Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 13
Capítulo 12




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Ondas: De energia? Com certeza! Caótica? Nem tanto...

Novamente as ondas de energia que ocorreram há dois dias atrás, na noite do dia 13 à madrugada do dia 14 de Outubro. As ondas de energia que se propagaram pelo Reino Unido e causaram tantos transtornos, tanto para o mundo trouxa quanto para o mundo bruxo, também teve efeitos positivos. Que, diga-se de passagem, fizeram valer todos os transtornos.

As ondas tiveram estranhos efeitos nas pessoas que atingiram. Todas alegam ter sentido-se incrivelmente bem e felizes no momento em que foram atingidas. E tem mais: os efeitos foram alem dos emocionais e psicológicos.

Centenas de bruxos que se encontravam em estado grave nos hospitais apresentaram significativas melhoras em seus estados. E as varias que estavam em estado menos grave foram curadas por essas ondas, que curaram tanto doenças quanto machucados.

Nos hospitais trouxas essas curas foram mais sutis. Pessoas que estavam com doenças mais amenas se recuperaram das enfermidades. Já as que estavam com doenças graves sabe-se que houve, milagrosamente, melhoras em seus quadros.

Vendo estes efeitos das misteriosas ondas de energia sou obrigada a contestar minha colega, Rita Skeeter: será mesmo que essas ondas são tão caóticas quanto você afirmou em sua ultima reportagem? A minha resposta é não. Com tantos efeitos positivos que essas ondas causaram estou achando impossível chamá-las de “Ondas do Caos”.

Kimberly Dangers

Ao encarar a matéria de Kim (Rachelle Lefreve) eu realmente me assustei. Estava no prédio do Pergaminho de Notícias e procurava pela minha bruxa ruiva favorita quando li a matéria. Me assustei quando senti uma mão tocando o meu ombro e quase pulei. Tudo para quando me virar encontrar uma ruiva de olhos azuis e cabelos rebeldes.

– Olha só quem veio nos visitar? – Perguntou ela, brincando.

– Kim! – A abracei. – Eu queria te fazer uma surpresa, mas vejo que alguém já falou demais por ai não?

– Não fale assim de Sam, ele apenas se preocupou com você! – Kim desviou o olhar e sorriu. – Diga-me, onde esta hospedada?

– Se não me engano é uma hospedaria chamada Caldeirão Furado!

– Céus, mande pegar suas malas imediatamente, Helena, você vai ficar lá em casa!

– Muito obrigada, Kim! Mas não acho que será uma boa ideia.

A ruiva me guiava até sua sala no Edifício onde eu já conhecia algumas pessoas por causa da minha proximidade com Sam. Bom, Sam Powers era um mega milionário, tanto no mundo bruxo quanto no mundo trouxa. Seu pai era um inglês, bruxo de sangue puro e muito rico, enquanto sua mãe grega uma atriz bruxa, tal como eu, nascida trouxa que possuía uma empresa. Ou seja, a junção de dois impérios o tornou simplesmente um dos herdeiros mais cobiçados do dia de hoje. E eu era a secretaria particular dele, ajudava-o tanto na empresa da mãe quanto nas fabricas do pai e isso fazia com que muitos me olhassem como se eu fosse Evelin.

– Por que não? – Ela perguntou enquanto eu me sentava a sua frente. – Eu moro sozinha, conheço você muito bem...

– Porque não quero causar problemas.

– Ótimo, fica lá em casa! – A ruiva me olhou com os olhos esperançosos.

– Certo! Eu fico! – Ela comemorou de forma exagerada, o que fez com que os repórteres do jornal olhassem para nós através de sua porta de vidro. Eu me escondi na cadeira. – Menos, Kim... Bem menos!

– Ai que menos o que Lena... Temos que comemorar! – Eu olhei para ela séria, e então ela se lembrou do meu propósito de viagem. E então ela ficou seria.

– Já tem novidades sobre, Mione?

– O velho Dumbledore não fala nada para a imprensa o que sabemos vem dos alunos do colégio. – Reclamou. – Eu teria te avisado antes, mas só soube que Hermione era sua sobrinha quando Sam me ligou anteontem.

– Tudo bem... Eu queria ir a Hogwarts.

– Como?

– Hermione é minha sobrinha, Kim não há bruxo neste mundo que vai me impedir de vê-la.

Eu disse enquanto me recostava em sua cadeira. A ruiva se remexeu em sua cadeira. Eu estava determinada e Kim sabia que eu quando eu ficava assim não havia nada que eu não conseguisse.

– Eu vou mandar uma carta para Dumbledore e nós vamos para Hogsmead amanhã ao amanhecer.

– Obrigada, Kim... Você é uma amiga maravilhosa!

– Eu sei! – Disse ela enquanto sorria. O típico sorriso de canto daquela ruiva.

