2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 34
I miss you


Notas iniciais do capítulo

Oi geentee!!
Espero que gostem desse capitulo, quando escrevia eu ouvia uma musica que gosto muito, então coloquei ela no capitulo, se quiserem ouvir tem o link.



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Narração Bernardo:

Ao ser levado para o andar de cima do iate , eu e Eduarda, fomos surpreendidos pela cena de Daniel batendo em João Vitor.

_ Vou acabar logo com isso. – Daniel disse pegando uma arma do seu bolso e apontou pra mim e para Duda.

_ Desgraçado. – João disse pulando em cima dele, fazendo a arma cair e devido ao movimento do barco os dois caíram na água.

Aproveitei a distração dos capangas e dei uma cotovelada no qual me tinha em vigília até então:

_Corre Duda!! – disse me atracando com o cara que a segurava.

Eu estava bastante machucado, mas tive a vantagem dos capangas estarem preocupados com o chefe brigando na água com João, então deixei inconsciente um deles com um vaso que tinha por perto.

_ Agora só falta um! – falei entre fôlego.

Mas a falta de ar veio completamente, quando esse agarrou em meu pescoço, eu não conseguia intervir, mas um barulho de um tiro veio e o ar voltou, e quando pude voltar direito ao meu sentido, vi o cara caindo ao meu lado e Eduarda estava paralisada com a arma na mão.

Levantei com dificuldade e Eduarda ainda estava na mesma posição, estátua em estado de choque.

_ Eduarda, calma, me da essa arma aqui. – tirei com cuidado de suas mãos e a joguei em qualquer canto do barco.

_Vai ficar bem, você só atirou em um .. cara. – disse tentando acalmá-la .

_ João Vitor.. – ela disse saindo do estado de choque e preocupada.

Logo corri a lateral do barco e não via mais João Vitor na superfície.

_ Ai meu Deus! – Eduarda exclamou aos choros.

Vi a cena de Daniel afundado João Vitor na água que já não tinha mais força a lutar, não pensei duas vezes , peguei um canivete em que Daniel ameaçara anteriormente a João Vitor e pulei na água.

Consegui livrar os braços de Daniel em João Vitor, e o vi voltar novamente pela superfície, mas seu corpo estava inconsciente e estava sendo levado pelas ondas, então tentei nadar até ele, mas Daniel agarrou em meu pescoço.

_ Cara, você não desiste. DEIXA A MINHA FAMILIA EM PAZ! – enfiei o canivete no abdome de Daniel e o sangue logo se espalhou pela água.

_ Desgraçado! – ele sussurrou e tentava nadar de volta ao barco.-

Desistir de tentar agredir mais a Daniel ao ver que João Vitor estava se afastando cada vez mais. Nadei até o seu corpo inconsciente e o levei até o iate.

_ João Vitor, meu amor , fala comigo. – Duda tentava reanimá-lo, com respiração boca a boca e massagem cardíaca, mais nada.

_ NÃO ! meu irmão não pode morrer. – disse desesperado e afastei Duda com cuidado e continuei com a massagem cardíaca.

_ Vamos , João!! – Continuava a seqüência de massagem cardíaca e Eduarda estava com a expressão vaga, estava paralisada .

_Vamos , você não pode morrer, seu infeliz. Eu não vou deixar você morrer! – As lagrimas embaçavam minha vista e ouvia um leve risada de Daniel no fundo , ele estava deitado em um canto do iate e tirava agora o canivete de seu abdome.

_ Vamos! Acorde!- Continuava , mas nada.

_ Não nos deixe, irmão.

...

(http://www.kboing.com.br/levi-kreis/1-1177004/ )

Narração João Vitor:

Estava em um lugar lindo, um campo com alguns cavalos, parecia até uma fazenda, aquilo era um sonho ou eu estava morto e fui parar no céu ? Confesso que todas essas perguntas fugiram da minha cabeça ao ver o rosto familiar, era minha mãe. Todo o medo e angustia que tinha passara ao vê-la.

_Mãe, onde estamos?

_Não importa, querido. – ela respondeu de forma doce, o que me apareceu estranho, era poucas lembranças que tinha de Clarisse assim.

_ Eu estou morrendo, não é?

_Se quiser desistir, sim você morrerá. Mas se lembrar do que é importante você irá voltar.

_É tão bom vê-la. – disse e me surpreendi com uma lagrima saindo do meu rosto e sentei ao seu lado.

_Eu também tenho saudade, querido. – Ela disse me deitando em seu colo.

_ Nunca tivemos momentos assim.

_ E é a coisa que mais me arrependo, meu filho.

