Você Me Faz Tão Bem escrita por Little Girl


Capítulo 3
De novo.


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores.. Mas um cap pra vocês :)



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Pov Malu

Será?

Coloquei a lâmina contra meu braço esquerdo cortando-o logo depois. Comecei a chorar desesperadamente, retirando a lâmina, que perfurava minha pele, o mais rápido que pude. Observei o corte profundo. Não tinha mais o que fazer. O meu pulso já estava cortado e não seriam lágrimas que fariam aquele sentimento de culpa simplesmente sumir.

Vi o sangue jorrar de meu braço e rapidamente peguei uma toalha para ampara-lo. Após fazer com que o sangue parasse de escorrer e aplicar um curativo decente sobre meu pulso, limpei o chão e fui me vestir.

Escolhi um moletom azul marinho,pois assim ninguém conseguiria ver meu curativo, um short jeans e uma havaiana. Peguei meu iphone e desci as escadas.

Fui até a cozinha e vi um bilhete em cima da mesa de vidro. Nele dizia:

"Oi gatinha,

Infelizmente vou chegar um pouco mais tarde em casa, talvez chegue somente amanhã. Mas você sabe como ser médico é difícil e que arrumar um emprego decente é mais difícil ainda. Portanto não pretendo perde-lo.

Beijos, amo você

Papai."

É, pelo visto hoje vou ter que comer sozinha. Peguei uma lasanha quatro queijos e pus no microondas, alguns minutos depois já estava pronta. Peguei um copo e enchi até o topo com suco de laranja. Meu celular vibrou por um instante no meu bolso e o retirei de lá.

Mensagem On ~

Te vejo amanhã hein? Certeza que você está morrendo de saudades dos meus escândalos.

Mensagem Off ~

Sabia que ela ia aparecer um dia, então não me surpreendi ao ler a mensagem. Depois que acabei de comer, peguei a louça suja e a coloquei sobre a pia. Fui até o sofá e me joguei sobre ele, sentindo dor em todo o meu corpo. É, eu preciso fazer alguns exercícios físicos.

Liguei a televisão e estava passando um Reality Show. Esperei alguns minutos pra ver se algo bom e interessante passava na TV, e como isso não aconteceu desliguei-a e subi para o meu quarto.

Fiquei mexendo no celular até o sono vir. Não tinha nada interessante acontecendo, então não tive outra opção a não ser dormir esperando que amanhã não seja um péssimo dia.

...

6:00 am

O barulho extremamente irritante do despertador ecoou por todo o meu quarto, me avisando que era hora de acordar e que teria que enfrentar, novamente, aquele inferno chamado escola.

Me levante e fui andando como uma tartaruga prestes a entrar em trabalho de parto para o banheiro. Fiz minha higiene matinal completa e abri meu closet, encarando-o como se aquilo fosse fazer com que ele escolhesse uma roupa para mim.

Peguei uma blusa de manga longa com algumas listras, não podia esquecer da merda que fiz ontem afinal, um short branco com detalhes azuis, alguns acessórios de tons variados, calcei minhas sapatilhas e por fim passei meu protetor solar e inseparável rímel, afinal estava indo pra escola e não pra um desfile de moda, juro que tentava entender aquelas meninas que iam todas cheias de maquiagem na cara, sinceramente não via como elas tinha coragem de fazer isso em plenas seis da manhã.

Peguei a chave do meu carro, tenho dezoito anos, e fui até a garagem. Dirigi bem devagar, quanto mais tarde eu chegasse na escola melhor.

Terminou que cheguei faltando dez minutos antes de tocar. Novamente alguns olhares se dirigiam a mim, junto com eles uns comentários também. Mas foi quando todo mundo se calou que eu me surpreendi.

Sim, ela havia chegado.

Virei meu corpo lentamente, desejando que eu estivesse errada. Não. Estava mais certa do que nunca. Minha melhor amiga havia chegado.

Você deve estar se perguntando o por que eu não estaria feliz? A minha melhor amiga tinha chegado. Mas ela não era qualquer melhor amiga. Era simplesmente a garota mais popular do colégio. Aquela que era desejada pelos homens e invejada pelas mulheres.

– Malu! - Ela gritou. Nada discreta e escandalosa como sempre.

– Clarinha - Eu disse e nos abraçamos - Você não mudou nada.

Não pense que eu não gosto dela ou que sou falsa. Não é nada disso. Sei que eu não fiquei muito animada com a sua chegada, mas é que sempre me irritou aquela coisa toda. Desnecessária demais na verdade.

– Pois é... E você também não.

Olhei para as garotas que nos cercavam e ela logo entendeu.

– Meninas, deem licença pra gente, por favor - Ela falou e em um passe de mágica todas as garotas já haviam sumido. - Detestando minhas amigas como sempre. Mas e então? Como foram as férias?

– Como sempre foram... Música, brigadeiro, música, dormir, música.

– É, pelo que parece o violão nunca vai sair da sua vida não é mesmo? - Ela perguntou um pouco decepcionada.

– Você sabe que não. E as suas ferias? Como foram? - Perguntei já sabendo a resposta.

– Shoppings, Paris, Londres, Nova York. Se você soubesse o quão perfeita Las Veg... - Ela falava entusiasmada, mas de repente parou.

– Então você é a famosa Clara Parker? - Uma voz soou atrás de mim.

Virei meu corpo lentamente pra trás e vi o garoto que nós olhava com um sorriso encantador. Aquela sorrisinho típico de canalha que quer dizer "quero comer você o mais rápido possível".

Sim, ele estava ali. E voltara a ser aquele garoto que era fácil de odiar.


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Notas finais do capítulo

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