Fanfic De Ones escrita por Nicolle Bittencourt, Tina Santos, Nina P Jackson Potter, Nai Castellan Jauregui, BiahMulinPotter, Zack Shadowarg, Black Umbrella, Liah Violet, Miss BaekYeollie


Capítulo 17
Capítulo 17: Por que tem que ser TÃO complicado??


Notas iniciais do capítulo

Mais uma pra vcs!
Tina:: essa é de Harry Potter segunda geração, nunca pensei muito nisso, mas acabei criando essa pequena one que pode vir a ser uma história.

Boa Leitura



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Era o quarto ano, eu estava nervoso porque iriamos ter um baile de inverno. Esse evento tinha sido aceito em Hogwarts desde que Minerva a nossa diretora tinha assumido o cargo depois da construção do castelo. Isso antes de Thiago nascer. Eu era tímido e minha melhor amiga ia com um cara nojento! Não sei porque ele era nojento, eu só o achava nojento. E idiota, eu também o achava idiota. Porque ele era realmente um idiota. Não sei o que Rose viu nele, não sei mesmo!

Mas lá estava ela, linda com um vestido preto rodado, não muito longo e de alças. Os cabelos encaracolados caindo por seu ombro trançados com fios dourados. Não usava muita maquiagem na verdade era algo muito simples, mas que valorizava seu rosto e seus olhos. Azuis, brilhantes e sorridentes. Eu estava acompanhado de outra garota Malfada Ruller da Lufa-Lufa. Ela era bonita e legal. Mas eu não queria estar com ela, agora. Embora eu tivesse feito de tudo para ir com ela.

Mas voltando alguns dias atrás.

Estávamos eu e ela na biblioteca fazendo um trabalho para Trato de Criaturas Mágicas, quando Rose pergunta com que eu vou para o baile. Nisso já se fazia quase um mês que tinham anunciado e faltava uma semana. Eu me inclinei para mais perto dela e sussurrei para que mais ninguém escutasse.

– Quero convidar Mafalda, da Lufa-Lufa a goleira!

Eu e Rose jogávamos no time da casa Grifinória. Meu irmão Thiago era atacante, eu apanhador como meu pai, e Rose também atacante e uma fantástica, tinha muito mais habilidade que minha mãe. Então ela conhecia Mafalda que era a melhor goleira da Lufa-Lufa. Malfada tinha interceptado cinco gols dela. Elas meio que eram rivais no campo.

– Humm, sim. – ela disse voltando a fazer o dever.

– Será que você pode me ajudar? – perguntei esperançoso, afinal fora do campo as duas até se davam bem.

Rose me olhou com aqueles olhos azuis e senti um choque elétrico e meu coração falhar. Não era a primeira vez que isso acontecia. Ela estava dando aquele olhar. Eu não sabia decifra-lo. Era um olhar penetrante cheio de algo trancado a sete chaves. Por Merlin! Como ela fazia aquilo? Ela tinha os mesmos olhos da minha mãe, mas ao mesmo tempo eram tão diferentes. Sua expressão límpida e serena. Ela ainda me encarava. Eu queria parar o contato entre nossos olhares. Mas era algo magico, só podia. Mas desde que éramos pequenos ela tinha aquele olhar. Um olhar que me fazia sentir coisas estranhas e particulares, como meus medos e minhas forças, meus sonhos e meus desesperos.

– Claro, falo com ela. – disse por fim voltando a olhar para o dever.

Fiz o mesmo. Menos de dois dias ela estava andando com Austrin Tiryn um cara da Corvinal que se achava o ultimo biscoito do pacote. Ele era extremamente exibido e egocêntrico. Era um palhaço! Eu detestava esse cara ( no primeiro ano ele tinha esnobado Rose porque tia Hermione não tinha os pais bruxos! ). Eu nunca contei a ela o motivo de eu sempre o detestar, não queria que ela se sentisse mal ou inferior aos outros. Agora ele estava andando com ela como se nunca a tivesse insultado antes!

Aquilo me deixou possesso. E quando ela chegou uma noite no salão da Grifinória depois da hora brigamos.

– Onde você estava? – perguntei, eu estive fazendo um dever enorme para astronomia e teria que ficar a noite inteira fazendo.

– Sério isso? – ela suspirou e começou a subir as escadas para o dormitório das meninas.

Eu corri e passei na frente dela não deixando ela prosseguir. Ela me olhou um olhar cheio de um misto de sentimentos. Raiva, fúria, nervosismo, medo e insegurança. Mas não me deixei amolecer. Eu tinha o péssimo pressentimento que ela estivera com Tiryn e isso não me agradava em nada! Eu era o melhor amigo dela.

