The Redhead Problem escrita por Dangerous


Capítulo 12
Tais Trupada Tais Quebrada


Notas iniciais do capítulo

Heey guys!
Então, eu to viajando nos caps, mas que bom que vocês estão gostando. Comedia deve ser meu forte mesmo.
Eu acho que devo continuar com a comedia. E fico super feliz com os reviews fofos de vocês, me animam muito. Tomei muito refrigerante então esse cap vai ficar muito idiota, mas já que vocês gostam...
Obs: A autora não se responsabiliza por danos no seu cérebro. Capitulo contem violência, tire as crianças da sala. Esse capitulo contem cenas fortes de pessoas mandando e mandando bem. Se você não manda no cachorro, nos filhos, no banheiro, na sua casa não leia o cap!
Peguem um Doritos e boa leitura!
(Notas da Autora em 2017: SOCORRO, eu era muito retardada, olha as coisas que eu escrevia ASKJHSAJHIU)



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Ficar de castigo tinha lá suas vantagens.

Por exemplo, eu nem ao menos precisava sair do quarto para pegar minha própria comida, já que Margareth que era encarregada de fazer isso pra mim, já que eu não tinha permissão para sair do quarto. Eu passava o dia todo deitada na minha cama, vegetando, somente esperando a hora de comer, que era a melhor hora.

Claro que ao mesmo tempo em que isso era bom, também era péssimo. 

Ás vezes eu ficava tão entediada que pensava seriamente em me jogar da janela. Ainda mais quando o Potter ficava fazendo bolas de papel e cuspindo no teto, ou fazendo barulho enquanto tomava seu refrigerante de canudinho. Ele também gostava de colocar seu binóculos e ir espiar a vizinha trocar de roupa - fala sério, quem é que troca de roupa na frente da janela? 

Mas a pior parte era quando ele ficava tão entediado quanto eu e começava a cantar com sua voz estrangulada:

— IT'S RAININ' MEN! HALLELUJAH! IT'S RAININ' MEN! AMEN!

Eu juro que eu já estava quase tendo uma síncope ali mesmo.

— Será que da pra parar de cantar? 

O Potter me encarou e depois gritou mais alto ainda:

— IT'S RAININ' MEN! HALLELUJAH! IT'S RAI-

Eu já estava me levantando para joga-lo da janela quando a porta do nosso, desculpe, meu quarto foi aberta.

— Tá bom, crianças! mamãe bateu palmas. O castigo acabou. Estão liberados.

— Crianças? perguntei, ofendida.

O Potter já estava em pé, provavelmente aproveitando a chance que tinha de fugir de mim.

Me pus de pé com certa dificuldade depois de ter passado tanto tempo deitada na cama, trancada naquele quarto como uma prisioneira. Mas antes que eu pudesse sair correndo e ir aproveitar minha liberdade, mamãe me impediu.

— Não tão rápido.

— O que foi agora? bufei. 

— Nós vamos sair.

— Onde nós vamos?

— Para um lugar onde você vai ganhar um pirulito, agora cala a boca e não faça perguntas.

Um doce de coco, como sempre. Isso porque doce de coco é ruim e fica preso em seus dentes. 

Peguei minha jaqueta de couro e meus coturnos e taquei tudo por cima do pijama de Star Wars que eu estava usando o dia todo. Eu que não iria me dar ao trabalho de trocar de roupa. 

Quando eu entrei no carro mamãe já estava lá, assim como o Potter. Por que demônios ele sempre tinha que ir a todos lugares com a gente? Fala sério!

Eu não sabia para onde estávamos indo e minha única diversão foi colocar chiclete no tão precioso cabelo do Potter. Seria muito engraçado se ele tivesse que raspar a cabeça. Ri enquanto imaginava a cena do Potter careca, será que ele ia parecer mais ou menos cabeçudo?

— Chegamos. Mamãe anunciou, retirando seu cinto de segurança e saindo do carro.

— Por acaso isso é um hospício? perguntei, olhando desconfiada para aquele edifício cinzento e muito suspeito.

— Não. Agora vem! Ela me puxou para fora do carro. 

Eu tinha sérias duvidas quanto a isso. Quem sabe ela finamente percebeu que eu não tinha jeito e iria me internar no hospício mais barato que havia encontrado? Talvez eu devesse começar a gritar e pedir por ajuda, mas eu somente aproveitei enquanto ela me arrastava pelo chão. Eu não estava muito afim de andar.

