O Preço Da Traição - Dramione escrita por Annie Malfoy, Maria Fe Rodrigues


Capítulo 6
Capítulo IV - Desinfetante, o meu melhor amigo.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Faz muito tempo que eu, Anne Malfoy não passo por aqui com mais um novo capítulo... Meus motivos? Provas, doenças, tarefas, simulados e falta de inspiração. Ah, sem contar minha inacreditável preguiça de digitar. Mas como eu amo todos aqui do Nyah fanfiction, decidi postar mais um capítulo na fic! Bem, nesse capítulo eu queria algo que mostrasse bem a festa e tudo mais, porém, com minha falta de tempo ultimamente, não tive como escrever um capítulo muito bom ou até melhor que os outros, fiquei até meio decepcionada comigo mesma por ter feito um capítulo menor que alguns outros e sem muita emoção e criatividade como os outros, mas sei que com a ajuda e apoio de vocês, o próximo capítulo será muito melhor! Espero que gostem e riam bastante com esse.



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"Uma vez que escolhemos, não há como voltar atrás".

Por favor, suplico que leiam as notas do capítulo.

No capítulo anterior....

– Malfoy! – A Castanha chamou.

– Sim? – Falei com um tom de voz distante.

– Eu concordo. Não pense que isso vai dar certo, vou tentar. Estou fazendo isso porque tenho pena de Astoria, ela não merece alguém como você.

– Obrigado. – Disse dando um sorriso leve sobre a face.

Isso sempre funciona. Não pense que estou sendo baixo, situações extremas necessitam de atitudes extremas. E olha que legal, funcionou.

– Finalmente, glória, Merlin! – Gritou Ginevra, a dramática.

– Então... O que vamos fazer agora, Malfoy?

– Primeiro, pare de me chamar pelo sobrenome, pelo menos em publico. Tente conter essa sua expressão de nojo, não pega bem, acredite. Seria muito bom se você fosse ao salão todas as sextas feiras, bom não, você deve. Seja gentil com as pessoas, por favor, não me faça passar vergonha em festas. Deve se portar como uma dama, andar com gente que não seja tão... Potter, digamos assim. Ah, por favor, se vista melhor... Não posso namorar uma garota sem um mínimo senso de moda. Vou dar dinheiro suficiente para comprar roupas novas e ir ao salão... Ah, e...

– Malfoy, acredite, eu não vou seguir nenhuma dessas suas “regrinhas”, vou ser eu mesma e ponto final. Entendido? Entendido. E acredite, eu sou a pessoa mais gentil do mundo.

– Nossa, gentileza em pessoa.

– Sério, você parece até gay falando assim.

– Gay, não! Eu sou dotado, é diferente.

– Uhum...

– Bem, novo casalsinho do ano, acho que é melhor eu ir embora... - A Weasley ainda estava aqui? Tsc.

– Ginevra. – Pronunciei. – Antes de ir, prepare Hermione, hoje vamos para uma festa. Você também pode ir. Creio que os repórteres do profeta diário e de outras revistas bruxas adorariam conhecer minha nova namorada e a melhor amiga... Meus amigos também gostariam de conhecer vocês, acredito. – Sorri cínico ao ver o olhar irritado de Hermione. – Pego vocês as oito, entendido? Entendido.

– Entendido... Malfoy, antes de ir devo lhe dizer uma coisa.

– O que foi agora, Granger?

– Olha, primeiramente, saiba que mesmo assim, eu sempre lhe odiei e sempre vou odiar.

– Que bom, temos algo em comum. – Sorri.

– E me pegue as nove, não as oito.

– Tudo bem. – Resmunguei.

Sai do estabelecimento antes das garotas. É, convencer Hermione foi difícil... Agora é só atuar. Não deve ser tão difícil fingir ser namorado de Hermione Granger. Deve ser... Interessante.

*****

Agora...

POV Hermione Granger

Por qual motivo infernal eu aceitei fingir ser a maldita namorada do Malfoy? Ah sim, somente pelo simples motivo de eu ser burra, burra e burra. Esse plano não vai dar certo, não se depender de minha parte.

– Hermione? Hermione? – Despertei-me de meus pensamentos com Ginevra praticamente gritando ao pé de meu ouvido, segurando uma caixa.

– O que é isso, Gi? – Perguntei.

