Everything Has Changed escrita por Bruna Pattinson


Capítulo 11
Family


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para atualizar! Mas pelo menos o capítulo está maior do que o normal



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O caminho não fora tão longe como da primeira vez. Me perguntei se Edward iria me levar para casa com outro carro ou se eu iria ser obrigada a passar por outra dessas corridas. Chegamos muito rapidamente, e me vi de repente em frente à sua casa de vidro novamente. Desci de suas costas e quase me desequilibrei. Edward me olhou, estendendo a mão como se fosse me segurar se eu caísse, seu olhar preocupado.

Levantei as duas mãos, mostrando-lhe que eu estava bem. Nós começamos a caminhar lado à lado, em direção à porta. Assim que entramos senti um cheiro forte de chocolate e de algumas frutas enchendo o ambiente. Edward começou a andar para uma parte da casa ainda desconhecida para mim, e eu o acompanhei.

Ao entrarmos no aposento, percebi que era uma cozinha moderna e bem equipada, toda em tons de branco e preto. Perto do forno uma mulher estava parada, observando seu conteúdo, que pelo que eu percebi, era um bolo. Ao sentir nossa presença, ela se virou, me surpreendendo com seus olhos num tom de lilás quase violeta.

Cambaleei um pouco para trás. Ambos deram uma risadinha.

– Esme, essa é Bella – ele me apresentou, e eu balancei a cabeça.

– Olá, Bella. Espero que goste de chocolate – ela apontou para o bolo no forno.

Eu não quis dizer em voz alta, mas sei que Edward podia ver em meus pensamentos que ela me assustava um pouquinho. Só um pouquinho. Não sei se era seu olhar ou até mesmo a cor incomum de seus olhos. Meu coração estava um pouco acelerado, então tentei me acalmar.

Edward não parecia nada incomodado com minha opinião sobre sua mãe.

– S-sim, quem não gosta? – tentei soar brincalhona.

Edward levantou a mão. Esme riu.

Ele me guiou para a mesa enquanto Esme tirava o bolo do forno e colocava-o num prato adequado. Ela partiu dois pedaços, um para mim e outro para ela e eu ergui uma sobrancelha para Edward.

– Sim, Bella, bruxas comem bolo – ele disse e as minhas bochechas ficaram num tom de vermelho vivo.

Nascidas da magia – Esme corrigiu, rindo.

– Nascidas da magia – Edward concordou.

Comi um pedaço do bolo, que por sinal estava muito bom. Em segundos eu tinha terminado o primeiro pedaço. Foi a vez de Edward de erguer a sobrancelha.

– O quê? – perguntei baixinho.

– Nada – ele parecia estar segurando o riso.

Decidi intimá-lo sobre isso depois, e não na frente de sua mãe.

Nós comemos num silêncio constrangedor. Edward parecia estar na beira de uma crise de riso, e eu lhe dava olhares de advertência. Quando terminamos Esme pegou nossos pratos e começou a lavá-los na pia à mão.

Fiquei um pouco confusa. Ela não era uma bruxa? Por que ela simplesmente não usava uma varinha e terminava com aquilo em dois segundos? Eu só acho que ninguém deveria ser obrigado a lavar louça se não tivesse outra opção.

Vi o vulto de Edward se levantar e em dois segundos ele havia voltando com um objeto em mãos. A varinha dela.

Lavis louças – ele falou, balançando a varinha. Olhei para pia em expectativa, mas nada aconteceu.

Edward gargalhou alto. Esme olhou para mim, e riu baixinho. Dei um olhar mortal para Edward. Desde quando eu era uma palhaça pra ele rir as minhas custas toda hora? Fechei a cara de verdade pela primeira vez naquele dia.

– Ah, Bella! Pare com isso – ele empurrou meu ombro com o seu levemente – E para responder sua pergunta, não existem feitiços para coisas banais como isso.

Então qual era a graça de ser bruxa?

– Nenhuma – Edward disse, e piscou para mim.

– Nenhuma o quê, Edward? – Esme perguntou, desconfiada.