Entramos no edifício e ficamos em uma espécie de sala de espera, onde havia um sofázinho branquinho ótimo para que eu sujasse com meus pés, e uma mulher baixinha e gorducha atrás de uma mesa, muito concentrada em mexer em seu computador como se estivesse trabalhando, mas todos sabíamos que ela na verdade estava atualizando seu facebook.

O Potter se distraiu olhando algumas revistas de moda. Espiei por cima de seu ombro e dei risada quando percebi que ele estava em uma página onde dava dicas de como hidratar e deixar seus cabelos mais brilhosos e macios. Ahhh, se ele soubesse que nem macumba tiraria aqueles chicletes de seu cabelo. E se soubesse também que havia chicletes em seu cabelo. O idiota ainda não tinha percebido.

Esperamos pelo que pareceram horas até que a gorducha anunciou que eu podia entrar. Eu ainda não sabia onde estávamos e nem o que eu deveria fazer, somente entrei na sala quando fui empurrada por minha mãe.

A porta se fechou atrás de mim e eu soltei um grito assustado quando vi uma bruxa nariguda sentada em uma cadeira, atrás de uma mesa lotada de papéis, mais desorganizada que meu quarto.

Será que ela iria me cortar em pedacinhos e fazer uma sopa? Odeio sopa, vou sugerir uma pizza de Lily, bem mais gostoso.

— Olá, pode se sentar ela disse sorrindo e apontando para a cadeira branca de aparência confortável de frente para sua mesa.

Só sentei porque havia sido cansativo ficar aqueles dez segundos em pé, e a cadeira realmente era muito confortável.

— Então, qual seu nome? ela perguntou, ajeitando seus óculos vermelhos e tirando uma prancheta da casa do caralho.

— Qual o seu nome? rebati.

— Me chamo Taís Trupada.

Gargalhei enquanto socava a mesa. Algumas canetas rolaram para fora dela, mas ela nem ao menos se mexeu para junta-las. Nem eu.

— Seus pais te odiavam? perguntei, enxugando umas lágrimas de riso.

— Não entendo o motivo dessa pergunta. Meu nome é perfeitamente normal.

— Tá, e o meu nome é Jafois Trupada.

Ela posicionou sua caneta na prancheta e escreveu algumas coisas. Depois ergueu seus olhos para mim.

— Jafois, vamos começar seu tratamento.

Tratamento? Que tratamento?

— Eu tava brincando, o meu nome é Lily.

Jafois, aparentemente você tem alguns problemas sérios de raiva. Aqui diz que você tem explosões de raiva o tempo todo e está sempre arranjando briga com as outras pessoas.

O quê? Arranjando briga? Não era minha culpa se as pessoas são irritantes e retardadas! 

— Jafois, você acha que tem algum motivo para você ser tão violenta?

— Não sei. Mas agora eu estou com muita vontade de pegar essa sua caneta e enfiar no seu olho.

Ela ajeitou os óculos e me encarou com interesse.

— E por que isso?

— Porque você é feia e idiota.

Hm. Certo. Tem algum trauma de infância?

— Não que eu saiba. A não ser que você conte como trauma de infância o fato de que minha mãe me derrubou de cabeça no chão quando eu tinha 2 meses de vida. Então ela me deu pizza para sarar. 

Interessante. O que mais sua mãe já fez com você?

— Bem, ela quem me ensinou que era pra eu quebrar a cara de qualquer um que me encarasse torto. E que as Evans são superiores a todos, por conta do nosso sangue ruivo mágico. Ruivos são como unicórnios, sabe. Então, quando eu tinha 8 anos de idade, eu estava brincando no parquinho perto da minha casa e um garoto me empurrou do balanço. Eu arrastei a cara dele na terra e depois empurrei ele de cima do escorregador.

Agora sim eu tive alguma reação daquela tapada. Ela me olhou um pouco assustada. 

— E o que mais? 

— Ah, e quando eu tinha 11 anos de idade coloquei fogo no cabelo de uma garota, porque ela disse que meu cabelo ruivo era feio. Também joguei refrigerante dentro do nariz de uma garota por ela derrubar meu lanche na minha camiseta favorita. E quando eu tinha 13, estava conversando com o garoto que eu gostava e uma vadia se intrometeu na nossa conversa, falando toda manhosa que estava com frio. Eu disse que poderia resolver seu problema rapidinho. Taquei fogo no casaco dela. Mas não aconteceu nada grave, já que jogaram um balde de água bem a tempo.

