Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oies! Espero que todos tenham se divertido durante as festas de fim de ano! Agora vai o primeiro cap. de Encantada do ano.
Bjs, Bella!



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Eu senti uma magia poderosa vinda do quarto onde Zabini estava junto a uma frágil Hermione. Essa magia, ou melhor, energia já me era conhecida, era de Hermione. Se eu já podia sentir sua magia significava que ela já estava bem. Olhei para minha mãe que se assustou ao sentir, pela primeira vez, a energia vinda de Hermione. Em seus olhos estava a pergunta “Essa era a energia dela?” eu assenti, positivamente. Era e estava mais forte.

Minha mãe abriu a porta do quarto e logo entramos, para ver Hermione, ainda de olhos fechados, mas com melhoras visíveis, e um Zabini com um sorriso nos lábios. Era um sorriso de satisfação. Olhei para Hermione, sua pele, antes pálida, ganhara mais cor e brilho, sua respiração, tão fraca já estava normalizada, ela parecia mais forte e menos frágil que da ultima vez que a vi.

– Ela está melhor? – Foi a pergunta de minha mãe. Zabini assentiu, enquanto Hermione abrira os olhos.

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Eu e Dumbledore nos dirigimos a torre norte, onde estava Hermione. O ritual já devia ter sido realizado. Andamos com certa pressa até a torre e quando chegamos vimos a porta, que sempre deixávamos fechada aberta, quando entramos vimos os três druidas com sorrisos nos lábios enquanto pudemos ver Hermione se mexendo na cama, acordando.

Ao entrar no quarto, eu não sei se Dumbledore sentiu o mesmo, mas uma sensação positiva de esperança e felicidade percorreram meu corpo como uma onda elétrica. Era como se tudo estivesse em paz. Logo percebi que esta energia vinha de Hermione, era a tal energia que lemos no pergaminho de Aleo. Era a magia de Hermione que estava poderosa e pura, tendo apenas um encanto desconhecido em si, que já não lhe era mais capaz de machucar.

– O... o que aconteceu? – Ela perguntou com a voz fraca.

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Foi estranho. Eu estava deitado em minha cama, quando eu senti uma onda positiva passar pelo meu corpo por alguns minutos e deixar uma estranha sensação de esperança e outros sentimentos bons. Era bom, mas estranho. Essa sensação me fez levantar em um solavanco. Olhei para Nott, que estava em meu quarto e com quem conversava antes da sensação aparecer, ele também olhou para mim.

– Você também sentiu isso? – Ele me perguntou, pareceu assustado.

– Sim!

Com o olhar combinamos o próximo movimento. Ambos saímos do quarto e vimos que não era apenas nós com aquela sensação. Céus! Acho bom Dumbledore ter uma boa explicação para isso. Nesse momento me lembrei de Hermione e sai do Salão comunal, indo em direção ao altar. Filch, aquele filho de uma puta, tinha mania de apagar todas as velas que acendiam para Hermione, mas quando cheguei no Salão de Estudantes eu vi as velas se acenderem, uma a uma.

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Eu não sei o que aconteceu, num minuto era eu e Rony conversando no Salão Comunal, e no outro era eu correndo até o Salão dos Estudantes, enquanto sentia uma espécie de onda de sentimento passar por meu corpo. Aquela onda de sentimentos era estranha, eu podia sentir alegria, felicidade, esperança e amor. Esses sentimentos não teriam vindo do nada, pertenciam a alguém. Eu cheguei ao salão dos Estudantes e vi Malfoy ali, parado enquanto observava o altar, e as velas que colocávamos para Hermione estavam se acendendo, sozinhas, uma a uma.

Hermione! – Sussurrei, sem saber o motivo. Mas vi a foto sorridente de Hermione e quase soube que aqueles eram os sentimentos dela.

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– O... O que aconteceu? – Perguntei, mas logo me arrependi.

Minha voz saíra rouca e fraca, de forma tremula. E minha garganta estava arranhando de tão seca. Me perguntei qual foi a ultima vez em que havia bebido algo. Me senti cansada e um muito fraca. Olhando para o lado vi Blaise, sentado na cama onde eu estava deitada, ele segurava uma de minhas mãos e logo percebi a presença da prof. Fontaine, de Dumbledore, do Prof. Termopolis e de uma mulher que nunca vi antes. A mulher mais velha pegou um copo e o encheu de água e levou até mim, pelo outro lado da cama.

– Beba, querida, você não bebe nada alem de poções há mais de uma semana!

Eu me surpreendi com o que ela disse. Peguei o copo de água, que me parecia muito pesado e bebi um pouco de água. O liquido umedeceu minha garganta seca, que agradeceu, e pediu por mais. Em instantes eu bebi todo o conteúdo do copo.

