Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 39
Primeiro beijo, irmãozinhos e arco-íris




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Gabriel me fitou maliciosamente por alguns instantes, antes de me segurar pela nuca e me puxar pra si. Só ouvi a risada abafada de Thiago, fazendo Gabriel grunhir alguns palavrões entre o beijo.

Não vou lhes dizer que foi ruim, porque não posso mentir de tal forma. Que o garoto tinha pegada, ah, isso ele tinha. Mordi delicadamente seu lábio inferior para nos separar.

— Continuo mantendo minha opinião a respeito de sua sexualidade.

— Não parecia isso – sussurrou próximo demais a mim – Minha baixinha.

Quando estava me preparando pra dar uma boa resposta, ele puxou meu braço e me beijou de novo. Depois de algum tempo, o empurrei.

— Filho de uma puta – sussurrei.

— Me ama que eu sei.

Mostrei o dedo enquanto caminhava até Thiago, o abraçando. Ri e fiz o que mais gostava no mundo: apoiei a cabeça em seu peito e ouvi seu coração bater.

— Gostou, né, safada.

— Shiu.

— Mas que você...

— Thiago, quieto.

— Fique tranquila, você vai perceber quando meu coração parar de bater, cara.

Mostrei a língua pra ele e então percebi que não estava mais apenas abraçada a ele, mas jogada em seu colo. Senti os olhares fulminantes de Gustavo, Gabriel e Heloise em cima de nós e si dali, rindo. Não tanto por Gabriel, quero que este se foda. Mais pelos outros dois.

 — Ei – miou ele – Por quê?

— Porque estão me olhando feio. Vem cá e me abraça direitinho.

Ele riu e assentiu. Abraçou-me e beijou o topo de minha cabeça. Olhei pela janela e a tempestade parecia, aos poucos, cessar.

— Acha que vai parar logo? – miei

— É o que eu espero.

— Eu também, não aguento mais tudo isso de gente aqui.

— Obrigado por todo esse amor – disse, irônico.

— Te amo muito.

— Eu sei.

Acabei dormindo no colo de Thiago. Chamem-me do que quiserem, porque eu sei que sempre levam minhas amizades masculinas na malicia, e posso até entender isso. Mas ali não havia malícia nenhuma. Eu dormi com os braços envolvidos em seu tronco e quando despertei, ele havia cochilado.

A tempestade havia cessado e havia um lindo arco-iris no céu. Respirei fundo, sorrindo sozinha.

— Finalmente – sussurrei a mim mesma.


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