Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 63
Tensão à toa, quase treta e espionagem


Notas iniciais do capítulo

os capítulos não estao tão engraçadinhos, mas já já voltam a ficar, ok? gosto de oscilar entre tensão e gracinhas :3 haha
e comentem, galere!!!! tem muitas visualizações, tipo, muito mais do que eu já tive por dia, e vocês não comentam! mandem mensagens privadas, recomendem, façam comentários, interajam comigo que eu juro que sou legal! hahah



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Estávamos jogados no sofá assistindo desenho quando Margô, minha mãe e um homem com cara de poucos amigos – apesar de ser um cinquentão muito do bem conservado – entraram no quarto.

— Eu quero saber só de uma coisa, Amanda – disse mamãe.

Ok, agora era hora do pânico. O que ela queria saber? Onde as drogas estavam escondidas? Que bafo de cigarro era aquele? (Do Gabriel, mãe, eu o beijei). Porque eu não me alimentava que nem gente? Mordi o lábio e me encolhi no sofá, enquanto ela me encarava durante os 20 segundos mais longos da minha vida.

— Como você me quebra tanto osso em tão pouco tempo e não me avisa, criatura?!

Eu acho que nunca expirei tanto ar que havia prendido por tão pouco tempo. Suspirei aliviada e sorri docemente, abraçando-a.

— Não quis preocupá-la

— Mas agora eu tô doida de raiva por você. Sai daqui, não me abrace.

— Pelo menos seus filhos não estão sendo quase suspensos por não dormirem no maldito dormitório deles – disse o cinquentão muito bem conservado – Porque os meus estão. Gabriel, pode me explicar porque diabos você não tem dormido no quarto que a gente teve tanto trabalho pra manter pra você e seus amigos?

— Porque eu to amando, pai. To amando essa pequena aqui.

Ele me segurou pela gola da blusa e eu me senti um cachorrinho. Sorri e beijei sua bochecha, deitando a cabeça em seu colo e sorrindo docemente pra ele. Beijei seu queixo e mamãe sorriu.

— Você gosta dele.

Aquilo não fora uma pergunta. Talvez estivesse nos meus olhos, ou no jeito com que eu estava mais doce do que nunca. Talvez estivesse no jeito que eu pareço até submissa e frágil perto dele, coisa que e não parecia desde o Caio e Pietro, a época mais feliz da minha vida até agora.

— Ela me ama – disse meu menino, orgulhoso – Ama pra caralho.

— Gabriel!

Ele tapou a boca e deu três tapas. Deitei a cabeça em seu colo e ele riu baixinho. A porta do elevador se abriu e lá estavam Chris e Lis, discutindo.

— Eu não tenho culpa se esses boatos começaram a rolar, e...

— Você tem culpa de ser a porra de uma vadia! – gritou o irmão – Se eu tiver que sair daqui, eu juro por Deus que acabo com a sua...

— Se controla aí, amigão – disse Bernardo, levantando da minha cama. O que ele fazia lá é um dos mistérios que eu prefiro preservar... Misteriosos – Vai dizer que nunca gravou um vídeo assim pra mandar pra alguma garota e ela deixou vazar?

— Não se meta.

— Se você levantar a mão pra essa garota eu juro por Deus que a arranco.

“Hipócrita, hipócrita, hipócrita!”

Isso ecoava em minha mente a cada palavrinha proferida pelo meu garoto. Mas não pude dizer nada, já que no momento tudo oque eu devia fazer era observar o circo pegar fogo, e de camarote ainda. Deitei sobre o colo de Gabriel e continuei a observar enquanto Chris colocava-se na defensiva.

Aquilo pareceria uma luta perdida para Bernardo se analisássemos os portes físicos dos dois. O que não se esperava era que o meu garoto fosse tão rápido e tão forte.

— Se vocês brigarem aqui e alguém sangrar, eu chamo aquela padra e vocês dois vão ser expulsos – gritou mamãe.

— Freira, mãe, freira.

Ela deu os ombros e os fitou ameaçadoramente. Bernardo gostava muito dela para deixa-la nervosa daquela forma. E não gostava nada de Lisandra pra que ela valesse o risco de levar uma surra, apesar de ele adorar a adrenalina de uma boa briga.

Ele se afastou de Chris e estralou os dedos e o pescoço, sentando-se entre minhas pernas e se deitando sobre mim. Aquela cena deveria estar muitíssimo feia pra quem não nos conhecesse: eu deitada no colo do meu namorado, com o melhor amigo deitado entre minhas pernas, segurando meus tornozelos e apertando-os, enquanto eu fazia-lhe cafuné.

Confuso, e muito feio para os pais que nos encaravam.

— Só eu posso machuca-la, porque eu tenho motivos – sussurrou para que só eu ouvisse. Bernardo estava muito alterado.

— Calma, Bernardo – supliquei – Não se estresse com isso, sim? Calma.

Ele não me respondeu. Apenas virou-se para que a mãe não pudesse encará-lo e provavelmente capotou. Sempre suspeitei que ele fosse narcoléptico, porque sua facilidade para dormir era assustadora.

— Bernardo – chamou Margô – Olhe pra mim.

Ele ressonou baixinho e abraçou minha perna esquerda, fazendo sua mãe rir. Ela se agachou ao meu lado e beijou minha cabeça.

— Avise a ele que eu preciso ir e lhe diga que a melhor coisa que fez foi vir para perto de você. Obrigada por cuidar do meu garoto.

Sorri, assentindo e beijando sua cabeça. Eu amava aquela mulher. Como uma segunda mãe, e era justamente o que ela parecia, já que era quem cuidava de mim nas viagens de mamãe pelo mundo em sua caça anual a homens. Os três pais presentes no quarto foram embora e percebi uns olhares suspeitos entre mamãe e o cinquentão. Ou meu sogro. Não sei muito bem como me referir a ele.

— Qual o nome do seu pai? – perguntei, fitando Gabes, que estava novamente concentrado no celular.

— Robear.

— Robear?

— Roberto. Mas nós o chamamos de Robear.

— Não de pai?

— Ele perdeu essa condição quando deixou minha mãe partir. E eu juro por Deus que se um dia eu fizer isso pros nossos filhos, você pode arranjar outro pra eles chamarem assim.

E continuou seu jogo. Estava quase dormindo, mexendo nos cabelos de Bernardo e aconchegada no colo do meu amorzinho quando meu celular vibrou.

Private Number: Você pensa que me engana né.

Vai doer menos se você terminar logo com esse babaca, Amanda. Porque se ele descobrir as coisas por mim..

Gelei. Como ele sabia do que estava se passando no quarto? Porque aquilo fazia diferença a ele, se eu aceitei sua proposta? E o mais importante, o que fazer agora? Tentei manter a calma, respondendo-o.

Froid diz: Do que caralhos você tá falando, cara?!

Private Number: Para de gracinha com o Gabriel antes que eu conte pra todo mundo – incluindo sua mãezinha – todas as suas merdas.

Aquilo estava ficando doentio, e eu estava realmente assustada.


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Notas finais do capítulo

Gente eu to amando fazer esse gossip N. e gossip B.
Sério.



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