– O que você acha que é? Obviamente, se estivesse me escutando,saberia que isso é uma caixa de maquiagens. Argh, você está muito perdida hoje, tens certeza de que não fumou pó de flú?

Revirei meus olhos. Se eu tivesse uma chance de matar qualquer pessoa do mundo, nesse exato momento eu escolheria minha querida e amada melhor amiga, pois não existe ninguém mais gentil e compreensivo do que ela, se é que me entende.

– Tenho. – Foi a única coisa que consegui responder, estava cansada de discutir com Gina.

– Estranho. – Ela balbuciou antes de começar a pintar meu rosto por completo. Se fosse outra pessoa e não a ruiva, diria que estava fantasiando-me de palhaça. Esse é o problema, ela não tem muita noção do pouco e do muito, quando ela faz algo, ou ela faz algo muito “argh” ou faz algo muito, digamos que, exagerado.

– Cuidado para não exagerar. – Alertei.

– E algum dia já fiz isso antes? – Perguntou como se fosse a coisa mais absurda do mundo.

Novamente, revirei os olhos.

– Preciso comentar? Bem, por onde começo? Ah sim, tem aquele dia em que você me levou a uma boate trouxa pela primeira vez, aquela maquiagem fez parecer que eu estava com o rosto totalmente vermelho e com um olho roxo.

– Bem, não estava tão ruim assim... Teve um carinha que olhou para você.

– Não, não teve. O cara era cego.

– Não era. Ele veio falar conosco.

– Quem o guiou foi a irmã dele, e creio que ela só queria fazer graça.

– Tanto faz.

– Deixe-me continuar, sabe, só para deixar claro mesmo. Também teve aquela vez que nós fomos ao parque, àquela outra vez no shopping... Ah! Também teve aquela vez que...

– Ok, já chega! Entendi, entendi. Pronto, acabou a conversa. - Bufou de raiva.

Ok, agora eu sei que ela fará uma maquiagem horrível, me deixará como se fosse uma garota caolha e ainda, se der, fará uma monocelha com o lápis. Agora me pergunto, por que continuo a discutir com ela quando vai fazer minha maquiagem? Ah, lembrei. Sou lerda mesmo.

****

A porta do meu quarto começou a bater, eu a abri. Era minha mãe. Depois da guerra, achei meus pais na Austrália, e assim, retirei o feitiço. Foi o dia mais feliz de minha vida até hoje. Abri um sorriso de leve.

– Sim?

– Querida, tem um garoto loiro lá embaixo. – Olhei para o relógio.

Ainda era sete e meia da noite. Bufei com raiva. Mandei-o nos buscar as nove.

– Você não me avisou que iria sair. Quem é ele? - Ela perguntou-me com um tom de voz suave que nunca me canso de ouvir.

Sorri contragosto.

– Ah, ele? É apenas a donin... Digo, ele é meu... Meu... – Tentava falar a maldita palavra, porém, não conseguia pronuncia-la.

– Seu...? – Minha mãe perguntou curiosa.

– Meu namorado. – Falei rapidamente.

Minha mãe levou as mãos à boca, abafando pequenos gritinhos de alegria. Ela até bateu palminhas.

– Mãe... - Tentei falar, mas fui interrompida.

– Finalmente minha garotinha conseguiu um garoto bonito!

– Mãe...

– Qual o nome dele?

– Mãe...

– É de Hogwarts?

– Mãe, por favor...

– É de que casa?

– Argh, mãe...

– Ele é do seu ano, não é? Ah, obvio que é!

– Mãe...

– Uma pergunta, querida, vocês estão fazendo aquelas coisas? Sabe, é porque é importante para eu saber, pois ai posso lhe dar as instruções, sabe? O uso de preservativos é muito importante, ninguém quer ser mãe tão cedo.

– MÃE! – Exclamei com os olhos quase pulando para fora de tanto susto. Creio que minha mãe está ficando um pouco... Doida demais, digamos assim.

– Ok, desculpe.

– Diga para ele que eu não estou pronta ainda.

– Ótimo! Terei tempo para mostrar-lhe os seus álbuns de bebê e todos os seus vídeos caseiros! Principalmente os das danças escolares! – Exclamou com os olhos brilhando.

Bufei. Onde é que ela estava com a cabeça?!