– Ele disse que não há nenhuma graça em ser brux... – limpei a garganta, envergonhada. – Quero dizer, nascida da magia – decidi revidar. Edward semisserrou os olhos.

Esme riu.

– Não há mesmo, daria tudo para ser humana – ela parecia estar falando sério, então não comentei nada.

– Todos daríamos.

Olhei para Edward e ele parecia estar falando sério também. Franzi o cenho e me movi em minha cadeira, um pouco desconfortável em como o humor tinha se tornado sombrio tão rápido.

– Então você também não escolheu isso? – perguntei para Esme.

– Não que eu tivesse como... Eu nasci assim. Minha mãe me treinou desde muito cedo para o dia da revelação de meu potencial. Eu podia sim ter ignorado, mas isso nunca foi uma opção em minha família.

– As bruxas são treinadas por suas mães até completarem dezesseis anos. Nesse aniversário se revela se ela tem ou não um potencial mágico. Algumas bruxas tem o potencial da cura, outras da destruição, outras da organização. Depende muito da personalidade de cada uma. Por isso, a mãe forma a personalidade da filha de acordo com o que ela quer que a filha se torne – Edward explicou melhor, após ver a pequena confusão em meus pensamentos.

– Qual é seu potencial? – perguntei à Esme, hesitante.

– O potencial do intelecto.

– É um dos mais raros – Edward falou, olhando para a mãe, orgulhoso. – Para se adquirir esse potencial é necessária uma capacidade mental muito avançada do indivíduo. É muito mais do que apenas treinamento; Tem que existir uma inteligência verdadeira desde o nascimento.

– Embora seja raro, a maioria das pessoas que possuem esse potencial o usam da forma errada – Alice disse enquanto entrava no aposento, com seu passo de bailarina, saudando a todos com um sorriso suave.

– Por isso que ele é considerado maligno – Esme disse, balançando a cabeça em discordância, infeliz.

– Por que a maioria dessas pessoas não sabem usar a inteligência da forma certa. A ambição sempre borra as linhas do que é certo e errado – Edward disse.

– Mas não Esme – Alice disse, indo para o lado de sua mãe.

– Não Esme – Edward concordou.

O que a faz diferente? Perguntei em pensamento, não querendo interromper o momento família que me trazia lembranças que eu queria esquecer, e uma inveja que eu não queria sentir.

– O altruísmo. Ela pensa nos outros antes de si mesma – Edward disse, me olhando intensamente. – Você também tem um pouco disso, Bella.

Eu ri, envergonhada. Ele parecia saber tudo sobre mim. Leitor de pensamentos idiota.

Algum tempo depois, Alice e Esme tiveram que sair. Alice planejava fazer compras, e pela cara de Edward percebi que isso era uma coisa que a irmã costumava de fazer. Ela prometeu dar uma olhada em meu tio, que trabalhava no centro da cidade. Esme estava treinando num feitiço que permitia o transporte de uma pessoa para um lugar que ela já esteve anteriormente. Ela planejava ir à Inglaterra no final do mês. Estranhei, pois ela não parecia nenhum pouco animada com a viagem.

– Ela irá para ver a família. A família de Esme não aceita muito bem o seu relacionamento com Carlisle – Edward respondeu meus pensamentos, após a saída de sua mãe e sua irmã.

– Por que não?

– Segundo a tradição das bruxas, é proibido se relacionar com vampiros. Seus livros dizem que nós somos criaturas impuras, pois nos alimentamos de humanos. Quando uma bruxa se relaciona com um vampiro, ela é expulsa da família, e proibida de usar seu sobrenome. Mas foi diferente com Esme.

– Por quê? – perguntei novamente, envolvida na história.

– Por que ela é muito poderosa. Eles não querem perdê-la. Não aprovam seu relacionamento, mas... Ainda a consideram da família. Eles colocam a tradição de lado para Esme não esquecê-los totalmente. E se eles precisarem de ajuda... Pensam que podem contar com ela.

– Ajuda com o quê?

– A guerra. Eles pensam que se a batalha explodir, Esme vai ficar com eles no calor do momento. Mas eles mal sabem que ela já tem seu plano de jogo – Edward franziu o cenho.

