X-Men: O Renascer Da Fênix escrita por Tenebris


Capítulo 18
Nunca um adeus


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :D Desculpa a demora, estava meio enrolada com os preparativos pro ENEM, mas vai dar tudo certo. Me desejem sorteeee, hoje é prova de português, redação e matemática. Enfim, apesar do título do capítulo parecer de final de história, ainda não é o fim. Planejei mais ou menos 22 capítulos pra essa fic, o que significa que estamos QUASE na reta final. MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS eis que eu tive um sonho esses dias, aquelas ideias inspiradoras. Vou esperar pra ver a reação de vocês no último capítulo, pois quero saber o que vocês acharam dos acontecimentos e conflitos. Pra depois, tomar uma decisão. Continuar a fic ou não. Vou adiantar que o (por enquanto) último capítulo, o 22, reserva MUITAS MUITAS MUITAS surpresas, e dependendo do que vocês acharem, eu reativo essa história e mostro que ainda tem muito pra acontecer na vida da Alice, do Erik e dos X-Men. Beijos!



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Alice tinha duas horas para aproveitar sua liberdade.

Ela andou hesitantemente até onde Erik se encontrava, temendo aquele momento na mesma proporção que o ansiava. Ela mordeu um lábio e se dirigiu até o canto isolado onde Erik a aguardava.

- Você sabe que isso não é um adeus, não sabe? – Alice comentou, puxando a mão de Erik para si e fazendo-a entrelaçar-se na sua. Ela sorriu, sustentando o olhar inconformado de Erik. Ele não aceitava o fato de ela ter sido presa, e a situação era mais difícil para ele, do que para ela própria.

- Sei. E mesmo que isso fosse um adeus, eu não deixaria ser... – Erik comentou, rindo fracamente.

Então, ele segurou as duas mãos de Alice, e olhou-a com a tão conhecida expressão enigmática.

- Bem... Tem uma coisa que eu queria te dizer. Mas não aqui... – Ele falou, lançando um riso travesso para Alice.

Ela deixou escapar uma risada, e eles caminharam por um tempo até o quarto de Erik. Aliás, esse ambiente refletia com fidelidade e perfeição a magnificência e a elegância de Erik. O quarto dele era amplo, iluminado apenas pela luz pálida de um abajur comum, e os lençóis claros ficavam quase dourados, com a claridade da luz se derramando sobre eles.

Erik levou uma mão ao rosto de Alice, acariciando a lateral da face dela com suavidade. Ele a fitava fixamente, e os olhos pareciam simultaneamente felizes e ressentidos, da mesma forma que estavam quando ela acordou e correu até ele. E Alice o fitava com felicidade e tristeza, percebendo que sentiria muita falta das brigas e das noites perdidas com Erik...

- Eu... Eu queria dizer que... Bem, eu nunca achei que fosse precisar de alguém. Meu orgulho sempre foi meu fiel companheiro. Eu nunca achei que fosse digno disso que chamam de... amor. No entanto, não acho que eu possa explicar isso com detalhes. Apenas amo quando você fica confusa na minha presença, amo o jeito que fica irritada, e amo o jeito como arqueia as sobrancelhas...– Erik dizia, e ria levemente entre algumas palavras. Ele nunca havia feito algo similar a aquilo, Alice percebia.

Ela achava graça nas palavras de Erik, e sentiu que outra lágrima se dissipava, descendo clara e límpida pelo seu rosto, enquanto ela aproximava seu rosto do de Erik. Desse modo, eles estavam com os rostos próximos, com suas testas juntas, e ambos riam da inocência daquele momento, da inocência de suas palavras... E do desejo que os unia.

- Não precisa explicar... Eu cheguei aqui totalmente perdida, porque encontrei o homem que me salvara há tanto tempo. O homem que jurei nunca mais encontrar. Eu não esperava que nada disso fosse acontecer. Mas... Você me fez acreditar em coisas que eu julgava impossíveis. Eu, eu te amo Erik... – Alice disse, entre lágrimas de felicidade.

Ela sentia o corpo e o rosto de Erik muito perto de si, de modo que podia ouvir o batimento cardíaco dele ecoando surdo, e podia sentir a respiração do temível Magneto oscilar na presença dela.

- Eu perdi você tantas vezes... Queria mesmo era ser capaz de fazê-la se perder nos meus braços. Nada mais do que isso. Alice, eu amo você. E espero que entenda que isso não exige explicações, nem justificativas. Isso não é uma despedida, mas quero beijar você como se fosse. Amar você, como se fosse...

E Erik afastou o rosto deles gentilmente, de modo a encarar Alice por completo. Em meio à escuridão do quarto, interrompida apenas pela luz dourada do abajur, Erik se inclinou para beijá-la. Ele envolveu uma mão ao redor da cintura de Alice, de modo a puxá-la para mais perto de si. Com a outra mão, ele bagunçava os cabelos dela, e o beijo corria intenso, árduo e desejoso em meio à sua impossibilidade.

Alice tinha as duas mãos na nuca de Erik, arranhando-a gentilmente. Ela correspondia à urgência do beijo, sentindo os lábios de Erik em profunda sintonia com os seus, sentindo o toque dele com um profundo arrepio.