Taís Trupada arregalou levemente seus olhos. E então pigarreou, sorrindo amarelo.

— Você está liberada, Jafois. Poderia chamar sua mãe?

— Claro sorri para Taís, me dirigindo para fora da sala.

Minha mãe ergueu os olhos quando me viu saindo da sala.

— Mãe, ela pediu para você entrar lá.

Enquanto minha mãe ia conversar com a Taís Trupada, me sentei ao lado de um pirralho que estava jogando um daqueles gameboy. Ele jogava muito mal e xingava mais que eu quando perdia.

— Ow garoto, deixa que eu te ensino como se joga direito  falei e ele me entregou o gameboy fazendo uma careta de deboche, como se duvidasse de minhas capacidades.

Quando mamãe voltou eu já havia ganhado umas trezentas vezes e o pirralho estava se debulhando em lagrimas. Devolvi o gameboy para o melequento e fui até minha mãe. Ela estava segurando um tufo de cabelos na mão.

— Mãe? O que houve? perguntei preocupada, percebendo sua cara assassina.

— Acredita que aquelazinha teve a cara de pau de jogar a culpa em mim por você ser violenta?

— Mentira! E o que você fez?

Ela sorriu macabramente. 

— Mostrei pra ela o que é violência. Taís Trupada Taís quebrada agora.

— Boa mãe!

Fiz um high five com minha mãe enquanto o Potter nos encarava como se fossemos loucas.

 

X--X

 

O caminho de volta foi tranquilo, o Potter não disse nenhuma palavra. Acho que ele estava com medo de mim e mamãe depois do que ela fez com a Taís Trupada.

Entrei dentro de casa e me joguei no sofá, sem tirar meus coturnos. O Sr.P. estava sentado no outro sofá, lendo um jornal. Ele olhou para mim e depois para minha mãe, que estava um pouco escabelada e ainda segurava o tufo de cabelo da Taís.

— Como foi? ele perguntou ajeitando os óculos.

— Taís Trupada Taís quebrada falei simplesmente, dando um risinho.

Mamãe riu também, só que aquelas risadas de vilões. 

O senhor P. não entendeu nada e encarou James em busca de respostas. 

— O quê? Quer saber, esquece, acho que não quero saber. Ele estremeceu um pouquinho e depois olhou para o Potter. E você filho? Tá legal?

O Potter negou com a cabeça e subiu as escadas correndo. 

Gargalhei. Era muito bom que ele estivesse com medo da gente, quem sabe ele não aprendia a não encher meu saco.

— Tô com fome anunciei. Margareth, faça alguma coisa de útil e peça 3 pizzas de calabresa com muito queijo e duas garrafas de coca. 

— Peça você mesma ela respondeu, enquanto varria o chão da sala.

Fiquei de boca aberta encarando a governanta desgraçada. Olhei pra minha mãe, chocada. Ninguém que me tratou assim sobreviveu até hoje, mas quando levantei do sofá para pular em cima da velha e bater nela com a vassoura, minha mãe me segurou e me fez sentar novamente. 

— Eu peço a pizza, se aquieta ai garota — minha mãe falou, tirando o celular do bolso. 

 

O sr.P parecia estar aprendendo a como conviver conosco, e ignorou a minha tentativa de assassinato a sua governanta. 

Quando as pizzas chegaram o Potter desgraçado desceu as escadas para comer e assistir um filme com a gente, sem ninguém convida-lo. Colocaram Uma Comédia Nada Romântica. Aquele filme que tem uma gordona ruiva que não consegue um namorado. 

— Aquela gorda parece a Emmeline eu disse, mordendo minha pizza.

— Não parece nada o Potter retrucou, batendo seu joelho contra o meu com força.

Peguei o abajur da mesinha que ficava ao lado do sofá e ergui as sobrancelhas.

— O que você disse?

— Que você é super linda e tem toda a razão?

— Concordo.

— Por favor não me mate sufocado enquanto eu durmo.

— Vou pensar no seu caso falei, voltando a assistir o filme. 

 

 


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Notas finais do capítulo

Mim saber que o cap ta pequeno, mas amanha mim postar outro se esse tiver 10 reviews.
Beijos!
—--
Capítulo editado no dia 19/01/2017
Cenas extras foram acrescentas e erros corrigidos.