I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro


Capítulo 16
Bitch


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Boa leitura :3



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- A Sarah apareceu lá no escritório. - Mas o que?!

- Você tá brincando comigo! - Eu senti todo meu sangue ir parar na minha cabeça! Eu vou matar aquela vaca!

- Jenny, calma. Escuta, ela tá casada e…

- Foda-se se ela tá casada, dada, vendida, virou lésbica! Ela tá dando em cima de você, seu idiota!

- Para de paranoia.

- Paranoia! Você vai ver a paranoia na sua cara!

- Mas eu não tenho culpa se ela resolveu aparecer lá! - Comecei a andar de um lado pro outro. Estava pensando… Se eu atacar a Sarah da janela do escritório do Jason, que fica no 11º andar, não vai ser considerado crime né? - Jenny…

- Cala a boca e me deixa pensar!

- Pensar em que?! Jenny, para. Eu to ficando com medo.

- Medo de que?! Eu vou matar a vadia, não você!

- Olha o neném!

- O que tem o neném?!

- Você tem que ficar calma.

- Eu to calma!

- Alguém pode me dizer o que tá acontecendo? - Sophie perguntou da porta.

- Sua mãe tá enlouquecendo!

- Fala isso de novo e eu vou matar você! O que ela queria lá?

- Ah, chegamos a uma pergunta sensata. E ela queria… - Ele pigarreou. - Ela queria pedir desculpas pelo dia do jantar.

- Dá pra falar a verdade?!

- Mas eu falei!

- Pigarreou por que então?

- Mãe, que tal ir lá pra baixo enquanto eu converso com o papai? - Sophie disse.

- Sem dar dinheiro pra menina, tá me ouvindo?! - Desci. Peguei um copo com água. Ai senhor! Só falta ela querer almoçar com ele amanhã. E algo me diz que ele vai!

Fui pra sala e fiquei trocando de canal até que vejo o Simon descendo.

- Oi, tia.

- Você não devia estar na sua casa?

- Vou dormir aqui. A Sophie sumiu.

- Ela tá falando com o idiota do pai dela.

- Achei que ela tava falando com o idiota do Lucas.

- Mas me diz: como você vai dormir aqui se ela tá puta contigo?

- Eu insisti. Eu não sei porque ela tá brava comigo.

- Ela tá com ciúmes.

- Mas ela devia ter ciúmes do Lucas, não de mim.

- Para de se fazer de sínico, Simon. Ela me contou que você tá passando o rodo na escola toda.

- Mas, tia, pensa comigo: eu sou solteiro, tenho um carro e sou bonito. Tenho que aproveitar, certo?

- Olha, sobre você ser bonito eu já não digo o mesmo.

- Tia!

- Brincadeira, menino. Calma.  E você vai pegar sapinho qualquer dia desses.

- Eu também não vou pegar as vadias da escola né, tia. Não sei nem onde elas enfiam a boca - Ri.

- Simon, vai pra tua casa. - Sophie disse choramigando quando entrou na sala.

- To afim não. Tua mãe tá me contando umas coisas legais.

- Eu não te contei nada não. Oushe. - Ela olhou desconfiada pra mim.

- Enfim, falei com o papai. Ela foi realmente pedir desculpas.

- Só isso?

- E eles vão almoçar amanhã.

- JASON TURNER! - Berrei já subindo.

- Mãe, quem é ela?

- É uma vaca falante!

- Mãe?

- Ex namorada do seu pai. Sophie, fico triste por você. Mas hoje você fica órfã!

- Jenny, eu tava tentando te falar. - Ele começou dizendo.

- Eu sei, idiota. O problema é você aceitar!

- Eu ia falar pra você ir junto.

- Mesmo assim. Qual é o teu problema?!

- Tudo bem. Eu não vou. Quer que eu faça ela esperar lá?

- Mas agora você vai! E eu vou junto! - Ele não queria isso? Então, pronto. - Boa noite, Jason! - Me deitei e fechei os olhos.

(…)

Depois de uma manhã mega cansativa, Jason chegou pra me buscar mais cedo.

- Não deu o meu horário ainda, - Disse quando ele entrou.

- Eu sei. Vou ficar te esperando. - Continuei trabalhando normalmente. Ou melhor, tentei.

- Dá pra parar de me olhar?

- Não to fazendo nada.

- Tá me desconcentrando. - Ele pegou uma revista qualquer que deixei jogada pelo escritório.

- Jenny, eu não escondi de você.

- To me perguntando desde a hora que eu acordei como ela sabia onde você trabalhava. Você me disse outro dia que fazia anos que não se viam.

