Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 71
Acerto de contas.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho e meio chato, mas essencial para a história haha
Eu ADORO essa resposta de vocês à fic, sabia? Vocês rirem dos capítulos e reclamarem quando eu demoro a postar é tão revigorante!
Talvez tenha mais capítulos essa semana graças à resposta maravilhosa ao último. Quero acabar logo com essa temporada de CI.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369744/chapter/71

Depois dali, resolvi voltar ao dormitório. Não estava sossegando meu facho e não o sossegaria até estar em paz com o meu Gabriel e poder esfregar o nosso amor e felicidade na cara de todos os que nos rodeavam. Cheguei no quarto e Gustavo e Bruna estavam junto a Lucas, Desirèe, Henrique, Bernardo e Ivan. Procurei por heloise e quando a encontrei deitada na cama, sentei-me á beira desta.

— Hey, pequena – disse, sorrindo e tirando o fone do ouvido – Como es...

— Não seja falsa, sua nojenta – em alto e bom tom, falei para que todos ali me ouvissem – Escuta aqui, qual é a porra do seu problema?!

— Eu não sei do que você... – gaguejou num tom mais sério, ajeitando-se na cama.

— Não ouse usar esse tom de vítima comigo, Dousseau – vociferei – Eu já sei, ok? Na verdade, eu já sei, o Gabriel já sabe, já falei pro Nicholas que eu já sei e eu to cansada pra caralho disso. Só me explica por que.

Ela passou um tempo me encarando e abrindo e fechando a boca, provavelmente pensando no que diria. Uma desculpa esfarrapada, provavelmente. Encostei-me à beira da cama, esperando sua resposta, e finalmente seu semblante tranquilo transformou-se em olhos trovejantes.

— Você destruiu tudo – sussurrou ela – Você um belo dia me apareceu aqui e destruiu tudo! Destruiu a vida da Natalie, o namoro dela com o Gabriel, tudo!

— Você comeu merda ou o quê?! Que namoro, meu amor?! E quando foi que isso começou a te afetar? Até o momento em que eu te juntei com o Thiago tava tudo bem pra você.

Ok, talvez eu tenha tocado num ponto delicado. Ela virou a cara e não falou mais nada. Ri irônica, me levantando e me servindo de um café e voltando para encara-la.

— Eu não sei que merda eu fiz a você, especificamente, mas de qualquer forma, não justifica você se juntar a um psicopata para destruir minha vida. Ele tentou me matar, você sabia? – sussurrei. Ela estava chorando – Você parou pra pensar no peso que você carregaria para o resto da sua vida se o Nicholas tivesse me ferido? Fisicamente? Como sua amiga Natalie fez? Escuta, me desculpa se você acha que eu destruí sua vida, mas a sua vingança ideal seria me matar?

— Amanda, eu...

— Você é desprezível e eu sinceramente não sei o que caralhos o Thiago viu em você.

— Nem o Gabriel em você, se é esse o caso – vociferou – Você é mesquinha, é mimada, e olhe pra você tentando parecer ameaçadora.

— Eu nem mesmo comecei – disse, me aproximando dela e encarando-a – Você não tem a mínima noção do que eu sou capaz, então não me venha com “olhe pra você tentando parecer ameaçadora”. O negócio é: não vou sujar minhas mãos com você, sua imunda.

“Sua imunda”. Meus xingamentos andam fenomenais – pensei. Sentei-me ao lado dos garotos, deixando-a só com seus pensamentos. E nada doía mais que isso. Por experiência própria, sei que absolutamente nada dói mais do que ficar sozinha com nossos pensamentos e com aquela dor chamada culpa. Nos últimos dias, esta quase me corroeu. Uma vingança justa era deixa-la na mesma situação, certo? Olho por olho.

— Você é um monstro, Froidefond – sussurrou Henrique, jogando o braço em volta do meu pescoço.

— Essa sim é minha vadia egoísta – comemorou Bê, mordendo minha cabeça – E eu te amo.

— Amo vocês, também – disse, abraçando-os e me aninhando no meio de todos eles – Amanhã vou falar com o Nicholas e terminar de resolver esse pesadelo no qual eu me meti.

— Isso vai ser ótimo – disse Bruna – Ótimo um pouco de paz pra variar, você não acha?

— Eu tenho certeza.

Encostei a cabeça em seu ombro e devo ter apagado. Mais comum que meus apagões eram as malditas encrencas nas quais eu me metia, certo?

No dia seguinte, despertei na mesma posição em que havia dormido; estávamos aninhados no sofá. A luz do sol havia me feito acordar e agora era hora de me levantar e partir em busca do regresso do meu relacionamento, certo?

Levantei-me pisando nas costas de Henrique e fazendo-o soltar um resmungo e morder minha perna – nossa amizade era cheia de mordidas e creio que já tenham percebido isso – e rumei ao banheiro, fazendo todas as firulas necessárias para uma higiene básica, o que hoje contava com um bom banho.

Após me vestir – sem me importar com os caras dormindo no sofá – saí do quarto e me arrastei até o dormitório masculino. Subi até o andar do quarto de Nicholas e entrei em seu quarto. Quando me sentei em sua cama, ele acordou. Ainda com os olhos semi-abertos, esboçou um sorriso.

— O que veio fazer aqui? – sussurrou.

— Acabar com essa porra toda, Nick. Tá na hora dessa chantagem acabar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Colégio Interno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.