Beautiful Soul escrita por Jubs C, Julia Brito


Capítulo 3
Amada.


Notas iniciais do capítulo

Olá *-*

Mais um capítulo para vocês n_n
Quero das as boas vindas as novas e novos leitores, estou adorando a presença de vocês *-*
Quero pedir desculpas, o capítulo já era para ter saído. Porém, eu estava no notbook da minha mãe, e ele dá uns baques na internet as vezes, por isso perdi o que tinha escrito '-' Mas não fiquem zangadas, o reescrevi e estou aqui postando. Agora no meu filhote u___u
Vamos lá?
Nos vemos nas notas finais. Boa leitura.



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A sala estava meio escura, apenas iluminada pela luz ambiente. Doc, que havia permanecido a noite toda ao meu lado, dormia sossegado com a cabeça encostada sobre a mesa. Sua respiração era leve e seu sono era profundo, ele não devia dormir há dias! Por isso, optei por deixá-lo descansando, enquanto tentava por minha ideia em prática: Me levantar da mesa.

Meu novo corpo ainda estava cansado, mas estava pronto o suficiente para sair de lá. Deixei que minhas pernas - ainda meio moles - fizessem todo o trabalho a partir do momento em que consegui me sentar. Coloquei meus pés levemente no chão, ainda tentando me acostumar com todas as coisas possíveis que eu poderia fazer de agora em diante. Havia passado a noite toda pensando nisso, em como eu tinha vida própria agora. Não que eu não sentisse falta de Melanie na minha cabeça, era claro que eu sentia, tinha passado tanto tempo dividindo o mesmo espaço com ela que era estranho pensar que á partir de agora eu teria que fazer as coisas por conta própria.

Deixei que meus pés tocassem a terra da caverna. Quente e árida exatamente como eu me lembrava. Mas de qualquer forma aquilo me parecia tão novo. Como se eu nunca tivesse sentido verdadeiramente. Uma brisa quente banhou meu corpo, me fazendo fechar os olhos. Senti seu calor cobrir minha pele antes de ela me atravessar e se perder atrás de mim.

A voz preocupada de Ian me puxou de volta á realidade. Um sorriso brincava em seu rosto, como se ele tivesse mais encantado do que eu. Deixei que meus lábios se abrissem na tentativa de devolver aquele sorriso.

– Está tudo bem por aqui? - Perguntou se aproximando.

– Mais do que bem. - Alarguei meu sorriso. - Está tudo tão... Eu não sei! Parece que é tudo tão novo!

Olhei em volta. Eu nunca havia me encantado tanto em nenhuma de minhas outras vidas. Mas a Terra era uma fonte inesgotável de felicidade, eu sabia disso.

– Fico feliz.

Ele se aproximou mais, como se não tivesse certeza do que fazer. Ian não tinha dúvidas de que eu o amava. Assim como eu não tinha a menor duvida de seu amor. Mas ainda assim ele parecia relutante, como se algo o deixasse confuso.

E no fundo eu sabia o que era.

Jared.

E também sabia que cedo ou tarde falaríamos sobre esse carinho que eu passei a nutrir por ele. Mas eu, a alma, não amava Jared. Não da mesma forma que eu amava Ian. O carinho que eu tinha por ele era igual ao carinho que eu nutria por Jeb, por exemplo. Não importava se quando eu estava dividindo o corpo com Melanie não era isso que eu deixava transparecer. Mas eu entedia suas duvidas. Eu também tinha as minhas. Era completamente aceitável e compreensível.

– O que te incomoda? - Perguntei, tateando no ar até encontrar a sua mão, e apertá-la na minha o puxando para mais perto.

– Não é nada, Peg. - Ele balançou a cabeça de um lado para o outro, abaixando o olhar e o levantando em seguida. - Estou realmente feliz que você esteja bem. Que você esteja aqui. - Na última parte de sua frase, ele usou a mão livre e quente para acariciar meu rosto gélido, que ainda tentava se acostumar com a temperatura local.

– Eu também estou, Ian. - Segurei sua mão que se mantinha em meu rosto. Eu não queria falar sobre o que me perturbava e nem sobre o que perturbava ele. Mas eu sabia que era necessário. - Mas agora me diga, o que está te incomodando.

Ele suspirou, sabendo que eu não me satisfaria até saber o que estava acontecendo. Por isso, voltou a baixar os olhos e começou a murmurar.

– Eu não tenho dúvida sobre nós, Peg. - Começou relutante. - E quero saber se você também não tem.

– Eu não tenho a menor duvida, Ian. - Comecei, tentando lhe mostrar o quanto minhas palavras eram verdadeiras. - Fiquei por você. Depois de viver tantas vidas, sabendo que eu sobreviveria a saudade, eu não pude abrir mão dessa... - Deixei que minhas palavras se perdessem no vento, lhe dando a deixa para continuar.

Ele assentiu, sorrindo ao ouvir minhas palavras, deixando seus olhos encontrarem os meus.

– Eu fico feliz em ouvir isso. - Sua voz saiu risonha, mas eu sabia o quão tenso ele estava com essa conversa. Eu também estava. Porque eu sabia o que viria a seguir. - Mas... e quanto a Jared? - Encarei seus olhos que me pareciam firmes e seguros quanto a essa pergunta, mesmo que seu corpo não mostrasse o mesmo. Suas mãos suavam sobre a minha pele, o que me fazia agradecer por ter previsto essa conversa.