- Tá, a gente se encontrou quando eu comprava café pra mim antes de voltar pro trabalho depois do almoço. Foi uns três dias antes do barraco no restaurante. Foi tipo conversa de padaria. Não foi nada demais. Foi tão sem importância que eu nem lembrava mais. - Voltei o meu olhar para os papéis e não falei nada. - Achou que eu estava traindo você?

- Já te disso isso centenas de vezes, mas vou repetir: eu confio em você. Só não confio em vadias.

- Jenny, juro pra você que não foi nada demais.

- Tá, Jason. Oushe. - Ficamos em silêncio até dar a minha hora pro almoço.

(…)

- Oi, Jason! - A vadia disse toda animada. - Ah… Oi, Jenny. - Ela disse com desprezo. - Pensei que viria sozinho. - Disse pra ele.

- Jenny é minha esposa né. - Até que enfim um ponto positivo pra ele. Nota do Jason: -4. Subiu um pontinho. - Alias, cadê teu marido? Desculpa, esqueci o nome dele.

- John. Trabalha fora da cidade.

- Enquanto isso, a mulher passa o rodo. - Murmurei quase engolindo as palavras. Jason que fique feliz por eu não ter dito em voz alta.

- Como? - Ela perguntou.

- Nada não. To pensando alto.

- Pensei que você trabalhasse, Jenny.

- E eu trabalho. Mas como não sou escrava, tenho hora de almoço. - Com ou sem horário de almoço eu ia vim, vadia.

- Bom, eu to pensando em uma coisa. - Ela começou dizendo. Lá vem. - Uma sociedade.

- Não. - Já disse. Ela ficou louca?

- E por que não?

- Não confio em você.

- Mas a sociedade seria entre eu e o Jason.

- E ele é casado comigo. Isso me diz respeito sim. Alias, você é realmente casada ou finge ser?

- Ok. Você definitivamente é louca.

- É que não parece. Não leva pro lado pessoal. Mas que tipo de esposa vive atrás de outro homem casado?

- Jenny! - Jason disse e eu ignorei. Sarah levantou e foi até a saída do restaurante. Jason não falou nada. Dessa vez ele ficou normal. Aproveitamos que já estávamos ali e comemos.

Ainda sobrou um pouco do meu tempo de almoço e fui pro escritório dele. E adivinha quem estava? Sim! A Sarah! Essa mulher não cansa!

- Mas você tá aqui também! - Ela disse assim que me viu.

- Não, não. To do outro lado da cidade. - Revirei os olhos.

- To começando a achar que você me persegue.

- Devia ser ao contrário, certo? Não sei nem pra que você voltou.

- Lá não teve conversa. Então vim tentar aqui.

- A pergunta é: o que veio tentar?

- Escuta aqui, queridinha, se eu não tivesse feito besteira, aquela época que você voltou, ele não teria corrido atrás de você porque ainda estaríamos juntos.

- Veio querer consertar o erro então? Porque aquela primeira tentativa não deu certo. Tão triste ver uma mulher não se valorizar desde nova...

- Tá me chamando de vadia?

- Sempre. - Ela me deu um tapa na cara e grudou no meu cabelo! Grudei as duas mãos no cabelo dela. - Solta agora!

- Sonha! - Soltei uma mão do cabelo da vadia e comecei a arranhar a cara dela. Jason tentava desde o começo se enfiar no meio e finalmente conseguiu. Claro que não antes de eu deixar ela com o olho roxo.

- Ai. - Senti meu estômago embrulhar.

- Que foi? Jenny. Jenny! - Virei a cabeça pro lado e botei tudo pra fora.

- Eu preciso de água.

- Isso que dá se empanturrar de comida e depois querer armar o barraco. - Ouvi Sarah dizer.

- Ela tá grávida, idiota! - Jason berrou. Ouvi alguns passos e depois a porta bater. - Você tá bem? - Ele se abaixou do meu lado e me entregou o copo com água.

- Foi só um enjoo. Eu to legal. Ai que cheiro horroroso! - A faxineira já tinha entrado na sala e o Jason me colocava na cadeira.

- Você tá bem mesmo?

- To.

- Você vomitou um pouco em cima dela. - Ele disse rindo.

- Bem feito. - Ri junto.

- Quer ir no médico?

- Que porra de médico, Jay. Eu tenho que trabalhar.

- Mas, Jenny…

- Foi o segundo enjoo. Imagina se eu for toda vez?

- É, tem razão. Vou te levar. Quer que peça pra alguém fazer uma vitamina pra você?

- Não precisa. - Ele me levou até meu trabalho. E no caminho comprou um monte de frutas. Se não tiver exagero, não é o Jason.


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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado. Xoxo :3