Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu gostaria muito, muito, muito mesmo de agradecer a leitora Milady Malfoy que me fez uma recomendação tão fofa! Agradeço muito mesmo, querida!
E também, para te tranquilizar, eu não pretendo nem mesmo pensar em desistir dessa fic, só que com o início das aulas do segundo ano, mais o cursinho de inglês, mais meu trabalho e ainda a monitoria e aulas particulares de matemática (porque eu sou horrível em matemática) eu só consegui entrar no pc hoje! Esse ano vai ser mais difícil pra mim, mas eu juro que vou sempre tentar postar nos sábados!
Em breve o nosso shipp se revelará, mas não fique muito ansiosa, beleza?
Mais uma vez obrigada!
Bella Wayne.



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Estava em uma clareira. As arvores a minha volta estavam carregadas com flores de perfumes incríveis, e a grama verde coberta por flores do campo. Novamente havia os rouxinóis cantando uma canção. Logo vi algo se movendo através das arvores e tentei enxergar quem ou que eram. Me aproximei enquanto sentia meu vestido branco se arrastando pelo chão.

Olhando entre as arvores fui capaz de ver três belas mulheres nuas que corriam e brincavam entre si e riam. Era diferente ver aquilo. Eu me aproximei delas e elas me viram e me chamavam para uma estranha dança. Foi divertido.

Então uma delas parou a dança e as outras a imitaram. Eu senti uma energia atrás de mim e me virei para ver o que era. E lá estava ela novamente. Ela dirigia seu sorriso a mim. Quando estendeu-me as mãos e eu as aceitei. Ela me puxou e me abraçou enquanto sussurrava palavras doces em meu ouvido.

– Estou tão feliz que você esteja bem, querida Harmonie!

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Acordei de sobre salto. Era a primeira vez que tinha sonhado com ela desde que acordara. Logo olhei para as janelas. E lá estavam as gárgulas, total e completamente paradas, nas mesmas posições que tiveram estado desde ontem. Ninky apareceu com um café da manhã reforçado que eu adorei. E quando acabei vi o prof. Termopolis entrando no quarto, junto a professora Clair.

– Bom dia, querida! – Disse Clair se dirigindo até a cama e sentando-se ao meu lado. – Como está?

– Muito bem, obrigada! – Sorri para ela e Clair também sorriu. Nesse momento o prof. pigarreou, chamando a nossa atenção.

– Srt Granger, neste sábado, depois de amanhã, ocorrerá o passeio até Hogsmead.

Fiquei irritada e bufei.

– Eu não vou poder ir, não é?

– Na verdade... – Começou Termopolis e logo foi interrompido por Clair.

– Viemos saber se devemos colocar seu nome na lista dos que vão. – Eu abri um sorriso surpreso. E acho que ela percebeu minha surpresa. – Você será liberada no sábado.

– Serio?

– Seriíssimo! – Eu fiquei tão feliz que abracei a professora sem sequer perguntar se podia. Mas nem liguei, e ela também não, pois retribuiu o abraço. – Estará liberada a partir das 10h.

– Mas as carruagens não saem às 8h30min?

– Sim, e você terá uma carruagem especial que a levará para o vilarejo. – Explicou o professor Termopolis. – Também viemos entregá-la isso. – Ele me estendeu uma carta que continha o selo de Hogwarts. – Acho melhor para poder ir a Hogsmead.

– Certo, obrigada! – Agradeci.

Ambos se retiraram e eu prestei atenção na carta. Era uma carta parecida com a que nos enviava para o primeiro ano em Hogwarts, e que nos anos anteriores eu via os estudantes dos 6º e 7º anos recebendo. Eu abri a carta com curiosidade. O papel dentro do envelope era preto e suas letras estavam em branco.

Era noite fria e tudo começou
Sonhas tu, oh sonhador.
Tudo o que tenho lhe dou
E no romper da aurora sobra o amor.

Cara Hermione Granger,

É com muito prazer que nós, diretor, professores e funcionários da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts convidamos a senhorita para o Anual Baile de Halloween. Como todos os anos escolhemos um tema diferente para cada baile, sendo este ano Festa a Fantasia.

Local: Salão Principal
31 de Outubro de 1996, Quinta Feira.
Horário: 22h, previsto para acabar às cinco da manhã.

Adoraríamos poder contar com vossa presença durante a festa!

Atenciosamente,
Corpo docente de Hogwarts.

P.S.: os alunos não terão aula nos horários da tarde no dia 30/10 na quarta feira, e nem na sexta, 1 de Novembro.

Eu sorri. Aquela carta era a confirmação de que Hogwarts sempre seria a mesma Hogwarts. Com suas festas e comemorações. Isso seria divertido, não ia a uma festa há tanto tempo que quase me esquecia de como podia ser divertido. E eu, já tinha uma ligeira ideia de como eu iria.

