Fanfic De Ones escrita por Nicolle Bittencourt, Tina Santos, Nina P Jackson Potter, Nai Castellan Jauregui, BiahMulinPotter, Zack Shadowarg, Black Umbrella, Liah Violet, Miss BaekYeollie


Capítulo 18
Capítulo 18: Canção da Árvore-Forca


Notas iniciais do capítulo

Olá, aqui é a BiahMulinPotter
Bem, essa one é para quem já leu a trilogia "Jogos Vorazes"
Em "A Esperança" Katniss canta essa canção e eu fiquei muito curiosa...
Não ficou 100%... Meio difícil fazer uma fic assim '-'
Mas, espero que gostem.
Boa leitura ;)

Ah, aqui está a música: http://www.youtube.com/watch?v=uKrCE1aYz7o



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A Rebelião ocorrera dois anos antes, desde então a Capital vinha impondo seu poder com mais força, subjugando os distritos de uma maneira cruel e doentia. Agora, as crianças de todos eles eram obrigadas a passar por um processo de seleção chamado "Colheita", no qual um menino e uma menina eram escolhidos para participarem de um programa horrendo conhecido como "Jogos Vorazes", todo ano as pobres criaturas eram forçadas a lutarem entre si até que só um restasse, o vencedor. O mais nojento era a forma como os cidadãos da Capital passaram a adorar os jogos.
Além disso, os distritos estavam impregnados por Pacificadores, pessoas cruéis capazes de tudo para manter a "ordem" e as regras da Capital.
Não há como relatar todos os horrores que ocorriam no 12 e nos demais, levaria dias, talvez meses, e essa história é curta, sobre um episódio em especial.
Bem, comecemos:

Gregor Stone era um jovem de 18 anos, um mero habitante do Distrito 12, trabalhava duro nas minas durante a maior parte do tempo, às vezes passava fome, o que era normal naquele lugar. Mesmo assim, o garoto conseguia ser razoavelmente feliz.
Impossível? Talvez... Mas Gregor tinha um motivo.
Mary Elizabeth Everdeen tinha apenas 16 anos, sua aparência era típica da Costura, cabelos castanhos e olhos acinzentados. No entanto, a garota conseguia ser linda, a mais bonita de todo o Distrito 12. Era a mais velha de três irmãos, os outros dois, Lilah e Rory, eram apenas crianças. Mary trabalhava muito, lavava roupas e curava doentes, seu pai já havia falecido, então ela e a mãe cuidavam dos pequenos. Mary Elizabeth era a paixão de Gregor Stone.
Gregor não parecia ter nascido na Costura, ele exibia belos olhos verdes e cabelos ruivos, tinha herdado a boa aparência da mãe, irmã do prefeito. Fora um escândalo quando ela se casou com seu pai, um pobre minerador.
Mary e Gregor eram noivos, embora jovens. Isso era comum no distrito... Principalmente naquela época. Os dois se amavam louca e intensamente e mal podiam esperar pelo casamento. Desde pequenos já eram apaixonados e inseparáveis.
Infelizmente, o Distrito 12 não conhece muitos finais felizes...

