Céu De Inverno escrita por Hey Evy


Capítulo 17
Faceless


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!!!
Cara esses dias eu parei cinco minutos da minha vida pra pensar... E se o Beyond existisse?
Minha expectativa:
Eu: Beyond... Eu te amo... Por quem você é *corando furiosamente*
Beyond: Eu também te amo, vamos passar o resto de nossas vidas juntos.

A triste e dolorosa realidade:
Eu: OH MY GOD!!! BEYOND EU TE AMO SEU LINDO!!! *gritando feito uma fangirl doída*
Beyond: Eu hein... Menina doente... Para aí você é aquele menina retardada que escreveu que eu fui traído... Se considere morta *pegando uma faca de algum lugar*
B-bem fiquemos feliz por ele não existir....
BOA LEITURA!!!!



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-Isso... Isso quer dizer... Que você não faz ideia de quem de contratou? – Eu perguntei decepcionada.

-Exatamente querida – Beyond respondeu com um sorriso ainda maior.

Ótimo... Mais um mistério...

-Mas seja lá quem ele for ele com certeza era um bilionário, quer dizer, ele tinha todos aqueles homens na mão, um quarto de hotel de luxo, carros ultra caros e ele ainda me ofereceu dinheiro... – Beyond disse seriamente.

Bilionário...?

-Yukki-chan, eu sei que pode ser difícil, mas eu quero que você faça um esforço para achar alguém que queria te matar... Você é uma policial, você já prendeu um milionário? – L perguntou calmamente.

-Bem... Antes de eu vir para cá, no meu último caso... Só era para prender traficantes de drogas e armas, mas descobrimos que um empresário muito famoso estava envolvido, ele era o chefe dos traficantes, ele comandava tudo, quais cargas seriam traficadas, as horas que as cargas chegavam e para onde elas iriam... Mas não pode ser ele, antes de eu sair do Brasil, o julgamento dele já estava marcado, o delegado Marqueses disse que mesmo com o melhor advogado do país ele seria condenado á pelo menos quinze anos... – Eu respondi pensativamente.

-Conte sua parte no caso – L disse me observando atentamente.

-Bem... Isso não é uma coisa que gosto muito de lembrar, mas uma vez que é para salvar minha vida, eu acho que posso abrir uma exceção – Eu disse hesitantemente.

Cinco meses atrás.

Eu olhava através dos papeis da minha mesa na delegacia, nada de diferente, eu sempre pegava os mesmos casos simples e sem graça.

-Olhando para seus casos de novo? – A voz do homem alto e com cabelos castanhos claros chamou minha atenção.

-Oh, oi Bruno... – Eu murmurei com puro tedio em minha voz.

-Nossa quanta animação, do jeito que você esta animada eles vão acabar colocando você na recepção – Ele disse com um sorriso nos lábios.

Eu apenas soltei um longo suspiro e enterrei minha cabeça nos inúmeros papeis da minha mesa.

-Eu não entendo... Você tem bastantes casos... Não tem porque ficar tão deprimida – Bruno disse com seus olhos verdes focados nos papeis.

-Eu sei... Mas olha só meus casos... Achar o ladrão do mercado da esquina, achar uma bicicleta roubada, ir à casa de um homem para saber por que ele não paga a benção dos filhos, e assim vai... Isso é tão... Entediante... – Eu sussurrei tentando organizar os papeis da minha mesa.

-Não se preocupe, você sabe que você tem potencial, você só esta nessa delegacia por três meses, você vai ver, daqui a pouco você vai resolver os casos mais difíceis dessa delegacia – Bruno disse com um sorriso caloroso no rosto e colocando uma mão reconfortante no meu ombro.

Eu não pude deixar de dar um pequeno sorriso ao ver aquele sorriso caloroso de Bruno, ele realmente era uma pessoa gentil.

Antes mesmo que eu pudesse agradecer a Bruno, a voz rigorosa da linda mulata chamou nossa atenção.

-Bruno, quantas vezes eu vou ter que dizer? Nada de paquera no trabalho – Ela gritou exigente.

-Diana, eu não estava paquerando... Eu só estava tentando animar ela – Bruno murmurou coçando a parte de atrás de seu pescoço.

-Tanto faz... Nós não devíamos estar aqui, nós precisamos interrogar o padrasto da garota que foi morta semana passada, vá logo pro carro – Diana disse jogando a chave do carro para Bruno.

-Ok, chefa... – Bruno murmurou com sarcasmo.

