All I Need escrita por Katherine Marshall


Capítulo 12
I just know that he warms my heart.


Notas iniciais do capítulo

Se você se encontrasse do meu lado da cidade
Eu rezaria pra que você viesse a minha porta
Me falasse que não sabe como brigamos por
Motivos que nem lembro mais
Eu só sei que ele aquece meu coração
E sabe onde todos os meus defeitos estão...



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Meia hora sem fazer nada, até que finalmente Laura chegou, e seu querido irmão também. 

- Oi, ele só vai deixar as coisas dele aqui e me ajudar com as minhas, ok? – Perguntou Laura, como se pedindo aprovação. Não, nada ok. Mas eu apenas assenti.

Pedro estava com uma camiseta vermelha um tanto quanto larga e uma calça jeans, e um vans preto. Cabelo bagunçado, como sempre, e a expressão séria que tanto me irritava, mas sorriu ironicamente quando me viu. Sorri de volta. 

- É, podem me seguir...– Disse e subi as escadas, caminhando até meu quarto, eles deixaram as coisas lá e descemos para sala outra vez, Pedro já ia saindo pela porta, indo não sei para onde.

- Aonde você vai? – Laura perguntou, quase lendo meus pensamentos. 

- Vou ver uma pessoa.

- Ah, entendi. – Ela disse rindo e com um sorriso malicioso, e eu só bufei, assim que ele saiu. – Que foi? 

- Nada não. 

- E então, o que vamos fazer?

- Hum, não faço ideia. Piscina? 

- Claro! Eu trouxe biquini, pro caso de a gente resolver ir pra praia e tal... – Ela disse sorrindo, e subimos para meu quarto trocar de roupa. 

(...)

A água estava gelada, e a essa hora o sol já estava meio fraco. 

- Pedro ficou com ciúmes de você ontem. 

- O quê? – Perguntei, surpresa. E uma pontinha de alegria se formou dentro de mim.

- Sério que você não percebeu? Ah, é claro que não, estava ocupada demais beijando Bruno. E que beijo, hein? – Ela disse, dando muita risada.

- Até parece... Ele estava lá com a Clara, pra que sentiria ciúmes?

- Eu não sei, mas tinha que ver a cara que ele fez, foi muito engraçado. E a Clara, então? Ficou tentando distrair ele, dando beijo no rosto, no pescoço, na orelha. Mas ele não tirava os olhos de vocês.

- Hum... 

- Mas não pense que não vi você com ciúmes também, hein, dona? Tem alguma coisa que gostaria de me contar?

- Ciúmes? – Eu ri, como quem ri ironicamente de uma piada muito idiota. – Dele? Até parece... Mas, na verdade, tem alguma coisa sim. – Digo, lembrando do beijo de ontem a tarde. – Seu irmão, ele... Me beijou.

- O quê? – Ela praticamente berrou. – E você não me conta nada? Sério?

- Como? Com ele te rodeando vinte e quatro horas? E aliás, não foi nada importante. – Menti.

- Mas como que foi, me conta!

- Bom, ele disse que foi só porque eu não parava de falar. 

- Mas você retribuiu? 

- Eu tentei me soltar, mas, ele não deixava.

- Ah, por favor, você não acreditou em nada que ele disse, não foi? Agora tá explicado o ciúmes que vocês sentem um pelo outro.

- Eu não estava com ciúmes. 

- Tá bom, Beatriz. Vou fingir que acredito em você, ok? Mas uma hora você vai ter que admitir. – Ela revirou os olhos. 

- Talvez você é que tenha que admitir uma coisa... Que está ficando louca.

- Já tá frio, vamos sair dessa piscina? – Ela disse visivelmente irritada, e eu apenas assenti, sem entender o porque. 

A noite chegou muito rápido, e com ela, Pedro. Que ótimo. Laura ligou para ele vir jantar com a gente, preocupada com o caso de ele ficar sem comer. Mas até que não foi tão ruim assim, eu acabei ficando com dó, afinal, mesmo ele sendo um chato, não tem culpa dos pais o fazerem de guarda costas, nem por isso ele merece ficar na rua enquanto a Laura e eu ficamos o dia inteiro em casa, fazendo nada. 

- Pedro, se você quiser, não precisa ficar o dia inteiro fora mais... Não me incomodo que fique aqui. Pode chamar um amigo também ou sei lá. – Digo, claro que seria chato pra ele também ficar o dia inteiro com duas meninas, e Laura faz uma cara de espanto.

- Tá. – Ele responde, simplesmente. 

Jantamos todos em silêncio, e em seguida, resolvemos ver um filme. O filme era Legião. Muito legal por sinal, tanto que no meio do filme, sem perceber, eu dormi.

POV Pedro narrando: 

- Pedro, se você quiser, não precisa ficar o dia inteiro fora mais... Não me incomodo que fique aqui. Pode chamar um amigo também ou sei lá. – Ah, claro, ela quer que eu traga o Bruno. Só no sonho dela. 

- Tá. 

Terminamos de jantar e Laura disse pra assistirmos um filme, eu queria sair dali, mas não tinha pra onde ir. Se voltasse em casa ia levar uma bronca, então decidi ficar. 

No meio do filme, Laura dormiu, e em seguida, Beatriz também. Legal. Aliás, ela parecia um anjo dormindo... Só dormindo. Tomando cuidado pra que ela não acordasse, a pego no colo e subo as escadas, deitando-a em sua cama, e coloco por cima dela uma coberta que encontrei no guarda-roupa. Fico ali observando um tempo enquanto ela dormia sorrindo, realmente parecia um anjo, até que percebo o quanto idiota estava parecendo ali, apago a luz e saio. 

Com certeza não ia conseguir carregar a Laura até la em cima também, ela é muito gorda. Então deixo-a dormindo no sofá, e durmo no outro. 

Bia narrando novamente: 

Acordo de madrugada, coberta e na minha... Cama? Olho pro lado e Laura não estava ali. Eu não me lembro de ter subido aqui em cima. 

Desço as escadas, e ao chegar na sala vejo Laura dormindo em um sofá, e Pedro em outro. 

- Laura, acorda... – Sussurro, cutucando-a. Estava muito frio, e aqui embaixo não tinha coberta. 

- Só mais cinco minutos, mãe. – Ela disse se virando para o outro lado. Eu ri, tentei ser discreta, mas não deu muito certo. Pedro tinha acordado. 

- Me ajuda a levar ela lá pra cima, por favor? – Eu pedi de um jeito meio seco, com medo da resposta dele ser algo do tipo "se vira." Mas ele só assentiu, se levantando do sofá. 

Levamos ela para cima, e eu a coloquei em minha cama, não tinha colchão no chão ainda, então peguei dois... Um para mim, e um para o Pedro... Peguei também travesseiros e cobertas, e deixei os colchões afastados ao máximo um do outro, o que ainda assim, não era muito. Deitei de costas para ele, tentando não me incomodar com sua presença.

- Boa noite. – Ele sussurrou, e meu coração começou a acelerar. Eu não entendi o porque, e estranhei o fato dele falar comigo por livre e espontânea vontade. 

- Boa noite. – Apenas sussurrei de volta, e em seguida, caí num sono profundo. 


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