_ Por que teve que partir mãe? – o choro que segurava veio a tona – Me perdoa por ter saído de casa? Me perdoa de ter sido um filho rebelde? eu te amo tanto.

_Eu já perdoei, querido. Mas e você? Me perdoa?

_Eu também já te perdoei, mamãe. –disse a abraçando.

_Você precisa voltar, seu irmão e sua irmã, Duda e, principalmente, Nick precisam de você.

_ Eu não sei se consigo.

_Você é forte, João Vitor. Você é a pessoa mais forte que conheci, aquele jeito que me enfrentava, de manter sua opinião e os princípios que você acredita. Você é capaz.

_Você faz tanta falta. Todas as noites antes de dormir, passo pelo quarto da Valentina e a encontro chorando. Ela não é única, a maioria das noites, sonho com o dia que você partiu e quando eu acordo percebo que aconteceu mesmo e que você se foi pra algum lugar e eu não posso mais trazê-la de volta

_ Vocês vão superar, cada dia vai ficar mais fácil.

_Isso aqui é um sonho?

_ Precisa ser um sonho, querido. Por que você não pode morrer agora. Você é a única pessoa que pode manter a salva a família Roccher.

_Irônico isso, não acha?

_ Muito irônico. – ela disse dando uma risada.

_Eu vou me lembrar disso, quando voltar?

_ Não sei lhe responder, João. Eu nunca voltei. – ela disse dando uma risada novamente, enquanto engoli um seco.

_ Não fique constrangido, eu estou em paz agora. – ela disse serena, novamente.

_Eu não quero esquecer isso, porque quando você morreu me senti tão mal de não ter essa despedida, de não ter me desculpado com você, mãe.

_ Isso deve ter te torturado tanto. – ela disse fazendo um leve carinho em meus cabelos enquanto minha cabeça ainda se encontrava em seu colo.

_Eu quero lembrar de você assim. – afirmei novamente e ela deu um lindo sorriso.

_ Me promete, que quando voltar, não vai desperdiçar sua vida como eu fiz? Que vai se casar e vai ter sempre tempo pra sua família, e que vai ter um pouco mais de responsabilidade e que vai parar de beber esse maldito uísque ?

_ Eu prometo, mãe. Menos a parte do uísque. – ela gargalhava agora.

_Agora, você precisa voltar, antes que seja tarde demais.

_ Eu te amo.

_ Eu também te amo, Querido.

Narração Duda:

Bernardo continuava desesperado tentando reanimar João Vitor, mas ele continuava ali paralisado e eu não conseguia sair do meu estado de choque, a dor que eu estava sentido era a maior do mundo, eu não poderia perdê-lo, eu o amo tanto, ele não pode nos deixar.

No fundo, ouvi barulho de algumas sirenes e helicópteros chegando, vinham da praia, mas nada disso importava, meu mundo estava desmoronando..

_ Acorde, seu piadista idiota. – Bernardo continuava.

_Eu não posso mais perder ninguém. – Bernardo parou com a massagem cardíaca e respirava cansado e a abraçou o corpo do irmão.

_ Nãao! Meu irmão... – ele chorava desesperado e então as lágrimas invadiram o meu rosto também.

Ouvi alguns tossidos e então o corpo de João Vitor abraçado a Bernardo se movimento, ele cuspia água para fora.

_ Ah Graças a Deus . – disse abraçando João Vitor que nos olhava confuso e atordoado.

_ Você voltou pra mim, meu amor.

_Ela disse que tinha que voltar. – ele disse um pouco fraco e encostou sua cabeça em meu colo.

_ O que? .. Não importa você ta vivo. – disse dando um selinho nele.

_ Vai ficar tudo bem. – Bernardo disse nos abraçando.

...

A policia chegou e agora estávamos voltando pra casa, agora realmente parecia que tudo ficaria bem, Daniel estava morto e João Vitor sobreviveu. Me acolhi mais no coberto e me aninhei no braços de João Vitor que olhava o nascer do sol calado pela janela do helicóptero, Bernardo dormia no banco, de uma forma desengonçada por causa de seus machucado.

_ Você esta bem , meu amor? - perguntei a João.

_ Estou sim, finalmente tudo acabou.

_ Eu espero que dessa vez sim. – ele me deu um leve beijo e voltou ao nascer do sol.

_ Desculpa por ter te abandonado no altar. –disse soltando uma risada dele.

_ É me falaram que você me trocou pelo irmão melhor. –ele disse me dando outros beijos.

_ Eu amo você.

_ Eu também te amo. – ele olhava novamente para o nascer do sol com o rosto sereno e depois esboçou um sorriso.

_ O que houve? – perguntei curiosa.

_ Eu ainda me lembro.

