Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 35
O mundo está perdido?


Notas iniciais do capítulo

OEEE Opa, sem Avadas por aqui heuheuehueh. Demorei muito? Ah gente, desculpe mesmo. Minha criatividade tava baixa, ou seja, não consegui escrever, mas vocês sabem que se eu tivesse tempo e criatividade eu postaria, não é?
Enfim, Feliz Natal e Feliz Ano-novo atrasados, mas espero que estejam bem.
E UMA COISA QUE ME DEIXOU MUITO FELIZ: A RECOMENDAÇÃO DA ALUADA! OH MERLIN, MENINA, EU PIREI COM SUA RECOMENDAÇÃO. Muito lindo o que você escreveu e eu tive que ler aquilo umas mil vezes para cair a ficha da perfeição. Muito obrigada, Aluada



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A garoa caía levemente nos gramados de Hogwarts, mas, do mesmo jeito, causava uma sensação de frio, porém isso não impedia a impaciência de pessoas que estavam ali. Todo o time da Grifinória se encontrava no campo de quadribol. Ou melhor, quase todo o time. O motivo dos resmungos tinha nome e sobrenome: James Potter. O treinador que era sempre eficaz e competente estava atrasado para o treino num dia chuva. Acho que isso explica muita coisa. Sirius Black parecia o mais paciente dali, já que ele rabiscava em um pergaminho que havia conseguido no vestiário. A calma de Black estava começando a irritar alguns jogadores ali perto.

–Sirius, como você consegue ficar calmo? –perguntou Marcus Balgourd, um dos artilheiros, olhando para o moreno que estava concentrado em seu pergaminho. Sirius, por sua vez, levantou o olhar e colocou a mão no queixo, pensando na resposta mais adequada.

–Bem, é muito fácil quando se pega um pergaminho e uma coisa que rabisque. –Sirius mostrou seus objetos em mãos, como se Marcus fosse um idiota. –Depois você coloca feitiços e, por fim, escolhe a melhor azaração para lançar em seu treinador e melhor amigo idiota por se atrasar. –ele rasgou o pergaminho e jogou os pedaços no chão do vestiário.

–Ótima técnica, Sirius. –murmurou Marcus, oprimindo uma risada. Um barulho foi ouvido e a porta do vestiário foi aberta. James entrou encharcado e com um sorriso amarelo, ele já estava com seu uniforme de quadribol e a vassoura na mão direita.

–Chuva forte, não é? –James falou, indo até o esquema tático do outro lado do local. Percebendo os olhares fuziladores dos outros jogadores, ele se sentou num banco e coçou a nuca. –Eu estava ajudando Lily a se recuperar por ter errado uma questão na prova de Herbologia.

–Essa ruiva pega fogo. –Sirius tentou fazer um trocadilho, mas foi cortado pela estridente voz de Emmeline:

–Ok, ok, James. Que tal irmos treinar agora, pois eu que não quero perder um jogo mais uma vez por causa dessa melação. –e falando isso, a menina saiu do vestiário, erguendo os braços para se proteger da chuva.

–Se você diz... Quem sou eu, o capitão, para contrariar? –ironizou James, mas ninguém parou para ouvi-lo, já que todos estavam seguindo Emmeline.

James ordenou, primeiramente, que os artilheiros treinassem lances ao gol. A chuva atrapalhou o treino no começo e aos poucos os jogadores foram se acostumando. Porém, pouco depois de começarem uma “prévia” do jogo, a chuva se tornou mais forte e todos concordaram em terminarem por ali.

Quando saíram do vestiário, James e Sirius correram para não ficarem embaixo de chuva, mas, enquanto iam em direção ao castelo, viram Remus e Peter também correndo para alcança-los, e quando estes os avistaram, deram meia-volta e esperaram James e Sirius nas escadas de entrada.

–Viu um fantasma, Rabicho? –Sirius perguntou quando chegaram ao castelo e recomeçaram a andar pelos corredores. James se virou para Peter, com o cenho franzido e olhos semicerrados, e teve que concordar com Sirius.

–É, você está pálido. –e, se virando para Remus, perguntou: -A cara dele tem haver com o que vocês tem de falar?

–Sim. –assentiu Peter, com a voz esganiçada. –Estou com problema na animagia.

