20 Dias Com Percy Jackson escrita por Lyna


Capítulo 11
Old days, still going back!


Notas iniciais do capítulo

Olhem que milagre! Eu postei antes de completar uma semana desde a última postagem. Então, eu queria esclarecer algo que ficou confuso em um dos capítulos, que eu estou com preguiça de ir ver qual é: O Percy esqueceu a chave do carro dele na empresa, que já estava fechada, e dentro do carro dele estava o endereço e a chave do quarto do hotel onde ele iria ficar, então ele pegou o endereço da Annie que Quíron havia lhe dado e foi para a casa dela, já que não tinha encontrado nenhum taxi, onde ele poderia pegar informações com o motorista sobre qual o nome do hotel. E agora ele vive praticamente enfurnado na casa dela! E aliás, em um dos capítulos a Annie foi buscar a Piper no colégio de carro, e em outro ela foi na empresa com ela de Táxi, então eu vou editar e colocar que a Annie foi buscar a Piper com o carro do Nico! E desculpem por esse capitulo, vocês vão entender quando lerem! Turma de PJO quase toda reunida no próximo, E TALVEZ eu poste o próximo capítulo ainda nessa semana!
Boa leitura!



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Arregalei os olhos, pronta para começar a escalar e Percy correu em minha direção. Nós olhamos nos olhos um do outro. Eu nunca fui o tipo de pessoa que fica se questionando sobre algo, ou fica se recusando a admitir alguma coisa por orgulho, mas era difícil conseguir raciocinar com um par de olhos verdes olhando para os meus. Pois é difícil conseguir admitir que tem algo rolando aqui entre eu e o Cabeça de algas, porque só de pensar nessa possibilidade, eu sinto que meu sangue todo se depositou em meu rosto e que estou mais vermelha que um pimentão. Porque é difícil admitir para mim mesma que tem alguma coisa me chamando atenção nos olhos dele, e que estamos cada vez mais perto um do outro, e que eu não estou falando coisa com coisa. AARRGGHH!! Por que é tão difícil admitir que eu e o Percy estamos tão perto que... Que... Eu... Acho que...

_ Eu acho melhor vermos se ainda tem alguma coisa inteira aqui dentro._ Essa é a parte em que eu levo muitas pedradas por acabar com o clima. Comecei a subir e eu sabia que Percy estava vindo logo atrás. Não, espera... Se ele está logo atrás, quer dizer que ele está olhando para a minha..._ Feche os olhos antes que eu chute a sua cara e faça o resto de cérebro que você tem sair pelo ouvido._ Ele bufou olhando para trás e eu continuei subindo, até chegar ao topo.

_ Posso subir agora senhorita Chase?_ ele perguntou e eu simplesmente o ignorei. Olhei para dentro da casa na árvore. Era espaçosa, mas estava mofada e empoeirada, me surpreendi por não estar tossindo, havia várias outras coisas também empoeiradas ali dentro, como brinquedos antigos, latas vazias de refrigerante, almofadas antigas, etc. Entrei, ficando bem no centro dali, e acredite ou não, mesmo que tenhamos construído aquilo quando pequenos, eu conseguia ficar em pé, e ainda sobrava espaço. Algumas coisas estavam cobertas por te... Te-teias... De... De a-a-ar-aran-nhas... Teias de aranhas! Olhei para o teto, rezando mentalmente para que não houvesse nenhuma bola preta de oito patas peluda e feia. Acho que rezar não foi o suficiente. Eu gritaria se conseguisse encontrar voz para isso._ Percy... Vem aqui agora!_ falei baixinho, mais do que eu gostaria.

_ Mas o que..._ ele olhou para o teto. Agora imagine a cena: Eu, desesperada que nem uma patricinha que acabou de quebrar a unha, pulo no colo de Percy e o abraço como se eu estivesse olhando, não para um bichinho anos luz menor que eu, mas sim para... Sei lá, um tipo de monstro marinho! Agora imagine que ele, surpreso, quase faz com que nós dois despencássemos da árvore. Pois é, foi isso que aconteceu._ Calma Annie, shhh, eu já vou matar ela ok?_ preciso dizer que eu estava quase chorando? Não, ok então.

Cinco minutos depois, eu me vejo livre daquela coisa nojenta de oito patas. O pior de tudo foi que, mesmo cinco minutos depois de ele ter praticamente acabado com todas as aranhas e teias, eu continuava com os olhos marejados e abraçada a ele. Ele riu.