– Mãe, por favor, eu lhe amo muito, pare com isso! – Supliquei. Era difícil ter uma conversa com ela.

– Ok, querida. – Aceitou saindo do quarto. Quando estava descendo as escadas, gritou. – Mas eu vou mostrar os álbuns de bebê!

E essa é minha mãe, a minha maior fã, a pessoa que mais gosta de mostrar minhas coisas de infância para os outros, até para cópias de barbies.

– A titia nunca me mostrou seus vídeos de bebê! Agora vou cobrar. – Gina resmungou sarcástica saindo do banheiro.

– Nossa, depois de todo esse tempo eu tinha me esquecido de sua terrível existência.

– Nossa, obrigada pela sua prova de amor.

****

A ruiva e eu já estávamos arrumadas, nós demos uma ultima olhada para as nossas maquiagens (que eu tive de retirar noventa por cento) no espelho e descemos as escadas.

Se era para eu me sentir a própria cinderela ou qualquer outra princesa, isso não aconteceu. Terminei de descer as escadas e notei que a face de Malfoy estava totalmente vermelha, junto a isso, também o seu olhar “divertido” e de brinde? Um sorriso de canto a canto do rosto.

Meus pais, a seu lado, começaram a olhar para mim e Ginevra, sorrindo docemente. Merda. Isso era um péssimo sinal.

Segui até eles e olhei para a televisão ligada. Não falei que era um péssimo sinal? Lá estava eu, pequenina, dançando apenas de biquine a dança da abelhinha fofinha. Queria cavar uma cova para enfiar meu rosto nela.

– Mãe! - Exclamei envergonhada. Meu rosto ficou vermelho ao ver os olhares de Malfoy.

Ele estava se acabando de rir.

– Desculpe querida, sei que prometi mostrar apenas os álbuns, porém não resisti! Você fica tão fofinha dançando.

–Agora já sei por que você nunca me mostrou nenhum vídeo de infância seu, Mi. – Gina falou olhando para a televisão, contendo o riso.

– Já podemos ir embora?

– Agora? Na melhor parte? Espere só um pouquinho, querida. – Senti o tom de sarcasmo em sua voz. – Já vai passar a dança da joaninha feliz. – A cópia de Barbie parecia estar se divertindo com minha desgraça. Fuzilei-o com o olhar, ele logo se aquietou. – Bem, temos que ir. –Falou rapidamente. – Foi um prazer conhecê-los, senhor e senhora Granger. Vocês tem uma filha maravilhosa, tenho sorte de tê-la ao meu lado. – Sorriu ao verbalizar. Apertou a mão de meu pai e beijou a de minha mãe. Acompanhou-me até a saída, junto com Gina. Depois, quando estávamos longe, continuou a falar. – Eu sei, eu sei, sou um ótimo ator. Ah, e só para constar, você fica muito sexy de biquine amarelo e preto.

Bufei e revirei os olhos.

–Para seu bem estar e para não chegar de olho roxo na festa, aceitarei isso como um elogio.

– Você e suas provas de amor maravilhosas, Granger.

– É o amor... E eu aqui de vela. – Por santo Merlin, Gi ainda estava ali.

– Essa noite vai ser longa... – Resmunguei.

****

Chegamos ao grande salão, cheio de adolescentes, crianças e adultos de todas as idades. Olhamos ao redor, e logo depois, fui puxada por Malfoy em direção a pessoas da Sonserina. Obviamente, arrastei Gina comigo.

– Pessoal. – Sorriu ele. – Essa é a Gran... Hermione. Minha linda e doce namorada.

Juro que um dia eu o mato.

– Oi.

– Olá, eu sou Theodore Nott, pode chamar-me de Theo se quiser, também pode me chamar de gatão, como preferir. – Concluiu, piscando para mim. Sorri forçado.

– Cof, cof. – Malfoy fingiu tossir.

– Desculpe, não consigo controlar meus extintos de macho alfa.

– Você é muito idiota. Mas enfim, pessoal, essa é a Mione e essa é a ruiva Weasley, que vocês não são obrigados a gostar.

– Érm... Parkinson. Pansy Parkinson. – A Sonserina explicou, com sua voz irritante.

– Eu sei. Estudo com você há sete anos, cara de buldogue.

