Amor E Caos... escrita por Bel Russeal


Capítulo 5
Dia de jardinagem


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo, retornei com a fic. Conto muito com a presença de vocês aqui, minhas leitoras! E lá vai um capitulo novinho pra vocês..



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371333/chapter/5

O restante do dia foi normal, tirando a cisma de Gabe que eu estava reprimindo uma possivel queda por Anthenor Grayson, eu ainda estava em perfeita sanidade. Caminhava para casa imaginando a loucura de Gabe, isso não era certo eu e Toni éramos completamente diferentes e nem na loucura seria tão idiota.

Acabei passando dessa vez na pracinha das tulipas e encontrei Jorge plantando novas flores.

_ Oi, seu Jorge.

_Oi, querida Sam.

_ Que lindas rosas!

_ Plantei especialmente pra você.

_ Posso pegar essas mudas? – apontei para algumas mudas ainda não colocadas.

_ Pode sim , mas o que pretende com elas ?

_ Eu pretendo visitar alguém muito especial, ainda não tive coragem, mas acho que ta mais do que na hora.

_ Então boa sorte. – ele disse me entregando as rosas.

...

O velho muro e o portão enferrujado davam um sinal mais assustador de um típico cenário de um cemitério em um filme, mas cemitérios não me assustavam, o que me assustava era ter que lhe dar com certo túmulo.

Respirei fundo e entrei, havia várias capelas e lápides, andei ao redor do cemitério e meus olhos marejados embaçavam a visão, não eu não conseguiria ver, eu não poderia ver uma lápide com o nome dele escrito.

Saí correndo chorando daquele lugar antes mesmo de encontrar o túmulo e acabei tropeçando em alguém.

_ Anthenor? – falei surpresa e enxugando as lágrimas.-Ta me seguindo? Quem te deu esse direito...

_ Garota, o mundo não gira em torno de você. – ele falou sério .

_ Não estava me seguindo ? – perguntei sem graça.

_Não.

_ Desculpa, mas não pensei que te encontraria em um cemitério.

_Vim visitar o túmulo de minha mãe . – ele disse como se não tivesse escolha

_ Ah sinto muito. – falei totalmente sem graça.

_ Não sinta, eu lido bem com isso, ao contrário de outras pessoas .

_ O que você quer dizer com isso ? – perguntei em tom nervoso.

_ Vi a lápide, por acaso, de um Nicolas Lorenzzi. Creio que seria o irmão do qual não me respondeu naquela noite.

_ Cala boca. – gritei.

_ É toda marrentinha, mas não sabe lhe dar com perdas. – Ele disse em um tom sarcástico e malvado demais a se dizer.

_ Sai da minha frente. – falei esbarrando nele e saindo do cemitério.

_ Perda é uma coisa natural da vida, vai ter que lhe dar com isso mais cedo ou mais tarde. – Ele disse com um sorriso de lado sarcástico que eu tanto odiava.

_ E o que você tem a ver com isso? – Perguntei.

_ Nada. – ele deu um sorriso de deboche e entrou em um carro estacionado na frente do local e saiu.

Em termos ele tinha razão, mas ele era um completo imbecil. Tudo para Anthenor era motivo de chacota, para se sentir melhor do que todos. Como eu não suportava aquele garoto.

...

Cai da cama com o susto de um som irritante vindo da mesinha ao lado “Bip Bip Bip”. Ao contrário do que outros fariam continuei a dormir ali mesmo , mas depois de alguns minutos Cézar bateu na porta .

_Ta atrasada, Samantha. E eu já estou indo pro trabalho. Tenha um bom dia!

Levantei assustada olhei ao relógio marcava 7:15, às 7:45 teria que está na escola, entrei no banheiro e consegui me arrumar em tempo recorde e caminhei até a escola e logo encontrei Gabe na entrada.

_ Olá Gabe. – cumprimentei soltando o fôlego e respirando normalmente , depois de ter corrido algumas quadras pra chegar a tempo na escola.

_ Ei quando uma pessoa fala “Olá”, o normal é você responde novamente. – falei irritada e Gabe tinha sua concentração em algo.

_ Psiu.. Fica calada amiga e aprecia junto comigo!

_ O que?

_ O Novo deus grego da escola. – ela fez sinal para que eu o encontrasse.