Sirius e James pararam subitamente de andar e olharam fixamente para Peter, com a melhor expressão de “o que você aprontou?”. Remus olhou para os lados e constatou de que ninguém estava por perto, mas mesmo assim falou num tom baixo:

–Nós estávamos na sala comunal com a Lily e então ela deixou cair o anel dela em um pequeno mini vão do chão...

–Pequeno mini vão? –indagou Sirius, dando uma risada-latido.

–... então, como não tinha ninguém na sala, –Remus continuou, dando um pequena risada também. –eu pedi para que Rabicho se transformasse em rato e pegasse o anel da ruiva.

–Aí, eu me “animagiei”, porém quando eu estava perto da fresta onde o anel havia caído, eu voltei ao normal, do nada, e bati a testa na parede. –Peter terminou a explicação e apontou para a própria testa machucada. James voltou a andar enquanto analisava a situação.

–Mas... a Lily conseguiu o anel de volta? –perguntou ele, olhando com cautela para os amigos.

Remus deu um tapa na nuca de James e não respondeu. O moreno de óculos, então, indagou se eles haviam tentado outra vez a transformação de Peter e, o citado, assentiu, nervoso.

–Uhh, isso torna a situação mais complicada. –falou Sirius, franzido os lábios. –Ok, eu vou até a biblioteca para pegar um livro sobre animagia e nós nos encontramos na sala comunal. –sem esperar, Sirius correu na direção oposta, deixando os amigos para trás.

–Ele vai aprontar alguma coisa. –disse Peter, olhando para trás. James e Remus deram de ombros e pediram para que Peter andasse logo, seguindo para a sala comunal.

Caminharam até o local de forma lenta, pois James ia perguntando coisas para Peter, tentando achar o motivo do problema. Mas, pelo o que ouviu, não tinha nenhuma coisa que atrapalhasse a animagia.

–Bem, -falou Remus de repente, sorrindo amarelo e coçando a nuca. –Vocês sabem... Eu estava na...

–Biblioteca! –os outros dois falaram em unissono, risonhos.

–É, isso é tão obvio? –Remus preferiu não esperar a ironia dos amigos e continuou: -eu acho que eu tenho um livro que possa ajudar.

–E VOCÊ NÃO DISSE ISSO ANTES? –gritou Peter, vermelho de angustia. Remus sorriu mais uma vez amarelo e continuou dessa vez aprresado o processo até à Torre da Grifinória. A pressa dos garotos acabou deixando a Mulher Gorda desconfiada:

–O que vocês planejam aprontar hoje? –ela perguntou com uma voz enjoada.

Fortuna Major. –falou James, impaciente.

–Acho que devo avisar o Filch. –a mulher gorda prosseguiu, ignorando o maroto de óculos.

Fortuna Major! –James revirou os olhos e tentou elevar o tom de voz.

–Falando no Filch, esses dias ele me veio com um pergaminho... ele disse que havia confiscado do Pettigrew. –os três garotos eleveram o olhar, repentinamente interessados. –Porém, vindo de vocês, garanto que deve ser um simples artefato da Zonko’s e sugeri que Filch jogasse aquilo fora. –eles já iam gritar, quando a Mulher Gorda continuou: -Duvido que tenha me escutado. Ninguém parece me escuta. Minha voz é tão doce...

–FORTUNA MAJOR. –os marotos presentes gritaram, com raiva.

–Opa! Que estresse. –a mulher do quadro fez sinal de desaprovação, mas liberou a passagem e os meninos passaram, murmurando o quanto aquela mulher vinha ficando mais chata ao decorrer do tempo.

–Meninos! –a voz de Lily fez com que eles saíssem dos devaneios e focalizassem o olha nela. –Conseguiram alguma informação para o problema de Peter? –ela perguntou, se abraçando a James.

–Ah, então, eu vou ver se acho uma informação no meu livro lá em cima. Eu já volto. –falou Remus, indo em direção as escadas.

James, Lily e Peter foram para as poltronas –lê-se: Peter foi segurar vela do casal. James e Lily começaram a se beijar enquanto Peter olhava para os lados, fingindo-se distraído. Mas quando James perguntou para a ruiva se ela havia recuperado o anel, Peter se voltou, incrédulo, para o amigo.

