantes presos pelo Governo Federal. Assim que descobriu isso, Erik se prontificou a ir libertar os mutantes e a destruir quem encontrasse em seu caminho. E aí, vieram as divergências. Charles Xavier proibiu expressamente Erik de libertar aqueles mutantes. Porque, para Charles, a missão era muito arriscada e exigia preparo, pranejamento.

Erik discordou. Ele e Charles brigaram. Como Charles queria que Erik esperasse, quando havia tantos mutantes em perigo? Se tinha uma coisa que Erik estimava, era a liberdade dos seus. A liberdade dos homo superior.

Por fim, dicidiu contrariar Charles. Erik fingiu concordar com o Professor, mas, assim que teve chance, saiu para agir às escondidas. Ele reuniu um grupo de mutantes que pensava como ele e saiu em busca do galpão onde o Governo escondia os mutantes.

Era em algum lugar perto de Nova York. Erik roubara um avião – coisa simples para ele -, e rumou para lá. Sabia apenas que ficava ao norte da cidade. Nevava. Era no meio de uma floresta de espaçadas coníferas.

Naquele momento, Erik caminhava à procura do galpão, depois de ter vivido boa parte de sua aventura.

Usou seus poderes de magnetismo e sentiu que havia metal por perto... Não demorou muito e estava diante de um galpão velho, parecendo inabitado. Mas ele tinha experiência em coisas do tipo. Sabia que não era tão simples assim. Ele e seu grupo invadiram o local. Mataram que se pôs em seu caminho. Foram libertando os prisioneiros um por um... Dezenas de mutantes livres. Como devia ser.

- Acabamos, chefe. – Murmurou um de seus comandados.

Mas Erik fechou os olhos... De alguma forma estranha, pôde sentir que tinha mais. Sentiu um poder inigualável, um poder de gigantes proporções que estava adormecido... Ainda havia um mutante lá dentro.

- Não. Tem mais. Podem ir, eu quero cuidar disso pessoalmente. – Disse Erik, entrando no galpão.

A maior parte dos guardas fora morta. Erik cuidou que não havia mais tanto perigo. No interior do galpão, era escuro e a única luz que havia vinha de laboratórios nos corredores. Erik foi seguindo o rastro de poder que sentia... Era atraído por isso. Então, entrou em um corredor mais afastado. No seu lado direito e esquerdo, só havia celas e mais celas abertas. Ele continuou seguindo e, na última cela do último canto, avistou uma garota. Uma garota na ala de segurança máxima.

Ele correu na direção dela. Com seu poder de magnetismo, entortou as barras da cela e retirou-a de seu cárcere. A garota parecia inconsciente.

Ele a tomou nos braços e teve certeza. Ela seria uma grande mutante. Por ora, seus poderes estavam adormecidos, em desenvolvimento, mas não teve dúvidas. Ela era uma mutante Primeira Classe e seria extremamente poderosa.

Erik ajoelhou-se no chão, pegando a garota e a depositando cuidadosamente em seu colo, procurando acordá-la. Devia ter uns vinte anos... No entanto, não tinha o frescor jovial de sua idade. Tinha o rosto pálido, fino, os lábios roxos, o corpo mole e esguio... O braço apresentava marcas que poderiam ser de machucados e agulhas... O que o Governo fizera com ela...

Mas Erik a olhou mais atentamente. As sobrancelhas arqueadas... A jovem era bonita. Ele, em geral, não tinha muito tempo para mulheres. Mas sabia reconhecer uma bela dama quando via uma. Pensou que o momento não era ideal para divagações daquele tipo, e voltou a se concentrar no presente.

A garota abriu os olhos lentamente e agarrou-se nos braços de Erik. Ela estava muito fraca.

- Está ferida? – Perguntou Erik, amparando a moça.

- Fraca, apenas. – Disse ela com um sussurro.

Erik sentou-se no chão, mas manteve a garota junto de si. Aninhou-a em seus braços.

- Vou tirá-la daqui. – Disse Erik, preocupado. Simplesmente precisava manter aquela garota viva. Ela era uma raridade genética, com poderes até então misteriosos e intensos.

Mas de repente, ouviram-se passos.

Um guarda apareceu correndo. Trajava as roupas dos militares americanos. Tinha uma arma apontada diretamente para a cabeça de Erik.

O guarda tremia a arma em suas mãos, e seus passos de aproximação eram vacilantes. Erik olhou para ele com uma expressão de falsa pena.

- Arma de metal, seu tolo? – Zombou Erik, disposto a manipular o metal da arma e fazê-la matar o próprio guarda.

Mas isso não surtiu efeito.

- Arma de borracha! – Urrou o guarda, parecendo louco de tanto que gritava e ria.

Então, Erik não teve tempo de reação. Cuidou apenas levantar-se rápido, com a garota desconhecida pendendo em seus braços. Notou que ela fingia-se de morta para não ser atingida pelo guarda. Ou pelo menos, se não fingia, estava quase beirando à morte verdadeira.

Mas Erik viu-se encurralado. O guarda adiantou cinco passos e atirou nele.

- Arma de gelo, seu estúpido! – Berrou o guarda.

Foi quando Magneto percebeu que estava congelando... A arma do guarda não desferia golpes com balas de metal. Era uma nova tecnologia. Uma arma de congelamento instantâneo. Erik sentiu seus músculos enrijecerem... Sentiu o torpor de um dia de neve... A dormência de seus membros... Por fim, caiu no chão. Desejou que a garota que estava com ele conseguisse se salvar... Lembrou-se apenas de usar seu poder e fazer com que uma viga metálica atravessasse o guarda, matando-o, enquanto ele gritava como louco:

- Morram, corja genética!

