Wanted You More escrita por Rocker


Capítulo 5
Capítulo 5 - Don't You Remember


Notas iniciais do capítulo

Não ficou bom, não era o que esperavam, tem alguns erros pq n tive tempo para reler e eu ainda demorei pra postar, mas espero que tenham comentários.



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When will I see you again?
You left with no goodbye, not a single word was said
No final kiss to seal any sins
I had no idea of the state we were in

I know I have a fickle heart and bitterness
And a wandering eye, and a heaviness in my head
But don't you remember, don't you remember?
The reason you loved me before
Baby please remember me once more

Capítulo 5 - Don't You Remember

"A menina abriu os olhos, e Edmundo e Pedro ficaram confusos. Não havia ali o brilho apaixonado que estava presente desde que ela percebera que amava Edmundo. E então, algo mais os suspreenderam. Lena disse em uma voz dura e autoritária, exatamente como se dirigira a Edmundo, no dia em que se conheceram no trem em Londres.

– Quem são vocês?"

Ambos gaguejaram, confusos. Lena levantou-se rapidamente em uma postura rígida e exemplar. Olhou ao redor, analisando tudo o que havia à sua volta, procurando por algo que indicasse onde estavam.

Estranho... Eu podia jurar que o trem nos levaria diretamente ao palácio, pensou ela, voltando novamente seu olhar para os garotos ao seu lado, que olhavam-na completamente estupefatos.

– Eu conheço você. - disse ela, indicando Edmundo com o queixo. O moreno sentiu uma esperança desconhecida subir em seu peito, antes que ela continuasse e confirmasse suas suspeitas. - Você é Edmundo Pevensie. Onde Lúcia, sua irmã?

Os reis trocaram um rápido olhar, mas foi instantaneamente interpretado. Eles estavam com medo. Medo do que ocorrera a Lena. Medo do que ocorreria a eles. Medo do que poderia ter feito aquilo. Mas Edmundo estava com medo, principalmente, se aquilo seria irreversível.

– No palácio. - ele respondeu simplesmente, procurando encontrar as palavras certas.

– Bem... - Lena tentou dizer algo, mas ao ouvir a voz rouca e grave do garoto, todas as palavras sumiram de seu vocabulário, deixando-a completa e ao mesmo tempo vazia de certa forma. - Precisamos nos apressar, a qualquer momento seus irmãos retornam com Ripchip. Precisamos de um plano de ataque contra a Feiticeira.

Edmundo sentiu sua garganta apertar em um forte nó e se segurou para não derramar as lágrimas que turvavam sua visão. Queria poder levantar-se do chão e abraçá-la, mas sabia que não podia. Pois ela não se lembrava. Não se lembrava deles. Não se lembrava que o amava. Não se lembrava de nada após terem sido jogados em Nárnia. Pedro levantou-se, também percebendo a atual situação de sua cunhada. Não sabia como poderia explicar a ela tudo o que acontecia e já aconteceu, mas sabia que se não fosse ele a tentar, podia ser que Edmundo não conseguisse. Não admitiria nem sob tortura, mas ficou assustado. Ficou assustado pelo que acontecera a menina e mais ainda pela reação de seu irmão.

– Lena... - chamou sua atenção e ela rapidamente olhou-o com um pequeno brilho de reconhecimento nos olhos, que deu esperança, nem que mínima, aos irmãos. Mas essa sentelha de esperança foi apagada tão rapidamente quando a passagem deste brilho.

– Quem é você? - ela perguntou direcionando sua atenção ao loiro.

– Sou Pedro Pevensie, irmão dele. - ele se apresentou, sentindo algo estranho dentro de si ao fazer isso.

Lena por outro lado, sentiu algo se remexendo em sua mente.

– ELES CHEGARAM! ELES CHEGARAM!

Afastaram-se num pulo quando ouviram a voz de Lúcia se aproximando cada vez mais deles. Trocaram um rápido olhar, confusos sobre o que a mais nova falava.

– Quem chegou, Lúcia? – perguntou Edmundo, quando a viu parada no meio do salão.

Lúcia sorriu. Um sorriso tão grande que Lena pensou que poderia rasgar as bochechas da menina.

– Pedro e Susana!

Lena sorriu e olhou para Edmundo, que tinha uma expressão indecifrável no rosto. Será que ainda pensava no que eu disse?, perguntou-se mentalmente.