–Pontas! Eu posso nunca mais voltar a ser um rato e você está preocupado com um anel? –Peter falou com a voz esganiçada, fazendo James e Lily se separarem.

–Bem, Rabicho, esse argumento de rato não cai muito bem numa conversa normal. –replicou James, sorrindo, mas levando uma almofadada na cara.

Remus voltou e se sentou ao lado de Peter, mas, de repente, parou de folear o livro e olhou em volta, com o cenho franzido.

–Ei, cadê a Dorcas? –ele perguntou, se voltando para Lily.

–Ah, bem. –a ruiva pareceu pensar por um momento, mas logo respondeu: -Lene e Regulus estão passando por um fase de “iô-iô” no namoro. Eles brigaram hoje cedo. Então, deduzo eu, Dorcas deve estar por ai procurando ou consolando Lene.

Os garotos fizeram cara de quem entendeu e Remus voltou a buscar informações no livro. Ele ia murmurando o que ia lendo e Lily parecia a única a entender o que ele estava falando. Quando Remus pareceu encontrar alguma coisa interessante, o portal da Mulher gorda se abre e Sirius entra com uma cara pálida.

–Não me diga que você parou de se transformar em cachorro. –James se virou para Sirius, confuso.

Sirius, por sua vez, simplesmente balançou a cabeça e se sentou ao lado de James, ofegante. Olhou para os amigos e os outros perceberam que ele estava prestes a chorar. Remus e James se entreolharam confusos. Lily se curvou, para olhar melhor Sirius. E Peter falou bobeira:

–Eu falei que ele iria aprontar alguma.

–Sirius, o que aconteceu? –Remus indagou preocupado.

–Eu... eu... –Sirius tentou falar, mas as palavras pareciam se perderem ao sair.

–SIRIUS, DESEMBUCHA. –berrou James, nervoso, batendo os dedos, freneticamente, no apoio da poltrona. Sirius olhou para ele e suspirou:

–Eu não queria, mas... m-mas. –ele gaguejou a frase não saiu mais uma vez. Lily se levantou e se sentou ao lado James, murmurando palavras de calma. Já o moreno olhou para Sirius, um olhar para que ele se apressasse. –Ok. –Sirius suspirou mais uma vez, mas por fim falou: -Eu peguei uma detenção para amanhã de manhã.

Peter e Lily franziram o cenho, sem entender, mas Remus se levantou o mais rápido que conseguiu, prevendo a reação de James, que não foi a das melhores.

–O q-que você dis-disse? –a voz de James saiu tão fina que Lily quase não oprimiu uma risada, mas ao ver os estado de choque do namorado, ela ficou preocupada e Peter tirou as palavras da boca dela:

–Gente, eu acho que eu perdi alguma coisa.

–É que, ahn, amanhã é final de quadribol. – Remus explicou por James. Sirius afundou na poltrona, visivelmente envergonhado e James se levantou, Lily logo em seguida, com uma careta no rosto, tentou acalmar James. Em vão. Agora era o moreno que parecia prestes a um ataque.

–Si-Sirius, o que você fez? –ele perguntou, cerrando os punhos em frenta a boca.

O citado voltou a se acomodar na cadeira quando Lily se sentou ao seu lado, dando-lhe palavras de incentivo. Ele afundou a cabeça nas mãos e falou o erro que cometera, sua voz sendo abafada:

–Eu fui até a sala do Slughorn porque eu precisava de uma coisa ali. Uma poção, para ser mais preciso. Porém o professor me pegou no flagra e ficou vermelho de raiva. –ele voltou a levantar a cabeça e olhou para os outros como se pedisse desculpas. –Acho que ele pensou que eu queria a poção para... para usar amanhã. Mas não era pra isso, só que Slughorn não acreditou em mim e, bem, me puniu com uma detenção amanhã. Segundo ele, será uma lição para nunca mais cometer um erro desses.

Um silêncio se instalou entre eles. James mantinha a boca entreaberta, descrente enquanto a ruiva presente tentava não ter um treco. Remus e Peter acompanhavam como se estivessem em uma trágica partida de ping-pong trouxa. Eles ficaram atônitos até que o portal da Torre foi aberto mais uma vez e Minerva adentrou feito um furacão:

–SIRIUS BLACK! –ela gritou, olhando em volta da sala até seu olhar encontras um Black apavorado. Minerva caminhou até eles. A professora já não tinha seu coque em prefeito estado e seu chapéu pendia perto da orelha dela. –Aí está você, seu... seu... seu incopetente. –Sirius arregalou os olhos e abriu a boca para retrucar, mas Remus o cortou:

–Ahn, professora, não acha melhor nós conversarmos em um ambiente sem muita plateia? –Remus se levantou e tocou de leve o ombro da professora, que suspirou fundo, olhando para os outros alunos em volta, que observavam.