_ Lembra? De que? – perguntei confusa.

_Eu tive um sonho quando estava morrendo e tive medo de esquecer ele, mas eu ainda me lembro.

_Pode me contar?

_Posso, mas pode ser depois estou cansando . – ele disse deitando em meu colo.

_ Claro.

_Eu me sinto livre agora, já não tem mais tanta dor. – ele disse adormecendo.

...

Bernardo e João saíram do hospital hoje a recuperação deles foi rápida passaram menos de um dia , a paz finalmente parece que irá reinar em nossa família, depois de tanto sofrimento e angustia, João Vitor me parece mais calmo, de um modo bom ele parece diferente, tem algo a ver com um sonho, ele não parece mais tão magoado e com toda aquela marra de bad boy, acho que ele está melhor consigo mesmo.

_ Vamos! Acordem, Bernardo está chamando todos lá embaixo. – Valentina entrou no quarto acordando a mim e a João.

_Quanta energia de manhã cedo, não acha? – falei dando um leve beijo no rosto de Tina.

_Qual é pequena? Não pode entrar assim, talvez estivéssemos fazendo coisas indevidas pra sua idade. – João Vitor disse rindo e me dando um selinho e Valentina revirou os olhos puxando uma leve gargalhada de nós dois.

_O que o Bernardo quer? – perguntei levantando.

_Ele quer a ajuda de vocês pra organizar uma festa na piscina ainda hoje. – Valentina disse toda contente.

_Tudo bem, só tenho que dar uma olhada no Nick antes. – disse animada também.

_ Eu não posso, combinei de fazer algo com Manu, mas chegarei a tempo para festa. – João disse entrando no banheiro, mas eu também não o questionei, devia ser algo da empresa.

...

Narração João Vitor:

Toquei a campainha mais uma vez e Manu saiu, ela trajava um vestido preto muito bonito, e um rosto um pouco desanimado.

_ Você fica lindo de terno. – ela disse me abraçando e uma lágrima saiu dos seus olhos.

_ O tempo passou tão rápido, não acredito que já faz um ano que Alerrandro morreu.

_ Agora ele pode descansar em paz, a justiça foi feita.

_ Tenho certeza que ele encontrou a paz muito antes de Daniel morrer. – disse dando um longo beijo em sua testa.

...

Manu enfeitava o memorial do pai com as flores que tinha levado no cemitério e me contava historias de seu pai.

_ Eu ainda não entendo como ele adotou você tão rápido , João Vitor. – ela disse rindo.

_ Tenho um sorriso encantador. – disse rindo e a ajudando.

_Ele o amava como um filho.

_ Eu também o amava.

_ Espera, aquela ali não é Felipa ? – Manu disse olhando para o lado e se desconcentrando das flores que ajeitávamos.

_Acho que é o enterro do pai dela.

_ Nossa está tão.. lotado. – Manu disse em tamanha ironia e dando uma leve gargalhada. Pois alem do coveiro, a única que estava presente era Felipa.

_ Eu já volto. – disse caminhando até Felipa que ficou surpresa a me ver.

_ João Vitor, você seria a ultima pessoa que pensaria em aparecer aqui.

_ Devo confessar que não vim a esse local em consideração a seu pai. Hoje faz um ano que o pai de Manu faleceu. - disse dando um sorriso leve a ela , que tinha um rosto vermelho de choro.

_Acho que sou a única pessoa que restou a fazer isso por Daniel Damasceno. – ela disse colocando uma rosa vermelha sobre o tumulo agora fechado.

_Eu sinto muito por você. – disse a abraçando.

_ Eu vou ficar bem, agora eu não estou mais sozinha, tenho Bernardo. – ela disse me dando um sorriso encorajador.

_ Ele vai fazer você muito feliz.

_ Meu pai fez todas as escolhas que o levaram ate aqui, o que é uma pena. – ela disse observando o tumulo mais uma vez.

_ Quer me acompanhar ? – disse erguendo a mão e ela logo segurou, andamos de mão dadas até chegar no lugar em que desejava.

_ O tumulo da sua mãe? – ela disse observando.

_Sim, eu estava devendo uma visita. – disse colocando tulipas no memorial de Clarisse, eram suas flores preferidas e abaixei e sussurei à ela porque de alguma forma sabia que ela ouviria:

_Eu amo você , não se preocupe comigo, você sabe que eu estarei muito bem.

...

Na saídam Felipa estava cabisbaixa então lembrei da festa:

_Ta sabendo da pool party que vai rolar hoje lá em casa?

_ To sim, Bernardo ta animado, mas acho que não vou.

_ Aah vai sim. – disse a puxando e a deixando sem escolha.

...

