Amor & Ódio - FemmeSlash - Finalizada escrita por MiSyroff
Notas iniciais do capítulo
Alguns dias depois... Novo capítulo! Espero que gostem do ritmo, será assim até a fic acabar ;)
Confusões e Distrações: Parte 1
– Fleur, sério, eu tava pensando... – Disse jogando mais uma pedra no lago.
Isabelle vinha nisso o dia inteiro, preocupada com o que eu ia fazer, se desse tudo certo, a noite. Papai havia escrito uma carta falando que viria me ver noite e desde então minha cabeça não se concentrava em mais nada.
– Você poderia alterar a memória dela, lhe dar uma poção... Sei lá, qualquer coisa menos isso!
– Não quero que ela deixe de descobrir, não seria o suficiente, continuaria me sentindo culpada. Não seria justo.
– Fleur... – Isabelle gemia, enquanto largava todas as pedras que estavam na sua mão.
– Sério Isabelle, vai dar tudo certo e a única memória alterada será a minha. – Falei decidida recolhendo as pedras da grama e tacando-as uma a uma, tremeluzindo as águas do lago negro.
Meu plano era reverter tudo que havia feito e depois esquecer de tudo que havia feito e mudado. E não tinha como dar errado, era só ser bem planejado e executado com calma, se é que isso é possível. E isso eu tinha feito assim que acordara com uma coruja da torre bicando em minha janela.
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– Eu sei que parece loucura, pás existe uma explicação, juro.
– Mas o que seria princesa?
– Não posso falar, mas já jurei que não tem nada a ver com o Torneio, e é verdade.
Estava a uns 30 minutos conversando com papai, tentando convence-lo de que não queria o Vira-Tempo para algo ilícito. Só queria poder falar a verdade, mas sabia que não era possível, infelizmente. Só não estava preocupada realmente porque sabia que o volume no bolso do paletó só poderia ser o Vira-Tempo, o que significava que ele sabia que cederia, e isso já adiantava meu trabalho.
– Sabe o quanto confio em você Fleur.
– Eu sei.
– Não traia essa confiança, e pedirei para buscarem ele daqui a 2 dias. Concerte o que tem que concertar e não brinque muito com o tempo, você sabe o que pode acontecer.
– Sim, sim. – Respondi com os olhos brilhando tanto quanto o dourado que ele tirou de seu bolso. Peguei o Vira-Tempo nas mãos observando seu desenho e a pequena ampulheta no centro.
– Obrigada pai, de verdade. – Disse abraçando-o.
– Não é nada querida, só quero seu bem. – Disse acariciando meu cabelo.
Dumbledore entrou no escritório e rapidamente coloquei o medalhão no bolso.
– Já acabaram? – Dumbledore disse numa voz solene.
– Si, obrrigade Dumblodorr. – Papai falou forçando o inglês e apertou a mão do diretor. Dei um leve sorriso e ele me olhou desconfiado. Segurei a mão de papai e saímos do escritório, e em minha mente a expressão de Dumbledoe. Será que ele sabia de algo?
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– Que horas você pretende fazer?
– As dez da noite, porque iria direto para a hora em que eu estava saindo para Hogsmead.
Isabelle e eu cochichávamos no Salão Principal, enquanto eu comia apressada. Hermione estava de cabeça baixa na mesa da Grifinória, com a garota Weasley, Gina, dizendo-lhe coisas.
– Mas e se você – Isabelle não pode continuar pois chegaram nossas outras amigas e exigiram nossa atenção.
– O que é, pararam com os cochichinhos? – Cécile perguntou sentada ao meu lado.
– Era sobre a Marcela, Fleur? – Paulo provocou.
– Claro, sobre quem mais seria não é verdade? – Destilei querendo sair dali.
– Ah Fleur, invejosa! – Pauline disse piscando pra mim. – Você precisava contar melhor como foi, não acha?
– Ah gente, sério, ela não quer falar disso. – Isabelle veio em minha intervenção.
– Deixa, achei que tinha amigos.
– Não seja dramática Fleur, a gente só não entende porque todo esse drama de ter ficado com a garota. Que mal há? Ninguém aqui tem preconceito, além da Pauline é claro. – Cécile dizia e piscou para Pauline que lhe mostrou a língua. – Só queríamos entender.
– Eu sei. – Suspirei. – Não faz sentido, mas um dia talvez vocês entendam.
– Ta Fleur, a gente espera. – Disse Pauline encerrando o assunto e iniciando um novo que não prendeu minha atenção. Meu estomago deu um salto engraçado quando constei que eram 8:30 e precisava combinar umas coisas com Isabelle.
Fomos para a carruagem e nos trancamos no quarto, e tiramos alguns papéis em que tínhamos cronometrado certas coisas. Olhamos uma para a outra apreensivas e senti a adrenalina pulsar em meu sangue. Essa era a hora, e eu devia fazer tudo certo para tê-la de volta. Eu era louca? Sim, mas nessa vida, quem não é?
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– Quantas voltas mesmo? – Perguntei com os dedos tremendo enquanto colocava a corrente no meu pescoço.
– Pelos cálculos noventa e seis exatas. – Isabelle respondeu quase tão nervosa quanto eu. – São muitas horas Fleur, é muito Peri...
– Ok, dentro do armário então. – Cortei-a.
– Mas você decidiu que horas se interceptar?
– Não, vou ter que ver na hora mesmo, não tem jeito.
– Mas...
– Vou lá, me deseje sorte.
– Boa sorte Fleur.
Me enfiei no meio das minhas roupas e peguei o Vira-Tempo nas mãos. Virei sua ampulheta repetidamente, contando quantas voltas faltavam. Quando finalmente terminei fechei os olhos e senti um vento passar por mim que parecia que nunca ia acabar, balançando meus cabelos. Senti estabilizar e comecei a ouvir vozes do lado de fora.
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