Ela arquejou, deitando sua cabeça para trás, de modo a deixar o pescoço exposto. Erik se adiantou, e beijou lentamente o pescoço dela, fazendo movimentos com sua língua que fizeram Alice cortorcer-se de desejo. Ela fez o mesmo, desabotoando habilmente a camisa de Erik, beijando seu peito e seu pescoço com avidez... Então, ele encaminhou Alice para sua cama, sem deixar de beijá-la com toda vontade, num beijo ritmado e caloroso.

Ele se deitou sobre Alice, retirando a roupa dela com habilidade, e logo os carinhos recomeçaram. Entre beijos intensos e urgentes, carinhos envolventes, os corpos de tocavam, se uniam no calor do momento como um só, buscando um ao outro com ânsia e desejo... Alice e Erik gostariam que tivesse sido assim em outras circunstâncias, e não motivados por uma despedida provocada por um descontrole de Alice. Contudo, ali eles se uniam, se entregavam um ao outro, urgentes. Cada beijo, cada toque, era febril, ardente, unindo-os por um propósito. Eles se amavam, se desejavam, e isso bastava naquele momento. Erik perdia seu rosto entre os cabelos de Alice, e ela saía fora de si ao sentir os movimentos de Erik, seu tato, o calor de sua pele macia... Eles estavam em êxtase pelo momento, delirando de prazer, os corpos juntos, as almas juntas... E Erik sussurou, em meio à respiração ofegante de ambos:

- Eu prometo... Eu vou trazer você de volta. Vou trazer você de volta pra mim...

E Alice sorria em meio aos beijos, acreditando com veemência nas palavras dele, sentindo que era verdade. Sentindo que nada poderia impedi-los, nem mesmo uma prisão. Assim, eles se despediram, em meio aos beijos e carícias, sentindo que um pertencia ao outro. Os gemidos, quando Alice arquejava, eram música para os ouvidos de Erik, sentindo que a possuía. Era um amor que nada exigia, que nada pedia, que nada precisava explicar, e que surgira assim, tão repentino e impetuoso quanto aquele momento.

•••

Alice suspirou, encarando com apreensão o lugar em que estava. Uma cela totalmente tecnológica, com as paredes revestidas de branco. Havia uma cama, uma prateleira, e um banheiro. Tudo excessivamente branco, com detalhes prateados. Ela entrou, ao se sentir empurrada levemente por Abigail Brand.

Então, barreiras de energia apareceram no lugar de barras de metal, na frente de um vidro que a isolava do corredor. Alice estava confinada ali dentro, com energia pura impedindo-a de sair. Além disso, ela usava um chip colocado sob a pele de seu pulso, que a impedia de usar seus poderes. Ninguém sabia se realmente funcionaria, mas Alice realmente não se sentia capaz de usar seus dons ali.

Abigail Brand era uma mulher um tanto quanto intolerante. Ela olhou com superioridade para Alice e disse:

- Aqui é seu novo lugar... Amanhã estudaremos o comportamento de seus poderes.

E saiu. Abigail era uma mulher alta, corpulenta, usava um macacão sintético como aqueles da SHIELD e tinha cabelos verdes. Ela parecia estranha, mas era realmente boa no que fazia e não deixara de vigiar Alice nem por um minuto, desde que eles chegaram até à base espacial da ESPADA.

Enfim, Alice acomodou-se no chão, no canto mais afastado da cela. Ela lembrava-se com aflição de seus últimos momentos em Terra. Ela dormira com Erik. Ele prometera vir buscá-la... No entanto, eles tiveram que se despedir. Alice fora algemada por Abigail Brand na entrada de Utopia. Ela sorriu para cada X-Men presente, caminhando passivamente do lado de sua guarda costas. E Erik correu, abraçando-a uma última vez, sem nada a dizer. Que poderia ser dito num momento como aquele, quando tudo estava prestes a ruir?

E então, Alice fora conduzida ao Aeroporto de Utopia. Entrara na nave que a levaria direto ao espaço na base intergaláctica da ESPADA, onde ela ficaria presa. A viagem ocorreu bem, em cerca de cinco horas, mas Alice passou meio mal devido à pressão e ao fato de que o ar ali dentro era muito artificial. E não havia ninguém que se importasse com ela.

Assim, a nave finalmente pousou na base espacial da ESPADA. Alice fora levada como uma verdadeira criminosa até sua cela. O lugar era gigante, totalmente tecnológico e fortemente vigiado. A aura do ambiente também era péssima, e Alice nem quis se perguntar que criminosos deviam estar ali confinados também.

E agora lá estava ela, inserida numa realidade que nunca imaginou para si, mas tendo plena consciência de que não poderia ter sido de outra forma. Uma dor de cabeça insistente tomou conta dela, mas Alice deduziu que deveria ser algum trauma da viagem, nada mais.

E ela fitava o vazio, sentindo que os olhos estavam desfocados, longínquos, dispostos em outra realidade. Uma realidade que parecia tão confortável e impossível, com Erik ao seu lado, com os X-Men bem, sem chamas vermelhas incendiando o céu, e somente com a calmaria azul e simples do oceano. Com apreensão, ela se lembrava de Erik a todo tempo. Lembrava-se do quanto queria tê-lo consigo naquele momento difícil... Ela nunca sentira tanta falta dos olhos enigmáticos. Nunca desejou tanto a presença daquele homem imprevisível... Às vezes, ela sonhava com o toque quente dele em sua pele, com seu beijo caloroso. E com decepção não encontrava os lábios de Erik nos seus. Encontrava, ao invés disso, um rastro de lágrima...


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