Céu De Inverno escrita por Hey Evy


Capítulo 29
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!!!
Cara... Eu estou esgotada agora, passei o dia todo jogando paintball, e o mais incrível, eu não fiquei com nenhuma marca!!! (infelizmente).
Bom... Pelos menos anos jogando Call of Duty me serviram para alguma coisa...
BOA LEITURA!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/365916/chapter/29

–L! Beyond pare com isso – Eu gritei tentando puxar Beyond pelas costas.

Beyond me empurrou para trás com seu braço livre e murmurou “Não se meta”.

Eu continuei a gritar e tentar tirar Beyond de L, até que senti meu corpo congelar quando Beyond tirou uma faca do bolso.

–Você sabe, L, eu estava ansioso pra esse dia chegar, o dia em que eu iria sentir seu sangue escorrer pelas minhas mãos – Beyond murmurou com diversão.

Merda...

–Watari!!! Raito!!!- Eu gritei desesperadamente pelos dois homens enquanto tentava afastar Beyond de L.

–Beyond, para com isso – Eu disse puxando Beyond pelo torço.

Ele continuou á me ignorar.

–L, por favor, faz alguma coisa, não fica aí parado – Eu disse com meus olhos já enchendo de lágrimas.

Droga... Onde o Watari e o Raito se meteram?

–É uma vergonha, L, você vai morrer na frente da sua donzela – Beyond disse rindo sarcasticamente.

A esse ponto as lágrimas já rolavam pelo meu rosto, pelo amor de Deus, é impressão minha ou eu só estou atraindo problemas ultimamente?

Minha situação não melhorou quando Beyond ergueu a mão que estava segurando a faca, eu em um ato desesperado segurei o braço dele com toda minha força e puxei, fazendo com que Beyond virasse para mim com uma expressão furiosa... Que aos poucos foi se suavizando.

–Isso... Isso não foi de proposito – Beyond sussurrou com um tom preocupado.

Eu demorei um pouco para entender o que ele estava falando, até que senti meu pescoço ardendo um pouco, eu lentamente coloquei a mão no meu pescoço e olhei o sangue que escorria entre meus dedos.

–Ow... - Eu murmurei franzindo a testa.

–Vocês estão bem? Eu estava resolvendo umas coisas para o Ryuuzaki e pensei ter ouvido alguma coisa – Watari disse entrando na sala.

–Não está doendo muito, né? – Beyond perguntou olhando preocupado para o corte.

Antes que eu pudesse responder L pegou Beyond pela gola da camiseta e o jogou contra a parede.

–É melhor você não ter machucado ela – L murmurou com raiva.

–Vocês querem parar, por favor? O que deu em vocês? Vocês estão agindo como crianças – Eu gritei já irritada.

L soltou Beyond e olhou preocupado para meu pescoço.

–Só foi um arranhão, não se preocupe – Eu suspirei colocando a mão sobre o corte.

L caminhou para minha frente, se abaixou até o nível de meu pescoço e tirou minha mão do corte.

–Não vai deixar marca, mas foi um pouco profundo, vamos precisar limpar – L disse observando o corte atentamente.

–Aconteceu alguma coisa aqui? – Watari perguntou preocupado.

–Nada de importante, Watari você poderia levar o Beyond de volta para...

–Eu sei o caminho para o quarto, ao contrário de você, eu não preciso de uma babá me seguindo para todo lugar que eu vá - Beyond rosnou com raiva jogando a faca na mesa central da sala e logo em seguida saiu da sala.

L soltou um suspiro.

–Por favor, vá com ele – L pediu calmamente a Watari.

Watari acenou com a cabeça e foi em direção ao quarto de Beyond.

–Bem, vamos limpar esse corte – L disse indo para um pequeno corredor.

Eu o segui até uma porta branca, L a abriu e entrou, sala em questão era um banheiro, ele era bem espaçoso.

–Por que você não limpa suas mãos? – L perguntou enquanto procurava algo em um pequeno armário que ficava ao lado da pia.

Demorou um tempo até eu lembrar que minhas mãos estavam praticamente ensanguentadas.

Eu abri a torneira e lavei minhas mãos, eu olhei para lado e vi L tirar uma pequena caixa de primeiros socorros do armário.