O som de musica dava- se de ouvir fora da casa, ao entrar nela, havia várias pessoas, amigos que não via há muito tempo, até que enfim o meu irmão soube organizar uma bela festinha.

_ Oi amor, ainda bem que chegou! – Duda disse me dando um selinho, ela estava com o seu biquíni favorito e muito feliz.

_ Pelo visto Bernardo organizou uma boa festinha.

_ Por que está vestido assim? Vai se trocar, não quero você sério. – ela disse tirando meu terno de maneira provocativa e percebi que ela tava animada até demais.

_Você ta bêbada? – disse rindo.

_ Eu não.. só bebi um pouquinho. – ela disse tropeçando em um dos convidados.

_ Vai com calma, minha bebinha. – disse a segurando e arrancando uma risada dela.

_Quer que eu ajude a se trocar ? – ela disse me provocando novamente e me dando um beijo mais longo.

_ Eu adoraria, mas preciso que arranje biquínis para Manu e Felipa. Eu me troco sozinho, mas só dessa vez. – disse retribuindo o beijo.

_ Tudo bem , mas não vai ser tão divertido como ver você trocar de roupa. – ela saiu puxando as meninas para mansão de um jeito atrapalhado.

Era bom ver Duda assim, há muito tempo não à via leve, feliz e bêbada.

_Finalmente chegou. – Bernardo apoiou seus braços em meu pescoço e me passou um drink.

_Como chamou esse pessoal todo em tão pouco tempo ?

_ Nunca subestime um poder de um bom publicitário. –Guilherme chegou e se apoiou em meu ombro do lado oposto de Bernardo e agora eu estava sustentando dois bêbados.

_ Não ta reconhecendo a maioria desse pessoal? – Bernardo indagou.

_ Espera aquela ali é a Mylena e a Ianka ? – perguntei surpreso.

_ Elas mesmo, estão muito mais gatas , não concorda? – Guilherme disse as observando.

_Super concordo. –disse dando uma risada. – A Ianka colocou silicone? ela não tinha aquela comissão de frente toda. – Guilherme e Bernardo gargalharam com meus comentários.

_ E é melhor ficar bem longe deles, a Duda não ficou nada feliz com o convite delas. – Bernado disse risonho.

_Henri, Thomas e até Alex. – Guilherme acenava a eles.

_ O quarteto fantástico reunido é isso? – indaguei.

_ Mais que isso, o colegial todo ta aqui , Mano!! – Guilherme disse muito mais que animado.

_Espera!! – Falei serio.

_ O que foi? Algum problema?

_ Vocês dois bêbados e eu aqui sóbrio e de terno? Isso não me parece nada com colegial. Está errado. Vou trocar de roupa , não saiam daqui. – disse ansioso.

_ Você continua com a festa, eu vou dar uma saída. – Bernardo comentou antes de minha saída.

_ A onde vai? Organizou tudo isso não vai ficar ?

_Tenho que organizar algo muito mais importante amanha você vai saber.

_Ok Doutor.

_Ah propósito. – Bernardo disse me dando um leve soco.

_Pirou? – disse surpreso.

_ Está me devendo um Roadster. Não acredito que deu meu carro favorito pro vigia. – ele disse decepcionado.

_ Foi pra salvar sua vida. – disse aos risos.

_ Não acredito, minha coleção não é mais a mesma. – Bernardo saiu resmungando.

Entrei na casa ainda aos risos pela decepção de Bernardo e encontrei Rogério e Valentina brincando com Nicolas.

_ Se escondendo dos bêbados na piscina , titio?

_ Não, na verdade, pretendo me juntar a eles. – ele disse rindo.

_ A propósito, Valentina o que faz aqui? Vai pro seu quarto e fique longe deles. – Disse e ela revirou os olhos azuis esverdeados e subiu.

_Então como é quase morrer? – Rogério disse me passando Nicolas.

_ Acho que você sabe perfeitamente como é. Ficou supostamente morto por anos. – disse arrancando uma risada.

_ Verdade, mas, garoto, eu só escapei uma vez. – ele disse saindo pela porta, mas antes falou:

_A sua natureza de se preocupar mais com os outros do que com você mesmo é incrível e acho que alguém lá de cima deve retribuir isso de bom grado.

Sentei no sofá e pensei nas palavras do meu tio, e ele tinha razão alguém lá de cima me amava muito com toda certeza, mas o motivo de eu sair salvo de todas as situações de perigo era Eduarda, era o meu amor por ela, pois na morte ela me dava mais vontade de ficar vivo, ela foi a única que pôde me salvar.


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Notas finais do capítulo

Esperando os comentarios pra saber se gostaram ... bjs ;*