– Onde, Rose? – perguntei de novo e ela deu um sorriso sarcástico.

– Não é da sua conta Potter! – ela disse ríspida o que não era normal – Agora saia da frente quero dormir.

Eu não deixei. Tinha algo de errado com ela e eu queria saber o que era. Ela tentou me empurrar, mas segurei seu rosto com as duas mãos, e fiz com que ela me olhasse nos olhos. Coisa que ela evitara desde que chegou. Isso foi... Estranho. Muito alias. A pele dela estava gelada ao meu toque, e sua respiração rápida só comprovando que estava irritada. Seus olhos, diferente de sua postura tensa e dura, estavam líquidos como se quisessem chorar. Ela apertou os lábios para depois morder o superior. Depois ela ergueu o queixo determinada e pegou em minhas mãos.

– Me deixa! Cuide da sua vida! – disse num tom frio e baixo.

Aquilo me deixou tão surpreso, magoado e irritado que soltei o seu rosto e respirei fundo quase gritando.

– Ótimo! Perfeito, vou fazer isso mesmo! Tenho muita coisa para fazer! – falei sendo incoerente e saindo da frente dela e voltando para o sofá. Não olhei para trás e aquilo me doeu.

Agora vendo ela rodopiar com Austrin, me deu uma vontade enorme de voltar no tempo abraça-la e conforta-la. Eu tinha deixado ela passar, agora ela estava nos braços do crápula de Austrin que devia estar na Sonserina e não na Corvinal.

– Você não quer dançar não é? – perguntou Malfada me olhando.

Me esqueci que ainda estávamos dançando. Mafalda era linda, tinha cabelos ruivos lisos e um sorriso confiante, tinha olhos que eram roxos um pouco pro preto. Ela me olhava com compreensão.

– Não, desculpe. – disse em voz baixa.

– Você brigou com Rose. – deduziu.

– Bem, sim. – eu disse meio sem jeito.

– E porque não fizeram as pazes? – perguntou interessada.

– Não sei... – parei de dançar e a olhei ela sorria travessa.

– O que esta esperando Alvo? É realmente entristecedor estar magoado com um amigo.

Sorri para ela. Ela disse que eu poderia me reconciliar com Rose e depois voltar. Nisso eu estava eternamente grato a ela. Pelo o que eu tinha notado Austrin tinha ido pegar uma bebida e deixado Rose esperando-o num banco do lado de fora, onde esta fazendo frio. Não perdi tempo corri para lá, Mafalda tinha dito que distrairia Austrin por tempo suficiente para eu e Rose nos acertarmos.

Na enorme varando com vista para o lago. Foi onde eu a achei. Ela estava inclinada olhando o horizonte já negro com a chegada da noite. Pequenos flocos de neve caia lentamente ao seu redor. Os que chegavam muito perto do seu corpo se derretiam porque não eram grandes e nem fortes. Respirei fundo e fui até ela.

– Rose. – a chamei baixinho.

Ela se virou num susto. Com certeza não esperava a minha aproximação. E isso me fez pensar se ela queria que Austrin tivesse chegado. Aquilo me irritou. Me aproximei dela ainda mais. Ela deve ter visto o aborrecimento estampado em meu rosto porque recuou um pouco.

– Sev... – murmurou.

Só Rose me chamava assim. Desde criança. Minha mãe também, mas achava Alvo muito mais bonito então quando fiz onze anos e recebi a carta para Hogwarts ela parou de me chamar de Seve. Eu fiquei ao seu lado. Como estava frio só estávamos nos dois o que para mim estava perfeito, eu era muito tímido.

– Desculpe. – falei sem olhar para ela sentindo meu rosto esquentar, por isso olhei para o outro lado.

– Mas, porque? – ela perguntou.

– Por ter discutido com você, aquele dia que estava com Austrin. – eu a olhei e ela olhava para os sapatos.

– Não foi bem uma discursão. E você não precisa se desculpar. Eu que preciso. – ela parou e tomou folego – Não deveria ter me irritado com você, afinal você não fez nada!

Quando ela terminou uma pergunta surgiu como um toque de campainha barulhento e incomodo em minha mente. Fez o que? E um novo sentimento e pensamentos afloraram em minha mente.

– O que aquele infeliz defunto fez? – o ódio estava visível em minha voz e eu até ficaria com medo se não estivesse com uma vontade assassina de matar Tiryn.