Era um garoto , estava de costa , mas mesmo assim já provara que era lindo e que comissão de trás era aquela? Todos os olhares femininos se encontravam nele, e ele finalmente virou para frente para que eu pudesse o apreciar mais e confirmar que ele era realmente lindo, de frente , costa , lado , de cabeça pra baixo , lindo de todo jeito. Ele tinha olhos Azuis quase cinzentos , mas não tão reluzentes como O Anthenor. Mas que porra de Anthenor? O novo garoto era forte e alto , ele era um semideus.

_ Acho que estamos no paraíso. – soletrei.

_ E que anjo é esse , Amiga ! – Gabe se abanava com tom safado.

_ Tirem os olhos ele é meu. – Melanie , o projeto de vadia chegou ao nosso lado e se pronunciou.

_ Quem disse isso? O seu faro de garota de programa? – Perguntei e Gabe soltou um leve sorriso .

_ Muito engraçada Samantha , mas ele vai se interessar por mim , eu sou a garota mais linda e popular da escola. Por quem mais ele se interessaria ? - Melanie tinha a auto estima muito elevada considerando que pra mim ela não passava de uma cadela no cio.

_ Já brigando pelo garoto novo , meninas? – Peter se pronunciou e com ele estava Anthenor e Caio .

_Só ditando as regras , Peter. – Melanie disse e tive vontade de arrancar os cabelos daquela piranha , mas me controlei.

_ Esse cara é um idiota .- Antenhor disse olhando com um olhar furioso dirigido ao novo garoto da escola.

_ Que foi Toni ? Com medo de perder o seu cargo de menino mais lindo e charmoso da escola? -Gabe perguntou .

_Então me acha lindo e charmoso ? – Toni se aproximou bem perto de Gabe e tinha um sorriso largo e safado no rosto.

_ Não delire, Antenor. – Gabe respondeu e tinha uma expressão de tédio no rosto, mas tinha gotas de suor em sua testa,.

Gabe podia não gostar de Antenor, mas se estremeceu com a aproximação dele, apesar de ser um idiota, Antenor era atraente e sabia que causava isso nas meninas, exceto em mim, minha empatia por ele não permitia a sentir nenhuma atração por aqueles cabelos lisos e bagunçados que deixavam escapar fios pela sua testa, nem pelos seus olhos claros que lembravam até águas cristalinas de uma lago de uma casa no campo em que passava as férias com minha família quando criança... Mas porque estou analisando a ele ?

_Vi, o programa ontem de sua mamãe, Samantha. – Peter se pronunciou, desviando os focos de meus pensamentos.

_ E daí, seu tosco ? – falei pegando minha bolsa e me preparando, pois o sinal já estava próximo de tocar.

_Ai eu fiquei me perguntando, sua mãe está viajando pelo mundo todo e porque você perderia essa oportunidade , pra morar aqui nessa cidade ?

_Não é da sua conta. – falei séria, Peter e Antenor tinham um sorriso no rosto.

_Não precisa me dizer, um passarinho me contou que foi porque ela te trocou pelo novo marido.

Olhei furiosa para Antenor e Peter que se divertiam.

_Vão pro inferno !

...

Entrei na sala e dei de cara com o novo aluno, ele estudaria na mesma sala que nós, ele me olhou e logo desviei o olhar sem graça e ele soltou um sorriso e escondi meu rosto entre meus cabelos como sempre fazia e sentei na ultima cadeira.

Logo o professor entrou na sala e depois a turma de idiotas entrou também, a vadia de Melanie sentou ao lado do novo aluno e logo tratou de puxar papo com ele, com certeza falaria de suas posições do kamasutra preferidas .

_ Abram o livro na página 50. – disse o professor de biologia.

O professor falava sobre o Reino animal, eu não prestava atenção muito na aula, até quando :

_ Algumas mamãe do Reino animal, abandonam seus filhos ainda cedo, como a mamãe Black eagle, um pássaro que não se importa muito com os seu filhos e os troca muito cedo por algo que ela considera mais importante. – O professor comentava a aula.

_ Algo de familiar com esse animal, Samantha ? – Melanie falou alto para turma e alguns caíram na risada.

_ Ahh não tente ser intelectual, Melanie, você mau entende o kamasutra, o seu livro preferido ..