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Eu entrei na sala de Dumbledore, lá estava uma Clair visivelmente entediada e sua mãe conversando com Dumbledore de forma preocupada. Quando entrei Clair murmurou algo como um “finalmente” e eu me sentei ao seu lado.

– O que aconteceu?

– Kimberly Intrometida Dangers aconteceu! – Disse Clair, irritada. Ergui uma sobrancelha ao reconhecer o nome da repórter do Pergaminho de Noticias. – Dangers percebeu que não conseguiria nada de nós se não tivesse alguém que pode e tem o direito de tirar informações sobre Hermione.

– Como assim?

– O que Clair está tentando dizer, Leonidas, – Começou Dumbledore, talvez o único que não tivera enlouquecido naquela sala. – é que a Srt Dangers conseguiu uma forma de obter informações sobre a situação de Hermione ao contatar um parente da mesma.

– Então amanhã teremos a insuportável visita daquela ruiva intrometida e de um parente de Hermione que está preocupado com a mesma! – Olhei para Clair e vi que ela me estendia uma carta.

Caro Diretor Dumbledore,

A estranha doença da Srt Granger chegou aos ouvidos de um de seus parentes, que veio às pressas da Itália para poder vê-la. Amanhã eu e este parente estaremos em Hogsmead e pedimos humildemente para que nos ceda uma carruagem para chegarmos em Hogwarts.

Cordialmente,

Kimberly Dangers.

– Você já deve saber como que a noticia chegou aos ouvidos desta pessoa não? Arg, que raiva dessa intrometida! – Reclamou a loira. Monica revirou os olhos, acostumada com a personalidade irritada de Clair.

– Então o que faremos.

– Rezamos para que os trouxas não possam sentir a energia que emana da Srt Hermione. – Disse Dumbledore. Suspirei, cansado.

Amanhã seria um longo dia. Um muito longo dia. E me lembrei de que Dangers era famosa por suas reportagens sempre serem o mais próximo da realidade sem o sensacionalismo de Skeeter e com historias verídicas que sempre buscavam os dois cantos da verdade. Dangers, talvez, não seja a responsável por tal como todos afirmam.

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Estava muito bem. Finalmente. Hoje era o meu terceiro dia naquela cama desde que eu acordara e ainda estava isolada. A Sra Fontaine estava me ajudando a me recuperar das semanas. Eu vinha comendo muito. O que era bom, pois agora eu já não estava mais a carne e osso como antes e devo dizer que até mais animada.

O prof. Termopolis e prof. Fontaine se revezavam para trazer livros para mim, ótimos livros, na verdade. Hoje estava lendo um livro chamado o Conde de Monte Cristo, que a prof. Fontaine me trouxe. Era legal e emocionante. Enquanto lia eu também pensava em Blaise, Harry, e meus amigos que eu não via ha muito tempo.

Quando me cansei de ler marquei a pagina e observei a janela. Estava escurecendo, então isso significa que as aulas da tarde acabaram. Eu estava na torre norte do castelo, isso significava que era a torre mais alta do castelo. Olhei pela janela e vi alguns estudantes no pátio se divertindo e conversando e senti falta disso. O pátio era iluminado pelas vários lampiões que começaram a se acender e tornava a minha visão ainda mais bonita, erguendo meus olhos eu podia ver, através da floresta proibida e de seu caminho, Hogsmead. Também iluminada pela luz de lampiões. Sorri. A pesar de estar presa a esta torre, de uma forma ou de outra, eu ainda tinha aquela visão. Que era uma linda visão.

– Cuidado para não cair da janela! – Me virei para trás para ver a prof. Fontaine apoiada na porta com um sorriso.

– Ah... Prof. Fontaine, não a vi chegando...

– Não se preocupe, seus instintos estão bons, eu que sou muito sorrateira. – Brincou enquanto se sentava na minha cama. – Amanha você vai receber uma visita!

– De quem? – Perguntei enquanto me virava para ela.

– Não entendi muito bem, mas parece que um parente seu ouviu sobre sua doença e veio da Itália para cá... – Ergui as sobrancelhas... Itália? Só podia ser a tia Helena ou o tio Hercules.

– Claro! Mas quando que vou poder voltar as aulas? – Ela riu pelo meu desespero.

– Na sua idade eu queria arrumar desculpas para não ir a aula e você está desesperada para voltar a elas? Definitivamente a vida mudou muito...

– Você não respondeu minha pergunta... – Ela me estendeu a mão e me puxou para a cama.

– Minha mãe disse que a pesar de suas melhoras os exames ainda mostram algo estranho, assim que ela terminar de avaliar vai saber o que fazer...

– E quando ela vai terminar?