– Sev... – Rose parou seus olhos ficaram úmidos de novo. – Nada, eu não deixei. Juro. E ele me pediu desculpas.

O que por Merlin ele fez!??, pensei.

Queria gritar e sacudir Rose para que me falasse, mas a vendo a beira das lagrimas não consegui. Apenas coloquei seus cabelos atrás da orelha e me inclinei e dei um beijo em sua bochecha. Aquilo para nós não era nada estranho. Fiquei com a testa encostada do lado da sua cabeça meus lábios na sua bochecha rosando de leve. Senti ela se arrepiar, estava ventando e a neve agora caia ainda mais.

– Rose...

O que aconteceu, devo avisar de antemão, não fora planejado. Eu só me afastei um pouquinho dela e a chamei ela virou seu rosto para mim e nossos narizes se tocaram. Nossas respirações se juntaram e nossos olhares se cruzaram e teve algum entendimento entre eles, porque já estava com meus lábios perto dos dela quando fomos bruscamente interrompidos.

– Alvo! – gritou Thiago que correra para lá.

Felizmente ele não notara nada. Nos afastamos tão rápido e olhamos para ele que me esqueci de ficar envergonhado. Thiago me puxou para dentro dando um aceno para Rose. Mas tarde na minha cama, fiquei horas olhando para o teto e pensando... Não que o que iria acontecer fosse errado, por termos sido criados como irmãos. Nem no que quer que Austrin tenha tentado fazer. Mas em como seria beijar minha melhor amiga.

Um ano depois...

Estava andando de metrô e ouvindo música. Pensei no que tinha acontecido no quinto ano. Eu comecei a namorar Mafalda e nosso namoro foi ótimo, mas antes de o ano acabar decidimos terminar. Percebemos que gostávamos de pessoas diferentes e que nosso relacionamento era de verdadeiros amigos. Rose já tinha dado um fora em Austrin desde o quarto ano, mas no quinto ele tinha alegado estar apaixonado por ela. Ela tratou a declaração como uma geleira. Fria e direta. Eu amei isso. Também foi o ano em que meu irmão sacou que eu e Rose estávamos diferentes um com outro.

Como, sempre que nos abraçávamos ou ficávamos sozinhos um clima estranho pairava no ar. Ou quando acabávamos nos encarando muito. Ou quando falávamos um com outro. Eu senti que algo tinha abalado nossa amizade. E fora na noite que quase nos beijamos. Eu ainda me pegava a olhando imaginando como teria sido. Não sei se ela também imaginava, mas eu gostava de pensar que sim. Diante disso tínhamos nos afastado um pouco no quinto ano, até porque eu tinha começado a namorar e ela... Bem, nunca soube exatamente se tinha se relacionado com algum cara. Mas as fofocas diziam que ela tinha saído com Gabriel Haven. Era um amigo meu, estava na mesma casa que nós dois e sempre teve uma quedinha por Rose.

Ela o irmão e os tios viajaram para a Grécia para saber sobre a magia lá. Viagem essa programada por tia Hermione. Hugo e Lily fazia o segundo ano. Eu não sabia quando eles voltariam, mas estava chegando o aniversario de Rose. Por isso eu tinha saído para procurar um presente. Claro que eu poderia ter encontrado alguma coisa no mundo bruxo, mas decidi comprar no mundo dos trouxas. Fazer algo diferente. Rose iria gostar. Acabei indo em varias lojas e por fim comprei um colar com um pingente redondo e entalhado no ouro um leão. Perfeito.

Minha ideia era simples. Enfeitiçar o colar, com um feitiço que eu vinha tentando aperfeiçoar. O feitiço em contexto era simples, você pegaria um objeto e o tornaria um guardador de lembranças, serviria para guardar as lembranças mais marcantes da vida da pessoa. Agora em pratica... Demorei quinze dias para completar o feitiço, sozinho. Se tivesse pedido ajuda a minha mãe ou a tia Hermione demoraria bem menos, mas queria fazer por conta própria.

Rose e a família chegaram a tempo para o aniversario. Papai e Rony cuidaram de enfeitar a casa, enquanto mamãe e tia Hermione faziam a comida. Todos os Weasley estavam reunidos. Rose tinha saído com nossas primas. Graças à magia tudo ficou pronto rapidamente e quando deu sete em ponto Rose chegou. A surpresa não fora tão grande por que ela já suspeitava. Mesmo assim ficara emocionada. Recebera presentes e parabéns, eu fiquei por ultimo esperando todos lhes desejar uma vida feliz e prospera. Assim que ela ficou sozinha e sua mãe pediu para que guardasse os presentes em seu quarto, rapidamente me ofereci para ajudar. Rose não contestou.