-Até mais, Yukki – Bruno disse com um sorriso gentil antes de sair pela da sala que quantia inúmeras mesas.

Diana soltou um longo suspiro.

-Me desculpe por ele... Francamente eu não entendo esse garoto, ele trabalha muito bem, mas quando ele quer ser um completo idiota, ele ganha o primeiro lugar – Diana murmurou afastando um de seus longos cachos negros de seus olhos.

Eu deixei um leve riso escapar de meus lábios.

-Mas chega de falar daquele idiota... Você estava desaminada por causa dos seus casos não é mesmo? – Ela perguntou com preocupação em sua voz.

-Eu não consigo um caso... Como posso dizer...?... Com muita importância... – Eu disse hesitantemente.

-Não se preocupe, você é nova aqui, comigo foi a mesma coisa, você vai ver, daqui a alguns meses você vai pegar um casos bem importante – Diana disse suavemente, ela realmente era uma pessoa doce quando não estava falando de trabalho.

-Obrigado – Eu disse dando um pequeno sorriso.

-Não precisa agradecer, minha flor – Diana disse sorrindo ainda mais.

-Agora volte ao trabalho – Ela disse com um pequeno sorriso no rosto antes de sair pela porta.

Eu soltei um longo suspiro e voltei a organizar os papeis de minha mesa.

No final da tarde, quando meu expediente estava acabando, o telefone da minha mesa tocou.

-Victória? – Eu chamei o nome da recepcionista esperando ela responder.

-Eu já de disse, não me chame de Victória, isso é muito comum e sem graça, me chame de Tori ou Vick – Ela resmungou irritada.

-Tudo bem, tudo bem... Então Vick, aconteceu alguma coisa? – Eu perguntei curiosa.

-O delegado quer ver você – Ela afirmou calmamente.

-M-me ver?... Mas eu não fiz nada de errado – Eu disse preocupada.

-Você se preocupa facilmente... Vai ver ele tem um caso novo pra você – Ela respondeu animadamente.

-Eu espero que sim – Eu disse um pouco mais calma.

-Ok, mas assim que você terminar de falar com ele, eu quero que você venha me ver, eu estou morrendo de curiosidade para saber o que ele quer falar com você – Vick disse ainda mais animada.

-Ok... Até mais – Eu disse antes de desligar o telefone e colocar ele de volta no gancho.

Depois disso fiz meu caminho até o escritório do delegado Marqueses.

Eu bati na porta, até que ouvi uma voz dizer “Entre”.

-A Victória disse que o senhor queria me ver – Eu disse nervosamente enquanto entrava na organizada sala.

-Sim, sente-se – O velho homem disse apontando para a cadeira em frente á sua mesa.

Eu desajeitadamente sentei-me na cadeira e esperei ele continuar a falar.

-Você não precisa fingir, eu sei que não esta feliz com os casos que esta recebendo ultimamente – Ele disse sem rodeios.

Instantaneamente eu comecei a me desesperar, e gaguejei nervosamente:

-De-delegado Marquese... E-eu confesso que ultimamente eu não estou muito empolgada com meus casos, mas eu amo trabalhar aqui e- Eu fui interrompida pela risada do delegado.

-Não precisa ficar tão nervosa, na verdade isso é bom, você esta mostrando que almeja mais da sua profissão, e eu fico feliz em saber que eu tenho uma pessoa assim na minha delegacia – Ele disse com um pequeno sorriso.

-O-obrigado senhor – Eu disse tentando recuperar a postura.

-Mas não te chamei aqui para falar disso, eu tenho uma proposta para você – Marquese disse seriamente.

-Estou ouvindo senhor – Eu disse curiosa.

-É sobre um novo caso, estamos atrás de um grupo de traficantes de armas e drogas, nós até conseguimos pegar um dele á algumas semanas atrás, o infeliz confessou que existia um homem acima deles, o Albert Thorsten – Ele explicou seriamente.

-Al-albert Thorsten? Aquele empresário multi bilionário? – Eu perguntei incrédula.

-Exatamente, nós já temos certeza que ele está envolvido nisso, mas precisamos de uma gravação com ele confessando isso, então pensamos, qual é o melhor jeito de fazer um homem confessar algo do que usar o charme feminino – Ele continuou a explicar calmamente.

Ch-charme feminino?

-É claro, você não terá que fazer nada inconveniente – Marqueses suavemente, tentando me tranquilizar.

