2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 33
Antes de partir


Notas iniciais do capítulo

Genteeee, desculpaa mesmo ...
Eu fiz uma promessa comigo mesmo de abandonar um pouco a internet no periodo do Enem , por isso abandonei aqui, mas to muito feliz de vocês não terem me abandonado, vi todos os comentários e obrigada pela recomendações .. Ao contrario do meu twitter isso não ficou às moscas kkkk
Obrigada vcs são demais ♥
Ainda tenho alguns vestibulares nesse mês, mas vou continuar postando.
Estava com Saudade do João, da Duda e do Bernardo e de escreve *--*



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Narração de João:

Continuei andando pela praia que a noite estava deserta e o clima estava frio e o vento que tocava em minha pele me fazia estremecer; quando percebi já havia me afastado o suficiente do carro a ponto de não mais vê-lo , mas a frente havia um pequeno casebre que no inicio pensei ser de pescaria, mas era um deposito de barcos , me aproximei do casebre e tinha apenas um vigia de aparência cansada dormia em uma cadeira de maneira desajeitada.

_ Oi ? – falei alto tentando acordar, mas precisei de uma segunda chamada e ele acordou.

_Oi. – ele disse meio na defensiva e passava mão no rosto normal de quem acabara de acordar.

_Eu preciso lhe fazer algumas perguntas.

_ Todos precisam de algo quando vem aqui, mas a maioria é para guardar seus barcos, não para fazer perguntas. – ele disse meio desconfiado o que lhe caia bem em seu papel de vigia.

_ Sei que parece estranho, mas é de muita importância.

_ Bom, pelos trajes que veste não me parece um vândalo então acho que posso responder suas perguntas.

_Você viu aquele carro parado no meio da praia logo acima?– disse apontando a direção do carro abandonado de Bernardo.

_ Sim, vi ele pela manhã, deve ser de algum granfino que guardam os barcos aqui.

_ Granfinos .. – pensava alto.

_ Sim, granfinos. – ele confirmou o que acabara de repetir.

_Atendeu alguns granfinos hoje ?

_ Todo dia eu atendo, pelo que vê eu guardo aqui barcos de qualidades e bastantes luxuosos. Não entendo onde quer chegar. – ele disse me conduzindo pelo deposito que era maior do que aparentava por fora.

_ Quero dizer algum cliente estranho?

_Estranhos pra mim todos são, ricos metidos à bestas e mal educados.

_ Isso não vai ajudar em nada. – disse para mim mesmo saindo do deposito angustiado.

_ Espere. – ele ressaltou ao ver meu desespero.

_ Que foi ?

_Hoje pela manhã, veio um casal de lua de mel.

_ Lua de mel ? O que ver de estranho nisso? – disse me referindo que o que procurava era Eduarda e Bernardo sendo levados a força por um monte de capangas.

_ Ela estava linda e deslumbrante parecia uma princesa naquele vestido branco. – ele dizia ao mesmo tempo em que bebia um tipo de cachaça com cheiro muito forte que me dava ânsia de vomito, mas me contive e ouvia o que dizia.

_ Ela não me parecia feliz, mas realmente estava linda eu até joguei umas cantadas para incomodar o noivo. – ele dizia rindo – mas incomodou mesmo foi o pai dela.

_ Pai dela ? Espera um casal em lua de mel com o pai ? – indaguei.

_ Essa é a parte estranha. – ele disse rindo e logo saquei que era o que procurava.

_ Eles comentaram para onde iriam ?

_ Eles nunca comentam isso comigo, rapaz. Sou pago para vigiar os barcos.

_ Droga!! – exclamei.

_ Mas isso não impede que eu bisbilhote e ouça a conversa. – ele disse soltando uma alta gargalhada.

_ Você ouviu?

_ O pai dela estava com dois seguranças e comentou para eles que iriam para a ilha aqui perto, aquela onde a pouso de helicópteros. – ele disse não lembrando o nome efeito provavelmente do álcool, o que me deixava duvidar do que ele falava, mas era a única pista que tinha.

_Helicópteros?

_ Sim , essa ilha tem uma enorme pista, muitos ricos vão pra lá pegar seus helicópteros.

_ Ela é longe?

_ 3 horas de viagens.

Pelo tempo de viagem a ilha o que presumia era que Daniel já tinha levado Eduarda para qualquer lugar em algum jatinho ou helicóptero.

_Eles já devem ter partido , mas que droga. – Pensei novamente alto.

_Talvez não, a pista só será liberada amanhã, ela estava com alguns problemas de estrutura e o conserto só termina amanhã.

_ Obrigado, muito obrigado. – disse alto transbordando de confiança em encontrar a Duda.

_Pode me levar a essa ilha?

_ Não posso deixar meus barcos sozinhos.

_ Eu posso pagá-lo. Me leve.

_ Dinheiro não me fará tira os olhos dos meus bebês. –ele disse relutante em se afastar dos barcos.

