À noite, no acampamento, eles resolveram acender uma fogueira e contar histórias de terror. Sakura foi a primeira a protestar, pois odiava esses tipos de história.

Shaoran: Não tem problema, estou aqui para te proteger.

Sakura sorriu timidamente e deu um beijinho nele.

Sakura: Não me canso disso. De te beijar.

Shaoran: Não vou cansar nunca.

Tomoyo: Fico feliz que estejam tão agarradinhos, mas vamos nos divertir. Venham.

Por volta de meia noite as histórias acabaram. Sakura estava agarrada no braço de Shaoran, tremendo de medo.

Shaoran: Calma, você está tremendo muito.

Tomoyo: Até parece que você não a conhece.

Tomoyo estava achando graça de Sakura.

Sakura: Já estou até vendo. Não vou conseguir dormir.

Tomoyo: Shaoran pode te fazer companhia até dormir. Eu vou ficar um pouco na barraca da Ricca.

Sakura e Shaoran ficaram envergonhados.

Sakura: Tomoyo...

Tomoyo: Não tem problema. Daqui a pouco eu venho.

Sakura: Bem, na minha barraca ou na sua?

Shaoran sorriu tímido.

Shaoran: Acha que vai ser boa ideia?

Sakura se virou e entrou na barraca dele.

Shaoran: Eriol deu sinal de vida?

Sakura: Deu sim, mas ainda não tem uma resposta. Essa história de novo guardião está muito esquisita. Eriol também achou. Disse que vai tentar ver um diário de Clow que ele tem.

Shaoran. Pra mim esse cara está querendo se aproveitar de você e está me matando de raiva.

Sakura: Ele não é tão mal assim. Se Clow realmente o fez pra mim, ele não tem culpa do que sente.

Shaoran: Isso não encaixa. Minha família saberia de algo.

Sakura: E também tem Kero e Yukito, que sumiram. Não consigo sentir a presença deles.

Shaoran: Quando cheguei, estava sentindo a presença dos dois, mas dois dias depois não sentia mais. Também acho estranho. Eles não estão com Eriol?

Sakura: Eles teriam me avisado. Eriol os teria mencionado da última vez que nos falamos. Está muito estranho.

Shaoran: Quando voltarmos amanhã, iremos procura-los.

Sakura: Obrigada.

Eles estavam ajoelhados na barraca. Sakura enfiou as pernas dentro do saco de dormir de Shaoran, que por sinal era grande, e caberiam os dois ali com certeza. Diante deste pensamento Sakura corou.

Shaoran: O que está pensando? Ficou vermelha.

Sakura: Não é nada...

Shaoran: Espero que esteja pensando em mim...

Sakura abaixou os olhos.

Sakura: Pode me abraçar? Senti tanto a sua falta.

Shaoran: Claro. Eu também senti muitas saudades suas.

Eles se abraçaram e ficaram assim por muito tempo. Tentando recuperar todos os abraços perdidos.

Sakura: Eu quero beijar você.

Shaoran. Eu também. Mas acha seguro? Estando aqui sozinha comigo? Sabendo que ninguém vai entrar aqui?

Sakura: Eu não me importo. Eu quero ficar aqui com você.

Shaoran: Também quero que fique aqui comigo.

Sakura: E isso não significa que vamos.. eh.. você sabe... Se por acaso acontecer, tudo bem pra mim. Só quero que saiba que eu te amo muito.

Shaoran: Eu também te amo muito e vou saber te respeitar sempre!

Sakura: Eu confio em você.

Dizendo isso, Sakura o beija. Se beijaram com as mãos dadas, com receio.

Tinham muita certeza do amor que sentiam um pelo outro. Shaoran então, segurou o rosto de Sakura entre suas mãos e aprofundou o beijo. Sakura correspondeu, como se ninguém mais no mundo existisse. Ela passou as mãos por seus cabelos e espremeu seu corpo contra o dele.  Ele suspirou e depositou leves beijos no pescoço dela. Sakura começou a sentir pequenos tremores pelo corpo. Então enfiou as mãos por baixo da camisa de Shaoran e o acariciou.

Shaoran: Sakura...

Sakura: Shaoran, está sentindo o mesmo que eu?

Shaoran: Sim. Acho melhor você voltar para sua barraca.

Sakura se agarrou ainda mais nele.

Sakura: Eu não quero.

Shaoran: Mas Sakura...

Sakura: Cala a boca e me beija!

E então Shaoran desistiu de resistir. Se agarrou aquela que era o centro de sua existência. Ele levou suas mãos à blusa de Sakura, que não demonstrou resistência quando ele a tirou. Sakura também tirou a camisa dele. Tudo estava acontecendo como na sua fantasia do dia anterior. Ela e Shaoran na barraca. Tinha siso uma vidência no final das contas. Quando deram por si, seus shorts também estavam no chão da barraca. Seus corpos arfavam e estavam muito quentes. Então Shaoran deitou Sakura no saco de dormir e seus corpos se encaixaram. Se olharam profundamente e então Shaoran enfiou os polegares nas laterais da calcinha de Sakura.

... Sakura, socorro!

Sakura abriu os olhos instantaneamente e se levantou.

Shaoran: O que foi?

Sakura: Kero está em perigo. Senti sua presença. Ele me chamou. Vamos!

Sakura começou a se vestir.

Shaoran: Como vou sair daqui assim? Ainda tem pessoas acordadas lá fora.

Sakura deu uma boa olhada nele e ficou muito vermelha.

Sakura: Desculpe. Não era assim que eu tinha imaginado minha primeira vez, mas eles estão precisando de mim. Vamos enquanto ainda consigo sentir a presença dele. Antes que suma novamente

Shaoran deu uma boa respirada e começou a se vestir.

Sakura: Vou avisar a Tomoyo.

Dizendo isso, Sakura saiu rapidamente da barraca.

Shaoran: Vou precisar de um banho gelado. Kero, esta você vai me dever a vida inteira...

Em poucos minutos, Sakura e Shaoran estavam se dirigindo para a cidade com a carta alada de Sakura. Havia muito tempo que não carregava as cartas consigo, mas por algum motivo, no último minuto as tinha colocado na mochila. Premonição? Talvez. O fato era que tinha sido uma boa ideia. E agradeceu a Deus por isso.