Palavras... - 2 Temporada escrita por Mrs Pettyfer
Notas iniciais do capítulo
VOLTEI NÃO EM BATAM TODOS PRESTEM ATENÇÃO AQUI, UM PERÍODO EU VIAJEI E CONSEGUI PENSAR EM COMO VAI SER O FINAL DA FIC, ISSO MESMO. EU ESTAVA PENSANDO NOS DETALHES, PORÉM AINDA TENHO QUE ESCREVER. A FIC TÁ PROMETENDO, BJO, AMO VOCÊS, NÃO ME MATEM.
AAAAH, eu amei escrever esse capítulo, mas to com medo de que dê algum problema porquê é criticando a política e tal. As opiniões são minhas, e os detalhes da manifestação foi a minha irmã que contou e uma amiga minha que lê a fic também. Então foi bem realista.
Já de noite, quando cheguei a casa fui direto para o computador, em todas as redes sociais falavam sobre a manifestação, a revolta dos vinte centavos, comecei a ler mais sobre o assunto e rapidamente entendi que era bem mais que isso.
Vi vários amigos comentando sobre o caso também.
Uma das frases que mais me chamou atenção foi “Copa do mundo, eu abro mão, quero dinheiro para saúde e educação.”
Eu nunca havia me sentindo tão feliz de ser brasileira quanto nessa hora. O Brasil acordou milhares de pessoas indo às ruas protestarem, alguns que não iam por medo ou pelos pais não deixarem continuaram ajudando de todas as formas possíveis, o povo estava unido em prol de um bem maior.
Rapidamente me lembrei de um exercício que a professora havia passado no início do ano, ela havia dado variados temas para redação e eu escrevi sobre os jovens e a política. Citei várias vezes que os jovens dessa geração estavam insatisfeitos, mas não faziam nada para mudar.
Aquela era a nossa chance, antigamente os protestos brasileiros levaram o país a sair da ditadura, havia vários meios, um dos mais populares era a própria música, a música também move o mundo.
E essa manifestação já tinha o seu hino, Vem Pra Rua do Rappa.
“Vem vamos pra rua
Pode vir que a festa é sua
Que o Brasil vai tá gigante
Grande como nunca se viu
Vem vamos com a gente
Vem torcer, bola pra frente
Sai de casa, vem pra rua
Pra maior arquibancada do Brasil
Ooooh
Vem pra rua
Porque a rua é a maior arquibancada do Brasil
Ooooh
Vem pra rua
Porque a rua é a maior arquibancada do Brasil
Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Tudo em verde e amarelo
Só pra ver o Brasil inteiro passar
Ooooh
Vem pra rua
Porque a rua é a maior arquibancada do Brasil.”
Fiquei muito contente em saber que o pessoal estava combinando uma grande manifestação no Brasil, vi vários amigos meus dizendo que iam, eu também queria ir, resolvi que iria falar com meus pais.
- Mãe, pai – Saí gritando pela casa.
- Que foi, Larissa? – Minha mãe falou aparecendo de sei lá de onde.
- Quero falar com você e o papai – Digo.
- Eu hein, então tá – Ela diz dando de ombros, seguindo para a sala.
- Família eu quero ir à manifestação que vai ter aqui amanhã – Digo calma.
- Você está louca, você não está vendo todas as tragédias que estão acontecendo envolta delas? – Minha mãe gritou.
- Claro que estou, porém as transmissoras de tevê só passa o que convém a ela, se ela passar a imagem de que é muito perigoso ninguém vai – Digo irritada.
- Vá, agora se acontecer algo não conte comigo, nem para ir para o hospital ou se acontecer algo haver com a polícia – Meu pai disse e se retirou da sala.
- Hm, tudo bem, acho que vou arriscar – Digo para minha mãe que ficou indignada.
Mas, aqui em casa tem essa política, um não pode desautorizar o outro.
Voltei para o meu quarto e vi meu celular apitando sem parar, criaram um grupo chamado #VemPraRua
Olhei os membros do grupo e eram:
Ma
Arthur
Isabelle
Line
Lara
Gi
Vitor
E eu, lógico.
“Vocês vão?” Foi a pergunta da Line.
“Lógico, meu pai disse eu não se responsabilizaria por nada, mas eu vou” Respondo-a rapidamente.
“Meu pai só deixou eu ir porquê o Vitor vai” Gi colocou.
“Sou presença confirmada, também” Lara colocou.
“Meus pais não deixaram” Ma digitou.
“Eu vou, também” Thur colocou.
“Já to sabendo de tudo, como o que mais vai dar gente do ensino médio, depois da aula todos vão para aquele posto da esquina do colégio e vamos tentar chegar à praça do derby” Vitor digitou.
“Então fechou” Line colocou.
“Meus pais também não deixaram” Belle colocou.
“Tenho que ir, amanhã temos que acordar cedo” Lara colocou.
Aos poucos foram todos se despedindo para acordarem cedo.
Eu ainda estava na pilha, resolvi que iria fazer um cartaz.
Eu desenhei a bandeira do Brasil, quando chegou à bola do meio eu escrevi: Em Progresso e embaixo como se fosse carregando e dentro vinte e cinco por cento.
Eu havia gostado bastante do resultado, olhei a hora e me assustei, já estava tarde, eu precisaa dormir logo.
