E Se Eu Não Voltasse, Você Sobreviveria Sem Mim? escrita por GiGihh


Capítulo 11
Uma manhã perfeita


Notas iniciais do capítulo

Eu tô amando escrever essa fic e espero que ela esteja agradando a todos vocês!
E queria agradecer profundamente a essa florzinha que recomendou minha fanfic!
Linda seja muito bem vinda!
Boa leitura!!!



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SADIE



Acordei com muita dor de cabeça e com o peito muito mais leve. Meu braço estava dolorido e meu tornozelo dormente. Mas fora isso tudo, eu me sentia calma e tranquila. E isso era bem raro para mim.

Abri os olhos com uma certa dificuldade. Assim que meus olhos se acostumaram à claridade do sol, percebi que não estava no meu quarto. Sentei-me na cama tentando lembrar o que acontecera. Assim que forcei minha mente, flashes vieram a minha cabeça na velocidade da luz. Isso não ajudou a melhorar minha dor de cabeça.

Fiquei durante alguns minutos pensando no que acontecera e como de repente ele havia chegado. Eu sabia que se não estivesse apavorada teria sentido meu colar esquentar... Esse colar é incrível! Mil e uma utilidades.

–Bela Adormecida – Walt estava parado na porta olhando atentamente para mim e com um sorriso gentil no rosto.

–Se eu sou a Bela Adormecida, quem você é? – perguntei com um sorriso no rosto, mas ele não era o primeiro a me comparar com a princesa Aurora do filme Disney.

–Eu esperava que você tivesse a resposta. – ele deu um sorriso um tanto triste. Aquilo pareceu acabar com o alivio em meu peito

–Se fosse a história da Chapeuzinho Vermelho eu saberia dizer quem você é. – fui sincera no que disse, mas desviei o olhar incapaz de olhar naqueles olhos.

Um silencio constrangedor tomou conta de todo o quarto.

– Você consegue andar? – ele perguntou tentando quebrar o silencio.

–Eu não sei. – admiti e nem ao menos tentei conter um suspiro.

Tentei me levantar e tive sucesso nisso. Consegui andar normalmente, mas senti uma pontada de dor no tornozelo e achei que ia cair no chão. Como eu disse “achei”. Walt conseguiu amparar meu corpo como tantas vezes antes.

Nossos corpos estavam perto demais. É impossível negar que ele não me soltou rapidamente e eu não queria que ele me soltasse. Eu me sentia segura e protegida.

–Eu vou levar você até sua escola. – ele disse olhando fundo nos meus olhos e então afastou um pouco o seu corpo do meu – Acho que você devia comer alguma coisa.

–Não to com fome – respondi rabugenta

– Você vai comer mesmo sem estar com fome. – ele me lançou um olhar tão preocupado que por um instante pensei que ele não fosse o Walt.

–Credo! Parece até meu pai falando. Passei por ele e fui em direção à cozinha e peguei uma maça em cima da bancada. Dei apenas uma mordida. – Viu? Comi. Pronto. Agora você já pode me levar para aquele inferno que eu chamo de escola.

Eu praticamente bufei.

Ele sorriu.

– Coma pelo menos a maçã inteira. Não quero que você fique fraca e desmaie por aí. – Ele falou se aproximando de mim.

Eu sorri. Não ia bancar a boazinha com ele.

–Bem que você gostaria de estar La para me segurar, não é? – perguntei olhando fundo em seus olhos.

Pude sentir que ele ficou sem graça, mas também havia encontrado uma saída para isso.

–Você não vai escapar da maçã. – ele sorriu e eu apenas suspirei e dei um meio sorriso.

–Eu tentei. – ele riu enquanto eu me virava para pegar a minha maçã e me concentrei em mudar de roupa. Imaginei-me com minha calça jeans mais confortável e com uma blusa verde escura simples de mangas compridas e isso aconteceu. Eu não iria para a escola com um short cheio de pó, rasgado e com uma blusa com sangue. De jeito nenhum!

Eu comecei a caminhar na direção da porta, mas senti seu olhar sobre mim. Virei-me já com a mão na maçaneta e levantei uma sobrancelha.

–Você vem? Eu posso ir sozinha! – disse olhando para ele que parecia petrificado. Ele não reagiu então eu deixei um risinho escapar – Tchau Walt. –finalizei ainda sorrindo.

Walt recobrou a sua consciência e correu ao meu alcance. Eu já estava na rua e ainda rindo. Desembaraçava meus cabelos com os dedos e então os joguei para o lado.

–Você podia ao menos esperar? – ele perguntou já ao meu lado.

Olhei em seus olhos e sorri.

–Esperar o que exatamente? – eu iria completar “você deixar de babar?”, mas eu queria uma resposta dele.

Ele me ignorou e reparou para a maçã intocada em minha mão.

–Você vai ter que comer essa maçã!

Eu suspirei e lhe lancei um olhar triste.

–Ahh, sério? – ele sorriu gentilmente e apenas assentiu – Chato!

Dei mais uma mordida na maçã enquanto Walt ria.

– Então você vai ficar do meu lado até eu chegar à escola? – perguntei a ele pensando na possibilidade dele me deixar sozinha.

–Vou sim.

–Então vai ficar agindo como se fosse meu segurança? – perguntei em tom de brincadeira, mas senti uma pontada de dor forte no tornozelo e pela segunda vez no dia eu achei que cairia no chão. De novo “eu achei”.

Walt me segurou pela cintura tornando a colar seu corpo ao meu. Ele continuou a segurar minha cintura... Não. Melhor: ele apertava minha cintura contra o seu corpo.

–Eu vou, Sadie. Não vou deixar nada acontecer a você. – ele sussurrou já que estávamos próximos demais.

–É bom saber disso. – desvie meus olhos dos seus e dessa vez fui eu quem afastou o corpo.

Em um silencio constrangedor e tenso seguimos o caminho para a escola. Minha maçã já havia desaparecido. Há quase todo instante minha mão roçava na dele e uma corrente elétrica percorriam tanto o meu corpo quanto o dele.

Se isso já não bastasse, chegamos ao inferno que eu enfrentava todos os dias. A multidão de alunos já estava formada na frente do espesso gramado da frente. Eu não queria entrar e enfrentar todas as perguntas que fariam a mim. Só de pensar nisso senti meu corpo fraquejar.

Walt segurou novamente minha cintura com uma das mãos e com a outra entrelaçou seus dedos aos meus. Forçou-me a olhar em seus olhos.

– Eu não vou deixar nada acontecer com você. Nada. – ele foi tão firme e confiante que suas palavras me confortaram.

Beijei-lhe a bochecha e lhe disse um simples obrigada e me dirigi até a entrada da escola onde Jack tentava afastar todos de mim e me guiava até a sala de aula.

É. Meu dia tinha começado muito bem... Mas muitas surpresas ainda me aguardavam


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Notas finais do capítulo

E...?
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