Colégio Interno escrita por Híbrida
Notas iniciais do capítulo
Capítulo curtinho pq no próximo chegam personagens novos []
Bruna sentou-se em nossa frente e passou um bom tempo nos encarando. Tombei a cabeça no ombro de Gabes, que riu incrédulo e jogou a cabeça pra trás.
— Pois não? – disse ele.
— Ahn... Sua calça tá aberta, Mandie.
Gabriel a fechou e depois encostou nossas testas, me beijando de novo. Ri durante o beijo e mordi sua língua pra interrompê-lo. Odiava fazer qualquer pessoa de vela, e Bruna ainda mais. Era minha melhor amiga, afinal! Pobrezinha, não podia deixa-la sofrer dessa forma.
— Me desculpem – disse ela, prendendo o riso – Eu interrompi o casal?
— Interrompeu. Eu acabei de pedi-la em namoro, e...
— Vocês... – ela soltou, incrédula – Vocês não estão... – assentimos – Ah, minha nossa!
E ela começou a tagarelar incessantemente. Eu cansei de ouvir e apoiei a cabeça no ombro de Gabriel de novo. Estava louca pra brincar com tic-tacs, mas não podia interrompê-la, seria feio de minha parte. Deixei que ela falasse e demonstrasse toda sua emoção. O que demorou. Demorou de verdade. Uns 15 minutos, pelo menos.
Então, a porta do elevador se abriu, revelando Chloe, Henrique, Desirèe e Rodrigo, todos os quatro nos encarando.
— Thiago mandou uma coruja avisando a vocês o que houve aqui ou o que?!
— Vocês estão namorando?!
Assenti e os quatro jogaram-se sobre nós, me fazendo rir baixinho e abraça-los. Gabes riu um pouco depois, melhorando o humor de repente.
— Vamos, nós temos que comemorar!
— Porque vocês parecem mais animados que nós? – brinquei.
Descemos para o térreo e estávamos caminhando e dando risadas altas pelo campus quando um garoto nos parou e me encarou.
— Hey, você é Amanda Froidefond, não?
Assenti. O garoto tinha um forte sotaque russo e me lembro de ter trocado olhares no começo das aulas, enquanto ele jogava tênis. Mordi o lábio e o encarei.
— E você? Quem é?
— Eu me chamo Ivan. Ouvi falar de você...
— É um prazer conhece-lo, mas estou sem tempo de conversar agora, Ivan. Importa-se de conversarmos mais tarde?
— Ah, claro... Pode me passar seu celular?
Assenti, passando o celular pra ele. Ivan foi embora e eu encarei Gabriel, que me fitava incrédulo.
— Mas que merda foi essa?
— Se começar com ciúme agora, eu já termino esse namoro.
Ele bufou, fazendo beicinho e eu o beijei. Ele sorriu e eu sorri de volta. Finalmente, tudo parecia estar em seu devido lugar. As coisas atingiram uma estabilidade maravilhosa e minha vida tinha mais pontos altos que baixos pela primeira vez em muitos anos. Eu estava cercada de pessoas maravilhosas, que me amavam e me faziam amá-las cada vez mais.
Eu me sentia, uma vez da vida, em casa. Em paz. Feliz.
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