Wanted You More escrita por Rocker


Capítulo 6
Capítulo 6 - Far Away


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! Talvez não completamente, porque essa fic é como a Sogno D'amore, complicada de escrever. Talvez não fique tão grande quanto a primeira temporada, e talvez eu demore com as postagens, mas é que meio estou perdendo o gosto por escrever. Isso está dependendo só de vocês, porque agora escrevo mais pra mim mesma, mas estou tentando de tudo. Espero que me ajudem!



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That I love you
I have loved you all along
And I miss you
been far away for far too ling
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore

Capítulo 6 - Far Away

Edmundo mal chegara no castelo e correra até seu quarto. Caspian e Lúcia esperavam-os nos portões de entrada de Cair Paravel, obviamente ansiosos. Assim que Lena pulou do cavalo de Edmundo e foi recebida por eles, Edmundo se foi para dentro, com o coração em mãos, para pensar em algo que possa ajudar a garota.

O que houve? Lena, você está bem? - Lúcia perguntava, preocupada, abraçando a amiga.

Lena estava confusa. Ela havia realmente perdido a memória? Ela havia criado um laço de amizade com a Rainha Lúcia? Se o que os reis falaram era verdade, o que ela poderia fazer para recuperar suas memórias? E quem teria feito aquilo com ela? Lena lançou um pedido de ajuda a Pedro, sem saber o que fazer.

Por quê Edmundo saiu correndo daqui? - perguntou Caspian, confuso. - Ele não devia estar aqui com você?

Lena franziu o cenho, confusa. - Por quê ele estaria?

Caspian arqueou uma sobrancelha, olhando de Lena para Pedro em busca de respostas.

Ora, ele não é seu... - o moreno foi impedido de continuar, pois Pedro lhe deu uma cotovelada nas costelas.

A situação é delicada, Caspian. - disse Pedro. Ele pigarreou, tentando encontrar sua própria voz. - A Lena, bem... Ela não se lembra.

Como assim não lembra? - perguntou Lúcia, agora tão confusa quanto os demais. - Você não lembra do Ed? - ela perguntou a outra, arregalando os olhos.

Lena franziu o cenho, analisando as expressões de cada um ali. - O que eu deveria saber? - perguntou cautelosamente.

Até onde você se lembra, Lena? - perguntou Caspian com cuidado. Ele sabia que a situação não estava boa, mas era tanto a ponto de Edmundo ter simplesmente sumido no interior do castelo?

Bem... - começou Lena, abaixando o olhar e forçando sua memória ao mais recente que conseguia. O que não fora muito. - A última coisa que me lembro é de nós três chegando aqui. Bem, de acordo com Pedro, não aqui exatamente, mas em Nárnia.

Lúcia e Caspian trocaram rápidos olhares preocupados. Ela não se lembrava de nada? Ela não se lembrava de ter derrotado a Feiticeira? Ela não se lembra de ter se apaixonado por Edmundo?

Como isso aconteceu? - perguntou Lúcia, a ninguém especificamente.

E então, enquanto eles discutiam como poderiam resolver, Lena se afastou de fininho, sentindo sua cabeça a mil. Ela não entendia nada que se passava à sua volta. Já lhe era surpresa suficiente simplesmente abrir os olhos pensando estar em uma realidade, mas estar em uma completamente diferente. Ela sabia que eles tinham escondido alguma coisa dela, mas não conseguia chegar a nenhuma conclusão do que seria.

O que teria acontecido com ela afinal? Como teria ido parar naquela Nárnia? Edmundo havia lhe dito que morrera atropelada em Londres, mas o que ela faria lá? Sentia que estava com a mesma idade com que se lembrava da última, então provavelmente retornara à Terra logo após terem, supostamente, derrotado a Feiticeira Branca. Mas não poderia ter conseguido um intercâmbio para Londres, como sempre quisera, em tão pouco tempo... Teria? Não, com certeza não. Mas o que era então que a levara até lá? Como tinha surgido sua amizade aparentemente grande com Lúcia? Como ela havia derrotado a Feiticeira? O que realmente acontecera consigo mesma?

E foi com esses pensamentos que Lena chegara onde ainda eram seus aposentos. Mas não esperava encontrar Edmundo ali, sentado em sua cama com o rosto nas mãos e soluçando audivelmente. Lena também não esperava agir por impulso, mas foi inevitável o aperto em seu coração ao vê-lo tão fragilizado. Lena se agachou à sua frente e segurou seu pulso, afastando-o das faces vermelhas e úmidas. Agindo novamente por impulso, tocou sua face com as pontas dos dedos. Sentiu as mesmas faíscas esquentarem-lhe os dedos. Edmundo, sentindo o toque delicado dos dedos da menina, fechou os olhos, aproveitando a sensação de formigamento e suavizou a expressão.