-E-espera... Deixa eu ver se eu entendi bem... O senhor esta me chamando para esse caso? – Eu perguntei incrédula.

-Isso mesmo, então o que você me diz? – Marqueses perguntou com um pequeno sorriso.

-É claro que eu aceito, eu estive esperando por isso por tanto, tempo mal posso esperar – Eu disse com entusiasmo, que fez o delegado rir.

-Me-me desculpe senhor – Eu rapidamente me desculpei por meu comportamento.

Ele deixou escapar uma leve risada.

-Tudo bem... Esteja aqui amanhã bem cedo, quero te apresentar para o resto da força-tarefa e te explicar sua parte no plano – Ele disse calmamente.

-Sim senhor – Eu disse sem tirar um sorriso dos meus lábios.

-Ótimo, agora vá para casa seus pais... Ou melhor, seu irmão teve estar preocupado – Marquese disse com um sorriso no rosto.

-Claro, obrigado e tenha uma boa noite senhor – Eu disse com felicidade em minha voz.

Assim que sai do escritório do delegado peguei minha bolsa na sala onde ficavam as mesas dos outros policiais e caminhei para a recepção.

Quando cheguei na recepção vi a loira com seus curtos e repicados cabelos se mexendo enquanto ela procurava desesperada por algo em seu balcão desorganizado.

-Hey Victó... Quer dizer Vick – Eu disse hesitantemente.

-Oh... Oi Yukki – A loira sussurrou olhando para cima de seus papeis.

-Então não enrola mulher, o que ele queria falar com você? – Vick perguntou com seus olhos verdes brilhando de curiosidade.

-Humm... Adivinha – Eu provoquei-a com um sorriso no rosto.

-Para de bancar a esperta e fala logo caramba – Ela resmungou irritada.

Eu pude deixar escapar uma risada.

-Ele me chamou para um caso, mas não esses casos que eu faço, um caso muito mais importante – Eu disse com um sorriso estampado no rosto.

-Eu estou tão feliz por você, tenho certeza que você vai se sair muito bem – Vick disse com um sorriso.

-Obrigado... Eu também espero que eu consiga um bom resultado – Eu disse calmamente.

-Eu tenho certeza que você vai, você se preocupa demais boba – Vick disse picando.

-Mas e aí? Eu saiu daqui a pouco, você vai querer uma carona pra casa? – Vick perguntou enquanto tentava organizar o balcão.

-Não obrigado, o meu irmão teve estar chegando, ele está cismando em me buscar todos os dias... Ele é um saco às vezes – Eu sussurrei um pouco irritada.

-Seu irmão? Ele é um gato sabia? – Ela disse sorrindo.

-Quem? O Nick? Até parece... Aquele cara não pega nem resfriado, eu estou começando a achar que ele joga do outro lado – Eu disse tentando segurar os risos.

-Credo, não fala isso! Nem todos os homens bonitos são gays – Vick murmurou irritada.

Depois de alguns minutos conversando Nick finalmente chega à delegacia.

-Ei Yukki, vamos indo – Nick disse simplesmente, enquanto entrava na recepção.

-Ok... Até amanhã – Eu disse acenando para a loira que ainda estava atrás do balcão.

-Oh... Eu não tinha visto você aí... Tudo bem? ... Éeee... Vi... Viviane...? – Nick disse hesitantemente.

-É Victória – Eu sussurrei para Nick.

-Cl-claro... Eu já sabia... – Nick murmurou corando embaraçosamente.

Vick riu levemente.

-Tudo bem... Como vai está, Nicollas? – Ela perguntou sorrindo suavemente.

-Eu estou bem... Vamos indo, Tchau éeee... Vi – Nick disse me arrastando para a porta.

-O pai deixou você pegar o carro dele? – Eu perguntei surpresa ao ver o carro preto estacionado em frente à delegacia.

-Claro, ele confia em mim, eu sou o mais velho, então logicamente eu sou o mais responsável – Nick se gabou enquanto abri a porta do carro.

-Claro... – Eu murmurei sarcasticamente enquanto me sentava no banco do passageiro.

Logo em seguida Nick entrou no carro, deu partida e começou a dirigir.

-Então... Como foi seu dia? – Nick perguntou tentando quebrar o silêncio.

-Foi ótimo, eu até tenho uma ótima noticia para contar pra vocês – Eu disse sorrindo.

-Que foi? Arrumou um namorado? – Nick perguntou com um sorriso sarcástico.