Mas notei que tinha ficado tensa. Normalmente, percebi, tínhamos feito um joguinho um com outro involuntariamente. Ela começara tudo. Na manhã seguinte depois do baile e nosso “quase beijo” ela dissera que estava tudo bem e que éramos grandes AMIGOS. Eu deixei quieto. No quinto ano víamos fazendo de tudo para ver como ficávamos nervosos um perto do outro. Certo dia em Hogwarts ela que me acordara já vestida para a aula. Eu tinha dormido demais por que passamos a noite comemorando nossa vitória contra Sonserina. Ela passara as mãos em meus cabelos e falara com uma voz aveluda: - Acorde Sev, ou vai se atrasar. Eu quase tinha me erguido de modo que pudesse beija-la, mas ela levantou-se e saiu rodopiando e dando um sorriso maroto. Depois foi minha vez, enquanto cuidávamos de umas plantas carnívoras que eu não me lembrava do nome, eu a sujei de terra o que ela revidou. Depois rolamos pelo chão até ela ficar por cima me encarando e rindo. De novo senti vontade de beija-la. Mas Hagrid tinha nos mandado ter mais cuidado porque poderíamos perder nossas cabeças.

Subindo atrás dela com os braços lotados de caixas, permiti me perder em pensamentos. Quando chegamos ao seu quarto notei que ela tinha mudado os moveis de lugar. Fazia um tempo que eu não entrava lá. Ela disse que colocasse os presentes em cima de uma mesa que antes estava perto da janela, agora estava perto da porta. A cama mesmo que era no meio tinha sido encostada na janela, o guarda-roupa na parede oposta no meio. O mural de fotos dela continuava no mesmo lugar. Tinha uns mini sofás perto da cama e o banheiro.

– Mudou. Legal! – comentei ela fez que sim com a cabeça e olhou para os presentes que eu tinha colocado na mesa. – Ei, seu presente!

Nisso ela me olhou espantada. Provavelmente esperava que eu já tivesse dado junto com Thiago. Eu coloquei a mão dentro do meu paletó e tirei uma caixa preta simples. Ela observava atentamente. Eu entreguei para ela, que se sentou na cama e a abriu. Tirou a corrente de ouro e a analisou admirada. Fiquei feliz.

– Oh Sev! – ela arquejou. – É lindo!

Ninguém subia para o segundo andar.

– Bem... – Você é linda!, pensei em dizer, mas me contive – Queria fazer algo especial.

– Com certeza isso é especial!

– É enfeitiçado para guardar lembranças importantes a partir de agora!- ela me olhou com os olhos marejados.

– Obrigada! – não nos abraçamos.

Peguei o colar de sua mão e ela automaticamente se virou de costas para mim, para poder coloca-lo em seu pescoço. Ela tirou o cabelo deixando a amostra seu pescoço, e meus pensamentos voaram. Prendi o cordão e a abracei. Ela se encostou em mim e meu queixo ficou na volta do seu pescoço. Por um momento esqueci tudo. Só havia eu e ela como antes. Seu corpo relaxou. Meus braços se apertaram em sua volta e ela suspirou.

– Sev... – ela começou a dizer, lentamente e gentilmente se desvencilhou de meu abraço e se virou para me olhar – Sei que estamos estranhos um com o outro e...

Ela foi interrompida por Hugo que disse-nos para descermos porque queriam cantar os parabéns. Rose deu um olhar irritado para ele e se levantou. Segui o seu exemplo e despenteei os cabelos ruivos de Hugo quando passei por ele. O restante da festa foi desenrolando com música, comida e um breve discurso da aniversariante. Que foi pequeno, simples, emotivo e engraçado. A maior parte dos tios e primos foram embora. Só ficando eu e minha família. Tio Ron e meu pai foram para o escritório. Minha mãe e tia Hermione foram para a biblioteca fofocar ( sim, mãe eu sei que vocês falam de Thiago e eu ). Lily e Hugo foram jogar xadrez bruxo.