_ Hey! Isso não tem graça!_ eu falei me soltando dele e abraçando meus joelhos, sentada no canto direito da casa. Ele se sentou na direção oposta.

_ Tem sim! Você fica parecendo uma criancinha, como a que eu conheci á dez anos atrás quando vê uma aranha._ Nos olhamos por alguns segundos, até começarmos a rir levemente. Ambos corremos os olhos pela casinha. Percy pegou algo e começou a limpar a poeira com as mãos._ Ei Annie, olha isso._ me agachei, sentando mais perto dele. Era uma... Bailarina.

_ É a minha... Eu lembro! Foi o seu pai que me deu de presente. Quando eu era pequena, eu dizia que queria ser bailarina, até que o Tio Poseidon me deu essa caixinha de música, com uma chave que fazia a boneca dançar._ Olhei mais uma vez para a caixinha. Era de um tom verde água claro, um pouco mais escuro nos cantos, cheia de pequeninas conchas do mar, todas de verdade, nada artificial, com alguns brilhos que pareciam diamantes pequenos em volta, e um golfinho no meio. Sempre que eu girava a chave e a bailarina começava a dançar, o golfinho mexia, como se nadasse em volta dela, e no centro, onde ficava a boneca, era de um branco pouco verde ou azul, meio porcelana, não sei dizer, mas era uma cor calma como o mar em um dia de sol, parecia que formava pequenas ondas, e os “mini diamantes” começavam a brilhar. Quando a bailarina parava, o centro ficava azul escuro, e os brilhos ficavam amarelados, dando a impressão de estar olhando para um pedaço do céu á noite. A bailarina usava um vestido branco, como as meias, porém no final dele, era uma cor mais cinza, meio verde, também com pequenos brilhos, e as sapatilhas eram de um tom meio rosa - claro. Tio Poseidon me disse que foi um amigo dele que fez especialmente para mim, aliás, o pai de Charles. Sim, eu já conhecia o pai de Percy antes mesmo de saber da existência desse filho lerdo dele. Minha mãe, Atena, era a melhor amiga dele, assim como eu era de Percy.

_ Aquelas não são as estatuetas de Nico daquele jogo idiota dele, acho que era... Mitomagia?_ perguntei e Percy riu assentindo.

_ Nico foi meio que o motivo pelo qual tínhamos virado amigos não é mesmo? Tipo um... Cupido de amizade sabe._ gargalhei, me lembrando de que eu e Percy brigamos até os treze anos desde que tínhamos nos conhecido aos doze. Se não fosse por Nico, eu acho que nunca teríamos virado amigos.

_ Cupido da amizade?_ ele assentiu gargalhando.

_ Eu lembro que ele tinha me dito que havia uma caixa cheia de cupcakes azuis no sótão da escola, e quando eu cheguei, a porta estava trancada._ eu o cortei continuando.

_ Aí você roubou a chave do diretor secretamente só para quando conseguir chegar no sótão, achar uma cinzentinha chorando por que tinham mais de vinte aranhas ali dentro._ Thalia havia me prendido ali dentro, e depois ameaçou quebrar as estatuetas de Nico se ele não desse um jeito de levar Percy para o sótão, e aliás, já mencionei o fato de que foi ela quem colocou mas aranhas lá?

_ E você me fez matar uma por uma e..._ ele deixou a frase no ar.

_ Foi assim que viramos amigos._ sorri com a memória. Tinham sido bons tempos..._ Percy._ o chamei e ele olhou para mim._ Por que está fazendo isso? Quero dizer... Essa aposta! Você fez parte da minha adolescência, sabe muito bem que eu a aproveitei e que eu não mudaria nada nela. Foi uma ótima época, então... Por quê?_ ele sorriu.

_ Não fiz isso para você “recuperar a adolescência”. Estou tentando te ajudar. É que por minha causa, desde que eu fiz aquilo, você nunca mais foi a mesma, e uma semana depois, quando terminamos o terceiro ano do ensino médio, você se mudou para Nova York com seu pai. E até hoje, você continua do jeito que eu fiz você ficar. Eu quero só fazer você se lembrar de como tudo era antes, porque eu sei que se eu não tivesse feito aquilo, você continuaria sendo minha amiga, e seria aquela Annabeth, a sabidinha que adorava seus amigos acima de tudo que eu conheci a bastante tempo. Por minha causa, você não aproveitou esses anos que passou longe dos seus amigos. Agora você é apenas uma adulta que impõe limites a si mesma.

_ Quem foi que te disse isso? É claro que eu aproveitei! E eu não estive longe dos meus amigos!_ Eu estava começando a corar.