– Obrigada! – Minha voz ainda estava rouca. Mas com certeza não tão fraca quanto antes.

– Creio que está fazendo muitas perguntas internamente Srt. Granger... – Você não faz ideia Dumbledore! – Mas gostaríamos que as guardasse para quando estiver melhor. – Sem problemas! – Sr. Zabini, eu gostaria que o Sr, descesse junto ao prof. Termopolis.

– Mas diretor...

– Agradecemos sua ajuda, Sr. Zabini, mas a Srt. Granger irá precisar de descanso! – Blaise me olhou incerto, parecia com medo de soltar minha mão. Eu assenti para ele, teria dito “vá” se não me sentisse tão fraca.

Fique bem! – Ele sussurrou enquanto deposita um casto beijo em minha testa. Se levantando ele e o professor deixaram o quarto.

Assim que eles deixaram o quarto o Dumbledore assume um ar sério e se senta em uma poltrona branca. Na verdade, tudo naquele quarto era branco.

– Srt. Granger a senhorita esteve em coma durante duas semanas, exatamente duas semanas. – Eu arregalei os olhos: duas semanas? Puta que pariu! – Logo a sua, ausência foi muito... hã...

– Digamos apenas que tivemos problemas com uma Skeeter intrometida! – Disse minha professora. – Sinceramente Dumbledore, deveríamos ter mandado aquela mulher para Askaban! – Resmungou ela. A mulher revirou os olhos, parecia bastante acostumada com aquele tipo de atitude.

– Ora, Clair, deixe Skeeter, um dia ela irá se ferrar e nem vai precisar da nossa ajuda para tal. – A mulher disse com um sorriso maroto. – Muito prazer, querida, sou Monica Fontaine, fui sua curandeira durante seu tempo em coma. – Ela me estendeu a mão e eu aceitei, ela sorriu de forma cálida para mim, parecia feliz.

– Sim, não poderíamos deixá-la na enfermaria com Pomfrey, iria ter muitos curiosos por lá e isso não seria bom para sua situação. – Explicou-me Dumbledore. – Mas como dizia... Skeeter realmente se intrometeu um pouco com esse seu repentino coma, então eu sugeriria que, se puder evitá-la. E evitar qualquer tipo de imprensa, será muito bom.

– Será um prazer evitar Skeeter e quem mais vier incomodar! – Respondi com um sorriso maroto.

– Bem, devido a suas atuais condições a Srt ficará mais um tempo neste quarto, em observação, mais tarde poderemos liberar visitas. – Assenti. – E mais uma coisa Srt. Granger, se você sentir qualquer coisa, qualquer incomodo ou dor que seja, peça a Ninky para chamar a Sra. Fontaine.

– Certo!

– Agora eu sugiro que a senhorita descanse um pouco, já é tarde e amanhã a Sra. Fontaine irá realizar uma bateria de exames com você! – Assenti e me deitei.

– Melhoras, querida! – Disse a Sra. Fontaine enquanto passava a mão em meus cabelos.

Ela e Dumbledore apagaram as velas e deixaram o quarto e parte de mim temeu o escuro ao me lembrar, do que quer que tenha sido aquele pesadelo. Demorou um tempo para que eu caísse em uma inconsciência traquila, sem sonhos ou pesadelos, sem trevas ou luz, sem tristeza ou lutas, apenas o nada, não o nada vazio e sem sentido, mas o nada tranquilo e calmante.

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Era um cenário diferente, um pouco sombrio. A caverna contava com estalactites que desciam em sua forma escorrida, alguns quase alcançavam o chão, outros já formavam colunas espessas que sustentavam o teto. Naquela caverna, fria e sombria, havia colunas em um estilo gótico medieval com antigos candelabros de ouro.

As colunas formavam um caminho até uma pedra, totalmente fechada e com alguns dizeres em uma língua desconhecida pelo homem, e havia uma pedra e, talhado, nesta pedra um rosto de uma bela mulher. Uma poderosa onda de energia mágica invadiu aquela caverna e com tal poder acendeu as chamas das velas que há muito não eram acesas e apontaram o caminho até ela, até aquela mulher, seja ela quem for.

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Estavam todos no refeitório. Sinceramente duvidava que muitas pessoas tivessem conseguido dormir depois daquela onda de energia. Logo chegaram as correspondências. E junto delas os jornais. Ao pegar o meu exemplar do Pergaminho de Notícias vi a reportagem que me deixou surpreso.

Ondas de Energia abalam o mundo bruxo!

