All I Need escrita por Katherine Marshall
Notas iniciais do capítulo
Oi amores, desculpem não postei hoje mais porque a tarde fui na casa da minha amiga, e agora fui numa outra cidade buscar uma amiga na rodoviária! Mas agora tô aqui e vou postar :)) Ê! Continuem comentando, tô amando ♥
Eu simplesmente comecei a rir, porque tenho tipo muita cócegas no pescoço.
– Tira a mão daí, por favor. – Ele ficou me olhando sério, confuso. E depois riu também. – Eu tô bem, Pedro. Vamos dormir, boa noite.
– Não, você tá com febre.
– Não, eu não tô.
– Aonde tem um termômetro?
– Pedro, não precisa! – Eu disse olhando séria pra ele, que me ignorou. – Não precisa fingir que se importa. Eu tô bem.
– Não estou fingindo que me importo. – Ele revirou os olhos. – Só quero ajudar... Tá vendo, se sou chato você reclama, se sou...
– Na gaveta. – Disse interrompendo-o, nada afim de começar uma briga.
– O que?
– O termômetro tá na gaveta, aí do lado da cama. Na primeira. – Depois disso virei de costas para ele, deitada, eu estava me sentindo muito fraca, quase fechando os olhos quando Pedro encosta em mim.
– Coloca debaixo do braço. – Fiz o que ele pediu, ainda que muito cansada. – Fala comigo enquanto dá cinco minutos.
– Me deixa dormir, por favor.
– Por favor, Beatriz.
– Ai, que saco. – Disse e me sentei, perdendo totalmente o sono, mas ainda me sentindo fraca. – Sobre o que você quer falar?
– Sei lá... Acho que não temos muito assunto.
– É.
Cinco minutos se passaram, ele pediu para que eu tirasse o termômetro, entreguei a ele e imediatamente me deitei.
– Você tá com 39 graus de febre! Vem, levanta.
– Me deixa... – Respondi, sonolenta.
– Até doente você é irritante, vem, para de ser teimosa. Você tem que tomar remédio, se não vai piorar.
– E?
– E... Eu não quero te ver assim.
– Engraçado, Pedro.
– Levanta.
– Não.
– Ta bom então, você que sabe.
– Até que enfim... Boa noite. – Fechei os olhos, finalmente, iria dormir. Até que sinto braços debaixo das minhas pernas, e... Ele estava me levantando. – Me poe no chão! Pedro, meu Deus, me deixa em paz garoto, eu só quero dormir, é pedir muito? – Ele me pois no chão. – Obrigada. – Eu disse e virei de costas para ele, indo subir as escadas, mas então ele me puxou pelo braço, me fazendo ficar de frente pra ele.
– Eu já te trouxe até aqui, custa tomar um remédio?
– Vai me deixar dormir daí?
– Vou.
Abri a gaveta e peguei um paracetamol, tomei, e em seguida bebi um copo d'água.
– Doeu?
– Demais, minha garganta tá doendo e pra descer isso foi um sacrifício. Feliz?
– Não.
Eu caminhei até a sala e me deitei no sofá.
– Não vai dormir lá em cima?
– Não, vou ficar aqui vento TV. O sofá é bem mais confortável, aliás. – Menti. A verdade é que eu estava me sentindo muito fraca para subir as escadas de novo, mas não ia pedir que ele me carregasse, obviamente.
– Mas você não tá com frio mais?
– Não, acho que a febre já passou. – Menti outra vez, mas com certeza ele não acreditou, eu estava tremendo.
– Aham... Vem, eu te ajudo a subir.
– Não precisa, eu tô bem aqui.
– Para de ser teimosa, eu não mordo.
– Eu não sou teimosa.
– Magina.
– Não sou mesmo.
– É sim.
– Não sou.
– Tá vendo? Para de teimar, vai, vamos, eu te carrego.
– Eu já disse que tô bem aqui, não preciso que você me carregue. Se quer tanto que eu suba, ok, eu subo. Mas não me carregue. – Eu disse e levantei do sofá, e fui em direção a escada, ele logo atrás de mim. Subi alguns degraus, mas estava me sentindo zonza. Segurei com força o corrimão, mas mesmo assim, meu corpo insistiu em ficar contra mim, e ia caindo para trás, até que Pedro me segurou. Em seguida, me pegou no colo. Dessa vez não teimei, apenas deixei, ele me colocou no colchão ao lado do dele e me cobriu, e logo fechei os olhos, caindo num sono profundo.
POV Pedro narrando:
De manhã, acordei com Beatriz dormindo em meu peito. Ela dormia como um anjo, e era a segunda noite que ia parar ali. Dessa vez, ela estava tremendo, então não hesitei em abraça-la. Logo ela parou, parecendo estar aquecida. Com um braço que estava sobrando puxei uma coberta pra cima de nós dois. E então, Laura acordou, e ameaçou gritar ao ver a cena. Eu coloquei um dedo em cima da boca, indicando para que ela ficasse quieta.
– Ela tá doente. – Sussurrei, com medo de acordá-la. Eu nem sei porque estava fazendo isso, ela estava doente mas ainda assim, não era nada minha. Não tinha obrigação nenhuma de cuidar dela, mas... Eu queria.
– Eu vou fazer um chá, e... Tomar umas aspirinas. – Ela sussurrou, e desceu da cama, tomando cuidado para não pisar me cima de Beatriz, mas pisou no meu pé. – Foi mal. – Disse e por fim, desceu as escadas.
Beatriz narrando novamente:
Acordei no dia seguinte e dei de cara com... Pedro. Que parecia estar distraído, e nem me viu abrindo os olhos. Seus braços me envolviam e estávamos cobertos com minha coberta cor-de-rosa.
– Pedro? – Sussurrei.
– Bom dia. – Ele me soltou, e pareceu envergonhado. – Tá melhor? – Eu apenas assenti, achando aquilo tudo muito estranho. Esse era o mesmo menino que a alguns dias atrás perguntou se eu estava chorando por ter quebrado uma unha, que disse que odiava tudo em mim? E hoje estava me abraçando e demonstrando preocupação? – Que bom. – Ele disse, dando um sorriso.
– É. – Eu disse e saí de cima dele, me levantando, em seguida ele levantou também, comecei a dobrar as cobertas. – Cadê a Laura?
– Tá lá embaixo...
– Hum...
Eu fui até o banheiro, levando um vestidinho azul claro e uma sapatilha, tomei banho, lavei o cabelo e escovei os dentes. Assim que terminei, coloquei a roupa e a sapatilha, e ao sair dei de cara com Pedro, sem camisa e uma escova de dente na mão.
– Que susto!
– E eu digo o mesmo. – Ele disse, rindo ironicamente. Que ótimo. O ruim e velho Pedro.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!