– Em breve, querida... Em breve! – Respondeu ela com um sorriso. Sinceramente eu gostava da companhia de Clair, ela era divertida e inteligente. – Mas se o que te inquieta tanto é que você está perdendo a matéria não se preocupe. – Ergui uma sobrancelha para olhá-la. – Eu pedi para o Sr Potter fazer anotações durante as aulas, para que pudesse repassá-las para você.

– Há quanto tempo?

– Hmm... Há uns 16 dias... – Ela se levantou. – Descanse querida, amanhã será um dia cheio. E eu não duvido nada que será muito cansativo. – Ela saiu do quarto e me deixou ali pensando, eu veria alguém da minha família e de uma coisa tinha certeza, não era a minha avó.

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Eu estava irritado. Era o terceiro dia desde que EU os ajudei a curarem Hermione e agora eles nem me deixavam chegar perto da Torre onde ela estava. Suspirei e me levantei do banco onde eu estava no jardim. O jardim era o local favorito dela. Eu queria vê-la, saber como ela está. Draco se sentou ao meu lado, irritado. Desde que fomos barrados pelas estátuas de bronze que Dumbledore colocou para vigiar as escadas da torre.

Ele estava feliz por ela estar bem, mas por algum motivo ele queria vê-la. Ele não parava de falar nela e isso me fazia pensar que ele gostava de Hermione mais do que ele mesmo pensava.

– Eu vou vê-la hoje! – Ele disse, quase que num sussurro, me confidenciando algo.

– Como?

– Eu não sei como não pensei nisso antes, mas vou até a janela dela, com minha vassoura. – Sorriu de canto. Revirei os olhos.

– E como pretende driblar sua nova companhia de rondas?

– Eu nunca faço as rondas com a Weasley fêmea, geralmente estamos em corredores diferentes, não será difícil. – Ele parecia confiante. E isso me fez receoso, Draco iria se meter em problemas. Muitos problemas.

– Para alguém que não se importava você está se arriscando muito para ir atrás dela.

– Cale a boca, Blaise eu me importo com Hermione. Eu queria não me importar, mas eu me importo. – Sussurrou e se levantou, irritado e me deixando novamente.

Eu também me importava.

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Eu tentei falar com Hermione, três vezes. E mesmo com minha capa fui incapaz de chegar até ela por causa das malditas estatuas que eram capaz de perceber a minha presença. Ron tentava me dizer que eu deveria esperar, que logo ela estaria aqui, mas eu não escutava. Eu queria vê-la, tocá-la, abraçá-la. Eu a queria perto de mim, como sempre esteve.

Joguei meu uniforme na cama, os jogos começariam em breve e eu não estava com clima para jogar. Fui até o salão e vi as velas, que queimavam desde o dia das ondas de energia e não paravam. Por nada. Nem mesmo a água as apagava e isso fez com que Dumbledore se preocupasse.

Peguei uma foto bruxa que Lilá trouxera do quarto delas. Na foto estávamos eu, ela e Ron, rindo despreocupados. Era do nosso quarto ano, antes da morte de Cedrico. Mas ainda podia ver fotos recentes onde estávamos felizes. Vi quando Malfoy se aproximou de mim.

– O que quer Malfoy?

– Sinceramente, Potter... Pare de achar que o mundo gira ao seu redor... – Resmungou enquanto olhava para uma foto onde Hermione estava com uma mulher que reconheci como sua tia. – Quem é esta?

– Tia de Hermione, trabalha em um escritório em Milão. Não que seja da sua conta, não Malfoy?

– Olhe Potter, a única coisa que eu quero nesse momento é subir até aquela Torre e ver Hermione. – Gelei quando o ouvi tratar minha amiga com tanta intimidade, principalmente depois dos anos que passou a atormentando. – Então se não for fazer nada de útil cale essa sua maldita boca e me deixe pensar nela em paz...

– Por que se importa tanto com ela?

– Por que isso seria da sua conta? – Perguntou enquanto olhava para a foto de Hermione.

– Porque ela é minha amiga...

– Porque eu simplesmente me importo... – Disse em sussurro quase inaudível.

Me lembrei que ele e Hermione eram amigos há certo tempo então senti raiva, e inveja. E uma pitada de ciúmes. Nos últimos dias em que vi Hermione, ela estava com ele. Ele foi um dos últimos a falar com ela, a tocar nela e isso me deixava irado. Ela era minha amiga, não dele.

“– Então pare de se importar” Era o que eu queria dizer, mas eu não podia. Eu não tinha o direito de ser egoísta. Não com ela.


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Notas finais do capítulo

OIES! Galera eu to saindo de férias hoje e to indo pra praia, e vou ficar sem net! (Triste, eu sei!)
Como só volto dia 22, eu vou deixar um capítulo programado para o dia 19, mas só vou conseguir responder os review no dia 23! Então por favor, mandem Review!
Bjs, Bella Wayne!