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Iria agir hoje. Sabia que a maioria dos alunos, tal como os professores estariam em Hogsmead, seria a chance perfeita de pegá-la. Me arrumei para ir para aquela escola, onde passei parte da minha vida. Kall sabia o que eu iria fazer, eu não poderia simplesmente sequestrá-la, eu iria torturá-la e matá-la, seria a forma mais fácil de atingir Lanora. Matar sua filha. Um sorriso cruel transpassou meus lábios simplesmente ao imaginar o desespero daquela mulher.

Olhei novamente para sua foto. Você seria castigada por tudo o que fez comigo. E sua filha seria meu meio de castigá-la.

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Acordei agitada. Seria hoje que sairia daquela Torre. Tomei um banho morno, como sempre gostei. Não demorou muito e a Sra Fontaine apareceu. Ela me deu algumas indicações e fez os últimos exames e, finalmente, me liberou. Corri para a Torre da Grifinória e me joguei no sofá do salão comum.

– Que saudades... – Sussurrei para mim mesma.

Fui para o dormitório sabendo que muito dificilmente encontraria alguém. E me surpreendi, minha cama estava cheia de papel e outras coisas. Me aproximei e peguei alguns papeis. Eram de vários alunos, me mandando melhoras e me pedindo para voltar logo. Sorri, havia vários desses.

– Bom, não vamos desapontá-los! – Sorri comigo mesma.

Troquei de roupa, me livrando da camisola branca que usei durante minha estadia naquela torre. Coloquei um jeans básico, um coturno de cano curto e um casaco de lã da mesma cor do coturno. Passei um gloss, meu perfume – claro – e coloquei uma pulseira que ganhara de tia Helena. Peguei uma mochila e coloquei algumas coisas lá e me dirigi para o jardim.

Finalmente, depois de tanto tempo eu podia ver as flores do jardim. Sorri. E logo avistei uma carruagem negra e me aproximei dela, reparando na presença do prof. Loster.

– Professor Loster...

– Srt Granger, é bom ver que se encontra bem! – Cumprimentou-me o professor sorrir.

– Você não faz ideia do quão bem estou agora! – Respondi-lhe.

– Isso é bom, os professores já estavam reclamando da falta de respostas inteligentes durante suas aulas. – Disse-me. Ele abriu a porta da carruagem e me ajudou a subir. – A carruagem vai levá-la até o vilarejo, mas poderá voltar com quem quiser...

– Certo! Muito obrigada, prof.Loster.

A porta se fechou e eu sorri. Internamente me perguntava como estaria Harry, Gina e Rony. E a pesar de tudo, como estaria Malfoy, Nott e Blaise. Sorri pensando que logo os veria e torcia para que estivessem bem.

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Caminhava ao lado de Draco, enquanto conversávamos com Theo. Pretendíamos ir até o três vassouras até que e senti uma energia diferente. Percebi que nem Theo e nem Draco a sentiram, mas eu sim. E eu sabia a quem essa energia pertencia. Não pensei duas vezes antes de me separar deles e correr em direção a fonte dessa energia, claro que eles perceberam e vieram atrás de mim.

Foi então que a vimos descendo de uma carruagem, usava uma roupa trouxa, mas ainda sim estava linda. Ela abraçou a Potter e aos dois Weasley que estavam perto da carruagem quando ela parou. Claro que eu sorri quando a vi sorrindo para mim, Draco e Theo enquanto retribuía o abraço de Harry. Nos aproximamos deles.

– É bom te ter de volta, Mione! – Ouvi Potter dizer. Ela sorriu e me olhou, e olhou para todos.

– É bom estar de volta, Harry! – Respondeu com um sorriso gigante. E eu não pude evitar de sorrir para ela.

– A escola se tornou um inferno sem você Mione. – Disse Theo, abraçando-a. Eu também a abracei, assim como Draco. Ninguém pareceu querer comentar sobre a cena de Draco e Potter a alguns dias atrás. Melhor assim.

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Logo que cheguei as beiras de Hogwarts, imaginando como entrar vejo uma carruagem saindo dos castelos. Vi alguém escorada na janela e sorri. Os deuses estavam do meu lado. Lá estava ela, a filha daquela traidora. Segui-a até que ela estava junto aos traidores do sangue e ao Potter. Me afastei. Não queria ver cena tão desagradável.

Depois comecei a segui-la. Ela estava junto a traidora do sangue, a garota dos Weasley. Potter e o outro Weasley as deixaram sozinhas. Grande erro Potter, não sabe como cuidar daqueles que são valiosos para você? Agora só faltava Kall para me ajudar. Vi quando elas entraram em na Trapobelo Moda Mágica.

– Desculpe-me a demora – Disse Kall aparatando ao meu lado. – Achei que estivesse em Hogwarts.

– A bastardinha está ali! – Apontei para a loja onde elas entraram. Esperamos algum tempo. Eu estava impaciente. Foi quando vi a ruiva Weasley sair, e sorri, isso significava que ela sairia sozinha.

