Quatro Elementos: O Começo escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 5
Encontro Inesperado




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Oito anos depois...

Bianca

O sol batia forte na janela do quarto, sorri feliz, pois seria um ótimo dia de praia, me levantei notando que a Jullya não estava ali, sorte a minha. Vesti meu biquíni vermelho e uma camiseta branca com um short jeans e logo peguei uma bolsa. Sabia que o clima por aqui não estava lá dos melhores e eu precisa esfriar a cabeça. Sai do quarto rapidamente e cumprimentei algumas garotas perto da porta, sai pelo beco que estava claro e andei em direção à rua.

Não demorou muito pra conseguir pegar um ônibus, cheguei à praia de Ipanema e dei um meio sorriso quando vi que estava cheia, o sol queimava minha pele exposta, o cheiro da brisa do mar vinha forte ate mim e eu já me sentia mais forte só por estar ali.

Olhei uma moça deitada tomando sol e cheguei perto, falei tentando ser educada:

– Será que você poderia olhar pra mim? – lhe mostrei a bolsa.

Ela me encarou de baixo pra cima e respondeu um pouco entediada.

– Claro!

Tirei meu short e a blusa e sai meio sem graça, pude ouvir alguns homens idiotas assobiando quando passei, entrei na agua fria e meu corpo logo relaxou, mergulhei por um tempo sentindo a agua bater no meu corpo.

Sai ouvindo o barulho das ondas atrás de mim, olhei em volta e mais ha frente eu vi um grupo de pessoas olhando algo no mar, segui seus olhares e pude ver um garoto que parecia estar boiando olhei rapidamente para cadeira de salva vidas ele não estava ali então sem pensar direito corri entrando de novo na agua e nadando rápido ate chegar ao garoto. Puxei seus braços ate conseguir traze-lo pra beira da praia e algumas pessoas correrem ate-nos.

Deitei o garoto na areia macia e olhei seu rosto, a pele era clara com um tom de pêssego nas bochechas, os cabelos castanhos, e um corpo perfeito eu diria, ele era lindo. Tentei ouvir sua respiração mais não tinha nada:

– Gente espaço, ele precisa respirar! – falei pra pessoas que tinha formado uma roda a nossa volta.

Eu podia ouvir a agua tampando sua respiração então apertei seu peito fazendo massagem e logo ele tossiu cuspindo a agua e respirou com dificuldade. Olhei ansiosa e ele abriu os olhos revelando um tom de castanho um tanto bonito, me olhou confuso e falou com a voz tremula:

– Eu estou no paraíso? – sorri um pouco.

– Ainda não! – ele me olhou de novo se sentou colocando a mão na cabeça.

– Tudo bem, ele já esta bem! – falei pra todos que nos olhavam com preocupação.

Levantei- me estendendo a mão e ele sorriu e a pegou.

– Obrigado! – falou em voz baixa.

– Por nada!

– Nova salva-vidas? – perguntou

– Não, só visitante mesmo! – ele sorriu mostrando os dentes brancos e tão perfeitos quanto seu rosto.

– Bom... Como posso te agradecer?

– Imagina, não precisa, só acho que não devia ir tão fundo... – apontei pro mar.

– É... Acho que o mar não gosta muito de mim. – ele sorriu e olhou em volta.

– Agua de coco? – perguntou apontando pra uma barraca.

– Seria ótimo! –

Sentamos nos banquinhos da barraca depois dele pedir duas aguas de coco, eu peguei minha bolsa com a garota e vi-o pegar uma mochila que estava com um garoto também.

– Nunca te vi por aqui! – falou de repente.

– Eu não venho muito a praia, infelizmente eu moro um pouco longe. – falei bebendo um gole.

– Entendi. Posso saber seu nome?

– Me desculpa! Eu sou a Bianca! – exclamei sorrindo.

– Prazer, eu sou o Henrique, mais pode me chamar de Rick!

– E pode me chamar de Bia.

– Bia... Você é muito bonita! – senti meu rosto corar de imediato e sorri sem graça.

– Obrigado, você também!

– E ainda muito gentil!

Fiquei em silencio observando ele tomar a agua e me olhar com um sorriso, prestei atenção e pude ver que seu cabelo já tinha começado a secar, rápido demais pro meu gosto.

– Você parece gostar bastante da praia. – ele falou olhando o mar e o sol que estava forte.

– É uma das minhas paixões! E você gosta?

– Mais ou menos!

– Por quê?

– Bobagem sabe! – ri baixo com sua resposta.

Conversamos um pouco e depois de um tempo pude ver que seus cabelos tinham secado e me assustei um pouco quando olhei seus olhos. Aquele tom de castanhos tinha quase sumido, agora um tom de vermelho ficava ali com mais força. Agora eram castanhos- avermelhados e eu me perguntei se eu tinha visto errado quando ele abriu os olhos, mais eu tinha certeza que não, que eles tinham mudado. Os cabelos também estavam com um toque de ruivo e ele já estava totalmente seco enquanto os meus começavam a secar agora.

– O que foi? – ele tinha percebido meu olhar estranho.

– seus olhos! – falei sem pensar e me arrependi logo em seguida por ver sua expressão mudar e ficar seria.

– O que tem? – ele parecia irritado.

– Estavam diferentes àquela hora e... – foi ai que eu me toquei. Há alguns meses nos estávamos procurando o garoto que domina o fogo e não tínhamos encontrado nada e agora eu encontro um com olhos estranhos e que sim podia ser ele, não, era ele.

– E?

– Nada, deixa pra lá! – tentei disfarçar mais pareceu não adiantar porque ele se levantou e pegou a camisa clara e vestiu.

– Preciso ir, foi bom te conhecer e obrigado mais uma vez. – falando isso ele saiu.

– Espera ai! – se fosse mesmo ele eu não poderia deixa-lo ir embora.

Peguei minha bolsa e vesti o short rapidamente e sai correndo atrás dele que já estava na calçada pra ir atravessar a rua. Corri e segurei seu braço que estava quente demais e ele se virou com raiva.

– Sei o que você é! – falei e ele arregalou os olhos e puxou o braço.

– Você é doida ou o que?

– Por favor, me escuta, eu posso ajudar!

– Você é doida! – ele se virou e já ia saindo mais eu o impedi.

– Por favor! – pedi.

– Olha eu realmente preciso ir embora e agradeceria se você saísse da minha frente!

– Me deixa falar com você primeiro.

– Eu não tenho nada pra falar!

Puxei seu braço e consegui pegar sua mão quente e me concentrei gelando a minha e vi-o arregalar os olhos e puxou logo em seguida me olhando incrédulo.

– Me deixa falar com você! – falei baixo e ele ficou mudo por um tempo e depois assentiu andando devagar ate outra rua e eu o segui.

Sabia que agora estava por minha conta e eu tinha que convencê-lo, tinha que leva-lo comigo, e sim eu estava feliz. Tinha encontrado o dominador do fogo.


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