– Que plano?

Ele parecia arrependido em como a conversa mudava de rumo.

– Uhm... Er... Nenhum, Bella. Esqueça. Não vai funcionar mesmo – ele se levantou e olhou pela janela.

– Mesmo assim quero saber – insisti, indo para seu lado.

– Não é nada. Por favor, esqueça isso. Eu falei demais – ele olhou para mim, implorando com o olhar.

– Isso é sobre mim?

Edward ficou em silêncio por vários segundos e eu bufei, irritada.

– Por que eu não posso saber? – perguntei.

– Por que não é uma opção. Ela acha que é, mas eu não vou permitir que aconteça. E paramos por aqui.

Bufei novamente.

– Por favor, Bella, esqueça isso – ele segurou minhas mãos nas suas por um momento, seu olhar extremamente insistente. – Por favor. Prometo que quando for essencial eu contar, eu contarei. Mas esqueça, pelo menos por agora.

– Tudo bem – soltei minhas mãos das suas com força. Eu ainda estava irritada. Eu não podia manter segredos dele. Eu era praticamente obrigada a dizer a verdade. Mas ele podia ficar com essas histórias inacabadas. Não era justo.

– Desculpe – ele suspirou. – Mas você conseguiu escapar algumas vezes, com a coisa toda da música da Hannah Montana. Ainda não sei sobre seu irmão ou o tal do Jacob.

– Se eu contar sobre eles você me diz qual é o plano de Esme? – perguntei, esperançosa com minha nova e promissora proposta.

– Não.

Virei a cabeça, frustrada. Mas que injustiça!

– O que eu tenho a contar é mais importante do que o que você tem a contar. Injustiça seria se eu aceitasse.

– Você não sabe o grau da importância dos meus fatos, Edward – falei, tentando ser séria e controlando meus pensamentos.

– Não é tão importante. Tenho certeza – ele deu um sorriso de canto de boca.

– Mesmo assim continua sendo injusto.

– Eu sei – ele suspirou.

Passei a mão em meus cabelos. Eu não tinha nada mais a fazer sobre isso. Parecia algo muito importante, e pelo seu olhar, parecia que eu estava envolvida. Mas, a única opção era esperá-lo... Ou...

Chama, liga, que eu sou tua amiga quando precisar é só dizer

Eu to sempre disponível

Chama, liga que eu sou tua amiga

– Kim Possible? Muito original – ele sorriu.

Continuei cantando por alguns segundos, até que realmente deixei minha ideia de lado. Eu iria pensar sobre isso em casa, sozinha, na privacidade do meu lar. E se ele for escutar escondido será a última coisa que ele fará.

– Entendeu? – eu disse.

– Sim, senhora.

– Estou falando sério, Edward – eu falei.

Ele suspirou e disse:

– Vou ser honesto com você.

– Sim. Aproveite e me diga tudo sobre o plano – meus olhos começaram a brilhar com a ansiedade.

– Você é muito persistente, sabia? – ele balançou a cabeça.

Concordei e levantei o queixo, mexendo em meus cabelos, tentando parecer nada modesta. Edward sorriu e continuou:

– Eu posso te ouvir de lá.

– O quê? Mas a minha casa é à quase um quilômetro daqui – exclamei, em pânico. Então eu nunca mais teria privacidade na minha vida?

Não enquanto ele estivesse nela.

Mas eu não podia simplesmente mudar de cidade. Primeiro que meu tio não aceitaria a ideia. E por mais que eu odiasse admitir, eu precisava de Edward para me proteger dessas criaturas que insistiam em me caçar, mesmo eu não tendo nenhuma intenção de virar uma sugadora de sangue só para acabar com uma guerra que não era minha.

Eu não queria virar vampira.

– O-o quê? – Edward gaguejou, confuso. Legal, eu tinha pensando demais. Eu tenho que aprender a me controlar até que tudo isso se resolva. O que me leva a pensar em outra questão: Como isso vai se resolver? Eu terei que pedir a Edward para matar quem me quer morta? Eu não consigo fazer isso. Eu sou uma idiota.

