I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro


Capítulo 52
Eu ainda to brava com você!


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Ahn... Boa leitura!



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Consegui bolo! Jesus! Minhas estruturas de gorda! Finalmente trouxeram bolo pra mim. Olha, acho um absurdo ter demorado esse tempo todo pra me trazerem UM pedaço de bolo.

– Fique feliz que eu fiz um bolo pra você. - Sophie disse ainda com um bico do tamanho do mundo por o Simon ter ido ver o jogo.

– Espero que não tenha veneno. - Ela revirou os olhos.

– Absurdo. - Sophie resmungou.

– Ô, menina! Essa palavra é minha!

– Dá um tempo, mãe. Vou me arrumar pra dormir e mofar no meu quarto. Até amanhã ou até mais tarde.

– Até! - Logan começou a se mexer. Peguei ele no colo. Jesus! Que cheiro horroroso! Nanico desse jeito, mas caga que é beleza… Pelo amor de Deus…

POV Sophie

Eu vou matar o Simon! Tudo bem… Não é seis meses de namoro. Mas… Foi quando ficamos pela primeira vez. Cara, é sim uma data importante. Boys… Não mereço eles na minha vida!

Desbloqueei meu celular. Várias notificações no facebook e da mesma pessoa. Lucas. Esse menino não larga do meu pé!

Fui pro banheiro e tomei banho. Quando saí, meu celular estava tocando que nem louco.

– Que é? - Atendi.

– Nossa. Calma. Sou eu. Lucas. - Alguém sabe onde vende paciência? To precisando de uma caminhão lotado delas.

– Oi, Lucas. Não to em um dos meus melhores dias.

– Brigou com o Simon?

– Não.

– Eu posso passar aí? - Mas… Jesus… Olhei no relógio. Quase 20h00. Ainda tá cedo. E eu não tenho uma desculpa pra expulsar esse menino daqui.

– Hoje?

– É. Queria ver você.

– Você tá em casa?

– Não. To na rua.

– Aqui na frente?!

– Não exatamente. - Que susto da porra!

– Na esquina?

– Sim. Mas não da sua rua.

– Tá saindo com alguém?! - Perguntei animada. Deus queira que sim. Deus queira que sim!

– A gente só ficou. Mas ela é chata pra cacete. - Revirei os olhos.

– Tá, Lucas. To descendo. - Disse já abrindo a porta do quarto e pensando em como fazer a visita dele ser uma visita rápida. Bem rápida! Cheguei no hall e abri a porta, ficando sentada no degrau de frente pra fachada da casa. Não demorou muito e o vi abrindo o portãozinho que tem na frente da minha casa.

– Oi! - Ele me deu um beijo na bochecha.

– Oi. - Abri a porta pra ele e entramos. Fomos pra sala. Minha mãe quase levou um susto quando viu ele entrando e ficou olhando pra minha cara como quem pedisse explicação. Depois, mãe. Depois... - Então… O que queria? - Perguntei pra ele.

– Eu não tinha nada pra fazer. Aí resolve vir te ver.

– Hm… - Sai do meu pé!

– Bom, já que você tem companhia, eu vou dar um banho no seu irmão. Até, Lucas. - Ele acenou e minha mãe subiu.

– Queria te pedir um conselho. - Lucas começou dizendo. Lá vem merda…

– Pode falar.

– Ela não sai do meu pé. - Olhei pra aquele descarado. Olha quem fala!

– Quem não sai do seu pé, Lucas?

– A menina que eu to saindo. Eu to tentando dar o fora nela, mas não tá dando certo.

– Manda ela ir a merda. - É o que eu to com vontade de fazer! Ele riu.

– Não é tão simples.

– Tem razão… Também tem alguém no meu pé.

– Simon sabe disso?

– Ah, claro. Claro que sabe. - Disse irônica e revirei os olhos.

– Quem é?

– Você. - Opa. Escapou sem querer. Juro! Realmente foi sem querer. - Ahn… Olha, Lucas…

– Quer que eu vá embora? - Ele me interrompeu. Ai, to com peso na consciência.

– Não precisa. Me escuta. Não foi exatamente o que eu quis dizer. Eu… - Porra. Eu não tinha o que falar. Foi sim o que eu quis dizer e que ele tava chato pra caralho. Mas… Eu não quero magoar o Lucas.

– Eu sei que foi sim, Sophie. Eu ainda gosto de você. Mas achei que podíamos ser amigos.

– Mas… Somos amigos. Não somos?