– A parte de mim que amava Jared, ficou em Melanie. - Comecei, formulando as palavras com cuidado, querendo que ele entendesse e acreditasse em cada uma delas. - O que sinto por Jared, é apenas um carinho enorme. Foi só o que restou. - Fiz uma pausa, retirando minha mão da sua para acariciar seu rosto. - É você que eu amo, Ian. É você que eu sempre vou amar.

Esse foi o desfecho para ele se satisfazer e deixar que seus lábios encontrassem os meus. Mais confiantes do que nunca. Eu tinha fé que ele havia compreendido, não tinha porque ter dúvidas. Eu lhe provaria, faria o possível para lhe provar que cada palavra que tinha deixado minha boca era completamente verídica. Caminhei meus dedos sob a pele de seu pescoço, parando em sua nuca e o puxando para mais perto. Seu maxilar, que antes estava tenso, havia se suavizado e ele estava aproveitando aquele beijo tanto quanto eu.

Suas mãos se perdiam no tecido de minha camiseta, apertando minha pele sobre a roupa. Quase como se tentasse nos fundir. Eu queria me fundir a ele.

Ian afastou nossos lábios lentamente, puxando meu lábio inferior levemente e terminando o beijo com variados selinhos. Meu coração deu um pulo. Nunca havia pensando que era capaz de sentir todas essas coisas ao mesmo tempo. Nunca pensei que desejaria alguém, como desejava Ian.

Desejo.

Essa palavra resumia tudo. Eu a alma prateada que agora tinha um próprio corpo, desejava o humano que também me desejava. Isso não podia ser tão errado como as outras almas diziam ser. Uma coisa tão bela não podia ser proibido. Ou será que eu que estava me tornando humana demais?

– Eu te amo mais que a mim mesmo, Peregrina. - Começou, com a voz ofegante, olhando diretamente em meus olhos, sem desgrudar nossas testas. Minhas mãos permaneciam em sua nuca e as suas nas minhas costas. Eu não as tiraria dali tão cedo se dependesse de mim. - Você foi a única coisa que me aconteceu de bom, durante toda a minha vida. Se eu tivesse a escolha entre salvar cinco milhões de pessoas e salvar você, eu a escolheria sem pensar duas vezes... Meu coração é seu, Peregrina. Para todo o sempre.

Sorri ao ouvir suas palavras. Parecia que todas as suas dúvidas tinham partido e tudo o que tinha restado era a plena certeza de que eu o amava de todas as formas que conhecia.

Um raspar de garganta nos trouxe de volta a realidade, nos puxando do nosso mundo particular que havíamos acabado de criar. Na porta uma Melanie envergonhada sorria constrangida para nós.

– Desculpem interromper. Mas, Jeb está esperando por vocês. - Ela pausou. Seus olhos me encaravam contentes por me ver de pé. Com um sorriso diferente no rosto, ela continuou. - E como Ian estava demorando, ele me mandou vir chamá-los.

– E Doc? - Ian perguntou, olhando brevemente para o Doutor que ainda dormia. Ele realmente deveria estar muito cansado. Acompanhei seu olhar e encarei Melanie em seguida.

– Acho melhor deixá-lo descansar.

Ela assentiu para mim. Ficou parada mais alguns segundos, antes de nos dar as costas dizendo algo sobre "privacidade"

Ian e eu rimos de seu ato. Acho que Melanie estava quase tão desconfortável quanto eu. Mas essa era uma das coisas com as quais teríamos que começar a nos habituar.

Olhei para Ian, que ainda segurava uma de minhas mãos. Não tinha notado que ele me encarava, enquanto eu deixava meu olhar se perder além da porta pela qual Melanie tinha saído.

– Vamos? - Perguntei.

Ele se curvou e depositou um selinho em meus lábios antes de responder.

– Vamos. Não queremos deixar um velho nervoso, não é? - Brincou me fazendo rir, enquanto me puxava para fora da sala.




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Notas finais do capítulo

E então? *----------*

Eu gosto desse capítulo, pessoalmente u_u porque eu adoro momentos só deles hahah
Mas vendo por fora, esse capítulo era necessário, não acham? Creio que eles deviam ter essa conversa, por isso a fiz u_u Mas não pensem que isso acabou u_u
Bom, bom, sem mais spoilers hahah
Me digam o que acharam hein! Vou fazer o máximo possível para manter essa velocidade na fic, postando um capitulo por dia. Mas quando eu voltar para escola - quinta feira meu atestado acaba :C - não tenho certeza se poderei manter isso D:
Mas não irei demorar mais de dois dias para postar, isso está no meu alcance oo/

Aaaaaaaaah, antes de eu deixar vocês em paz - hehe - queria indicar uma fanfic da minha primeira leitora *-* Isso não é eu sendo puxa saco, ok? u_u Só sei reconhecer uma boa história, afinal, anos aqui não poderiam dar um resultado diferente n_n
A fanfic é Connection *-* Dêem uma passada nela hein *-* Não é nada cansativa, principalmente pelas trocas de Pontos de Vista, e isso é bem legal! Então, aqui esta o link dessa fanfic, que me parece que será incrível, do The Host: http://fanfiction.com.br/historia/354703/Connection/

Agora é só. Até o próximo!

E tenham uma boa noite *----------------*