Meu Ponto Fraco - Litor escrita por Gi, LihBC


Capítulo 38
Capítulo 38 - Voltar no tempo.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a Gi de novo!
Eu sei que a LihBC deveria postar esse, só que eu não consegui falar com ela :/ mas ela vai postar os dois próximos, então fiquem ligadas!
Enfim, obrigada por todos os comentários e vamos para mais um capítulo, né?



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Eles seguem andando com a moto no meio da mata por algum tempo, quando o veículo para, sem mais nem menos.

Vitor desce da moto, rindo. Enquanto Lia continua desentendida.

- Que foi? Por que parou? - pergunta ela, arrancando gargalhadas do motoqueiro - Não vai me dizer que... 

Ela entra em desespero.

- É, acabou a gasolina - confirma ele, em meio à risadas.

- Do que você tá rindo? Idiota! - Ela diz com raiva, descendo da moto.

- Relaxa. - ele começa - não vai adiantar nada a gente brigar.

- A polícia tá atrás da gente, cara! Como você quer que eu relaxe?

Ele ri.

- Lia, você acha mesmo que eles estão atrás da gente até agora? Pensa comigo...com tanto crime perigoso pra eles resolverem, eu não acho que eles perderiam tempo com dois adolescentes. - Ele diz, fazendo-a pensar - E além disso, a gente não estava nos carros que estavam disputando, só estávamos assistindo, não daria em nada.

- Não sei não... 

- Calma, não vai acontecer nada. Acredita em mim.

- Até porque é muito fácil acreditar em você, né? Sempre que eu tô contigo, dá ruim.

- A gente tá vivo até hoje, pelo menos. - ele ri - mas vamos, a gente tem que arrumar um jeito de sair desse mato.

- Ué, é só fazer o caminho de volta...

- Você acha mesmo que eu decorei o caminho? A gente andou muito. - ele diz - e além disso, eu tava dirigindo, você que tinha que ter olhado o caminho.

- Eu tava desesperada, acha que pensei em alguma coisa?

- Beleza, então a gente tá perdido.

- Ah não...

- Calma. Vamo tentar ligar pra alguém, sei lá.

- Não tem sinal, sua mula. - ela diz, parando pra pensar. - O jeito é a gente andar mesmo.

Eles andam alguns km, com Vitor arrastando sua moto, até Lia não aguentar mais e se sentar na sombra de uma árvore, perto de um lago.

- Qual é, já tá cansada? - Ele diz, rindo.

- Cala a boca, eu sei que você também está. - Ela retruca, observando o suor escorrer pelo pescoço de Vitor.

- Talvez um pouco. - ele ri. - Mas ainda aguento andar. - ele olha para os lados, avistando um morro, ao longe. - Acho que lá em cima pode ter sinal...  - diz, apontando o lugar.

Ela olha o lugar.

- Nem a pau que eu vou subir tudo aquilo - reclama ela - tô morta.

- Tá bom, então eu vou. - ele pega o celular - Se tiver sinal eu ligo pra alguém, ou tento descobrir onde a gente tá. 

Ele sai em direção ao morro.

- Vitor, espera! - chama Lia, fazendo-o virar. 

- Que foi?

- Não me deixa aqui sozinha, eu tô com medo!

- Ô meu Deus. - diz ele, indo até onde Lia estava. - Se eu não for, a gente nunca vai conseguir sair daqui.

- Eu sei.

- Então vem comigo.

- Eu não aguento andar, já disse. - Ela fala, rindo.

- Ok então. - Ele vai até ela, se vira de costas e abaixa. - Pronto, sobe.

- Que? - ela pergunta, sem entender nada.

- Sobe nas minhas costas, anda. 

- Você tá me zoando, né? - ela fala, rindo.

- Não ué. - ele ri. - Você não quer deixar eu ir sozinho e também não quer ir andando, então eu te levo.

- Você não me aguenta, eu sou pesada. 

- Deixa de drama, sobe logo.

- Não. - ela ri

- Ok, você que pediu.

Ele se dirige até ela e a pega no colo, colocando-a em seus ombros.

- VITOR! ME SOLTA. - ela diz, batendo nas costas dele - 

- Você escolhe, ou é desse jeito ou do outro.

- DO OUTRO, DO OUTRO! 

Ele a solta e se vira. Ela sobe "de cavalinho" nele e os dois saem rumo ao morro. 

Lia mantia um braço erguido com o celular, procurando sinal, e com o outro, se segurava em Vitor, enquanto ele, as vezes, fazia umas "graças" e parava de segurá-la, ou fingia que tropeçou, sempre fazendo-a ficar desesperada e arrancando risos dos dois.

Depois de subir todo o morro em vão, eles voltam ao lugar onde tinham saído: um terreno plano sem muita mata, com um lago por perto e várias árvores.

- Dá pra gente fazer um acampamento aqui, já tá escurecendo. - diz ele, tirando da mochila uma barraca desmontada.

