O Escolhido escrita por woozifer


Capítulo 12
♕ 12


Notas iniciais do capítulo

Haz ♥

Cupcakes, pra compensar o tempo que eu fiquei sem postar eu to postando mais um agora (:

Pra quem não notou: eu coloquei apenas um desenho ao lado do nome do capitulo, mas isso não muda nada, é só um enfeite.

Desculpe se houver erros.



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Acordei na outra manhã com minhas criadas falando alto, me sentei emburrada e elas me olharam.

– Desculpe se a acordamos, senhorita – disse May.

– Tudo bem – resmunguei sonolenta e me levantei.

Meu quarto já estava todo arrumado e todo iluminado, e eu não sabia como tinha conseguido dormir tanto tempo com o falatório constante das meninas.

– O Principe Tompson te enviou um bilhete, senhorita – disse Rose toda empolgadinha me estendendo um pedaço de papel dobrado.

– Tompson... – falei tentando me recordar. Sou uma negação pra nomes quando acordo.

– Harry – disse Wanda e eu me lembrei do rapaz de cabelos cacheados, covinhas e olhos verdes.

– Ah, sei – falei pegando o papel- vocês não leram não é?

– Imagina, majestade – disse Cristine se fazendo de ofendida.

Bufei e abri o papel.


Princesa poderia me encontrar ao pé da escada do primeiro andar às três?


Harry.


– É um encontro não é? – disse Rose.


– Parece que sim. Que horas são?

– Duas e meia, senhorita – disse Wanda e eu arregalei os olhos.

– Dormi tanto assim?

– Parece que sim, majestade.

Legal, vou chegar atrasada para um encontro com um príncipe europeu, logo um europeu, europeus não gostam de atrasos... Argh, quer saber? Vou fingir que não recebi esse bilhete, vou voltar a dormir e só vou me levantar na hora do Jornal Official... Mas... Harry tem um sorriso tão fofo, seria maldade fazê-lo esperar... CALMA AÍ ISABELLA SCHREAVE, VOCÊ ESTAVA TODA SUSPIROS POR CAUSA DO JOSH ONTEM, QUAL É O SEU PROBLEMA MENINA? SE DECIDE E... Tá, vou pro encontro.

Fui em direção ao banheiro mal humorada e minhas criadas correram atrás de mim e me ajudaram a tomar banho, como se eu não usar um sabonete ou por uma droga de vestido.

Enquanto trabalhavam elas conversavam sobre os vestidos que estavam fazendo pra mim, sobre os ateliês, e sobre o que as criadas dos príncipes selecionados falavam sobre eles e sobre o que eles falavam a meu respeito. Mas quando o assunto entrou em “Seleção” minha mente entrou em estado de musiquinha de elevador.

Depois de muitos minutos eu estava pronta e... Atrasada.

Resmunguei irritada comigo mesma e desci as escadas meio correndo.

“Isso não é coisa de princesa, Isabella, tenha compostura” pensei em minha mãe dizendo.

Quer saber mãe? Dane-se a compostura.

“Olha como fala comigo Isabella Elizabeth Singer Schreave!”

Desculpa mãe.

Quando cheguei ao pé da escada Harry já estava lá, postura impecável, algo pendurado no antebraço.

– Oi Harry – falei sorrindo quando me aproximei mais, ele ergueu os olhos pra mim e sorriu.

Vi que o que ele tinha pendurado no antebraço era uma cesta de piquenique.

– Boa tarde Bella – disse ele sorrindo de canto e uma única covinha ficou a mostra.

Quero te morder mermão, vem cá.

– Onde vamos? – perguntei curiosa quando entrelacei meu braço ao dele e Harry começou a me levar em direção ao fim do corredor.

– Fazer um piquenique! – disse ele como uma criança empolgada e eu sorri.

– Legal, gosto de piqueniques... – tem comida neles.

– Eu também. Desculpe Bella, mas... Você estava bem hoje mais cedo?

– Sim, porque?