–Está bem. –concordou ela, encarando James. –Potter, busque o resto do time e vá para a minha sala. E Evans, chame sua amiga McKinnon, ok? –Lily olhou confusa para a professora, mas não resolvei contrariar, por isso, saiu rapidamente da sala para procurar Lene.

James saiu logo depois, com Emmeline e Marcus, os únicos jogadores presentes na Sala Comunal, e enquanto procurava o resto do time, ele contava o que havia acontecido para os dois. Quando encontraram Jack Sloper, o último que faltava para o time estar completo, James guiou os jogadores até a sala de Minerva, explicando o porquê estar os levando pela vigésima vez. Ao chegarem ao local, James bateu na porta e entrou. Olhando em volta, percebeu que Lily ainda não havia voltado com Lene. Ao voltar o olhar para o centro, percebeu que Minerva dava um sermão em Sirius, que tentava amenizar a bronca com piadinhas, ao seu lado, atrás de Minerva, Remus, parecendo ter a presença despercebida pela professora, estava com a mão na testa e murmurando coisas como “Sirius, você está piorando a situação”.

–...Ah, ai estão vocês. –Minerva levantou o olhar, notando James e o time perto à porta. –Entrem, rápido. –ela fez um sinal com a varinha e mais cadeiras apareceram. Quando todos se acomodaram, a professora voltou a falar: -Como James deve ter explicado, Black não poderá participar da partida de quadribol amanhã. –lançou um olhar severo à Sirius, que disse encabulado:

–Minnie, a senhora poderia ver por outro lado.

–QUE OUTRO LADO, BLACK? –gritou Minerva, inesperadamente. –O LADO EM QUE A GRIFINÓRIA PODERIA TER SIDO DESCLASSIFICADA POR IRRACIONALIDADE SUA? –ela olhou para um canto na sala, onde estava a Taça da Quadribol, consquistada no ano anterior. –Você acha que eu gostaria de ter aquilo tirado de mim? –perguntou com emoção na voz.

–Professora. –chamou James, se aproximando com cautela. –Você sabe que nós podemos resolver isso. A Taça não vai sair da sua sala.

–Ahn, o Sirius foi apenas desclassificado da final. Apenas isso, não é? –perguntou Emmeline.

–Você diz “apenas”? –indignou-se Sirius, com a voz incrédula, fazendo Emmeline revirar levemente os olhos.

–Bem, Srta. Vance. Não foi só isso que Black nos prejudicou...

–Você me faz sentir culpado.

–...Ele também perdeu 200 pontos para a Grifinória.

–O QUÊ?! –Remus se pronunciou descrente. –Não, não. Professora, isso não pode ser verdade. –ele se voltou para Sirius. –Eu me esforcei tanto nas aulas para conseguir pontos e você os perde em um único dia?

Sirius olhou culpado para Remus e abaixou a cabeça, tornando seus pés à coisa mais importante no momento. Minerva disse para Remus que, infelizmente, a Grifinória caíra na posição do placar e que seria muito dificil recuperar.

–Poxa Sirius, o ano já está acabando, custava esperar mais um pouco antes de aprontar? –falou Marcus, de um lugar onde Sirius não pôde ver da cadeira.

–Mas, professora, você já tem ideia do que nos vamos fazer para o jogo? –perguntou James, nervoso. Nesse momento a porta da sala se abriu. E Lily entrou com uma Lene confusa e curiosa.

–Bem, ai está a substituta do Sirius, a Srta. Mckinnon. –falou Minerva, apontando uma Lene, agora, surpresa e espantada.


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Notas finais do capítulo

Hueheuheuhe não tenham raiva do Sirius, minha gente. Algumas vezes o maroto dentro de si causa estragos.
Gostaram?
Reviews?
Vou tentar postar rápido, ok? Hueheuheuh, vou tentar
bjss