– Você não quer... Você não quer se transformar – Edward continuava com uma expressão confusa. Que surpresa eu não querer virar uma vampira. Pela sua expressão parecia que eu estava me negando ao sonho americano.

– Eu não me vejo como uma de vocês – expliquei, dando de ombros. – Por que a surpresa?

– A maioria das pessoas quer a imortalidade – Edward disse.

– Bom, querer eu também quero... Só não... Desse jeito – eu apontei para ele. – Sem querer ofender.

– Não entendi.

– Não quero viver me escondendo, passar a eternidade inteira com medo de alguém descobrir esse segredo. Não quero me ver com vontade de matar outra pessoa.

Edward suspirou, cabisbaixo.

– Eu nunca quis isso, Bella – ele disse, como se me devesse alguma explicação.

– Eu sei. Pela milésima vez Edward, não estou julgando você. Só não quero isso para mim – eu disse, olhando em seus olhos dourados profundos.

Por alguns segundos me perdi em seu olhar, e sua expressão foi mudando. Seu olhar estava um pouco sombrio, mas de repente se tornou terno, e novamente, por fim, amoroso. Ao olhar para ele, lembrei-me de alguns filmes de época que eu assistia com Ângela (a obcecada por clássicos), em que casais se olhavam apaixonadamente... Ah, não...

Edward estava segurando o riso.

– Esqueça o que eu pensei – exigi.

– Não consigo.

– Esqueça. Agora.

Ele riu alto.

– Muito bem. Continue rindo. O que eu posso fazer se você me olha como se estivesse apaixonado por mim? – falei tão rapidamente que eu não tinha certeza se as minhas palavras passaram pelo filtro natural de “devo-dizer” e “não-devo-dizer”. Além de não conseguir controlar os pensamentos, eu não conseguia controlar a boca. Merda.

Não consegui decifrar a expressão dele ao ouvir minhas palavras.

– Agora você me pegou – ele disse por fim.

Fiquei parada olhando para o chão de madeira, mais vermelha que um tomate.

– Diga que você vai esquecer isso também – pedi, alguns segundos depois.

– Não, Bella. Me diga você: O que a faz pensar que eu estou apaixonado por você? – ele perguntou, seu olhar avaliativo me fez cambalear para trás.

– Eu nunca disse isso – eu respondi, um pouco alto demais.

– Eu nunca disse que você disse – ele retrucou.

Esme entrou no aposento interrompendo nosso intimato, e eu agradeci a Deus por que eu estava totalmente sem resposta.

– Bella, preciso falar com você – disse. Eu fui em direção a ela, aliviada por não ter que responder a última pergunta de Edward. Ele começou a me acompanhar até que Esme disse: – A sós.

Eu ri. Ele se se sentou à mesa com o olhar novamente cabisbaixo.

Esme começou a andar para um lance de escadas e eu a acompanhei. No primeiro andar, ela entrou num quarto enorme, cheio de livros. As poucas paredes que não estavam cobertas pelas estantes altas e esguias eram num tom do vermelho escuro de seu papel de parede florido. Os móveis eram também de uma madeira escura, quase preta, em contraste com a luz clara e quente do sol que se enfiava e passava pelas brechas da cortina bege, iluminando o aposento o suficiente para se enxergar sem esforço.

Era um ótimo quarto. Eu me sentia tão confortável. Tão calma, tão leve...

Um homem estava sentando no sofá do lado da janela. Mesmo minha memória sendo horrível, eu o reconheci como sendo um dos irmãos de Edward. Ele ergueu a cabeça do livro que estava lendo – que era enorme por sinal, quase duas mil páginas, no mínimo – para nos encarar, e sorriu suavemente para mim.

– Olá – ele disse. Eu somente tinha o visto pelo menos duas vezes, do outro lado do refeitório, mas agora que eu estava observando de perto... Ele era lindo. Assim como o irmão. Essa coisa de super beleza dos vampiros era atordoante.

– Jasper, pode, por favor, ler em algum outro lugar? Preciso falar com Bella – Esme pediu.