– É que você não desceu nem pro café da manhã ou para o almoço... – ele me olhou com um semblante preocupado e eu sorri de canto.

Sua preocupação é fofa Tompson. Suas covinhas também são fofas, Tompson. Seus cachos são muito fofos, Tompson. Ok Tompson, você é inteiramente fofo, agora me deixe te morder, seu lindo.

Não sou uma pessoa normal.

– Ah, dormi demais – falei suspirando e ele assentiu desfazendo a cara de preocupação.

– Isabella! Você ta viva! – gritou Louis todo desesperado quando passamos por ele numa esquina de corredor, ele correu até mim e me abraçou – Ah meu Deus, pensei que seu pai estivesse ficado bravo por ontem e... – ele desviou o olhar de mim por um minuto e pareceu só então reparar em Harry. Louis corou e me soltou – Ah, oi Harry.

– Oi Louis – disse Harry sorrindo amigável.

– Me desculpem – disse Louis corando ainda mais e saiu andando rápido.

– O que foi isso? – perguntou Harry risonho.

Dei de ombros e então Harry começou a gargalhar enquanto voltávamos a andar.

Enquanto íamos para o jardim Harry falava sobre sua amizade recém-descoberta com Louis e com mais alguns dos rapazes, e de como ele sentia falta de casa, e que os costumes lá e aqui eram bastante diferentes e coisas assim.

E por incrível que pareça, consegui prestar alguma atenção a tudo o que ele disse, eu comentava as coisas que ele dizia e respondi algumas perguntas que ele me fez, até que chegamos a uma parte que eu visitava pouco no Palácio, o estábulo.

Tínhamos cavalos na propriedade, mas eu quase nunca o via, quanto mais ia até o estábulo buscá-los.

– Pensei que iríamos comer – falei me segurando pra não fazer bico. Eu estava morrendo de fome.

– Vamos comer, depois – disse Harry quando nos aproximamos de homem de cabelos grisalhos, franzido, olhos azuis.

– Boa tarde majestade – disse o homem fazendo uma reverencia para mim e Harry, assentimos ambos para o homem.

– Senhor, poderia nos emprestar dois cavalos? – pediu Harry.

– Claro, vou buscá-los – disse o homem e saiu com seu passo manco.

O velho voltou alguns minutos depois trazendo dois cavalos, um era uma égua completamente branca, o outro era um cavalo marrom de crina preta.

– Vossas altezas sabem cavalgar? – perguntou o homem todo simpático.

Harry me olhou como se a pergunta fosse apenas para mim.

– Sim, senhor – falei e o homem assentiu então entregou as rédeas para Harry.

Tompson me olhou da cabeça aos pés e então entregou ao senhor as rédeas do cavalo marrom.

– Teremos que ir em apenas um cavalo senhor – disse Harry, o homem me olhou da cabeça aos pés também e assentiu.

– Porque eu estou de vestido, não é? – adivinhei.

Sou não inteligente que acho que ano que vem descubro a cura pro câncer.

– Isso – disse Harry e puxou um caixote de madeira para perto da égua, então me ajudou a montar nela com ambas as pernas de um lado só do animal.

– Qual o nome dela? – perguntei ao senhor que estava segurando as rédeas dos dois cavalos de novo.

– Branquinha, majestade. Não se lembra dela?

– Hã... Não – admiti corando. O homem não pareceu se irritar.

– Compreendo. Essa égua é sua, majestade, vosso pai lhe deu ela quando fez cinco anos e a vossa alteza deu o nome da égua de Branquinha.

– Branquinha Isabella? – disse Harry montando a minhas costas e o homem entregou a ele as rédeas – Criatividade estava em falta?

– Hey, você não ouviu que eu tinha cinco anos? Queria que eu desse qual nome a ela? Verdemusgoeazulmarinho?

– Tudo bem, Branquinha então – disse Harry e eu bufei, ele riu – Obrigado senhor.

– A disposição, alteza – disse o homem fazendo uma reverencia e saímos galopando pelo estábulo até sairmos do estábulo e irmos em direção a floresta a toda velocidade.