A garota suspirou e tossiu. Quanto tempo deveria ter se passado? Ela abriu os olhos preguiçosamente. Estava deitada no chão ao lado do homem que a salvara... Não se lembrava muito bem como tinha acontecido. Lembrava-se de um guarda golpeando o homem, e depois, ela e seu salvador caíram deitados... O guarda morrera enquanto fugia...

Ela tentou se levantar, ficando sentada no chão durante um tempo. Sentiu tontura. Estava tão fraca... Perdera a noção de tempo desde que fora trazida até esta prisão, quando fora capturada.

Em seguida, quando se sentiu levemente melhor, olhou para o homem ao seu lado. Ele não poderia morrer. Ele a tinha salvado.

A garota inclinou-se e deitou sobre o peito dele, buscando ouvir seus batimentos. Eram fracos e espaçados, porém, presentes. Ela percebeu que ele parecia congelado... Rígido.

- Não morre... Não morre... – Disse a garota, tentando puxar o corpo do homem do chão.

Ela usaria seu poder para salvá-lo. Tal qual ele fizera para salvá-la.

A garota tinha o poder do fogo... Ela podia gerar calor, energia... Por fim, ela levantou o homem desajeitadamente e o abraçou, reunindo o que conseguiu de seu próprio calor. Ora, ela estava fraca. Esgotada. Mesmo assim, reuniu toda a força que conseguiu e concentrou-se em salvar a vida de quem a libertara.

Então, com o seu poder de gerar calor, abraçou Erik até sentir que novamente havia vida naquele corpo.

Enquanto isso, Erik recobrava sua consciência aos poucos.

Quando estava consciente o suficiente, observou o que acontecera. Abriu os olhos e viu que estava sendo envolvido por braços fracos, mas hábeis, que o cercavam num abraço quente e caloroso.

Estava prestes a morrer quando a garota o abraçara e o trouxera de volta.

Agora, ambos estavam envoltos nos braços um do outro e Erik olhava com curiosidade para a garota.

- Qual é seu poder? – Perguntou ele, pasmo.

- Fogo. – Respondeu ela simplesmente.

Então, Erik desvecilhou-se delicadamente do abraço da menina e ficou de pé. Ela fez o mesmo e agora eles olhavam um para o outro, de pé. Erik sentia-se confuso. Nunca em sua vida alguém lhe salvara. Ou pelo menos, não desta forma.

Isso o confundiu. Deixou-o com sentimentos que nunca antes vivenciara. Nunca ninguém se sacrificara por ele... Nunca ninguém o salvara com um abraço... Nunca ninguém fizera questão de mantê-lo vivo. E, no entanto, aquela garota fizera tudo aquilo. Não soube o que achar disso.

Ele suspirou e fitou aquela garota. Sentiu que era hora de partir e terminar com aquilo. Sua missão, a de libertá-la da prisão, já estava sendo cumprida.

Depois de fitarem-se constrangidos, Erik reparou que havia uma máquina ao lado da cela onde a garota estivera presa anteriormente. Disposto a quebrar a tensão do momento, perguntou:

- O que é isso?

A garota ruburizou, e respondeu fitando o chão.

- Esse lugar é uma base de testes de Vibranium. Acho que ainda tem um pouco aí...

Erik dirigiu-se até a máquina. Ficava em uma espécie de laboratório. Ele nunca fora fã de mecânica, então não poderia dizer para que serviam aquelas coisas. Viu apenas dois pequenos diamantes azuis. Pegou-os e brincou com eles por um tempo.

Sabia que eram valiosos e poderosos. Ficou com um para si e entregou o outro para a garota que também o salvara.

- Tome. Fique com um deles.

A garota aceitou sem saber direito o motivo da entrega. Na realidade, Erik tinha um plano. Algum dia, caso quisesse reencontrar aquela garota tão poderosa, poderia reconhecê-la por meio do diamante. Afinal, Vibranium é raro e fácil de ser detectado por ser poderoso. Erik poderia rastreá-lo e um dia, quem sabe, rever a garota. Mas a ela, nada disse.

- Obrigada. – Ela agradeceu.

- Bom, é hora de partir. – Ele disse, mudando de assunto.

- Você salvou minha vida. – Murmurou a garota, aproximando-se hesitante de Erik.

- Esqueça. Você também salvou a minha. – Retorquiu ele, dando de ombros. Ainda não se decidiu sobre o que pensar dela.

- O que posso fazer para agradecer? – Ela indagou, já rumando em direção à saída.

Erik estava tão atudido por tudo o que acontecera que refletiu sobre o que fazer. Fora salvo por aquela garota de uma maneira que nunca pensara antes ser possível. A garota o salvara usando seu poder mutante... Ela ainda não poderia saber, mas seu poder ainda revelaria muito mais... Enfim, Erik sentiu-se tão confuso em relação àquela garota que decidiu esperar. O tempo lhe traria as respostas de que precisava. Por ora, bastava libertar a garota e desejar que ficasse bem.

Ele respondeu à pergunta:

- Não podem saber sobre isso. Então... Pode me agradecer nunca mais me encontrando.

Ela assentiu em confirmação e disparou pelo corredor em busca da saída... Disparou ágil e veloz, sumindo da vista de Erik.

- Que pena. – Disse ele para si mesmo, depois que a última sombra da garota desmanchara-se. – Deveria ter perguntado o nome dela. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Previsível? Surpreendente? Quero saber a opinião de vocês! Mereço reviews? hahauhauah parei. Beijos!



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