_ Samantha! – O professor advertiu e fiquei calada .

O sinal do intervalo soou e eu logo peguei um livro e meus fones de ouvidos e sai bufando da sala. E acabei esbarrando no novo garoto derrubando o que eu e ele tínhamos nas mãos.

_Essa é a parte da historia romântica em que nós esbarramos, derrubamos os livros e quando vamos juntar nossas mãos se tocam, trocamos olhares e nos apaixonamos? – ele disse e fiquei sem graça e soltei um leve sorriso.

_Isso não seria muito clinchê ? –perguntei e ele riu.

_ Sou Dinho. - Ele disse se apresentando.

_ Samantha. – falei estendendo as mãos e ele as segurou cumprimentando.

_Samantha Lorenzzi. – ele repetiu, como se já soubesse.

_ Bendito sobrenome. – sussurrei, mas ele ouviu e soltou risadas.

_Desculpa, mas a cidade é pequena e não tem como a filha da Lúcia Lorenzzi ficar em segredo.

_É um carma que levarei pro resto da minha vida.–disse fazendo ele rir novamente.

_ Foi um prazer, Samantha Lo.. deixa pra lá .- Ele diria o sobrenome, mas riu em seguida.

_Me chama de Sam.

_Tudo bem, Sam. – ele disse saindo.

Assim quando o novo aluno sumiu pelo corredor, Gabe invadiu ao lado toda empolgada.

_ E ai, me conta tudo.

_ tudo o quê ?

_ Do garoto novo, vi você conversando.

_ A gente só se esbarrou e ele foi gentil juntando os meus livros.

_ Como ele se chama?- Ela ainda insistia muito empolgada.

_Ele te chamou pra sair?

_Gabe!! A gente só se esbarrou e nada mais, ele é lindo, mas não to interessada.

_Pois eu estou, muito!! – ela disse me fazendo rir.

_ E o Caio?

_ O que tem o Caio?

_Pensei que gostasse dele.

_ Da onde tirou essa besteira? Somos somente amigos. – ela riu sem graça- Da onde tirou essa idéia? Ele disse algo?

_ Aah não! Desculpa, não quis te constranger.

...

A aula havia terminado e voltava pra casa, andava distraída pela pracinha das flores do outro dia e ouvi Jorge me chamar.

_Oi Samantha. – ele carregava algumas ferramentas de jardinagem.

_ Oi Jorge! Vai cuidar das flores da praça?

_Oh não, já terminei. Vou para o jardim onde trabalho. – ele disse apressado e seguia o mesmo caminho que eu.

_Quer ajuda?

_Ah sim, seria ótimo. Aproveito e mostro as flores que tenho por lá e que tenho certeza que não será alérgica.

De todas as casas existentes nessa cidade, Jorge tinha que trabalhar justamente na casa do meu vizinho.

_Justo nessa casa! – Falei suspirando para mim mesma, enquanto seu Jorge abria o portão da mansão.

_ Qual o problema da casa?

_Eu odeio o meu vizinho.

_Mora na casa ao lado? – Ele perguntou surpreso.

_ Sim, Jorge, o senhor ficaria zangado se eu fosse para minha casa e desistisse de ajudar você?

_Não se preocupe, Samantha. Antenor está no quarto, acredite em mim, quando ele está em casa não sai daquele quarto pra nada e muito menos para visitar o jardim. – Ele disse e abriu o portão e deu passagem para minha entrada, então não tive escolha.

Mesmo que pelo lado externo da casa, pude notar o quanto a casa era grande e bonita; do lado de fora tinha um empregado limpando a piscina e uma mulher loira e muita linda pegando sol, de primeiro pensei que seria mãe de Antenor, mas me lembrei de quando encontrei-o no cemitério e havia visitado o tumulo da mãe, então provavelmente seria a sua madrasta.

_ Não olha muito, ela é um pouco cismada e mesquinha. – Seu Jorge advertiu e logo desviei o olhar dela, e acompanhei ele ao fundo da casa e chegamos no jardim.

_ Desculpa, é que achei ela muito bonita e elegante.

_Não fique constrangida, criança. – ele deu uma leve risada – Pegue!! – Ele me deu uma roupa e ao desdobrar percebi que era uma jardineira.

_ Não quer voltar pra casa suja não é? – Ele disse me passando luvas ágoras.