-Droga... Você é bom, era pra ser surpresa – Eu disse seriamente.

-O que? O que você tem na cabeça? Eu vou amanhã nessa delegacia pra falar com esse filho da mãe – Nick gritou totalmente irritado.

Eu comecei a rir histericamente.

-Calma, eu sou estou brincando, eu não estou namorando não - Eu disse entre risos.

-Acho bom – Nick resmungou ainda irritado.

Depois e alguns minutos, chegamos em casa.

-A gente já chegou – Nick gritou entrando em casa.

Assim que Nick gritou, a mulher sorridente saiu da cozinha com um pano enxugando as mãos, seu cabelo castanho estava preso em um coque frouxo e seus olhos acinzentados nos olhavam com carinho, essa era minha mãe Helena.

-Olá, oh Nick, você é realmente uma gracinha, você foi buscar sua irmã de novo? – Minha mãe perguntou com um sorriso no rosto.

-É... Eu não vou deixar ela andando sozinha essa hora – Nick respondeu enquanto dava um pequeno abraço em minha mãe.

-Para de exagerar Nick, só são sete horas – Eu murmurei irritada.

Minha mãe riu ao ver a cena.

-Tudo bem, eu estou fazendo o jantar, eu aviso a vocês quando estiver pronto – Ela disse enquanto fazia seu caminho de volta à cozinha.

Depois disso vamos até a sala, meu pai estava sentado no sofá assistindo o noticiário, como de costume.

-Oi, pai – Nick e eu dissemos em uníssono ao entrar na sala.

-Nick me de a chave do meu carro – Meu disse sem tirar os olhos da televisão.

-Droga... Pensei que você tinha esquecido – Nick murmurou ao entregar as chaves para meu pai.

-Espertinho você... Mas então, como foi o dia de vocês? – Meu pai perguntou.

Nick soltou um longo suspiro.

-Mesma coisa de sempre... Mas até que foi bom – Nick respondeu calmamente.

-E você Yukki? – Meu pai perguntou virando-se para olhar para mim.

-Foi maravilhosamente ótimo – Eu respondi sorrindo largamente.

-E o que aconteceu de tão bom? – Meu pai perguntou com um pequeno sorriso.

-No jantar eu falo – Eu respondi ainda sorrindo.

-Ela tá assim deste que eu fui buscar ela, estou começando a me preocupar... – Nick sussurrou para meu pai.

Ficamos conversando, até que minha mãe nos para o jantar, quando de repente Nick perguntou:

-E ai? Por que você tá toda felizona desde que eu fui te buscar?

-Oh isso, nada demais... Eu finalmente fui chamada para um caso importante, mal posso esperar para começar – Eu disse sorrindo.

-Oh querida, eu estou tão feliz por você – Minha mãe disse suavemente.

-Faça de mim orgulhoso Yukki – Meu pai disse com um sorriso no rosto.

-Ahhh... Sobre o que é esse caso? - Nick perguntou com um pouco de preocupação em sua voz.

-Bem... Para prender um grupo de contrabandistas – Eu sussurrei esperando que ele não ouvisse.

De repente Nick bateu as mãos contra a mesa.

-Yukki, você está ficando louca? Me diz que você não aceitou participar desse caso – Nick gritou com raiva.

-Nick pelo amor de Deus, eu vou ficar bem – Eu disse calmamente.

-Quem me garante Yukki, você não assiste os noticiários? Os policias sempre acabam morrendo nesses tipos de caso – Nick continuo a gritar.

-Nicollas, eu não vou deixar uma oportunidade dessas passar só porque você esta com medo, Nicollas para de tentar me controlar, você não é meu pai, você só é meu irmão mais velho que só por causa de um acidente que aconteceu há 20 anos tenta mandar em tudo que eu faço – Eu disse já sem paciência.

-Chega - Meu pai gritou severamente.

Depois de dois minutos de silêncio, Nick veio até meu lado e me abraçou com força.

-Me desculpe... Você não entende, mas eu sinto que é meu dever de proteger... Aquele... Aquele acidente foi minha culpa... – Ele sussurrou me apertando ainda mais.

-Não, eu já te disse não foi sua culpa, eu estava distraída... Eu não quero que você se culpe por aqui nunca mais, você entendeu? – Eu sussurrei de volta, esfregando as costas dele enquanto meus olhos se encham de lágrimas.

-Vocês realmente não mudaram nada desde a infância, vocês não aguentam ficar nem um minuto sem se falaram – Minha mãe disse sorrindo.