– Tudo bem, mãe. Prazer, Bella – ele se aproximou e pegou minha mão, beijando-a com seus lábios frios. Arregalei os olhos pela surpresa, mas ele já tinha desaparecido, na sua velocidade extremamente rápida. Assim que ele saiu a calmaria passou. Eu não estava mais me sentindo leve.

Deus, o que foi isso?

Esme sorriu, fechando a porta. E me convidou para sentar. Decidi que eu perguntaria sobre Jasper para Edward depois. Ela sentou-se do meu lado, e estendeu um frasquinho minúsculo de perfume – pelo menos parecia que era perfume – para mim.

– Pra você – ela disse e eu o peguei, observando seu conteúdo, um líquido num tom de azul piscina. O frasco cabia na palma de minha mão.

Antes que eu pudesse perguntar o que era, ela explicou:

– Essa poção impede que qualquer poder de qualquer vampiro funcione sob você contanto... – Eu arregalei os olhos, animada, e abri o frasco, prestes a bebê-lo, sem deixar Esme terminar o que ela tinha para dizer.

– Não, Bella! Não é pra beber! – ela tirou o frasco de minhas mãos, em pânico.

Eu abaixei a cabeça, envergonhada, e dei-lhe a tampinha. Ela sorriu.

– Espirre isso no seu quarto, e Edward não poderá ler seus pensamentos enquanto você estiver lá – ela explicou, direto ao ponto, tampando e me devolvendo. – Eu demoro quase um ano fazendo um desses, mas eu acho que você precisa mais do que eu nesse momento. Além do mais esse quarto já possui essa poção. Edward não está ouvindo nada... Então, eu quero que não diga a ele sobre isso. Deixe-o descobrir sozinho.

Eu sorri de orelha a orelha. Isso era perfeito.

– Pode deixar. Muito obrigada, Esme.

– De nada, Bella. Ninguém suporta um leitor de pensamentos 24 horas por dia. Mas, lembre-se de que se ele entrar em seu quarto com você, o poder dele funcionará normalmente.

– Por isso Jasper estava aqui?

–Provavelmente – ela riu e eu sorri.

Essa poção tinha caído dos céus. Esme devia ser um anjo e não uma bruxa. Desci as escadas feliz, mal esperando o momento em que Edward descobriria sozinho sobre isso e eu pudesse chantageá-lo para saber o plano de Esme.

– O que ela queria? – Edward perguntou, quando eu entrei na cozinha.

– Só me apresentar a Jasper – menti.

– O quê?

– O que tem? – perguntei, confusa.

Ele limpou a garganta.

– Nada. É só que eu pensei que ele não estivesse aqui. Ele estava no escritório dela?

– Sim – eu expirei. – Edward, qual é o poder de Jasper?

– Ele pode controlar seus sentimentos. Por quê?

Agora tudo fazia sentido.

– Nada não. Só me senti calma na presença dele.

Ele assentiu.

– É um poder muito útil.

– Assim como ler pensamentos.

Ele sorriu. Alguns segundos de silêncio se passaram até que ele começou:

– Bella... – pude sentir que ele estava voltando ao assunto que nós deixamos inacabado, quando eu saí para falar com Esme.

– Preciso ir. Tenho dever de casa. Trabalho de química – tentei escapar.

– Posso te ajudar se você quiser – ele sugeriu.

– Hoje tem Glee. Eu tenho que assistir.

Ele riu alto.

– Tem TV aqui.

– O que você quer? Que eu durma aqui? – perguntei.

Ele riu novamente, e eu corei pela milésima vez naquele dia.

– Não, eu só queria te contar o plano de Esme.

Cambaleei para trás, surpresa.

O quê? Pode contar, estou escutando – eu me sentei e apoiei meu queixo entre as mãos, curiosa e animada com sua mudança repentina de opinião.

– Não, não, você tem dever de química pra fazer e uma série musical para assistir – ele me zoou, sorrindo.

– Edward!

– Vou te levar para casa. Outro dia eu conto – que ótimo. Perdi a oportunidade de saber sobre a droga do plano. Agora não vou conseguir dormir de tanta curiosidade.

– Outro dia quando?

Ele apenas sorriu.

– Outro dia.


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Notas finais do capítulo

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