_ Eles não são seus , são dos ricos metidos à bestas e mal educados lembra?

_Mas passam tanto tempo comigo que são mais meus do que deles, então não insista. Até mesmo que pela sua angustia prevejo que essa sua procura por uma pessoa deve ser uma encrenca das boas.

_ Eu pago o que você quiser, compro um barco muito melhor do que os senhor tem guardado aqui , eu só te peço por favor me leve é a vida da garota que eu amo que está em jogo. – disse suplicando.

_ Sabia que aquele não era o noivo dela. – ele disse rindo.

_ Então vai me ajudar?

_ Depende, aquele carro parado lá em cima é seu ? - ele disse desamarrando um dos barcos com a mesma risada.

_Não, é seu. –disse rindo e dando o novo carro de Bernardo para o vigia, o que provavelmente me custaria uns dois socos na cara depois de salvá-lo.

_Então bem vindo a bordo ! – ele disse subindo na pequena embarcação e eu fiz o mesmo.

_ Sabe você é o primeiro rico que conheço que não é metido à besta e mal educado. – ele disse ligando o motor do barco e dando sua alta risada.

_Acho que conquistei sua simpatia lhe dando um dos carros mais caro do mundo.

_ Ahh com certeza, meu caro navegante.

...

A ilha já estava a vista então Augusto, o vigia , diminuiu a velocidade da lancha, então aproveitei a situação e disse:

_ Seu Augusto, preciso lhe contar que a situação aqui é barra pesada e não posso lhe pedir para que fique e nem arrisque sua vida...

_ eu vou ficar.

_ Tem certeza ? - perguntei surpreso.

_ Tenho.

_ isso é ótimo, muito obrigado.

_ Ta chega de frescura, riquinho. - ele disse rindo , mas sua face mudou e apontava para frente. - Teve sorte rapaz, o barco ainda esta ai.

_ Aquele barco foi que eles saíram ?

_ Sim e eles ainda estão ai , os jatinho e helicópteros só voam pela manhã.

Tirei a roupa que trajava e coloquei uma bermuda de mergulho que havia na lancha.

_ Você vai ate lá nadando ?

_ É o jeito, eles perceberão se a lancha chegar até eles. - disse e Augusto logo parou a lancha a alguns metros de distancia.

_E o que eu faço? - Augusto perguntou.

_ Espere aqui a policia já deve ta a caminho.

Pulei na água antes que ele tomasse alguma atitude de vim comigo , nadei até o iate de Daniel e ao me aproximei tentei abafar meu fôlego e subi em uma parte lateral do barco com todo cuidado e logo avistei um homem deitado em um sofá na área externa ele dormia e então não tive muita dificuldade de entrar no interior do barco.

Tudo estava muito silencioso e no interior do iate havia várias portas a se abrir, mas esse era o problema qual abriria? Se eu abrisse a porta errada e desse de frente com Daniel estragaria todo meu plano formulado em minha cabeça de fugir na coita com Bernardo e Eduarda.

_ Uni- duni - Tê... - foi a forma mais tosca e rápida que pensei.

_ A escolhida foi você. - disse parando em frente a ultima porta a direita.

_ Qual é eu sou um azarado, porque isso daria certo? - disse dando meia volta e abrindo a porta da esquerda.

Pude dar um suspiro de alivio ao ver que na porta não tinha Daniel, mas também não tinha Bernardo e Duda , era a cozinha do iate. Voltei para o apertado corredor e tentei a penúltima porta e me surpreendi ao encontrar um casal amarrado em uma cama, era os pais de Eduarda.

_ Vocês estão bem ? – perguntei desamarrando os dois.

_Não muito, mas vamos ficar. – Dona Elisa disse de uma forma carinhosa olhando para mim.

_ Rapaz, eu devia ter proibido de você e seu irmão na época do colégio de ficarem com minha filha. – O pai de Eduarda disse irritado e preocupado com a filha, era o mínimo o que ele tinha pra me dizer, ele estava com todo o seu direito.

_ Eu prometo, que essa será a ultima vez que sua filha passará por isso e se ela quiser eu desapareço da vida dela pra sempre depois.

_ Ela nunca iria querer isso. – ele disse me dando um abraço – Você é uma ótima pessoa , João , não vejo pessoa melhor pra ficar com Duda, me desculpe. – ele completou.

_ Mas onde eles estão ?

_ Querido, eu não faço a mínima ideia de onde... – Dona Elisa iria continuar falando, mas foi interrompida com a abertura da porta do cômodo.

_ Queria saber o que essa garota tem de especial, porque é tão fácil te atrair quando se trata dela. – Daniel Damasceno entrou no cômodo do barco, estava mais abatido, mas era ele.

...

Estávamos todos ,agora, no andar de cima do barco, não havia sinal de Duda e Bernardo, e Daniel dessa vez estava diferente, não aparentava tanto poder, seu numero de capangas reduziram a dois e ele estavam com roupas simples e sujas.