-Bem, eu tenho que ir agora, meu turno no hospital já vai começar – Minha mãe disse se levantando da mesa.

Logo depois disso fui para meu quarto, resolvi fazer uma pequena pesquisa sobre Albert Thorsten.

Ele era originalmente alemão, mas se mudou para Londres quando tinha 19 anos, ele tem uma variedade enorme de empresas por todo o mundo, nos últimos 5 anos ele esta no Brasil, pois ele gosta do clima e das pessoas.

Não consegui muita coisa importante na minha pesquisa, mas pelo menos fiquei sabendo um pouco mais sobre ele.

Depois de minha pesquisa tomei banho e dormi.

Acordei 6 horas da manhã, meu pai e o Nick ainda estavam dormindo, e minha mãe estava no hospital.

Tomei um rápido café da manhã, e logo em seguida fui para a delegacia.

-Bom dia, Vick – Eu cumprimentei a energética loira que estava no balcão como sempre.

-Oh, hey, bom dia Yukki, o delegado está te esperando da sala dele – Ela disse com um sorriso que nunca saiu do seu rosto.

Eu apenas concordei com a cabeça e rapidamente fui em direção ao escrito do delegado, eu bati na porta até que ela foi aberta por homem alto, com cabelos negros e olhos castanhos abriu a porta com um olhar confuso no rosto.

-Huuumm... Eu posso ajuda-la? – Ele perguntou ainda confuso.

-O delegado Marqueses queria me ver – Eu respondi calmamente.

Ele olhou para mim ainda mais confuso.

-Entre Yukki – Eu ouvi a voz do delegado falar.

O homem rapidamente se afastou da porta para que eu pudesse entrar, assim que eu entrei na porta eu vi quatro homens espalhados pela sala.

-Yukki, esses são os membros da força-tarefa – O delegado disse calmamente.

-Esse é Leandro – Ele disse apontando para um homem com cabelos castanhos claros e olhos escuros, que estava olhando para alguns papeis que estavam espalhados em cima da mesa, ele apenas olhou para mim e deu um pequeno sorriso antes de voltar a olhar para os papeis.

-Esse é Matheus – Ele disse apontando para um homem bem alto e forte, que tinha cabelos negros e olhos verdes.

-Olá senhorita – Matheus me cumprimentou com um sorriso caloroso.

-Aquele garoto é o Oliver, esse garoto é um gênio quando o assunto é tecnologia– Marqueses disse apontando para um homem que parecei ter 20 anos, ele tinha cabelos loiros e olhos azuis claros.

-O-olá... – Oliver murmurou suavemente.

-Esse é Ricardo, ele pode ser... Bem difícil de se conviver – Marqueses disse hesitantemente apontando para um homem alto, moreno que estava encostado em uma das paredes com os braços cruzados, ele olhou para mim por um minuto, e em seguida voltou sua atenção para o nada.

-E por último, mas não menos importante, Arthur, o cavaleiro que abriu a porta – Marquese disse com um pequeno sorriso no rosto.

-Oi – Arthur disse com um sorriso gentil no rosto.

-Bem rapazes, eu quero que conheçam Yukki Scarllet, ela está se juntam á nos no caso a parti de hoje – Marquese disse fazendo todos olharam para mim.

-Você está falando sério? Essa mulher não vai ajudar em nada aqui – Ricardo praticamente gritou.

-Há menos que você possa usar todo seu charme para conseguir uma confissão do Albert Thorsten eu sugiro que o senhor mantenha suas opiniões para o senhor – O delegado disse friamente.

Matheus começou a rir com o comentário do delegado.

Uma semana depois.

Depois de uma semana “treinando” com a Vick para saber como me comportar perto do Albert Thorsten, eu finalmente iria me encontrar com ele.

Agora eu estava em um carro que estava sento dirigido por Oliver, ao seu lado estava Arthur, e na parte de trás comigo estava Matheus.

-Vo-vocês acham que isso vai dar certo? – Eu perguntei nervosamente.

-Não se preocupe, eu coloquei escutas em vocês três – Oliver disse calmamente como sempre.

-Nã-não é isso... E se eu não conseguir... - Eu disse hesitantemente.

-Não diga uma coisa dessas chica, você está linda, bastar ter confiança é tudo vai dar certo – Matheus disse alegremente.

-Chica? – Arthur perguntou erguendo uma sobrancelha.

-É, se não podemos dar a nossa verdadeira identidade, então por que eu não posso ser um espanhol? – Matheus retrucou.

-Em falar nisso... Você não se esqueceu de quem você é, não é Yukki? – Arthur me perguntou.

-Não, eu sou Catherine Collins, herdeira de uma empresa inglesa de carros, que alguns anos atrás estava preste a falir, mas que nesses últimos meses está se reerguendo – Eu disse calmamente.

-E o Arthur e eu vamos ser seus costas-costas – Matheus completou animadamente.

Depois de mais algum tempo dirigindo, Oliver parou o carro em frente ao restaurante italiano extremamente fino.

-Ótimo, chegamos, ok vamos manter a calma e fazer o nosso melhor – Arthur disse calmamente enquanto soltava o cinto de segurança.

Arthur saiu do e abriu a porta do carro para mim, hora do teatro...

Arthur pegou minha mão ajudando-me a sair do carro, Matheus saiu logo assim que eu saí.

-A senhora gostaria que eu estacionasse seu carro? – O manobrista do restaurante perguntou educadamente.

-Isso não será necessário, meu chofer pode cuidar disso – Eu respondi friamente.

Eu caminhei até a recepção do restaurante, com Matheus e Arthur atrás de mim.

-Eu posso ajuda-la senhora? – O recepcionista perguntou educadamente.

-Sim, eu tenho uma reserva feita por Albert Thorsten – Eu respondi calmamente.

O recepcionista examinou a tela do computador que estava em sua frente, e logo em seguida sorriu gentilmente para mim.

-Claro, me acompanha por favor, senhorita Collins – O recepcionista disse educadamente.

Eu segui ele por diversas mesas do elegante restaurante, até chegarmos a uma mesa que ficava em um canto do restaurante, lá estava um homem de cabelos loiros penteados para trás, de olhos azuis gelo e com um olhar severo no rosto.

-Senhor Thorsten, aqui está à senhorita Collins – O recepcionista disse educadamente antes de sair.

Albert se levantou de sua cadeira e estendeu sua mão para mim, eu coloquei minha mão na dele esperando por aperto de mãos, mas ao invés disso em beijou minha mão...

-É um prazer conhece-la, senhorita Collins – Ele disse com um pequeno sorriso nos lábios.

-Ora, temos um cavalheiro aqui – Eu disse rindo um pouco.

-Eu vivi um bom tempo na Inglaterra, e lá eu aprendi que é assim que se deve se tratar uma bela mulher como você – Albert Disse enquanto puxava a cadeira para eu sentar.

Eu me sentei, assim como Albert.

-Vocês já podem sair – Eu disse olhando para Matheus e Arthur que ainda estavam atrás de mim.

Eles apenas concordaram e saíram rapidamente, afinal esse era o plano, me deixar sozinha com Albert...

No resto do jantar não aconteceu nada de importante, só falamos de negócios, mas é claro, eu não posso esperar que um homem que acabou de me conhecer vá confessar que ele é um mandante de trafico de drogas e de armas, tudo o que eu tinha que fazer era ganhar sua confiança aos poucos...

Três meses depois.

Eu estava no luxuoso quarto de hotel de Albert como costumava fazer quase todos os dias, já se passaram três meses e esse homem não dá nem uma brechinha...

- Catherine – A voz severa de Albert me chamou tirando-me de meus pensamentos.

Eu olhei para ele esperando ele continuar a falar.

-Como vai sua empresa? – Ele perguntou olhando diretamente para mim.

-Oh... Ela vai bem, graças a você, um dia eu ainda vou descobrir da onde você tira tanto dinheiro – Eu disse seriamente.

Albert riu um pouco.

-Apenas trabalho duro, minha querida – Ele disse com um sorriso.

-Sério? Eu acho que mesmo morrendo de trabalhar, uma pessoa não ia ter o mínimo que você tem, pelo menos não jogando limpo – Eu o retruquei ainda mais seria.

-Você está sabendo de algo que eu não sei? – Albert perguntou mais sério.

-Não... Por que eu deveria saber de algo? – Eu perguntei cruzando as pernas e apoiando a cabeça em uma das mãos.

-Claro que não – Ele respondeu rapidamente.

Droga... Bem... Tempos desesperados pedem medidas desesperadas.

Eu me levantei da poltrona onde estava sentada.

-Pois você tem que saber algo sobre mim – Eu gritei.

- Catherine, você está bem? – Albert perguntou confuso.

-Não, eu não estou bem, eu não sou quem você pensa que eu sou – Eu continuei a gritar.

-O-o quê? – Ele perguntou ainda mais confuso.

-Eu sou... Eu era... Uma traficante – Eu gritei, enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.

-Co-como? – Ele perguntou chocado.

-Foi quando meus pais morreram e a empresa começou a falir... Eu tinha que fazer alguma coisa... Então eu comecei a traficar armas da Inglaterra... Quando a empresa começou á se restabelecer, graças a você, eu trafiquei menos... Mas a Interpol está atrás de mim... E eu tinha que te contar isso... Porque você me ajudou muito... E porque eu... Eu... Eu estou apaixonada por você... – Eu disse mais calma, enquanto segurava meu rosto encharcado de lágrimas nas mãos.

Por favor, funciona, por favor funciona...

Depois de dois minutos, eu senti dois braços fortes me empurrando para um corpo que cheirava a perfume importado.

-Eu... Eu também não sou quem você pensa que eu sou – Ele murmurou.

Diz logo...

-Você estava certa, eu não consegui esse dinheiro todo com honestidade, eu também sou um traficante, na verdade eu sou o chefe deles, eu digo o que sai e o que fica, e por isso eu tenho tanto dinheiro – Ele continuou a murmurar.

Isso!!!

Logo em seguida ele me soltou e segurou meu rosto com a mão direto, e minha cintura com a esquerda.

Ok, agora sai disso aí espertinha...

Eu rapidamente o empurrei levemente.

-Al-albert... Eu preciso processar tudo o que aconteceu, depois eu volto pra de ver – Eu disse calmamente.

Eu rapidamente fui em direção a porta e a abri, do lado de fora estavam Matheus e Arthur com os outros dois costas-costas de Albert.

-Vamos – Eu disse aos dois homens.

Nós três caminhamos em direção ao elevador.

-Yukki, aconteceu alguma coisa? Seus olhos estão vermelhos, parece que você estava chorando pra caramba... – Matheus perguntou preocupado.

-Eu consegui ele disse, e isso gravou tudinho – Eu disse sorrindo e apontando para a pequena escuta que estava na minha camisa.

-Sério? – Arthur perguntou incrédulo.

Eu acenei alegremente coma cabeça.

-É isso aí, nós somos os melhores, abraço em grupo – Matheus disse animadamente puxando Arthur e eu para um braço.

Depois disso vamos apressadamente para a delegacia.

-A gente conseguiu – Matheus gritou animadamente quando chegamos ao escritório do delegado.

-Nós sabemos, a gente estava ouvindo tudo – Ricardo resmungou irritado, como sempre...

-Vocês fizeram um ótimo trabalho, principalmente você Yukki – O delegado disse sorrindo.

-Se algum dia você fosse mandada embora da delegacia, você poderia vivar de atriz fácil, fácil – Leandro disse com um pequeno sorriso no rosto.

-Nós precisamos comemorar... Já sei, vamos todos em um rodizio de pizza – Matheus disse entusiasmado.

-Calma garoto, nosso trabalho ainda não acabou, nós precisamos dar voz de prisão naquele sujeito – Marqueses disse severamente.

Logo o sorriso de Matheus se desfez.

-Então vamos logo com isso – Matheus murmurou um pouco chateado.

O delegado soltou um longo suspiro.

-Calma, garoto... Calma, eu preciso prepara algumas coisas antes – Marqueses disse calmamente.

Duas horas depois.

Estávamos em uma viatura, uma das cinco que estavam indo para o hotel onde estava Albert, para ser mais exata.

Depois de alguns minutos a viatura parou em frente ao luxuoso hotel.

Assim que saímos das viaturas, Marqueses disse severamente:

-Ok, o pessoal das viaturas 156, 201 e 845 cerquem o hotel, o resto vem comigo.

Eu o os demais policiais fomos em direção à entrada do hotel.

-Senhor algum problema? Eu sou o gerente do hotel – O gerente disse para o delegado.

-Policia federal, você sabia que nesse hotel está hospedado um traficante? – O delegado perguntou impaciente.

O gerente não deve nem tempo sequer para responder, o delegado continuou andando apressadamente.

Subimos as inúmeras escadas até chegarmos ao andar onde o quarto de Albert estava.

O delegado bateu na porta furiosamente e gritou:

-Policia federal, Albert Thorsten você está sendo preso por trafico de drogas e armas.

Imediatamente Albert abriu a porta.

-O quê? Como você pode me acusar de tal coisa? Você tem como provar isso? – Ele gritou indignado.

-Sim eu tenho, mas acho que sua confissão já ajuda em muita coisa – Marqueses disse calmamente.

Albert olhou pra ele chocado.

-C-como? Você está louco? Eu nunca disse isso? – Ele gritou.

-Claro, diga isso para nossa querida Catherine Collins – Marqueses disse apontando para mim.

Albert olhou para mim com choque, raiva, tristeza e ódio.

-Eu disse que voltava pra te vez mais tarde, não disse? – Eu perguntei sarcasticamente.

-Você... Sua vadia, eu acreditei em você – Albert gritou com fúria.

-Eu sei, e eu agradeço por isso, sem sua confiança nós conseguido pegar você – Eu disse sorrindo.

Antes que Albert pudesse fazer alguma coisa, dois polícias o algemaram.

De volta ao presente.

-E foi isso, como já disse o delegado me disse que mesmo com o melhor advogado do país ele ficaria preso por pelo menos uns 15 anos – Eu disse calmamente.

-Eu não consigo acreditar nisso, a nossa querida e inocente Yukki-chan foi capaz de dizer a um homem que o amava e depois o trair dessa forma, e depois eu é que sou o assassino sem coração – Beyond disse com um sorriso sarcástico.

Eu soltei um longo suspiro.

-Essa é uma parte da história que eu não me orgulho muito, mas se eu não fizesse isso talvez ele ainda estivesse andando por ai livremente – Eu disse olhando para o chão.

-Não pense nisso, você só vez o que deveria ser feito para que a justiça prevalecesse – L disse com um pequeno sorriso.

-Obrigado – Eu disse sorrindo um pouco.

-Não há necessidade de agradecer, você já pode voltar para seu quarto Yukki-chan – L disse calmamente.

Eu me levantei e ai começar a andar para o elevador, quando uma voz... “alegre” gritou.

-Yukki-chan! Aonde você estava? – Misa perguntou me abraçando tão forte que vez eu acabar ficando ao lado de Beyond.

-Oh, eu...Eu estava na casa de uma amiga – Eu respondi hesitantemente.

Misa que uma vez estava feliz e sorridente ficou confusa e chocada quando viu Beyond.

-Quem é esse cara? Ele é a cara do pervertido-kun, ele é algum tipo de irmão gêmeo do mal dele? – Misa perguntou confusa.

-Eu posso matar essa aí, né? – Beyond sussurrou pra mim.

-Não, eu sei que é tentador, mas faz um esforço – Eu sussurrei de volta.

-Ele só é um homem que é muito parecido comigo, Watari achou ele e resolveu trazer ele pra eu ver ele – L respondeu calmamente.

-Ah, a Misa-Misa entendeu, o cara que é igualzinho ao o pervertido-kun é tipo um cosplay dele – Misa disse sorrindo.

L apenas afirmou com a cabeça.

-Tá bom então, a Misa-Misa vai ver o Raito-kun agora, tchau Yukki-chan, Tchau pervertido-kun, Tchau cara que é igualzinho o pervertido-kun – Misa disse animadamente antes de sair correndo para o elevador.

-Pervertido-kun... – Beyond disse com divertimento.

L apenas soltou um longo suspiro.

-Humm... Então eu vou indo – Eu disse hesitantemente.

Peguei o elevador e depois de alguns minutos cheguei ao meu quarto.

Quando abri a porta eu percebi que meu celular estava tocando, eu rapidamente fui ver quem era, era minha mãe, que estranho ela quase nunca me liga...

-Oi mãe – Eu disse alegremente ao atender ao telefone.

-Olá querida, como vão essas coisas por aí? – Ela perguntou suavemente.

Está tudo bem, eu só passei as últimas semanas com um assassino perigoso... E novidades tem alguém querendo me matar.

-Tudo bem, e com vocês? – Eu perguntei calmamente.

-Bem... Seu pai disse para eu não te incomodar com isso, mas eu tinha que te falar – Ela respondeu seriamente.

Do outro lado do telefone eu pude ouvir os gritos e protesto de meu pai.

-O que foi mãe? – Eu perguntei preocupada.

-Seu irmão... Ele desapareceu.

Fim do capitulo 17!!!


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Deixem seus reviews!!!
Até a próxima mortais!!!
Ou imortais eu realmente não sei quem pode estar lendo isso....