Fui um pouco grosseira.

– Há. Há. Há. Muito engraçado, Granger. – Riu seco, ainda com aquela voz irritante que me dava pontadas na cabeça.

– Eu sei, sou a rainha da comédia. – Sorri sarcástica. Já ela, ficou só me olhando com aquela cara de morta. – Okay, prefere cara de mamão? Por mim tudo bem. Nenhum problema, mamão.

Parkinson se levantou da cadeira, ignorando-me completamente. Senti-me um pouco mal.

– Vou pegar algo para comer, querem alguma coisa?

– Ei, veja se eles têm alguma torta. Traga-me um pouco de torta. Eu amo um pouco de torta. – Theodore se animou.

– Vou ver se tem.

– Hey. – Comecei a dizer. – Cuidado para não comer demais, sabe, você está um pouco... Gordinha.

A garota buldogue apenas me ignorou, saindo de cena.

– Tsc. Essa deveria ser Sonserina, Draco. – Um dos companheiros mais leais da doninha riu.

– É, eu sei, Zabine.

– Ok, estou totalmente descolada aqui. Vou me mandar. Beijinhos para vocês. Amiga, aproveite a festa com seu namorado e esses... Essas coisas ai sem definição. Vou procurar alguns seres humanos para conversar. – Ginevra também saiu de cena antes mesmo que eu pudesse falar algo.

Apenas bufei e revirei os olhos. Odeio aquela vadia. Mentira, eu a adoro, mas a odeio.

****

Os Sonserinos eram confusos, e até engraçados. Em um momento estavam falando sobre Hogwarts, em outro, sobre a guerra, e agora? Sobre filmes.

– Branca de Neve? Eu vi esse filme. A versão pornô de qualquer maneira. Havia essa madrasta malvada. Woow, ela era mau. – Theodore comentou. Esse garoto tinha problemas, só pode.

Depois dessa nunca mais conseguirei ver esse filme novamente. Pensei.

– Depois dessa nunca mais conseguirei ver esse filme novamente. – Repeti junto à Draco, pelo incrível que pareça.

Nós nos olhamos por dois milésimos de segundos, depois voltamos a dar atenção à conversa. Isso foi estranho.

*****

– Onde Gina se meteu?! – Exclamei enquanto rondava todo o salão em busca da ruiva, acompanhada de Draco.

– Ela deve estar se agarrando com o Potter em algum lugar. – Falou seco.

– O Harry está aqui? Por que não me falou antes?

– Não achei que era necessário.

Pela milésima vez naquela noite, revirei os olhos, sem responder nada.

Continuamos a procurar Ginevra por todo salão, passamos por milhares de pessoas, e a cada momento, ficava mais desesperada para achar minha amiga. Fomos para fora do salão, direção à sacada aberta, onde revirei os olhos para todos os lados do jardim, tentando avistá-la.

Achei-a em um canto, agarrei o braço de Malfoy e arrastei-o para baixo, atravessamos o jardim até uma arvore meio distante, onde avistei Gina cabisbaixa.

– Gi? O que houve? Por que não estás no salão? – Perguntei preocupada.

– Foi o Harry... – Sussurrou chorosa.

– Aconteceu algo com ele? – Fiquei preocupada, mesmo com tudo o que aconteceu, ele ainda era um de meus melhores amigos.

– Na verdade não. Ele só estava se agarrando com Cho Chang.

Droga. Cho Chang. A garota que Ginevra mais odeia no mundo, não só por Harry gostar dela, mas também porque a Corvina fez coisas ruins com ela em seu quinto ano. Ela era insuportável.

– Ah... Querida, não ligue para isso. – Sentei-me ao seu lado.

– Ele não merece seu... Érm... Amor, eu acho. Você pode arrumar caras quatro vezes melhores que ele, sabia Weasley?

Por um segundo tinha esquecido a existência de Malfoy. Espere um segundo...

– Malfoy sendo sensível? Quem diria. – Meus pensamentos se tornaram em falas, que o fez revirar os olhos.

– Eu não sou um robô das trevas sem sentimentos, eu sei ser legal quando eu quero. E eu só falei isso para ver se ela para de chorar, pois estou com sono e quero ir logo para casa. Agora, - Levantou-se. – Podemos parar de chorar pelo Potter derramado e irmos para casa? Para ser bonito assim exige muito tempo de sono.