_ Você colocou alguém pra morrer em seu lugar na prisão? Como pode? –perguntei a Daniel que fumava um cigarro e sentava na beira do iate e os seu únicos capangas amarravam de volta os pais de Duda na coluna do barco.

_ Ele não era um bom colega de cela. – Daniel disse com um sorriso irônico no rosto.

_Estou aqui, Daniel, pelo visto armou tudo isso pra me atrair não é? Você não queria fugir.

_ Adoro você, João. É esperto pega as coisas rápidos, seria um otimo sócio se não fosse estupidamente honesto.

_ E o que pretende fazer ? Você não vai conseguir fugir depois de fazer sua sujeira.

_ A policia tomou tudo o que era meu, desintregou minha máfia, predeu os meus homens, eu não tenho mais nada, eu nunca conseguiria fugir e eu sabia disso desde o inicio.

_ Você...

_ Eu não quero fugir, eu só quero vingança. – Daniel me interrompeu- Você, seu fedelho, acabou com tudo  que construir por décadas da minha vida, e agora eu me sinto no direito de acabar com tudo que você ama, ser abandonado no altar pelo amor da sua vida só foi um terço da dor de perdê-la para sempre.

_ Você é doente. – disse um pouco angustiado, mas não tive tempo de pensar, Daniel me empurrou contra lateral do barco me enforcando e ameaçando com uma faca em minha garganta e eu tentava lutar contra ele.

Consegui me livrar dele por alguns segundos o jogando no chão e sua faca caiu , mas seu capangas me contra-atacaram a tempo, mas com a distração pude chutar a faca para perto de pais de Duda.

_ Eu acabei com sua vida, eles não tem nada haver com isso,solte eles e faça o que quiser comigo, complete sua vingança.

_Matar você seria fácil , eu quero tirar tudo de você, assim como tirou tudo o que era meu, meu império, VOCÊ ME DESTRUIU! – Ele disse com a voz mais alterada.

_Tragam eles. – Daniel ordenou aos seu homens que entraram de novo no iate.

Com a distração de Daniel, os pais de Duda conseguiram se livrar das cordas.

_ Nadem até a ilha , lá encontrarão um senhor chamado Augusto ele ajudará vocês. – disse os ajudando descer do iate e pulando na água.

_ Mas a Duda..

_Vão!!

_ Creio que sua noivinha ficará muito agradecida por isso. Garoto, não me provoque. – ele disse irado e vindo em minha direção com uma sequencias de socos.

_João ? – Uma voz familiar e desesperada chamou, era Eduarda.

Infelizmente, não conseguia me concentrar nela, Daniel estava bastante empenhado em me dar uma boa surra, mesmo com o plano de “não me matar”.

_ Você bate feito uma mariquinha. – disse cuspindo sangue no seu rosto.

_ Então acho que não to me empenhando o bastante. – Ele disse me erguendo do chão pela gola da camisa.

E Finalmente pude enxergar Duda e Bernado, seu vestido branco estava com manchas vermelhas, mas ela não me aparentava ter nenhum ferimento o que me deixava aliviado, mas Bernardo não me parecia tão bem. Foram somente esses detalhes que pude observar e Daniel logo me empressou contra a coluna do iate e distribuía mais de sua raiva em mim.

_ Ainda continua batendo feito uma mulherzinha. – Disse extremamente exausto e entre fôlegos o sangue escorria pelo meu rosto e Daniel soltava agora risadas ao olhar pra Eduarda chorando.

_ Vou acabar logo com isso. – ele disse pegando um arma do seu bolso e apontando para Eduarda e Bernardo.

_ Desgraçado. –disse pulando em cima dele, fazendo a arma cair e nos desequilibramos caindo dentro da água.

Mesmo com todos os membros do meu corpo tinindo de dor consegui voltar a superfície, e logo encontrei Daniel Damasceno que tambem tossia um pouco de água.

_ Sabe acho que desisti do meu plano de” não matar você”.

Daniel me empurrou para o fundo novamente e a água invadiu o meu rosto me impedindo de respirar, lutava contra seus braços, mas seu empenho em me distribuir socos anteriormente contribuiu para não conseguir desfazer de seus braços , a imagem de Eduarda veio em meu consciente, Nicolas, Bernardo,Valentina, Lorenzo,Rogério, Manu, Felipa e outras imagens de momentos alegres de minha vida, meus braços desistiam de lutar, a falta de ar me vencia , é assim que é morrer?

Dizem que há um grande flashback de tudo que vivemos antes de finalmente partir, eu estava morrendo ? Então o próximo passo seria o túnel e uma luz brilhante? A imagem de Duda de novo, primeiro beijo, nascimento do nosso filho, nossas brigas, reconciliações, Nicolas me chamando de pai pela primeira vez, lembranças e mais lembranças, mas de repente tudo ficou tão escuro e tão frio. Espera, estou vendo alguem, quem  é? Espera é  ...  Minha mãe.

...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ...