Antes Que Seja Tarde escrita por Mi Freire


Capítulo 26
O namoro que deu certo.


Notas iniciais do capítulo

Estou demorando mais para postar e gostaria de me justificar do porque: Como foi feriado ontem aqui na minha cidade, aproveitei para viajar e estive fora desde sábado. Onde eu estava, no interior, não tinha sinal Wi-Fi e foi muito desesperador. Três dias sem internet, ninguém merece. Além de ser as ultimas semanas na escola antes das férias, estou atolada de trabalhos e provas. Me desculpem. Hoje mesmo cheia de coisa para fazer, mas arrumei uma espacinho no meu tempo para postar. Espero que gostem.



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— Mas que honra ter a senhorita como nora – papai sorria. — Já pensam em casar?

— Sem dúvidas, pai – disse convicto apertando a mão de Malu.

Todos estavam reunidos naquele almoço. Na verdade, não todos, mas toda família do meu pai, especialmente Pedro. Só faltava mesmo mamãe, seu marido e Júlia.

— Amor, sabia que Beatriz trabalha para o meu pai? – perguntei durante o silêncio.

— Não sabia – ela me olhou surpresa. — A Bia? A minha amiga? A que mora lá em casa?

— É. A Bia. Ela nunca comentou algo do tipo? – ela balançou a cabeça negativamente. — Pois bem, dias atrás esbarrei com ela na sala do meu pai na empresa.

— Beatriz? É sua amiga Maria? – perguntou papai boquiaberto. — Ela é uma excelente funcionária! Trabalha comigo a mais ou menos dois anos e meio. Se soubesse que ela era o caminho mais fácil de chegar ao meu filho, não tinha perdido tanto tempo.

Não sei ao certo o que aquele homem tinha, mas era como se todo o nosso passado já tivesse sido apagado e agora só restava a vontade de tê-lo por perto para cuidar de mim.

O almoço aconteceu normalmente. Luana, a caçulinha, ficou encantada com Malu. Mexia em seus cabelos sem parar, completamente admirada.

— Nossa! Seu cabelo é lindo – a pequena alisava o cabelo de Malu.

— Lindo como os seus – Malu disse-lhe devolvendo um sorriso amigável.

Vitor também pareceu gostar muito da minha namorada, mas não deixou transparecer tanto. E Rafael, o mais velho da casa ficou um pouco intimidado com a presença de Malu, mas foi simpático e agradável. Até Eliza, a mulher do meu pai, pareceu gostar muito de Malu.

— Linda garota, Daniel – papai notou enquanto olhávamos a distância as duas mulheres da nossa vida. — No começo pensei que você era meio devagar para essas coisas. Quando conheci Júlia, a maluquinha, pensei que vocês tivessem algo. Até que formavam um belo casal – pausou. — Mas agora que conheci sua namorada me dei conta que vocês foram feitos um para o outro. Dá para ver isso nos seus olhos.

Sorri agradecido por todas as palavras. Já amava aquele homem muito mais do que ele podia imaginar. Se ao menos soubesse que ele era esse paizão, teria deixado o orgulho de lado e o procurado antes dele me encontrar.


— Você tem duas famílias de ouro, Daniel - comentou Malu quando voltávamos para a república.


Não disse nada. Refletia sobre a evolução da minha vida nos últimos meses. Uma mudança na qual eu sempre sonhei e esperei.

— Boa tarde, galera. Cheguei! – anunciei ao abrir a porta e me dar de cara com todos sentados na sala. — Olhe quem eu trouxe para conhecer vocês!

— Finalmente! - alguém gritou ao fundo vindo abraçar Malu com a maior intimidade.

Assim, veio um por um recebê-la. Em seguida, começaram a fazer todo tipo de pergunta sobre nós. O namoro, a separação a reviravolta.

— Venha! – Júlia a puxou. — Vamos ter um papo só de meninas. – todas as namoradas trancaram-se no meu quarto por horas.

— O que será que elas tanto conversam? – perguntou Miguel olhando para cada um de nós com espanto. — Faz mais de duas horas que elas não saem de lá. Será que a Júlia resolveu matar todas elas e fugiu pela janela?

Demos risadas.

— Que nada, cara – falei. — Júlia não seria capaz de me fazer sofrer mais uma vez por perder o amor da minha vida.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Guilherme se debruçava no chão em risos. — Papo de eu estou apaixonado.

— Idiota! – Bruno quem disse dessa vez. — Um brinde a nós! Felizes da vida! Apaixonados por garotas lindas e especiais – brindávamos deixando a cerveja cair dos copos.

— Que o nossos casamentos sejam uma única e grande festa! Vamos poupar nosso dinheiro! – Lucas acrescentou fazendo todos rirem.

O céu lá fora já escurecia quando as garotas saíram do quarto e vieram a nosso encontro.

— O que tanto conversaram? – Miguel perguntou curioso.

— Não interessa! – Júlia retrucou. — Coisa de meninas!

Elas riram.

— Amor, vamos? Tenho que ir para casa. Você prometeu que iria dormir comigo hoje – resmungou Camila com uma voz infantil.