Durante a madrugada ocorreu um fenômeno estranho e inexplicável: ondas de energia que neutralizaram a magia por um período de 50 minutos. Exatamente: neutralizaram a magia. Essas ondas foram de origens desconhecidas: não se sabem sua fonte, sua origem ou sua causa e quase não se sabe de suas consequências.

A única coisa certa sobre essas ondas é que abalaram boa parte do Reino Unido, atingindo completamente a Escócia e Irlanda do Norte, parte da Inglaterra e do País de Gales. As ondas também tiveram efeito no mundo trouxa causando apagões em suas fontes de energia, que duraram cerca de 1 hora.

No mundo bruxo toda a magia das áreas alcançadas por essa energia foi completamente neutralizada. Poções perderam os efeitos e varinhas pararam de funcionar. Os feitiços quebrados. E os encantos acabados. Tudo o que funcionava por magia, parou por longos minutos. E não se foi possível o uso de nenhum feitiço, nem mesmo dos mais simples como Vingardium Leviosa por quase 1 hora. Especialistas ainda procuram por outros possíveis efeitos dessas ondas, mas tudo o que se sabe é que causaram muitos transtornos no seu período de duração.

Kimberly Dangers

Aquela onda conseguira alcançar metade do Reino Unido?! Sinceramente, da onde vinha essa energia? E como ela poderia ser tão poderosa? E mais do que isso: por que através dela eu pude sentir os sentimentos de Hermione? Essas perguntas estavam girando na minha cabeça. Logo Dumbledore subiu em seu palanque, e chamou a atenção de todos os alunos.

– Caros alunos, hoje eu trago a vocês uma ótima notícia: A Senhorita Granger se encontra consciente e em melhor estado! – Naquele momento muitas pessoas comemoraram e eu pude ver Gina suspirando aliviada, enquanto chorava de felicidade. – A pesar disso ainda não sabemos a causa de sua doença e mesmo estando melhor, ainda não está apta para receber visitas.

A euforia foi geral. Pessoas de todas as casas comemoraram, pois a pesar dos alunos do 4º ano da Sonserina para cima não gostarem de nascidos trouxas e, por sua vez, de Hermione, havia alguns alunos no 1º, 2º e 3º que a adoravam e viviam a pedindo por ajuda em varias matérias. Então com a euforia dos alunos pude perceber que ainda havia novas notícias de Dumbledore para nós. Quando todos se calaram ele disse.

– O outro assunto que tenho a tratar é em relação a estranha onda de energia que foi sentida na noite passada. Ainda não temos informações sobre ela, mas tem chances dela ter começado em Hogwarts ou em locais próximos a escola. Então fiquem atentos, pelo menos até descobrirem o motivo dessa estranha onda.

As recomendações de Dumbledore pareceram estranhas, mas não menos aceitáveis para a atual situação do mundo bruxo. Neville começou a rir, do meu lado, enquanto lia o seu Profeta Diário.

– O que houve Neville? – Perguntou Rony. – Que também assinava o Pergaminho.

– Leia as baboseiras de Skeeter.

As Ondas Caóticas

De origem e causa desconhecidas ondas de energia caótica percorreram parte do Reino Unido, espalhando o caos por onde quer que passasse. Ocorreu nesta madrugada e atingiu tanto ao mundo bruxo quanto ao trouxa causando grandes danos em ambos.

No mundo trouxa foram menos significativos: suas fontes de energia deixaram de funcionar por cerca de 1 hora. Apenas 1h. Com isso as ondas causaram apagões e pequenos danos em seus meios de comunicação e informação. Enquanto no mundo bruxo a história foi diferente.

A magia foi neutralizada durante 50 min. 50 min que pode ter custado a vida de vários bruxos. Com a magia neutralizada foi completamente impossível o uso de feitiços e encantamentos o que gerou o caos em várias regiões da Escócia e da Inglaterra. Pequenas cidades e povoados piraram quando perderam sua magia.

Essas perigosas ondas caóticas podem ter causado mais mal do que se aparenta. Há a ideia de que essas ondas surgiram do poder de Você-Sabe-Quem. Outros afirmam que é o início de um Apocalipse no mundo bruxo. Mas pouco realmente se sabe sobre essas ondas que foram denominadas Ondas do Caos pela maioria das pessoas.

Rita Skeeter

– Skeeter está ficando cada vez mais sem noção!

– É o tempo Harry! Para algumas pessoas ele faz bem, para outras... – Eu ri do que Rony disse. Neville mostrou ainda outra matéria de Skeeter, o que nos rendeu bons risos. Mas ainda pensei em Hermione, ela estava bem, e em breve, eu espero, eu iria poder vê-la novamente.


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