- Você tinha isso daí o tempo todo e não me avisou? - diz ela, olhando a barraca.

- É que a gente ia dormir na estrada, aí a polícia chegou e eu ainda não tinha armado, então...

- Então arma logo! - exclama ela.

- Calma, calma. 

- Faz assim, vai montando a barraca aí que eu vou naquele outro morro procurar sinal - diz ela, apontando a um morro do outro lado.

- Beleza, mas toma cuidado.

- Tá, tá. - responde ela impaciente, saindo.

Após um tempo, Lia volta ao "acampamento", chateada por não conseguir o tão aguardado sinal que desejava. Ela encontra Vitor sentado em um pedaço de madeira, com a cabeça baixa e os braços apoiados em seus joelhos.

- Não consegui nada. - ela repara nele. - O que foi?

- O que foi o que? - diz ele, levantando a cabeça.

Ela procura pelos lindos olhos azuis que provavelmente acharia, mas tudo que encontra são dois olhos totalmente vermelhos e arregalados, a olhando.

- Que isso, cara? - ela se assusta - O QUE ACONTECEU?

- Nada. 

- Como nada? Seu olho tá vermelho, cara! 

- Eu sei - diz ele, se levantando e virando-se para o lado oposto de Lia.

- Me conta o que aconteceu, Vitor!

Ela começa a andar até ele, quando tropeça em algo. Era a mochila de Vitor. Lia olha para baixo, observando a bolsa.

- AGORA EU ENTENDI TUDO, NÉ. SÓ PODIA SER. - diz ela, indignada.

Ele não responde.

- VITOR, TÁ CHEIO DE DROGA AQUI DENTRO! - ela fala, pegando a mochila. - VOCÊ SE DROGOU DE NOVO, NÉ?

Ele continua sem responder.

- VITOR, FALA COMIGO. - ela diz, com lágrimas nos olhos.

- Foi só maconha, já tá passando o efeito. Eu fumei pouco, relaxa.

- EU NÃO TÔ ACREDITANDO, CARA, COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO? - ela grita.

- EU SOU ASSIM, LIA. PARA DE QUERER ME MUDAR, VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR. - ele retruca, virando-se para ela.

- ISSO SÓ FAZ MAL PRA VOCÊ, SERÁ QUE VOCÊ NÃO PERCEBE? - ela fala, controlando o choro. - VITOR, EU ACHEI QUE VOCÊ TIVESSE MUDADO, SUA IRMÃ ACHOU. VOCÊ TEM IDEIA DO QUE TÁ FAZENDO?

- NÃO ME INTERESSA SE FAZ MAL, É A MINHA VIDA E QUEM CUIDA DELA SOU EU, ENTENDEU? - logo depois de dizer, Vitor já se arrependia.

Ela respira fundo, ainda indignada.

- A cada dia eu me surpreendo mais com você. Eu sou tão burra. Se eu pelo menos pudesse voltar no tempo, teria aceitado... - ela diz, lembrando do pedido de namoro de Gabriel.

- Aceitado o que?

- O Gabriel me pediu em namoro hoje, Vitor! E eu não aceitei, POR SUA CAUSA! 

Ele respira fundo.

- Deveria ter aceitado. Pelo menos você não teria que ficar cuidando dele, igual tenta cuidar de mim. - diz ele, tentando evitar ao máximo as lágrimas. - Pode falar, seu pai tinha razão...eu sou um muleque que só vai te fazer sofrer. 

- Vitor, será que você não percebe que isso tá te fazendo mal? - diz ela, andando em direção à ele e agora com a voz mais calma.

- Lia, eu tenho motivos pra fazer isso. Você não sabe de nada da minha vida, entendeu? Nem minha irmã sabe, nem ninguém. A única pessoa que sabe, tá morta agora.

- Seu pai... - ela conclui.

- Não. - a expressão no rosto de Lia pedia uma explicação. - meu melhor amigo.

- O Dinho? Ele tá vivo, cara. Foi na aula hoje mesmo...

- Quem disse que meu melhor amigo é o Dinho?

- Você disse.

- Não, não é. Meu melhor amigo de verdade estava preso desde o ano retrasado. Ele morreu terça-feira...na cadeia inclusive.

- Como?

- Mataram ele, Lia. - ele responde.

Pela primeira vez, Lia via lágrimas escorrerem pelo rosto de Vitor, a deixando surpresa. Então, ela apenas o abraça, arrependida por ter dito tudo o que disse.


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Notas finais do capítulo

:c E agora, gente? O Vitinho tá até chorando, tadinho...







Eu sei que esse não foi muito legal, mas pra compensar esse capítulo chatinho, vou revelar um negócio pra vocês:
NÃO ME DEIXEM, PORQUE OS CAPÍTULOS HOTS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRÓXIMOS, DE VERDADE.
Já temos tudo em mente fhdkghdfkgfdhk
Enfim, até o próximo!
Beijo
—Gi