A Escolhida escrita por Jamie Hazel


Capítulo 13
Capítulo 12 - Tio David


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, me desculpem por ter dado a entender que abandonei essa história, eu poderia até dar todas as explicações que vocês merecem mas realmente ia ficar cansativo, então, pra quem tiver curiosidade pode mandar uma mensagem que vou responder. Como tem bastante tempo que não atualizo, recomendo que vocês leiam novamente o capítulo 9. Outra coisa, como a maioria já deve ter se esquecido a Tybria (mãe de Sarah) foi á Denver para trabalhar em um estágio do Sr. Bloomberg e ficará duas semanas fora (estranho, não?!) . Então, boa leitura, mil desculpas e vejo vocês lá embaixo :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354184/chapter/13

POV - Sarah

Hey, Jude, don't make it bad

Take a sad song and make it better

Remember to let her into your heart

Then you can start to make it better

Despertei de meu sono profundo com o toque no meu celular.Minha cabeça ainda latejava um pouco e meus ombros pareciam que tinham levado vários socos, tentei lembrar o que tinha acontecido e uma imagem veio á mente. Nicholas com aquela garota. Atirei um travesseiro no chão e joguei as cobertas para longe do meu corpo vestido com um pijama de joaninha. Fiquei boquiaberta, não conseguia lembrar de nada além de desabar no chão após a traição totalmente inesperada e idiota de Nicholas, como que esse pijama foi parar no meu corpo?! E por que eu estava dormindo no meu quarto? Coloquei os pés descalços sobre chão gelado e corri até a suíte do quarto.

Troquei de roupa e lavei meu rosto inchado das lágrimas derramadas, meu rosto estava péssimo. Resolvi colocar um pouco de cor nele, então peguei um blush qualquer, passei nas maçãs do rosto e passei um pouco de corretivo nas olheiras.

Desci as escadas até a cozinha, parecia estar intacta. Procurei por alguma evidência de alguém ter estado ali, mas não vi nada além da bagunça que a casa estava.

Sentei no sofá da sala e recostei minha cabeça ali, tentei relaxar mesmo com tudo que aconteceu. Meus pensamentos só se concentravam nele, na felicidade estampada em sua rosto enquanto falava com aquela menina. Será que se conheciam a muito tempo? Uma lágrima escorreu pela minha face no momento em que ouvi um burburinho no jardim.

Calcei minha pantufa de coelhinho e apressei para ver o que era, só que alguém estava brincando comigo. As luzes começaram a piscar, um vento forte bateu nas janelas fazendo meu ouvido gemer, olhei incrédula para o jardim e não havia ninguém. Já ia gritar para Deus ou sei lá quem fazer isso parar quando o livro caiu com um estrondo das escadas e parou aberto no chão á minha frente. Abaixei para pegá-lo mas suas folhas, agora, passavam depressa fazendo parecer que o vento era o responsável.

Fui até a porta o mais depressa que consegui e tentei abri-lá. Trancada. Onde estava a chave? Revirei os olhos á sua procura e encontrei em cima da mesinha de porcelana da mamãe do outro lado da sala. Como o superman, pulei o mais alto que pude e corri até alcançá-la, mas o vento soprou mais forte e as estantes de livros começaram a balançar, vários livros de culinária e ficção me impediam de chegar ao meu destino.

Em uma tentativa de passar por ali, acabei escorregando numa maldita receita de pudim e cai de cara no chão. Minha visão ficou embaçada e meu braço doía bastante com a pancada, resolvi me arrastar e logo depois o sofá se moveu sozinho pairando na minha direção e me impossibilitando de passar. O vento não pode estar fazendo isso, é impossível, falei para mim mesma.

Um barulho de bicicleta se aproximava.

– O carteiro! - gritei.

Então, rapidamente as luzes pararam de piscar, o sofá voltou para o lugar de sempre, o ventou parou e todos os livros estavam de volta ás estantes, menos aquele que ainda me encarava, se é que isso é possível. Parecia inofensivo agora mas isso era questão de tempo.