Ao olhar novamente para a porta lateral do salão, viu dois jovens entrando. A menina não era muito alta. Morena e de olhos azuis, tinha cerca de vinte anos. Linda, constatou Lena, está explicado porque Caspian sempre me fala nela. Sim, Lena era amiga de Caspian. Quase irmãos.

O menino, que vinha logo atrás, não era passado para trás. Loiro de olhos azuis, era um lindo garoto de vinte e um anos. Lena evitou olhar diretamente para ele para que Edmundo não voltasse naquela birra. Ao comparar os dois, Lena percebeu que preferia morenos.

Os dois conselheiros reais (um homem e uma mulher, ambos humanos) que vinham logo atrás, tratou de postar-se entre os dois recém-chegados e Lena e Edmundo.

– Rainha Susana, a Gentil. Grande Rei Pedro, o Magnífico. – disse o mais alto deles, Frederik, responsável por ajudá-la nas táticas de guerra.

Lena reverenciou-os, sorrindo.

– Rainha Angelina, a Guerreira. – disse Milenne, a mulher, responsável pelos medicamentos.

Os dois fizeram uma reverencia e Lena segurou para não fechar o sorriso.

– Prazer em conhecê-la, Angelina. – disse Susana.

– Lena, por favor. – falou Lena e Susana sorriu. – O prazer é todo meu.

Lena ajoelhou-se no chão e colocou as mão sobre a cabeça, sentindo-se completamente tonta.

– O que está acontecendo? - perguntou diretamente.

– Não sei se vai gostar de saber nossas suspeitas. - disse Edmundo, aproximando-se cuidadosamente dela.

– Eu aguento. - disse ela ainda com as mãos na cabeça, como se pudesse expulsar as imagens que surgiram. - Sinto que já os conhecia antes.

Pedro olhou para seu irmão e entendeu rapidamente o pedido em seu olhar. - Bem... Isso por que já nos conhecíamos.

Lena olhou confusa para ele, pedindo silenciosamente que continuasse. - Nós já derrotamos a Feiticeira e...

– Lena derrotou. - corrigiu Edmundo, fechando a cara para o irmão, mas sem deixar de perceber os olhos arregalados da menina. - E morremos anos depois. Estamos na verdadeira Nárnia. Onde apenas os que merecem podem vir após morrer.

– Como eu morri? - perguntou ela, olhando diretamente para Edmundo, sentindo que ele seria o melhor a explicar isso. Não entendia como, mas sabia que eles estavam falando a verdade.

– Atropelada em Londres.

– O que eu fazia em Londres? - perguntou, achando aquela situação extremamente estranha.

– Muita informação de uma vez só. - interrompeu Pedro, sabendo que o irmão não aguentaria dizer que ela procurava pela família dele. Seria um tanto quanto assustador, na verdade. Geraria várias outras perguntas e sabia que Lena não aguentaria ouví-las. - Vamos levá-la ao palácio.

– Você vai comigo no meu cavalo. - disse Edmundo a ela e enquanto a via montando, virou-se para Pedro. - Não diga nada sobre sermos namorados.

Pedro queria perguntar por que, mas no fundo sabia. Não era algo que gostaria de saber quando perdesse parte de sua memória. Ela teria de descobrir aos poucos, enquanto eles investigariam como fazê-la recuperar as lembranças. E apanhar quem fez isso com ela, claro. Então apenas assentiu, concordando com o pedido do moreno.

– Você vai me contar mais sobre essa história de eu derrotar a Feiticeira, não é?! - perguntou Lena assim que Edmundo montou atrás dela. Sentiu-se diferente com aquela aproximação, mas não sabia o que aquilo queria dizer.

– Não. - Edmundo pôde perceber como a resposta a surpreendeu. - Seria melhor você mesma descobrir. Deve saber apenas o básico: estamos em outra Nárnia, junto com Lúcia e Caspian, vencemos a Feiticeira e aqui vivemos eternamente.

Lena sentiu que ele estava escondendo outra informação básica, mas não iria pressionar, pois já sentia sua cabeça latejando. Mas de uma coisa ela tinha certeza: ela tinha uma ligação muito forte com ele e faria de tudo para descobrir o que exatamente isso significava.


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