— Amor, vamos? – Amanda imitava a mesma voz infantil de Camila. — Você prometeu que iriamos namorar mais um pouquinho essa noite.

— Ah, amor – agora era Júlia quem falava aproximando-se de Miguel. — Também quero namorar um pouquinho.

— Bom – começou Renatinha, a namorada do Brunão. — Me leva para casa, Bru?

— Sem dúvidas – ele afirmou. — Bora casais! Vamos deixar o mais novo casal aproveitar a casa vazia. E não se acostumem porque dividir uma só casa para cinco casais não é moleza não.

Quando finalmente todos saíram, fechei a porta e me atirei sobre Malu.

— Se soubesse que as coisas por aqui eram tão engraçadas, teria voltado com você muito antes! – ela brincou.

— Não se preocupe. Daqui para frente é só alegria e dias como esses serão constantes. Agora vem para cá, me deixa mimar um pouco você!

Namoramos. Namoramos no sofá até os marmanjos chegarem para cortar a nossa alegria. Esperei até que Malu se despedisse da rapaziada e a levei para casa.

As semanas seguiram normalmente. Ou melhor, muito além do normal. Estar com ela era uma loucura. Era o que me fazia bem e feliz. Meus dias já não eram mais os mesmos.

Tardes como a última na república aconteceram com frequência. Malu adorava todos os meus amigos e eu gostava de estar com todos. Uma pena não poder dizer o mesmo em relação às amigas delas, tirando Amanda, que agora namorava meu melhor amigo Guilherme.

— Ela ainda está namorando o Murilo? – perguntei um dia.

— Não sei – respondeu ela. — Beatriz ultimamente nem olha na minha cara, ainda não entendo. E com todas essas mudanças nem tive tempo de perguntar o porquê, mas já é de se adivinhar. Não importa! Tudo o que sei é que nunca mais ouvi falar do Murilo.


Acariciava seu rosto observando-a dormir levemente em minha cama. Um rosto perfeito com traços angelicais. Uma pele macia e perfumada. Os cabelos louros esparramados sobre o travesseiro. A boca miúda e rosada.


Lá fora o céu estava escuro e admirável. Levantei e segui até a janela do meu quarto. Debrucei sobre o parapeito sentindo a brisa gelada da noite bater em meu peito descoberto.

— Você ainda olha para o céu? – ela perguntou baixinho encaixando-se em baixo dos meus braços.

— É. Tenho que agradecer a ele tudo o que me aconteceu desde que você entrou na minha vida. Ainda mais agora! Dias melhores ao seu lado.

— Lindo – ela sussurrou. Apertei-a forte contra o meu peito.


O mês de setembro chegou com tudo. Os dias frios vieram como consequência e as chuvas no fim da tarde também. Naquele feriado, estávamos no shopping sentados na praça de alimentação enquanto esperávamos o horário da seção no nosso filme no cinema.


— Sabe, patricinha – começou Júlia falando com Malu. — No começo, antes mesmo de te conhecer, eu já te odiava por ter ferido o coração do meu irmãozinho. Mas agora que te conheço, já te amo como se fossemos amigas de longa data.

— Que lindas! – Amanda piscou olhando para as duas que se abraçavam chorosas.

Júlia e Maria Luíza vinham se tornando grandes amigas, o que me deixava muito contente. Afinal, elas eram umas das coisas mais importantes que havia acontecido na minha vida e tê-las por perto me fazia ainda mais feliz.

— Também tenho algo para confessar – Malu limpou os olhos marejados. — No começo, eu senti uma ciumeira enorme de você e de Daniel juntos. Mesmo quando eu namorava outro. Não sei. Talvez porque a forma como vocês demostram amor de amigos seja diferente de tudo que eu já vi antes. Mas hoje eu sei que é um amor que não tem malícias, incertezas e nem segundas intensões. Digamos que é um amor puro e generoso, como de irmãos.

Pronto! Já estavam todos chorando com aquelas últimas palavras.

— Essas são as minhas meninas – sorri.

— Chega de viadagem! – Guilherme limpou os olhos e levantou-se em um salto. — Vamos pegar as bebidas e as pipocas antes que comece outra conversa e percamos o filme.

— Certo – confirmou Camila. — Vamos garotas! Vamos ao banheiro.

E saíram juntas.

— Somos caras de sorte – observou Miguel olhando-as desfilar pelos corredores do shopping.

Confirmei sem muitas palavras e saímos em direção ao cinema.

Já era tarde quando fomos até uma lanchonete perto de casa. Depois, deixei Malu em casa, já que iria sair no dia seguinte com os pais para um passeio em família. Fui até a casa de minha mãe, onde eu dormiria aquela noite, já que a república estava cheia de casais.

— Oba! Que bom que você chegou – disse Pedro a me ver entrar em seu quarto. Vitor estava deitado logo atrás com o controle do game nas mãos. Deitado sobre suas pernas estava Ben. — Venha jogar conosco!

Juntei-me a eles. Jogamos por horas, até ficarmos esgotados. O sono já me dominava.


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Notas finais do capítulo

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