Acordei animada já sabendo que hoje era o dia, eu parecia ligada na tomada de tão enérgica que eu estava.
- Tá animada hoje – Greice comentou.
- Hoje vai ser o dia – Falo com ênfase no o.
- Espero que tudo dê certo – Ela diz.
- Vai dar sim – Digo sorrindo.
Vou para escola, totalmente animada e percebo que não sou a única, as aulas demoraram a passar, várias pessoas com bandeiras por aí.
Descobri que é crime bater em alguém com a bandeira envolta do corpo, é crime contra a pátria, Vitor já sabendo disso levou uma para cada um do grupo.
As aulas demoravam a passar devido a minha animação, mas nada importa eu ia realizar algo que eu queria muito.
Finalmente deu a hora de irmos para o tal posto.
- Por favor, se cuidem – Belle e Ma imploraram mais uma vez no dia.
Ma puxou Thur para um canto eles trocaram algumas palavras e se beijaram, foi tão fofo.
- Awn – Comentamos juntas e Vitor riu.
- Vamos logo, galera – Ele disse.
Nós concordamos e nos despedimos mais uma vez das meninas.
O grupo ficou meio dividido. Vitor estava lá na frente com alguns amigos dele. Já Lara, Line e Gi foram conversando entrei si um pouco a frente de onde eu estava com Thur.
- Quanto tempo baixinha – Ele disse passando um dos braços pelos meus ombros, abraçei sua cintura de volta.
- Verdade muito tempo – Comento.
- Sabia que eu sinto saudade de quando nós quatro saíamos juntos – Ele falou.
- Eu também, mas fazer o que, ele quis assim, não posso obriga-lo a nada – Disse.
- Você já estava com a resposta pronta, sabia que eu ia falar não era – Ele perguntou.
- Sim, eu sabia, pateta eu te conheço bem demais, eu sei que você ainda são amigos – Eu dou de ombros.
Passamos um tempo em silêncio, paramos no posto para esperar mais gente chegar.
- Ele sente a sua falta – Ele disse de repente, tudo gelou.
- Ele quem? – Me fiz de desentendida.
- Nem adianta dar uma de burra, você sabe muito bem de quem eu to falando – Ele disse.
- Digo e repito, ele que quis assim, não posso fazer nada – Dou de ombros.
- Até quando vai fingir que não se importa – Ele perguntou.
- Olha aqui, não foi você que chorou quarenta e oito horas seguidas, perdeu até a fome e não saiu do quarto para nada por causa de um garoto – Digo apontando o dedo na cara dele, bufo e saiu de perto, indo até as meninas.
- O que foi? – Elas perguntam.
- Nada não – Digo.
Elas voltam ao assunto e eu fico lá com a minha mente distante.
- O que foi? – Escuto uma voz e me assusto, dando de cara com o Vitor.
- Nada não – Repito o mesmo diálogo com as meninas, pensei que ele fosse me deixar em paz, como às meninas, porém não.
- Eu sei que eu não sou muito seu amigo e tal, mas idiota eu também não sou, você quer falar sobre? – Ele perguntou.
Eu acho que ele esperava todas as reações, menos a que eu realmente tive, eu simplesmente o abracei muito forte e ele logo correspondeu passando as mãos no meu cabelo.
Minha cabeça batia no ombro dele, meu rosto estava enterrado no seu pescoço.
- Não chora, por favor, tudo menos isso – Ele disse desesperado me fazendo soltar uma risada fraca. – Assim que eu gosto, princesa – Ele disse.
- Vamos, casal – Alguma voz nos chamou e senti Vitor concordar com a cabeça.
- E se eu disser que não quero te soltar – Digo divertida.
- Então não solte – Ele ri.
Separamo-nos do abraço e ele me estende a mão.
- Acho que metade dessas garotas tão me fuzilando agora – Digo rindo.
- Elas não viram nada ainda – Ele comenta baixinho, não tinha certeza se era pra eu ouvir ou não, então achei melhor não comentar.
Começamos a andar e todos estavam empolados, vários cartazes eram mostrados com orgulho.
A maioria das pessoas com a bandeira do Brasil, outros com a de Pernambuco, o pessoal do meu colégio estava em peso na manifestação.
Alguns cartazes como:
“O meu voto vai mudar o Brasil”.
“Feliciano, me da à cura gay e eu como tua mulher”.
“Brasil país de todos, não de tolos”.
“Me chama de maracanã e me reforma inteira. ASS: Educação”.
Eu estava totalmente apaixonada pela criatividade dos cartazes, pela vontade de conseguir um país melhor. A manifestação foi totalmente pacífica, os policiais estavam fardados e no lado esquerdo, perto do peito havia escrito paz. Só houve dois assaltos em que ambos criminosos foram presos.
O dia foi totalmente incrível, não separei minha mão da de Vitor nem por um segundo. Na verdade nem eu sei o motivo.
Á noite, quando cheguei em casa liguei a tevê na esperança de dizer o quanto pacífico foi e que contou com quase cem mil pessoas, porém nada apareceu, só se relatou, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, além do mais, só relatou a confusão que acontecia nesses lugares, coisa bem cômoda para a imprensa brasileira, mas agora de uma coisa eu tenho certeza, o país acordou.
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