_ Ela é a madrasta de Antenor? – perguntei enquanto vestia a peça de roupas.

_ Sim, casou com o pai dele a dois ou três anos, acho que ela é a razão dele esta sempre no quarto. – ele disse apontando para uma janela no segundo andar da casa.

E lá estava ele, Antenor. Ele estava sentando em uma poltrona perto da janela, distraído com um livro e fones de ouvidos. Espera, um livro? Desde quando o tosco do Toni lia?

_Eles não se dão bem? – disse regando as rosas, enquanto Jorge cavava a terra e colocava algumas mudas.

_ Não muito. Na verdade, brigam o tempo todo.

_ Mas o que a de errado com ele? – Perguntei como se eu não soubesse que ele era um tosco e bruto.

_ Com ele? – Jorge deu um risada – Sei que deve pensar que é birra de garoto mimado que não aceita madrasta e porque também tem suas diferenças com ele, mas ela é uma nojenta. – Jorge disse e não pude deixar de rir da sua feição falando “nojenta”.

_E talvez também porque ele não aceite que essa mulher substitua a sua mãe, não ela, poderia ser outra pessoa, mas justo seu pai escolher uma nojenta pra substituir Clara.

_Clara é a mãe dele?

_ Sim, lembro como se fosse hoje da sua doçura e simpatia com todos, até conosco, os empregados.

_ Ela morreu quando? – continuava com minha série de perguntas.

_ Antenor devia ter seus 7 ou 8 anos.

_ Nossa, é uma idade terrível para se perder a mãe, ele deve ter sentido muito. – Falei me distraindo das flores e me concentrando na janela em que ele estava.

_Em toda idade é ruim para se perder a mãe, Samantha. – Jorge se pronunciou.

_Mas acho que ele superou a dor, uma vez ele me insinuou isso. – Disse me lembrando das suas palavras no cemitério.

_ Perda é uma coisa natural da vida, vai ter que lhe dar com isso mais cedo ou mais tarde....”

_ Acredita mesmo nisso? Acho que ele quis parecer forte, ninguém supera perdas, só se acostumam com elas para poderem seguir em frente e viver. – As palavras de Jorge me fizeram pensar em Nick.

Jorge levantou e lavava as mãos em uma torneira próxima, me observa e desviei meu olhar rapidamente da janela.

_Não odeia mesmo ele, não é?

_ Odeio. –falei tentando ao máximo transparecer minha convicção.

_Não odeia não, em todo o tempo aqui, suas perguntas e conversas se referiram a Antenor.

_ É bom saber sobre seus inimigos.

_ Vou fingir que acredito em suas palavras e que não se importe nem um pouco com ele.

_Então, viemos aqui para falar sobre ele ou pra você me mostrar todas as suas espécies de flores? – disse desviando o assunto.

_ Sem mais perguntas? Então vamos às flores. – ele disse com um sorriso simpático e me passou um regador abastecido de água.

Narração Anthenor:

Sentado na minha poltrona favorita, me concentrava apenas na vodka servida no meu copo e no livro em que lia, era um livro de historia da mitologia grega, eu adorava esse tema. Mas fui interrompido com batidas na porta, ignorei no inicio, mas logo tive de abrir e me arrependi.

_ Ei garoto, vai ficar trancado o dia todo aqui, de novo ? – A loira de maiô com apenas uma canga por cima, gritava pelo meu quarto e provavelmente dava de ouvir por toda a casa.

_ Ana, porque não volta pra piscina e curti a boa vida que meu pai lhe oferece e dar atenção ao cara que contratou para limpar a piscina e assim continuamos a fingir que não tem um caso com ele. – Disse com um sorriso sarcástico no rosto que tinha prazer de colocar quando ela estava por perto, ela odiava.

_ Garoto abusado. – ela disse tomando meu livro da minha mão- impertinente, sua mãe não lhe ensinou educação, mas eu posso dar um jeito nisso.

_ Não fala da minha mãe! – Gritei ainda mais alto que ela.

_ Eu vou contar tudo o que disse ao seu pai, abusado.

_ Ah vai mesmo ? Seria engraçado isso, contar ao meu pai que está o traindo. –disse rindo.

_Cala a boca!- Ela disse jogando o livro na janela e ouvi a janela trincar – Eu vou transformar sua vida em um inferno, garoto!