Tinha um piano na sala. E Rose o estava tocando. A melodia fluía de modo suave e sonoro, preenchendo todo o cômodo. Os dedos delicados dela moviam-se pelo o instrumento com grande habilidade. Seus olhos fechados e sua cabeça acompanhando as notas. Rose era uma compositora maravilhosa. No meu décimo quinto aniversário ela tinha criado uma canção para mim. Não cantava, mas ela nem precisava. Ela enfeitiçara meu quarto para tocar essa música quando eu quisesse. Então você pode imaginar como eu a escuto. Ela tocava uma melodia suave e calma.

Me levantei e me sentei ao seu lado. Ela notara, mas continuou de olhos fechados. Quando a música acabou ela me olhou. Aquele olhar.

– O que você queria falar comigo? – perguntei não conseguindo quebrar o contato visual.

– Vem! – ela se levantou e começou a subir a escada. Olhei para os lados e a segui. Assim que chegamos ao seu quarto ela fechou a porta e se sentou na cama, deu um tapinha na sua frente e eu me sentei sorrindo.

– Então? – perguntei me sentando ao seu lado invés de se sentar a sua frente.

Ela me olhou. Talvez me analisando. Eu tinha crescido bastante, meus cabelos estavam rebeldes, meus olhos verdes, minha pele clara. Eu estava vestindo jeans, blusa gola V, tênis e um paletó preto por cima. Ela respirou fundo e começou a falar.

– A gente nunca conversou sobre o que aconteceu no baile de inverno no quarto ano. – disse olhando para o travesseiro.

Realmente nunca tínhamos tocado sequer no assunto. Meu coração disparou e minha mente bolou mil e uma possibilidades de onde aquela conversa iria parar.

– Uhum. – disse para ela prosseguir.

– Você, quer dizer alguma coisa antes de eu falar?

Era isso. Me desesperei. Rose nunca esperava para dizer algo. E se estava perguntando era porque a conversa não iria acabar bem! Pensei em dizer que ela podia continuar. Mas e se ela decidisse que tínhamos que nos afastar. Eu não suportaria. E se quisesse que eu nunca mais olhasse, falasse com ela? E se ela dissesse que estava apaixonada por outro cara ( não que ela estivesse por mim. Bem não sei )?

Decidi então que falaria tudo. Respirei profundamente e segurei seu rosto com minha mão para que olhasse para mim. De um jeito ou de outro isso se resolveria hoje. Definitivamente.

– Rose, vou ser bem sincero. Não paro de pensar no que aconteceu e no que poderia acontecer. Não paro de pensar em como teria sido se Thiago não tivesse se intrometido. Não paro um folego e prossegui – Sempre que esta perto tenho vontade de te beijar e acabar com essa agonia, de não poder te tocar. De ter que fingir que esta tudo bem!

– Sev... – eu com certeza a estava assustando, mas não tinha como eu parar.

– Rose, quero você como amiga, irmã e... – dessa vez ela me interrompeu, mas não como eu imaginava.

Enquanto eu falava, vi algo nos olhos dela que brilhavam como se fosse fazer algo muito louco e desesperado. Ela tinha esses olhares quando estava no treino de quadribol ou jogando. Mas ali com eu segurando seu queixo para não desviar seu olhar, estava mais intenso e profundo. Eu me sentia afundando na imensidão azul de seus olhos. Quando comecei a falar como eu a queria e se ela não tivesse me interrompido teria falado demais. Ela simplesmente passou a mão pelo meu cabelo e selou nossos lábios. Simples assim, surpreso permaneci um tempo de olhos abertos, tentando entender, quando ela se afastou e abriu a boca para falar mais tive um surto.

– Espera! – o tom desesperado da minha voz saiu.

Passei as mãos pelos seus cabelos e desta vez eu a beijei. De uma forma calma, desesperada, apaixonada. Ela retribui o beijo, colocando um quê de loucura, doçura, sensibilidade e fúria. Ficamos assim até o folego acabar. E mesmo depois de uns minutos voltamos a nos beijar, o beijo ficando terno e calmo, mais demorado. Não fomos interrompidos nem descobertos. Ninguém nos procurou.

A noite já tinha caído e estávamos deitados um olhando para o outro, às vezes sorrindo e rindo um do outro como antigamente, outras nos beijando como faríamos a partir dali. Nada falávamos, Rose apenas demonstrou o que sentira o tempo todo, o mesmo que eu. Agora o desafio seria contar para nossos pais. Por que bem, fomos criados como irmãos e mesmo que não fossemos ainda éramos primos. De um jeito ou de outro tínhamos um problema. Mas duvidava que conseguíssemos falar sobre isso naquele momento. Pelo menos aquele ano não.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam?

Bjs do Monte Olimpo!



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