E uma lembrança invadiu-lhe a mente, aparentemente interligada com a primeira que tivera.

O que? perguntou Edmundo irritado, seus olhos escurecidos ao máximo, pelo ciúme. Pedro é sempre o melhor em tudo!

Novamente sem pensar, Lena aproximou-se dele, ainda segurando-o pelo pulso, e tocou sua face com as pontas dos dedos. Sentiu as mesmas faíscas esquentarem-lhe os dedos. Edmundo, sentindo o toque delicado dos dedos da menina, fechou os olhos, aproveitando a sensação de formigamento e suavizou a expressão.

Lena tocou a face dele com a mão, não apenas com os dedos. Arrastou o polegar pelas sardas do menino, acariciando a pele macia. Via que ele tinha fechado os olhos e sorriu, pensando como seria bom se fosse um efeito que ela fazia nele. O que, caros leitores, sabemos muito bem que é. Mas Lena imaginava que era apenas para canalizar a raiva. Ao se dar conta do que fazia, tentou rapidamente tirar sua mão pequena dali, mas Edmundo levantou a mão e segurou-a ali sobre o rosto. Não ia deixá-la se afastar tão fácil.

É sempre assim... Sempre em segundo lugar. desabafou, apertando os olhos mais ainda, sem poder ver que o sorriso nos lábios de Lena se desmanchava aos poucos.

Lena queria tirar os dedos do rosto dele e poder abraçá-lo. Faria realmente isso se Edmundo não estivesse segurando sua mão sobre a própria face.

Deixe disso, Edmundo. falou suavemente. Disse que queria conhecer seu irmão para aprender táticas de guerra. Estratégia em batalha.

Edmundo abriu os olhos depressa, confuso. Não esperava por isso.

Anh?

Lena soltou uma risadinha nasalada.

Precisamos de um plano se queremos derrotar a Feiticeira. ela pensou que não seria o suficiente, então resolveu completar. Se eu quisesse aulas de luta, procuraria você.

Edmundo sorriu.

Mas pelo que vi à noite, você não precisa. Você é boa nas katanas.

Obrigada. sorriu.

Ficaram um tempo se olhando, presos no olhar um do outro. Lena mordia de leve o lábio superior. Edmundo sentia sua mão soar frio sobre a mão que ainda segurava a dela. Borboletas viajando pelo estômago de ambos, corações disparados. Nenhum dos dois querendo que aquele momento acabasse, mas ansiando para tal, pois o desconforto da falta de palavras pesava sobre eles.

ELES CHEGARAM! ELES CHEGARAM!

Afastaram-se num pulo quando ouviram a voz de Lúcia se aproximando cada vez mais deles. Trocaram um rápido olhar, confusos sobre o que a mais nova falava.

Quem chegou, Lúcia? perguntou Edmundo, quando a viu parada no meio do salão.

Lúcia sorriu. Um sorriso tão grande que Lena pensou que poderia rasgar as bochechas da menina.

Pedro e Susana!

Lena balançou a cabeça, confusa e abalada com a recente lembrança. Então o que eles disseram sobre ela ter perdido a memória era verdade? Lena balançou a cabeça levemente outra vez, sabendo que isso não era hora. Agora, ela se preocupava em saber qual era a aflição do moreno à sua frente, desesperada por impedi-lo de sofrer. Não sabia como, nem porquê, mas não queria nunca vê-lo sofrendo.

O que houve, Rei Edmundo? - ela perguntou, mas logo engoliu em seco. Por quê se sentia incomodada com tal formalidade?

Edmundo levantou seu olhar para ela, e Lena viu seus lindos olhos castanhos mergulhados em uma centelha de dor e mágoa. Edmundo balançou a cabeça, afastando-se da mão dela e se levantando da cama. Lena também se levantou, perguntando-se porque o afastamento dele lhe doera tanto no peito.

Não é nada, Rainha Lena, já estou saindo. - ele disse, cabisbaixo, enquanto se encaminhava para a porta.

Lena. - ela corrigiu quase imediatamente e viu-o estancar com a mão na maçaneta, prestes a fechar a porta. - Me chame apenas de Lena, por favor.

Os olhos de Edmundo saíram momentaneamente de foco, afundando-se em lembranças - as suas primeiras com a garota - e sorriu levemente e meio amarelado. E saiu logo depois, sem mais uma única palavra. Lena jogou-se na cama, abraçando um dos travesseiros que ela usava somente para decoração. Mas assustou-se e afundou seu rosto mais ainda na fronha do travesseiro ao sentir a fragância que não esperava encontrar.

Era o cheiro cítrico e amadeirado de Edmundo.


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