–Sério, não precisa, só foi um arranhão, não foi um tiro nem nada... – Eu disse erguendo uma sobrancelha.

–Mas pode infectar se não for limpa – L disse calmamente.

–Você é um teimoso, sabia disso? – Eu perguntei com um leve sorriso.

–Também sou infantil e odeio perder – L respondeu com um pequeno sorriso.

–Bem, sente-se – L disse pegando uma gaze e molhando ela na pia.

Eu hesitantemente fechei a tampa do vaso sanitário e me sentei nele, não por nojo, mas aquilo iria arder...

–Te-tem certeza que você sabe o que está fazendo? Quer dizer, minha mãe é enfermeira, ela poderia limpar isso quando eu chegasse em casa – Eu disse nervosamente.

–Não se preocupe, limpar um corte é simples, e além do mais se seu irmão vir isso ele vai querer um relatório de como aconteceu – L disse rindo levemente.

Até se ele vir o curativo ele vai ficar me dando sermão até umas horas...

L se agachou até a altura do meu pescoço e colocou o kit de primeiros socorros no chão ao seu lado.

–Nã-não vai doer muito, não é? – Eu perguntei hesitantemente.

–Você está com medo? – L perguntou com um sorriso.

–O-o quê? Cl-claro que não, eu? Com medo? Imagina... Nem vai arder, não é? – Eu perguntei rindo nervosamente.

–Tente pensar em outra coisa – L disse tentando segurar o riso.

Fácil pra você falar...

L pegou a gaze molhada e aproximou do meu pescoço, eu fechei os olhos e mordi meu lábio inferior.

–Então... Eu nunca entendi por que seu irmão é tão protetor assim com você – L disse enquanto esfregava a gaze no meu pescoço.

Eu fiz uma careta quando senti a ardência.

–Bem... O Nick nem sempre gostou de mim, quando eu nasci ele ficou com ciúmes e por isso ele não gostavam tanto de mim, um dia quando eu tinha cinco anos, o Nick estava saindo para jogar futebol em um campo perto de casa, eu perguntei pra ele se eu podia ir junto com ele, e ele disse que eu não poderia por que eu era uma menininha mimada e iria atrapalhar ele, então eu o segui, e bem... Digamos que eu não olhei para os lados quando fui atravessar a rua e que o caminhão veio rápido demais... O resultado foi quatro costelas quebradas e três meses na UTI, então depois disso o Nick começou com sua obsessão por mim – Eu disse rindo levemente.

–Você me confundi, você tem medo de limpar um corte, mas fala rindo de um acidente que te deixou com quatro costelas quebradas – L disse calmamente.

–Ah, é por que... Hummm... Assim que o caminhão bateu em mim eu apaguei, então não senti nada, mas eu isso aqui está ardendo e eu estou sentindo – Eu disse com um sorriso.

Eu ouvi L rir um pouco, depois de limpar o corte, ele espirrou alguma coisas sobre o corte, o que ardeu um pouco.

–Viu não foi tão ruim assim, já acabou – L disse enquanto colocava um band aid sobre o corte.

Eu abri os olhos e vi L com um pequeno sorriso no rosto.

L estendeu a mão e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha, eu corei quando percebi o quão próximo nós estávamos.

–Me desculpe... –Ele sussurrou olhando diretamente em meus olhos.

–Tu-tudo bem... Nã-não ardeu tanto assim – Eu gaguejei nervosamente.

L riu levemente e colocou uma mão em meu rosto.

–Não... Não estou falando disso, me desculpe por não fazer nada tanto hoje como no dia em que Albert foi preso – L sussurrou com um sorriso triste.

Eu soltei um suspiro e sorri suavemente.

–Eu não sei se você já esqueceu, mas eu já te disse que não sei como agradecer pelo o que você está fazendo por mim – Eu disse.

Nós ficamos em silêncio por dois segundos, até que...

–Ryuuzaki, quando vamos voltar? A Misa não para de... Oh, desculpe eu não quis atrapalhar – Raito disse com um sorriso ingênuo.

É impressão minha ou toda vez que eu estou sozinha com o L alguém aparece por magia?

L limpou a garganta e se levantou.

–Onde você estava, Yagami-kun? – L perguntou calmamente.

Raito soltou um longo suspiro.