Uma tarde, enquanto saía da mina, Gregor foi surpreendido por uma cena que quase fez seu coração parar.
Três pacificadores apontavam suas armas para Mary Elizabeth enquanto gritavam e esbravejavam. A moça protegia uma garotinha, Gregor aproximou-se e conseguiu escutar:
– É contra as regras crianças fora da escola a essa hora, queridinha! - O homem olhava para sua noiva com desejo.
– Ela estava doente. - Mary respondeu firme. A pequena parecia mesmo resfriada, o nariz vermelho e os olhos inchados a denunciavam.
– Se estava doente, o que faz perambulando por aí? - Perguntou outro pacificador.
– Ela só...
– Só estava contrariando as regras, não é mesmo? - Riu o terceiro. - Bem, nosso trabalho é garantir que isso não aconteça.
– Senhor, eu tive que sair e não podia deixá-la sozinha em casa!
– Bem, senhorita, talvez nós possamos esquecer isso. - O primeiro pacificador encostou suas mãos sujas no cabelo de Mary. - Mas terá de fazer algo por nós...
Mary Elizabeth arregalou os olhos. Uma onda de fúria encheu o peito de Gregor e ele correu para ajudá-la. Mas a moça voltou a si e respondeu à altura: uma cuspida bem dada.
O homem, furioso, guardou a arma e puxou um chicote do cinto. Gregor percebeu tarde demais o que ia acontecer.
– Menina insolente! - Esbravejou o pacificador.
Mary empurrou Lilah, que caiu segura na neve, a garota de 16 anos levou uma forte chibatada, sangue escorreu por seu braço. Gregor correu o mais rápido que pôde, jogou-se contra o pacificador e arrancou a arma de seu cinto. Antes que se desse conta, já tinha puxado o gatilho. Os outros pacificadores apontaram as armas e rugiram, mas Gregor atirou em ambos tão depressa que, quando viu o que tinha feito, já era tarde demais.
Ele matara três pacificadores.
Entrou em choque enquanto outros vinham, mal percebeu a chegada dos pacificadores que o seguravam e arrastavam, batiam e xingavam. Uma multidão se formara. De relance viu Mary Elizabeth apavorada, seus lindos olhos estavam arregalados e ela gritava seu nome.
O que ele fizera?
– Mary Elizabeth! - Gritou enquanto era levado. Suas mãos foram atadas. Os pacificadores o puxaram até uma árvore na entrada da floresta, antes da cerca. Eles amarraram uma corda em um dos galhos, e a multidão gemeu. Isso já acontecera antes. Mary Elizabeth era contida por sua mãe, que segurava seus braços com a ajuda do irmão Rory. A pobre menina gritava e chorava.
Quem mata pacificadores recebe uma pena: morte por enforcamento, depois disso seu corpo é esquartejado, os pedaços espalhados pelas ruas.
Gregor deixou escapar uma lágrima. Ele só queria salvar Mary Elizabeth. Queria que fossem felizes e estivessem juntos, livres para viver plenamente seu amor. Infelizmente, esses desejos eram impossíveis, pelo menos no Distrito 12.
Seu pescoço foi amarrado. E Gregor foi empurrado para a morte.
No início, sentiu uma dor absurda, mas foi uma pontada incrivelmente rápida. Depois, foi tomado pelo torpor.
A morte foi gentil, rápida, e o melhor de tudo: trouxe a tão sonhada liberdade, algo que Gregor nunca havia experimentado. Mas essa liberdade era ainda incompleta. Não poderia ser livre sem Mary Elizabeth, sabendo que ela ainda era prisioneira do mundo.
Ele estava decidido. Levaria a noiva para a morte. Juntos, estariam felizes para sempre.

Os olhos de Mary já não choravam mais, sua dor ultrapassara a fase do choro. Não dormia desde o acontecido, tinha medo dos pesadelos. Mas que pesadelo poderia ser pior que a realidade?
Lilah, Rory e sua mãe nunca saíam de perto, a moça sabia que eles estavam querendo ajudar, mas sentia-se sufocada. Precisava de um momento sozinha.
Durante a madrugada, enquanto os outros dormiam, Mary Elizabeth saiu para dar uma volta, não prestava atenção em seus passos, como se estivesse sendo levada por alguém.
De repente, viu-se em frente à árvore, aquela árvore. A corda que representara a ruína de seu amado ainda estava lá, balançando lentamente.
Mary caiu de joelhos e começou a chorar.
Levou um susto quando ouviu alguém chamando seu nome. Uma voz tão familiar... Temia estar enlouquecendo.
Gregor apareceu ao seu lado, uma sombra tremeluzente. Quando o viu, a jovem soltou um grito. "Estou mesmo maluca!" Pensou.
O espectro levou um dedo aos lábios pedindo silêncio. Depois exibiu um sorriso tranquilo, os olhos verdes risonhos como sempre.
– Você é real? - A moça perguntou baixo. - Está aqui mesmo, ou eu realmente enlouqueci?
– Eu estou aqui. - Sua voz era um sussurro. - Vim te buscar.
Mary tentou tocar o fantasma, mas sua mão o atravessou. Gregor franziu as sobrancelhas.
– Não, só poderemos ficar juntos se você vier comigo.
– O quê? Gregor eu não posso... Minha família precisa de mim.
– Você precisa ver, Mary Elizabeth. A liberdade é linda. Venha comigo...
– Eu não posso... - Ela respondeu, mas suas palavras eram vazias, pois o que ela mais queria era tocá-lo de novo.
– Encontre-me aqui amanhã, venha à meia-noite. Se você vier, seremos livres juntos, mas se não o fizer... Bem, nunca mais me verá, prometo não mais importuná-la.
Dito isso, o espectro desapareceu, deixando Mary sozinha.
Ela voltou para casa e refletiu.
À meia-noite, a jovem estava novamente na árvore. Tomara sua decisão. Seus irmãos ficariam bem, ajudariam a mãe, eles sobreviveriam. Mary não. Ela não viveria sem Gregor, queria estar junto dele, livre.
Novamente seu fantasma apareceu, estava sorrindo.
Mary Elizabeth amarrou sua corda ao lado da dele. Antes de pular para o vazio, ela sussurrou "Eu te amo".
Quando abriu os olhos, estava abraçada a Gregor. Ele sorria e lhe mostrava a liberdade. Mary viu maravilhada. Eles estariam juntos, livres e felizes.
Para sempre.


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Notas finais do capítulo

E então?? Eu sei, eu sei... Não é a minha melhor one, mas eu estava sem inspiração T-T
Deixem reviews, ok???
Beijinhos ;)