Ouvi quando a campainha tocou.

– As cartas foram entregues! - gritou o carteiro enquanto ia embora em sua bicicleta.

Aproveitei a deixa, peguei a chave e corri até a caixa de correio. Havia algumas cartas ali, provavelmente para minha mãe, peguei-as e coloquei no bolso.

Eu não queria voltar para casa, não depois do que aconteceu, então resolvi visitar a Biblioteca Nacional que considerava tipo um esconderijo público. As ruas estavam cheias, parece que as pessoas desta cidade estão animadas o dia dos namorados que eu não vou comemorar mais graças á um cafajeste chamado Nicholas Coorner. Também não fazia muita diferença, nunca comemorei esse dia mesmo.

As lojas estavam enfeitavas com os mais diversos enfeites que eu já vi, todas tinham corações vermelhos e cupidos, mas, ao mesmo tempo, eram diversificadas. Passei por várias barracas de flores e doces no caminho que faziam pensar nele, contive meus pensamentos e andei mais rápido.

Assim que cheguei lá, procurei um cantinho para sentar e ler um pouco, talvez até pensar sobre o que tinha acontecido. Enquanto me acomodava na mesinha, a bibliotecária se aproximou de mim. Ela tinha os cabelos brancos lisos e curtos e seu rosto era muito amigável.

– Olá Sarah, como é bom te ver aqui depois de tanto tempo! - disse Sue. - A senhorita tem alguma preferência de livro hoje?

– Na verdade, tenho sim. Gostaria de algum que falasse sobre acontecimentos sobrenaturais, você teria?

– Acredito que devemos ter algum na sessão reservada, mas precisarei do seu cadastro.

– Ah, não trouxe minha carteirinha. - fiz uma carinha triste. - Será que dava para olhar meu cadastro nas fichas de inscrição ou no computador? Por favor...

– Isso não é certo, mas como nunca tive problemas com você, darei um jeito. - ela sorriu e me entregou a chave da sessão. - Última porta á direita.

Assenti e fui até lá. Era um quarto fechado lotado de estantes dos mais diversos livros, procurei por algum que falasse de coisas sobrenaturais ou fora do comum e encontrei um chamado "Trevas". Fechei a sessão e devolvi a chave para Sue.

– Encontrou? - ela perguntou.

– Sim, obrigada.

Voltei para o meu cantinho e comecei a ler quando senti algo no meu bolso. As cartas. Tirei-as do bolso e dei uma olhada, nem todas eram para minha mãe, havia uma com meu nome também, tinha meu endereço e um selo de Londres mas não dizia de quem era, estranhei um pouco e, no entanto, resolvi abrir.

Você corre perigo, Sarah. Se não aprender a controlar seus poderes, ele irá encontra-lá antes da hora. Preciso que confie em mim e me encontre para poder ajudá-la, sei que deve estar parecendo muito estranho mas você me conheceu a muito tempo, quando ainda era uma garotinha e brincava com minha filha. Aposto que lembra dela, a Mellany vivia correndo atrás de você.

Mas esse não é o assunto central da carta, Mellany foi capturada e você é a única capaz de salvá-la, pois só você é capaz de entrar naquele mundo escuro. Sei que você não deve confiar mas, por favor, acredite em mim, não dá para explicar tudo isso por uma carta, então peço que me visite amanhã afim de conversarmos sobre o seu destino.

Não tenha medo de mim, Sarah, meu nome é David Bruchet, o autor do livro que te enviei com o propósito de você descobrir quem era, mas vejo que ainda não sabe o que o futuro te guarda.

Estou ansioso e desesperado pela sua visita, espero que entenda.

PS: O endereço está no outro papel grudado atrás desse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e logo que puder eu faço a continuação. Espero que tenham gostado e que me desculpem por deixado de postar tanto tempo.
Outra coisa, eu gostaria que vocês dissessem nos comentários ou por mensagem o que acham que Sarah é, será que vocês descobriram ou ainda estão em dúvida? XOXOXOXO