– Acho que sim. Eu não sei se você entendeu errado o que eu queria, achando que eu queria que a gente voltasse. Eu não sou idiota, Sophie. Eu sei que isso não vai acontecer. - Moço, eu vou começar a chorar. Para.

– Eu não sei o que falar. - Confessei.

– Não precisa falar nada. Tem coca? - Ri baixo.

– Tem. Já volto. - Depois que eu peguei a Coca e voltei pra sala, Lucas passou um bom tempo aqui. Não falamos mais sobre aquele assunto. Conversamos sobre a menina lá e ele me contou que ela era chata pra caralho. Talvez fosse. Ou talvez não tivesse meu brilho. Vai saber né…

Eu disse que era melhor ele ser sincero e dispensá-la na primeira oportunidade. Ele disse que não queria machucá-la. Eu disse pra ele ir a merda porque isso vai acontecer de qualquer jeito.

Juro que não deu nem meia hora que o Lucas havia saído e meu pai e o idiota do Simon chegaram.

– Semana que vem eu vou tentar sair mais cedo do serviço, troco de roupa e você me encontra aqui de novo. Aí a gente passa num drive, come alguma coisa no carro, indo pra lá e depois do jogo eu não sei. Acho que vamos num barzinho com os outros caras. - Meu pai disse enquanto eles entravam. Cruzei os braços. Isso quer dizer que o time passou pra final. Que quer dizer que eu o Simon vai passar a noite fora. Pelo menos ele tá com o meu pai e não com os amiguinhos dele.

– E sexta eu vou acampar no estádio pra comprar o ingresso da final!

– Isso mesmo. Porque eu vou estar trabalhando e, se não for assim, você não vai conseguir. - Revirei os olhos. Aí eles me viram. Provavelmente eu estava com cara de cu e vermelha.

– Oi. - Simon disse sorridente. Ele estava com as cores do time pintados na cara.

– Oi, filha. Sua mãe já foi dormir?

– Sei lá. Deve tá dormindo já. Só sei que há mais de meia hora atrás ela devia estar tentando não afogar o Logan enquanto dava banho nele.

– Bom. Eu vou subir e mostrar a roupinha que eu comprei. Até amanhã. - Meu pai me deu um beijo na testa e eu olhei com os olhos semicerrados pro Simon.

– Você vai onde sexta? - Me fiz de surda.

– Acampar pra comprar o ingresso. Você tinha que ver! Os caras fizeram a cesta da vitória no ultimo minuto! Eu quase morri!

– Ah. E você lembra o que combinou comigo de sexta?

– Não. Mas mesmo assim. Vamos ter que cancelar.

– Bacana…

– Desculpa mesmo. Mas é minha primeira final de campeonato.

– Você ia me levar pra jantar pela primeira vez também. - Fiz bico. Era só o que faltava!

– Vamos no sábado. - Meu bico ficou ainda maior.

– Por que você sempre coloca a porra desse time em primeiro lugar? - O sorriso que tava no rosto dele sumiu.

– Eu não coloco em primeiro lugar. Você sabe que eu sempre gostei de basquete. E além disso, melhora a relação que eu tenho com o seu pai.

– Ele tá começando a te ver como filho. Não como o meu namorado.

– Você sabe que meus pais são ausentes.

– Aí você resolveu adotar os meus? - Ele começou a rir.

– Tá com ciúmes? - Não! Não me puxa pela cintura! Droga, Simon. Meu ponto fraco, poxa…

– Ciúmes de que? Do time, só se for.

– Meninas que mentem são más.

– Tem algum castigo? - Perguntei rindo. Ridículo isso. Mas era divertido.

– Me beijar quando eu quiser. - Revirei os olhos e empurrei aquele descarado.

– Eu ainda to brava com você! - Ele se aproximou de novo e enterrou o rosto no meu pescoço.

– Não fica brava comigo. Quer ir no jogo também? - Sentia a respiração dele no meu pescoço.

– Cala a boca, Simon!

– Aí você fica junto comigo.

– Ficar no meio daquele povo tipo “unidos, venceremos” e vendo um monte de cara correndo atrás da bola? Não, obrigada. Apesar que esses caras são altos e fortes e gostosos…

– Tá! Você não vai. Mas eu vou recompensar.

– Da ultima vez que você falou isso pra mim, eu fiquei esperando por meses e nada. Alias, to esperando até agora.

– Mas dessa vez é verdade! - Simon me deu um selinho. - Primeiro as damas. - Ele fez referência em direção a escada. Revirei os olhos. Idiota.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, anjos!