Harry tinha os braços ao meu redor e minha cabeça estava bem próxima ao seu peito.

– Com medo? – perguntou ele sorrindo para mim por um instante antes de voltar a olhar para a floresta, esporear a Branquinha e mexer as rédeas para mudarmos de direção.

– Não – falei e senti os braços dele me aproximarem mais de mim a minha volta – e pare de se aproveitar de mim.

– Desculpa – disse ele rindo. Conforme mais nos distanciávamos do palácio o sorriso de Harry se ampliava mais e ele parecia ir ficando mais descontraído, gostei de ver aquilo – posso fazer uma pergunta?

– Pode.

– O que você está procurando entre os Selecionados? Digo, pra escolher como seu marido e tudo o mais... Alguma característica específica?

Primeiro vocês todos teriam que ser soldados, percebi que tenho uma enorme queda por soldados... Sabe como é, homens de farda são atraentes. Segundo, vocês teriam que ser menos travados do que são, isso é chato, parece que prenderam vocês em gesso e que vocês devem ser sempre assim, paradões. Terceiro acho que vocês precisariam tomar um tiro na perna e ficar trancados em esconderijos comigo pra ver se me conquistavam e tal.

– Não sei o que estou procurando Harry – mentira- acho que é por isso quem tem a Seleção, pra eu descobrir o que procuro num homem que vou escolher como marido – na real eu já escolhi, mas ele não ta participando. Puta sacanagem se quiser minha opinião.

Então Harry foi indo mais devagar até parar o cavalo de vez, eu podia ouvir um barulho de água por perto.

Harry saltou da égua sem dizer nada, pegou a cesta de mim e a colocou de lado, então me pegou no colo pra me por no chão, e quando me aterrissou no chão continuou com as mãos firmes em minha cintura, o corpo bem próximo ao meu, os olhos verdes encarando meus olhos com uma profundidade imensa.

Harry foi aproximando seu rosto do meu e eu fiquei tensa, então escapei dos seus braços.

– Não estraga tudo tá? – pedi frustrada e peguei as rédeas soltas de Branquinha.

– Tá, desculpa Bella, fui apressado.

Foi mesmo meu filho.

– Tudo bem – falei e acariciei o focinho da égua que soltou um relincho, eu sorri e acariciei a cara do animal.

– Vou prendê-la – disse Harry e quando passou por mim roçou seu braço no meu.

Não que eu tenha conseguido sentir algo, porque eu realmente não consegui pro ele estar usando terno e tudo o mais.

Depois que ele tinha amarrado minha égua a um tronco Harry me indicou com a cabeça mais umas arvores a frente e eu fui naquela direção.

Não tive que andar nem dois metros pra encontrar um riacho enorme e raso, eu podia ver as pedrinhas do fundo e vi alguns peixes nadando por ali, do outro lado do riacho tinha uma grande clareira com grama e florzinhas roxas, rosas e amarelas que não consegui identificar.

– Que lindo – falei confusa.

Eu nunca tinha ido aquele lugar, e já andei bastante pela floresta.

– Encontrei alguns dias atrás – disse Harry sorrindo e tirando o sapato – vamos fazer o piquenique naquela clareira, então temos que atravessar o riacho, mas ele é raso... Espero que não se importe de ter que molhar os pés.

– Não sou de açúcar – garanti tirando a sapatilha e Harry riu.

– E para a minha sorte, não é fresca – disse ele e eu sorri.

Harry dobrou a barra da calça de alfaiataria enquanto eu pegava a cesta e a sapatilha.

Era tão boa a sensação de grama molhada nos pés descalços. Pra pessoas comuns isso deve ser a coisa mais sem graça do mundo, mas para uma princesa que vive rodeada de cuidados e que nem poder ficar descalça direito pode, é a melhor sensação do mundo.

