Nada Alem De Silent Hill escrita por Kay Colchester


Capítulo 2
Capítulo 1 - Era para fazer sentido?




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A linha cai. "O que foi isso?" pensa Edward. "Talvez as bebidas da festa de ontem estejam afetando minha mente". Ele põe o telefone no gancho e volta para o banheiro, mas ainda havia sangue.

–Agora eu tenho certeza que isso não é minha imaginação. –diz ele passando o dedo no sangue para cheirar. –Definitivamente, isso é sangue. Mas como pode? Quando eu voltei às cinco horas da manhã não havia sangue aqui.

Ele olha seu corpo com calma no espelho procurando cortes, ou ferimentos abertos, mas não encontra. Então ignora o sangue e liga o chuveiro para limpar a banheira, mas parecia não funcionar.

–Ah, depois eu resolvo isso. Parece que vou precisar mais do que apenas água para limpar. –Ele sai do banheiro do apartamento e vai até o banheiro de seu quarto.

Seu banheiro era pequeno com apenas um vaso sanitário ao lado da porta perpendicular à parede esquerda, uma pia do lado oposto e uma banheira cobrindo o resto do banheiro. Ele entra na mesma, onde não havia sangue dessa vez, e liga o chuveiro, e toma banho. Enquanto lavava sua cabeça ele fechou os olhos e sentiu a água ficando gelada, então abriu os olhos e deparou-se com sua banheira cheia de sangue. No mesmo instante ele da um grito de susto e sente uma dor em suas costas como a de um corte. Edward sai da banheira e se olha no espelho e vê um corte em suas costas. Parecia algo escrito, mas não conseguira ler, pois saia muito sangue.

Ele foi desligar o chuveiro, porém ele parou de jorrar água repentinamente como se estivesse entupido. Alguns segundos depois, o registro e o chuveiro estouram e começa a jorrar sangue para todos os lados. Edward se assusta e puxa a tampa do ralo. Enquanto a banheira esvazia, o chuveiro para de jorrar sangue, Edward limpa o sangue de suas costas com a toalha finalmente consegue ler as palavras em suas costas: "Silent Hill". Ele fica paralisado por alguns segundos deixando sua toalha cair no chão, suas pupilas dilatam e um filme começa a passar em sua cabeça o fazendo pensar o que seria aquilo, de onde veio, como aconteceu, e o mais intrigante Era para fazer sentido? Pois até agora, não fazia. Ele retoma a consciência e fica de pé ao lado da banheira esperando o sangue terminar de escorrer pelo ralo. Quando está quase no fim, Edward vê a ponta de algo estranho e pontudo. Ele, receoso, enfia a mão e puxa um braço de lá. A pele morta, esbranquiçada, fria, repleta de cortes, unhas grandes e pontudas com as pontas sujas de sangue, os osso do antebraço saindo pelo cotovelo, alguns vermes, um cheio podre muito forte. O braço se mexe. Ele solta o mesmo que cai no chão se debatendo com a palma para cima e repentinamente para. Por alguns segundos, Edward olha o braço e o analisa friamente como se já fizesse isso há muito tempo e lembra-se de suas aulas de anatomia, onde era normal ver corpos mortos, porém não se movendo dessa forma. Seus pensamentos são interrompidos por um novo movimento do braço que se vira e fica com a palma para baixo. Ele se assusta, mas não mexe no mesmo, pois ele começa a rastejar, passa pelo quarto, pela sala e chega ao outro banheiro onde havia o sangue na banheira e pula dentro dela. Ele começa a arranhar a mesma até que a tinta e o verniz se desgastam mostrando um número 41.793 e o braço começa a se contorcer novamente e para. Edward diz:

–O que é esse número? De onde veio aquele braço? Por que ele fez isso? Era pra isso fazer sentido?

Todas essas dúvidas na cabeça de Edward e só uma certeza: Ele precisava decifrar aquilo e sair dali já ou algo muito ruim iria acontecer.

–Esse lugar é muito sinistro e sombrio. Por que eu costumava chamar isso de "lar"?

Sem exitar, Edward sai do banheiro diretamente para seu quarto e começa a revirá-lo para encontrar algo que fizesse sentido. Ele olhou embaixo de seu colchão, tirou todas as gavetas, arrancou as roupas do guarda-roupa e as jogou em cima da cama, e no fundo havia dobradiças em uma parte. Edward olha aquilo atentamente e descobre um buraco do tamanho de um parafuso. Ele ignora aquilo e pensa que deve ser defeito do guarda-roupa e continua procurando algo mais

Edward então rasga os pôsteres que haviam colados a cima de sua cômoda e nota que atrás do pôster de Ozzy Osborne havia mais uma escritura com os números "41.793".

–Que diabos isso significa? –Grita Edward Irado com a confusão e começa a tirar as gavetas com força e arremessá-las na parede, até que uma não se abre.

Ele fica frustrado e vai até a lavanderia onde em sua caixa de ferramentas pega um martelo, e volta para o quarto. Ele começa a bater na gaveta até ela quebrar. Quando abre se depara com uma argola ligada a um parafuso em cima de um livro empoeirado. Ele limpa o livro e vê que é um catálogo de endereços, então abre e nota que faltava uma pagina. Ele levanta e vai até o guarda-roupa onde ele põe a argola naquele buraco de parafuso e puxa abrindo uma portinhola que mostra um cofre secreto com alguma coisa embrulhada em um papel. Edward abre o papel e encontra um livro de bolso coberto por sangue, e a folha que o cobria era a página que faltava do catálogo. Rapidamente ele abre o mesmo e lê: "(Destacado) Letra A- Albert Worluck- Avenida Dulahan, Rua Lavign, Número 41, Apartamento 793."

Edward se espanta e fecha o catálogo.

–Esse é meu irmão que desapareceu e foi descoberto morto no ano de 1993 alguns dias depois. Será que isso tem algo a ver com sua morte?

Tudo parecia começar a fazer algum sentido na cabeça de Edward, mas ainda assim, ele estava muito confuso, afinal, por que esses números estavam em seu apartamento?

Ele abre o livro de bolso que encontrara enrolado nessa pagina do catálogo e vê que não era um livro, mas algum tipo de caixinha disfarçada. Ele encontra uma chave com o número 793 inscrito na parte superior da mesma. Edward então se veste e, decidido a desvendar isso, ele sai de seu apartamento, com pressa.

–Meio estranho. Ninguém nas ruas. Tudo abandonado. Não foi isso que eu vi quando voltava daquela festa mais cedo. –Disse Edward olhando para as ruas desertas e desabitadas, indo a pé para lá, já que seu carro não funcionava.


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