Eu e Gina bufamos. Tem como esse garoto ser mais insuportável?

– Como você pode ser tão insensível?! – Perguntei retoricamente.

– Não era eu que estava sensível há um segundo? Ah, e esse meu jeito maravilhoso vem de família.

– Primeiramente, isso foi uma pergunta retórica e segundo, eu estava enganada, você sempre vai ser a mesma Barbie de sempre.

– Enfim, vamos logo. – Bufou deixando-nos para trás. Parou alguns metros a frente, esperando nós duas nos levantarmos. – Vocês não vêm? Irão ficar sem carona para casa, só aviso.

Nós duas nos levantamos e acompanhamos o garoto. Como Gi iria dormir em minha casa, teríamos muito tempo para conversar.

****

Chegamos a casa depois de longos minutos (que pareceram horas) ouvindo reclamações de Malfoy sobre minha postura frente aos repórteres e pessoas da sociedade bruxa. Irritei-me e mandei-o se ferrar. Minha melhor amiga nesse estado lastimoso e ele ai, reclamando sobre algo que eu não estou nem ai.

Tocamos a campainha de minha casa, esperamos uns dois minutos para meus pais chegarem até a porta, acompanhados de sua câmera fotográfica, e obviamente, sorrindo. Mas aquele sorriso gentil acabou quando viram o estado da ruiva, que entrou rapidamente, choramingando.

– O que aconteceu com a Gi, Mione? – Meu pai perguntou.

– Ai, é uma história meio longa... Conto-lhe depois.

– Bem, pelo menos agora teremos como tirar uma foto somente do casal. – Minha mãe sorriu.

– Mãe! Gina nesse estado e você pensa apenas em uma foto? E o pior, com o Malfoy! – Exclamei chateada, pois minha mãe a conhecia desde pequena e essa era a primeira vez que ela fora tão insensível.

– Querida, não foi nada grave, deve ter sido apenas uma briguinha. Agora vamos, cadê o abraço? – Focou a câmera perto de nosso rosto.

Ele simplesmente me abraçou. Abraçou-me. Por um segundo, pensei que iria morrer infectada por todo aquele cabeço loiro oxigenado, credo.

– E cadê o beijinho de boa noite dos meus anjinhos? – Minha mãe é doida. Ela queria me matar, só pode.

– Érm... Sério mesmo que você vai bater foto disso, mãe? Já não basta?

– Beija logo ou eu mostro para ele todos, preste bastante atenção, TODOS os seus vídeos de bebê. Até aquele de ação de graças que você se vestiu de peru. – Fuzilou-me com os olhos enquanto falava.

Ok, isso já era chantagem. Uma grande chantagem.

– Bochecha ou testa? – Revirei os olhos.

– Boca. – Sorriu.

Notei que Malfoy, que segurava minha mão no momento, apertou-a com força, como se quisesse dizer “Sabe, estou doido para ver o vídeo do peru.”. Apertei de volta, como se dissesse um “Não”.

Não iria deixar que ela mostrasse aquilo para ele, nem morta. Eu poderia ficar nove anos lavando minha boca com desinfetante, mas aquele vídeo não.

Virei o rosto contragosto. Dei-lhe um beijinho rápido, rápido o bastante para que minha mãe pudesse tirar a foto.

Agora, passarei desinfetantes quatro vezes ao dia por no mínimo, minha vida inteira. E ainda sou capaz de mandar alguém todos os dias no meu túmulo só para passar esse maldito desinfetante.

– Feliz? Ótimo.

–Perfeito, filhinha.

– Boa noite, Senhora e senhor Granger. Boa noite, érm... Anjinha? – Draco falou a ultima palavra em meio de interrogação. – Depois falamos por cartas.

– Tudo bem, tchau. – Respondi seco.

Fui para dentro de casa o mais rápido possível, subi as escadarias, segui para meu quarto no fim de encontrar Gina. Entrei e o que encontrei? Gina dormindo. Na minha cama. Tudo bem, eu também estava cansada. Aceitei meu destino de dormir no chão. Ela estava tão triste que não tive coragem de acorda-la. Peguei meu colchão de ar e deitei nele, caindo no sono.


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Notas finais do capítulo

E então... Gostaram?