Sei que sempre fui mimada, mas não me considerava tão nariz empinado quanto sabia que outras princesas eram, tipo, eu não tinha medo de descer do salto – ou de tirar a sapatilha no caso- ou de tirar a coroa em frente às pessoas, e não me importava de sair sem maquiagem, e preferia mil vezes usar calça do que vestidos, porém nem sempre eu podia fazer essas coisas, mas sempre que podia eu tentava fazer.

Quando Harry me pediu que segurasse sua mão para não escorregar no riacho fiquei meio hesitante, mas cedi e segurei sua mão, imediatamente ele entrelaçou nossos dedos o que me fez corar um pouco, mas não falei nada, apenas travessamos o riacho nos sentamos na grama fofa da clareira.

– Seria uma boa idéia mergulhar nesse riacho – disse Harry pensativo.

O menino tinha mudado completamente, não era mais tão travado quanto antes, agora ele tinha um sorriso descontraído nos lábios e seus olhos verdes estavam iluminados.

– É bem raso, mas á água é fresca – comentei começando a tirar as coisas da cesta de piquenique, Harry me ajudou a tirar tudo e a distribuir pela grama entre nós.

– Sim, eu gostaria de entrar nessa água novamente.

– Então entre – falei dando de ombros.

– Não trouxe roupa de banho.

– Você é homem, é só tirar a camisa – deixei escapar e então fixei os olhos em uma florzinha amarela que estava perto de mim. Harry ficou em silencio por tanto tempo que não resisti e ergui os olhos para ele, Harry me olhava malicioso.

Tapei o rosto com as mãos e o príncipe soltou uma risada estrondosa.

– Paaaaaara – choraminguei me sentindo enrubescer e Harry ria mais.

– Isso faz parte das “características do marido perfeito?” – disse Harry entre risos.

– Isso o que?

– Você tem que ver os rapazes sem camisa? – dizia ele se jogando pra trás da grama de tanto rir da minha cara.

Não curti, achei ofensivo.

– Poderia fazer não é? – pensei alto o que fez a risada do Harry praticamente se tornar uma convulsão de tanto que ele se contorcia gargalhando.

Harry demorou tanto pra se recompor que eu já estava comendo sem ele quando ele finalmente se controlou e me pediu um pedaço da torta que eu estava comendo.

Servi um pedaço a ele que engatinhou até o meu lado e se sentou próximo a mim.

– Vamos transformar isso num encontro extremamente romântico – disse ele pegando o prato com a torta e o garfo que lhe estendi, Harry pegou um pedaço da torta e tentou me dar na boca, eu comi a torta segurando o riso.

– Estou me sentindo como se tivesse um ano de novo – falei quando engoli e Harry riu então ele mesmo comeu um pedaço de torta.

– Acaba com o clima mesmo, Bella.

– Me conte um apelido seu – pedi empurrando a perna dele com a minha perna.

– Hum... Meus apelidos são muito vergonhosos – disse Harry e continuou a comer, terminei de comer minha torta.

– Você riu um monte da minha cara agora mesmo, Tompson, me deixe rir de você também –falei e nós dois rimos.

– Hã... Um apelido né? Ok, vou te contar um apelido que só minha mãe me chama.

– Certo. Conte.

– Hazza.

Eu o olhei séria por um minuto, então explodi numa gargalhada sem fim.

– Hazza? Sério? Que apelido gay – falei e Harry também riu.

– Concordo, por isso você não vai contar pra ninguém. Promete?

– Claro... Hazza – falei e voltei a gargalhar, ele riu e tirou o paletó.

Meu riso morreu.

A camisa social que Harry usava era branca e meio transparente, o que me deixava ver de relance uma barriga bem malhada, a camisa ficava meio que apertada nos braços dele por causa dos músculos também.

Harry notou que eu estava encarando loucamente sua barriga, vi ele corar e gritar acusador:

– Tá vendo? Tem que adicionar isso a sua “característica do marido perfeito” Isabella. Sua pervertida! Pare de me tarar! – ele gritava brincalhão.

Voltei a rir e ele me acompanhou.

Como não reparei em você antes, Harry?


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Notas finais do capítulo

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