_Ah é ?! Essa eu quero ver.

_ Não me desafie.

_ Eu desafio você a tentar. Eu sou um vilão melhor. – disse a encarando.

_ Começando, por destruir o seu lugar preferido da casa.

Ela disse com um sorriso e só depois entendi quando ela começou a arrancar meus pôsteres das minhas bandas preferidas, ela picotava o rosto de Renato Russo, meu pôster preferido com seu autografo que havia me custado uma grana preta. Depois pela minha coleção de troféus do time da escola.

_ Ta maluca ? – Falei assustado.

_ Você não viu nada, garoto! – ela disse dessa vez arrancando as cochas de cama, derrubando e pisoteando meus CDs e notebook.

_ Quando meu pai chegar e ver essa bagunça você esta ferrada! – disse furioso e ela parava de quebras as coisas e ria muito.

_ Quando seu pai chegar, eu estarei chorando, preocupada com o ataque de fúria do meu enteado que não se contetou com a noticia da festa de aniversário de casamento da sua madrasta e do seu pai, preparada com tanto amor e tudo porque não aceita que seu pai superou a morte da mamãe. – ela disse derrubando meus livros e rindo.

_Você não vai fazer isso. – disse a segurando pelos braços com muita força.

_ Isso! Me machuca, vai ajudar no meu drama. – então eu a soltei.

_ Ops... – ela disse derrubando o porta-retrato ao lado da cama e tinha a foto de minha mãe.

_Eu vou te matar. – disse a derrubando no chão.

Então os empregados invadiram o quarto e me tiraram de cima dela. E eu tentava controlar meus atos enquanto um deles me encostava na parede.

_Acho que você ta de castigo! – ela disse rindo, então sai do quarto furioso.

...

_Maldita!! – disse batendo a porta da frente com força e indo para área externa da casa e avistei o limpador da piscina.

Caminhei até ele que a me ver fingiu não esta olhando para o andar de cima e não ter escutado a briga.

_ Sai daqui, antes que ele chegue e eu conte tudo. – disse empurrando ele no chão, que logo saiu assustado.

_ Idiota! – Gritei ainda transtornado e derrubando todo café da manhã que estava na mesa perto da piscina.

Respirei fundo e caminhei ao jardim, ninguém costumava ir ao jardim naquela casa, aquele jardim só existira por objeção de minha mãe e esta ainda é a única lembrança que meu pai ainda preserva dela nessa casa. E ao chegar ao local perguntei a mim mesmo porque não visitava mais o local, aquele jardim era a lembrança e presença pura da minha mãe e de alguma forma ele me acalmou.

_ Droga! Você disse que ele nunca vinha aqui! – Ouvi uma voz feminina ecoar no jardim.

Virei e pude perceber que o lugar não estava tão vazio assim, o jardineiro estava lá e o mais surpreendente, Samantha me olhava fixa e em intervalos desviava os olhos de mim ao Senhor Jorge.

_ O que faz aqui ? Vocês ouviram tudo ? – perguntei sobre a briga.

_ Sim! – Disse o jardinheiro.

_ Não! _ Disse Samantha em uníssono com o jardineiro e isso me deixou confuso.

_ Sim ou não? – perguntei novamente.

_ Não!- disse o jardineiro.

_ Sim! – Disse Samantha em uníssono novamente e fiz uma cara de confuso.

_ Decida-se, vai contar pra ele ou não?! – O jardineiro falava com Samantha de mim, como se eu não estivesse ali.

_ Decida você... Você disse que ele nem vinha aqui! Não ajudo mais você!- Samantha dizia irritada.

_ Você que se ofereceu, ora!

_ E me arrependo, não sabia que trabalhava pra esse idiota! – Ela ainda discutia com ele.

_ Opa! O idiota aqui ta meio que confuso. – me pronunciei.

_Não importa se ouvimos ou não, Antenor. E eu estou de saída. – ela disse tirando uma roupa suja de barro e se dirigindo para saída.

Eu não queria que ela fosse, eu não sei porque, mas a presença dela me fez esquecer de todo ódio que sentia pela minha madrasta.

_ Espera, fica! – pedi e ela me olhou surpresa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esperando os reviews de vocês!!
Quero saber muito a opinião de vocês!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor E Caos..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.