–A Misa me pediu pra levar uma lembrança para ela, então eu passei o dia inteiro tentando achar alguma coisa pra comprar para ela – Raito disse um pouco irritado.

–Ela teve estar morrendo de saudades de você – Eu disse rindo.

–Nem me fale, ela não para de encher o... Quer dizer, ela não para de me ligar – Raito suspirou esfregando as pálpebras.

Eu não pude deixar de rir com o comentário de Raito.

–Então quando vamos voltar, Ryuuzaki? – Raito perguntou.

–Bem... Assim que a Yukki-chan se sentir melhor – L respondeu calmamente.

–Eu já disse que estou bem, por mim eu iria amanhã mesmo – Eu disse me levantando.

–Tem certeza?- L perguntou me estudando atentamente.

Eu apenas acedi com a cabeça.

–Bem, então acho que podemos ir amanhã á noite – L disse calmamente.

–Ótimo, muito obrigado Ryuuzaki – Raito suspirou aliviado.

Eu ri levemente com a expressão.

–Mudando de assunto... Por que vocês estavam no banheiro? – Raito perguntou com uma sobrancelha erguida.

–A Yukki-chan chegou aqui com um corte no pescoço, ela nem tinha percebido... Então eu limpei o corte para ela – L respondeu imediatamente.

–Ryuuzaki, eu não sou idiota, eu vi uma faca na mesa da sala com um pouco de sangue na ponta, além do mais eu ouvi o Beyond gritando com o Watari – Raito retrucou franzindo a testa.

Caramba... Ele é mais esperto do que aparenta.

–Não é fácil te enganar, bem a verdade é que Beyond voltou e cortou o pescoço da Yukki – L disse monotonamente.

–Be-bem... Não foi bem assim... Aquilo foi um acidente, ele não quis fazer aquilo – Eu disse hesitantemente.

L e Raito olharam para mim surpresos, acho que eles não esperavam que eu fosse amenizar a situação pro Beyond.

–A-acho, melhor eu ir indo, eu disse que não iria chegar muito tarde – Eu disse nervosamente.

–Claro, espere na sala, eu vou pedir para Watari te levar para casa – L disse saindo do banheiro e indo para outra porta.

–Sério? Muito obrigado, Ryuuzaki – Eu disse com um sorriso.

Eu saí do banheiro.

–Bem depois de andar o dia todo eu preciso dormir, boa noite Yukki-chan – Raito disse com um sorriso gentil.

–Boa noite, Yagami-kun – Eu disse com um pequeno sorriso.

Depois de me despedir do Yagami, fui até a sala e me sentei no sofá esperando L ou Watari.

Eu fiquei olhando a sala até que o objeto ensanguentado me chamou a atenção.

Ele não fez de proposito, dava pra ver nos olhos dele... Além do mais ele disse que me amava, então isso quer dizer que ele não me machucaria... Mas ele é um psicopata... Francamente, você me deixa com dor de cabeça, Beyond...

–Senhorita Scarllet, já está pronta para ir? – A voz de Watari me tirou de meus pensamentos.

–Hum, sim, você não estava ocupado, não é? – Eu perguntei me levantando do sofá.

–Não, eu só estava tentando ter um diálogo com Beyond, mas ele é um cabeça dura... – Watari disse com um suspiro.

Ele tem coragem, foi tentar falar com o Beyond depois que ele saiu de uma briga.

–Bem, vamos indo – Watari disse com um pequeno sorriso.

Nós saímos do quarto de hotel, e eu fiquei esperando Watari na rua enquanto ele foi buscar o carro na garagem.

Poucos instantes depois Watari chegou com o carro e eu me sentei no banco do passageiro.

–Você deve estar muito estressada com a morte do Albert – Watari disse de repente.

–Você já sabe... – Eu sussurrei olhando para a rua.

–Beyond me contou – Ele respondeu suavemente.

–Beyond? Ele parece gostar de você, hein? – Eu perguntei com um pequeno sorriso.

–Bem... Eu o levei até o Wammy’s – Watari respondeu calmamente.

–Sabe... Às vezes eu esqueço que ele é um psicopata – Eu disse hesitantemente.

–Beyond é um rapaz esperto, são seus ciúmes e sua ganancia que acabam tomando conta dele – Watari disse com um olhar triste.