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Eu olhava o desenho que M. Roux fazia a minhas instruções. Seria a minha fantasia do baile. Estava ficando lindo. Ela tirou minhas medidas e fez algumas anotações no desenho. Por ultimo decidimos as cores e os detalhes finais, o que não demorou muito.

Gina já tinha ido, precisava encontrar suas amigas na Madame Puddifoot. E eu não tinha o porque me preocupar e nem esperar e fui embora. Queria encontrar Harry e Rony, e eles provavelmente estariam na Gemialidades Weasley, eu sabia um caminho mais curto, atravessando as casas, era mais rápido e menos movimentado, mas com certeza me levaria até a loja.

Me apressei pelo caminho. Pensei estar sendo seguida e olhei para trás, não havia ninguém. Talvez eu tivesse desenvolvido uma pequena paranoia de tanto tempo presa naquela torre. Foi quando ouvi um barulho e olhei para trás, novamente, não havia ninguém.

Mas quando voltei a olhar para frente vi um homem vestido totalmente de preto e com um sorriso cruel no rosto. O homem (Ben Affleck) aparentava ter uns 40 anos, era alto e possuía os cabelos castanhos grisalhos em corte militar e os olhos castanhos esverdeados estavam imersos em um ódio. Internamente eu me perguntei a real causa deste ódio, parecia algo antigo, nascido de mágoas passadas e sofrimentos antigos. Mesmo sabendo que ele era um comensal eu senti pena dele.

– Ora, quem diria que um dia nós nos conheceríamos, não é mesmo Hermione Granger? Ou deveria dizer Hermione Stewart?

Do que diabos esse cara está falando?

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Vi a confusão piscando em seus olhos castanhos. E sorri então ela não sabia de nada? Seria divertido. Kall (Peter Facinelli) aparatou atrás dela e ela se virou para ele. Não havia para onde ir. Não haveria ninguém nas casas e ela sabia disso.

– Então essa é a pirralha? – Perguntou Kall.

– Sim!

– Realmente é muito parecida com Gemmell. – Sussurrou o outro.

– Do que estão falando? – Ouvia perguntar, com a voz imersa na confusão, sem saber o que realmente se passava.

– Cale-se menina insuportável. – Ergui minha varinha em sua direção e dei um sinal a Kall que a segurou por trás, pegando-lhe a varinha. – Sua voz me irrita.

Ao contrario de minhas expectativas, não havia medo em seu olhar. Era algo diferente. Algo mais parecido com raiva, ou asco. Ri. Tudo o que ela sentia para mim não tinha significado algum.

– Vamos levá-la antes que apareça um idiota metido a herói para salvá-la!

– Tarde demais! – Vimos um garoto se aproximar, me lembrava vagamente dele. – Solte-a Kister ou...

– Ou o que? – Perguntei ao moleque.

– Johan Avery... Você não deveria estar procurando aquela mulher, Lanora Gemmell, àquela que te trocou por Scott Stewart?

– Blaise, tenha cuidado! – Gritou, ainda sendo segurada por Kall.

Quem era ele? E como sabia tanto sobre mim. Vi a raiva em seus olhos esverdeados. Estalei a língua. Forçando minha memória, me lembrei vagamente de Aimeé D’Lafour, casada por sete vezes e mãe de um moleque, estupidamente parecido com a mãe: Blaise Zabini. D’Lafour era neutra, não possuía nada contra os trouxas e os nascidos trouxas e não possuía nada contra a nossa política de puros-sangues, para ela pouco importava de onde vinha o dinheiro.

– O que faz aqui, Zabini? – Perguntei-lhe.

– Sei bem o que faz aqui, e ainda sei quem o mandou aqui... E vim aqui para impedir qualquer mal que você possa oferecer a ela.

– Vai bancar o herói, Zabini? – Kall segurava com força e fez questão de machucá-la para provocá-lo.

– Solte-a seu bastardo! – Gritou ao ouvir o grito da menina.

Logo aproximou-se dois loiros. Pelos traços fui capaz de reconhecer o herdeiro Malfoy e o filho mais novo de Nott, ambos de famílias seguidoras da causa. Malfoy logo que viu Granger sendo segurada por Kall franziu o cenho, enquanto o outro loiro já começou a gritar algo.

O mais estranho, foi a reação de Malfoy... Sem dizer qualquer palavra, ou murmuro o garoto sacou a varinha em uma velocidade surpreendente e me lançou um feitiço mudo. E mesmo por um instante em seus olhos eu percebi uma raiva desenfreada e amedrontadora. E por um instante, pequeno e quase insignificante, eu senti um leve temor passar pela minha espinha.


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Notas finais do capítulo

Johan Avery - Ben Affleck => http://beards.provocateuse.com/images/photos/ben_affleck_02.jpg

Kall Kister - Peter Facinelli => http://images5.fanpop.com/image/photos/27400000/Peter-Facinelli-s-photoshoot-by-Tommy-Garcia-for-Defy-Magazine-peter-facinelli-27473279-783-1024.jpg