Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 38
O desafio.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/369744/chapter/38

— É o Bernardo! – gritei, arrancando o celular de sua mão.

— Quem?

— O outro – sussurrou Nogueira.

— Bernardo, porra! – berrei – Mozão!

Hey, anjo. Achei que você tivesse morrido. Tá feio a chuva aí, né?

— Tá horrível, Bernardo. E to trancada num quarto cheio de nego há duas semanas.

Eita porra! Surubão mesmo?

— Claro.

Se cuida, pequena. To morrendo de saudade de você, sério.

— Eu também. Te amo, delícia.

Também te amo, gostosa.

— Vem pra cá logo que eu to morrendo de...

— Amanda! – gritou Gustavo.

— Estão me reprimindo aqui. Não querem que eu te amo.

Tá namorando?

— Sabe que eu não amei ninguém desde o Caio.

E eu?!

— Meu amante, querido.

Ele riu e provavelmente a ligação caiu. Quando desliguei, Gustavo e Gabriel jaziam me encarando como se fossem me dar uns tapas. Eu ri baixinho, guardando o celular no bolso.

— O que foi?

— Gatão, delícia... – resmungou Gu.

— Achei que ele fosse só teu amigo – disse Gabriel, um tanto puto.

— Que fofos, esses meninos com ciuminho!

— Ciúme. De você. – resmungou Gabriel – Jamais. Eu me recuso.

— Isso na linguagem Gabriellis, quer dizer: ô vagabunda, não era pra você saber – disse Thiago, rindo.

— Cala a boca – vociferou Gabriel.

— E é mentira? Gustavo tá igualzinho!

— Claro que é mentira! – gritou Gabriel.

— Eu acho muito fofo.

— Sério? – disse ele, abrindo um sorriso.

— Sim, mas você não tem. Só o Thi tem ciúme. Meu Best.

Ele bufou, irritado. Puxou-me dos braços de Thiago e me encarou.

— Você é minha baixinha, não dele.

— Sou?

— Claro! Quero dizer, não!

— Faça o favor de se decidir, Gabriel. Odeio garoto inseguro, que num tem palavra.

— Ok, eu tenho – admitiu – Eu morro de ciúme de você, Amanda.

Eu era louca por meninos ciumentos. Soltei um “awn” e o abracei de lado, fazendo com que ele sorrisse abertamente.

— Se eu soubesse que era tão fácil te conquistar tinha declarado meu ciúme logo.

Me soltei dele e o garoto me abraçou de novo, mordendo minha orelha.

— Te amo – sussurrou.

— Não, não ama. E eu num posso dizer o mesmo.

— Claro que pode – sussurrou, novamente.

— Não vou mentir pra você. Babaca.

— Também te amo, princesa.

— Princesa é o tipo de cantada que meu avô usava.

— Eu também te acho uma delícia.

— Você é ridículo e me enoja.

— Você também tem belos olhos.

— Eu sou vesga, cara.

— Não me ofenda!

— Como é?!

— Ok, parei.

Por algum motivo, o garoto se sentiu livre pra deitar no meu colo depois do momento awn.

— Folgado.

— Você não disse que me ama? Eu posso.

— Mas eu não disse.

— Puxa, eu ouvi errado? É uma pena.

— Uhum. Agora que já sabe, pode se levantar.

— Mas tá tão confortável!

— Foda-se.

— Não vou sair.

Pulei da cama, mas antes que pudesse pisar no chão, ele havia me puxado pela manga da blusa.

— Fica aqui, por favor – sussurrou com a voz rouca.

— Para com isso, que droga – disse, após sentir os pelos do meu braço se eriçarem – Odeio que sussurrem no meu ouvido.

— Por quê? – sussurrou, mordendo o lóbulo de minha orelha.

— Porque arrepia!

— Sério?

Virei bruscamente, olhando no fundo de seus olhos muito azuis. Ele abriu um enorme sorriso malicioso.

— Para.

— Não.

Mostrei o dedo do meio e o garoto riu, abaixando delicadamente minha mão e beijando meu dedo anelar.

— Também te amo.

— Ai, Gabriel, vai se fuder!

— Você vem comigo?

— Não, trouxa! – murmurei, mostrando a língua. Ele a puxou – Ai, filho de uma puta!

— Olha a boca.

— To olhando. Mais especificamente pra língua que você acabou de puxar, viadinho!

— Quer que eu te mostre o viadinho? – perguntou, perigosamente perto de mim.

— Mostra!

Algo me diz que eu não devia tê-lo desafiado...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Colégio Interno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.