O resto da viagem foi um silêncio total.

–Obrigado pela carona, até mais Watari – Eu disse saindo do carro.

–Boa noite, senhorita Scarllet – Watari disse educadamente antes de dirigir de volta para o hotel.

Eu abri o portão de casa e soltei um suspiro antes de abrir a porta, hora dos sermões do Nick...

–Cheguei – Eu disse entrando em casa e fechando a porta.

Como ninguém havia respondi eu resolvi procurar alguém na sala, quando cheguei na sala as luzes estavam apagadas e a televisão desligada.

–Humm... Eles já devem ter indo dormir – Eu murmurei para mim mesma.

Eu então fiz meu caminho até a cozinha.

As luzes da cozinha também estavam apagadas, eu acendi o interruptor, eu levei minha mão até a minha boca tentando abafar um grito. Nick estava encostado na pia com um olhar extremamente irritado.

–Caramba, Nick... Você querer me matar? – Eu perguntei com um riso nervoso.

–Onde você estava? – Nick perguntou sem rodeios.

–Você sabe muito bem onde eu estava, eu fui avisar o Ryuuzaki sobre o morte do Albert no hotel dele – Eu disse abrindo a geladeira.

–Você demora todo esse tempo pra contar isso para uma pessoa? – Nick perguntou com raiva.

–Hummm... Tomates, batatas, repolho... Caramba, vocês não guardaram comida pra mim não? – Eu perguntei franzindo a testa.

Nick apenas ignorou minha pergunta.

–Ah, um pedaço de lasanha, é dá pra comer... E eu não demorei tanto assim, o problema é que o hotel é muito longe daqui de casa – Eu disse tirando a lasanha da geladeira e colocando-a no micro-ondas.

–Eu ainda acho que você... Yukki, o que aconteceu com seu pescoço? – Nick perguntou preocupado.

Ótimo, é melhor eu achar uma boa mentira...

–Ah, isso não é nada demais, quando eu cheguei no hotel o Ryuuzaki me disse que meu pescoço estava sangrando, então eu coloquei esse curativo aqui – Eu respondi sem fazer contado visual com Nick.

–Ok... – Nick disse com um tom desconfiado.

Ufa, ele não vai insistir...

–Ei, eu estava pensando se amanhã á noite, quando eu voltasse da faculdade, nós poderíamos ir à delegacia, sabe pra ver se o delegado já tem uma pista de quem matou aquele bastardo do Albert, quer dizer eu deveria mandar flores para esse cara – Nick disse com um sorriso.

–Não vai dar... Eu vou voltar pro Japão amanhã á noite – Eu disse calmamente.

O sorriso de Nick logo se desfez.

–Como assim? Você acabou de acordar depois de duas semanas em coma e já vai voltar pro Japão? – Nick perguntou franzindo a testa.

–O caso já está muito atrasado com esse seu sequestro e com as ameaças de morte do Albert, eu não quero que L perca tempo com isso – Eu respondi.

Nick de repente parecia furioso, ele apertava os punhos com raiva.

–Você já parou pra pensar que tudo isso só aconteceu porque você tem essa profissão? – Ele perguntou agressivamente.

–Nick, eu não quero discutir isso de no...

–Você já parou pra pensar que foi por sua culpa que eu fui sequestrado? E já parou pra pensar que se não fosse eu seria o pai ou a mãe? – Nick retrucou com raiva.

Eu apenas olhos com surpresa para ele. Nick soltou um suspiro, e se acalmou.

–Eu só estou querendo dizer que como policial, você está sempre nós se colocando em perigo, aquele cara o Albert já está morto, mas ele tinha todos aqueles homens, eu tenho medo que algo aconteça com você, ou com o pai e a mãe, e também quando você conseguir pegar aquele serial killer do Japão, quem em garante que não ser como foi com o Albert? Yukki, por favor, pense, não coloque em risco a nossa e a sua vida - Nick disse olhando em meus olhos.

Talvez... Talvez ele esteja certo, eu estou colocando a vida deles em risco, e eu não vou estar sempre aqui para eles... Talvez o melhor... Talvez o melhor seja eu não ser mais policial.

Fim do capitulo 29!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
FINALMENTE FÉRIAS!!!
Até a próxima pessoal!!!