_ Ah é? Então me diga qual foi a última vez em que você participou de uma das brincadeiras de Travis e Connor? Qual foi a última vez em que você, Silena e Thalia dormiram juntas e fizeram uma festa do pijama? Quando foi que você comemorou o natal com algum de nós como fazíamos antigamente? E seu aniversário? Alguma vez você se lembrou de reunir a nossa turma para comer uma pizza ou ir em algum lugar juntos? Me diga, Annabeth Chase, qual foi a última vez em que você tentou manter contato com os nossos amigos?_ além de completamente vermelha, acho que acabei surtando.

_ Eu cresci Perseu, não sou mais uma adolescente que pode sair por aí fugindo para outra cidade no Natal ou... Que ainda liga pros amigos para poderem comemorar o aniversário juntos, e que faz festas do pijama com brigadeiro, pipoca e filmes de terror! Eu não sou mais a Annabeth que eu era antes, e eu não mudei por sua culpa, eu apenas cresci! Não perdi as memórias de como era bom ser uma garota de 17 anos normal, apenas amadureci e me responsabilizei, arrumei um emprego e agora, você chega para colocar a minha vida de cabeça para baixo de novo!_ saí as pressas dali.










_ Piper._ chamei, quebrando o silêncio quase que constrangedor que se instalava na mesa enquanto almoçávamos._ Acha que eu sou uma adulta chata que impõe limites a si mesma?_ perguntei, e ela suspirou.

_ Sabe, me pergunto o que você faz todo dia naquela empresa._ a olhei interrogativa._ Se você não escreve livros há quase um ano, por que você continua assinando papéis e passando quase metade do seu dia dentro de um escritório? Se o seu trabalho é escrever histórias, e você não faz isso há tanto tempo, o que você continua fazendo lá? Qual é realmente o seu emprego? Quem na verdade é Annabeth Chase?









_ Annabeth? É você que está aí?_ ouvi a voz de Percy e olhei para fora da casa da árvore.

_ Sim, suba aqui._ ele meio que se espantou com o meu convite, mas subiu mesmo assim.

_ O que você está fazendo aí Sabidinha?_ ele perguntou e eu sorri. Olhei para dentro da casa da árvore, e assim que entrou, ele fez o mesmo._ Uau..._ antes que você fique aí boiando, eu vou explicar o motivo do espanto de Percy; Eu tinha “dado uma geral” ali dentro. Não exatamente, quero dizer... Estava interminado, eu apenas tinha lavado e limpado tudo ali dentro, e depois organizei algumas coisas, e joguei fora outras como embalagens de salgadinhos, latas de refrigerantes, papéis inúteis e outras coisas assim. Também havia passado um pano molhado com detergente nos brinquedos e nas capas dos mangás e das revistinhas em quadrinho de Nico, nos meus livros favoritos (com cuidado especial, claro) e em outras coisas.

_ Ainda falta pintar, por dentro e por fora. E eu achei outras aranhas aqui, foi apavorante._ eu acho que até mesmo tremi enquanto falava sobre aqueles malditos bichinhos peludos.

_ E você as matou sozinha?_ era impressão minha ou ele estava espantado?

_ Não, eu convidei um antigo amigo para me ajudar, ele as matou e acabou de voltar com os materiais para a pintura. E pode tratar de chamar o resto da nossa turma para cá, eles com certeza vão querer ajudar a renovar esse lugar, replantar as flores, os pomares, adubar, fertilizar, limpar o lago..._ ele me olhou confuso, e depois direcionou seus olhos para trás.

_ Mas de quem é que você está... Grover!_ acho que nunca vi um sorriso tão grande no rosto do Percy. Reencontrar o melhor amigo depois de dois anos. Sim, Grover havia mudado para cá a dois anos, e os dois acabaram perdendo contato.

_ Percy! Como vai cara? A quanto tempo._ ele disse animado, largando as tábuas novas e a tinta no chão com cuidado e indo abraçar Percy, que desceu num pulo.

_ Bem melhor agora, com o meu melhor amigo aqui. Mas então, o que vocês dois pretendem fazer?_ ele perguntou e eu e Grover sorrimos.

_ Renovar esse lugar, Annie disse que quer reunir a nossa turma novamente._ Percy e eu nos olhamos e sorrimos. Eu podia dar o braço a torcer de vez em quando também não?


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Notas finais do capítulo

E aí? Inventaram alguma coisa nova para jogar na autora hoje?



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