Quatro Elementos: O Começo escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 26
Decisão Repentina


Notas iniciais do capítulo

Gente pra quem está se perguntando quando a Claire vai aparecer, eu vou explicar. Essa fic é muito extensa e tem vários capítulos antes dela chegar ate porque eu preciso contar o que vai acontecendo com cada um dos outros personagens e não para simplesmente acelerar e colocá - la na fic. Então não me xinguem porque ela vai aparecer sim, mais ainda terá muitos capítulos antes disso.
O bjsss
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/351123/chapter/26

Bianca

A preocupação tomava conta de mim, eu tinha que fazer algo. Fiquei olhando eles pegarem algumas coisas e falarem baixo. Não pensei direito, me levantei sai pelo pátio, entrei no quarto e peguei o papel pequeno com o endereço e as chaves que eu precisava, prendi os cabelos e fui ate a garagem com as chaves da moto do Rick, ele teria que me perdoar mas era por uma boa causa eu tinha que ir, tinha que ajudar, tinha que ser útil pelo menos uma vez na minha vida idiota. Liguei a moto e subi acelerando, o vento batia forte no meu rosto e podia ouvir a conversa se repetir em minha mente:

- “Não da para falar pelo telefone Claudia, se algum de vocês puder vir aqui o mais rápido possível seria bom e ai eu explico.”

Era a voz do Felipe, eu tinha certeza e sabia que ele precisava de ajuda, porque a Claudia demorava tanto para sair? Eu corria pela estrada vazia e tentava me concentrar. Parei perto da lanchonete e desci correndo para dentro. Uma garota com cabelos castanhos e curtos atendia os clientes, eu cutuquei seu braço e ela se virou me encarando logo em seguida.

- Oi! O Felipe trabalha aqui não é? - perguntei meio enforica.

- É sim. E você quem é?

- Sou uma amiga! Queria muito falar com ele! - na verdade eu nem o conhecia.

- Desculpe mais ele já foi, saiu mais cedo hoje! - sua voz era meio preocupada e de certa forma com ciúmes.

- Tudo bem então, obrigado!

- Por nada!

Sai correndo da lanchonete e pensei um pouco e peguei a moto de novo. Parei perto da pensão que eu tinha o endereço no bolso da calça jeans e deixei a moto num beco pequeno e olhei para cima, eu não podia entrar pela porta da frente como uma amiga desconhecida, tinha que subir mais qual era o quarto dele? Tinha que arriscar ou melhor tinha que acertar! Eu só sabia o número.

Eu sabia que o dele era o 23, então subi devagar por uma das árvores e contei as janelas,pulei para dentro de um quarto escuro e sim eu tinha certeza era o dele, seu cheiro estava forte no local. Me assustei quando a porta se abriu e fechou num baque. Não deu tempo nem de que eu falasse ele avançou contra mim, me pegando pelo pescoço e me batendo com força na parede perto da porta.

Me faltava o ar e eu estava assustada com sua atitude, ele logo acendeu a luz e seus olhos se arregalaram e ele me encarou também assustado e falou com uma voz seca:

- O que esta fazendo aqui?

- A... ju...dar! - tentei falar mais sua mão apertava com força meu pescoço. Ele soltou imediatamente e eu cai de joelhos. Senti ele suspirar e seu corpo estremecer.

- A meu deus... me desculpa! - ele se abaixou ao meu lado e eu tentava me recuperar. Olhei devagar e seu rosto era preocupado e parecia ter dor também.

- Não... devia ter... entrado aqui! Desculpe.- falei com uma voz fraca.

- Eu nem percebi que era você, não queria te machucar! - ele me ajudou a levantar e me levou para me sentar na cama.

- Tudo bem? - ele perguntou me olhando confuso.

- Hum hum! - foi o que eu consegui falar.

- Desculpa mesmo, não sei nem o que dizer!

- Tenho que admitir que você é mais forte do que parece... - falei passando a mão no meu pescoço e observando o símbolo no seu braço esquerdo.

- Desculpa... - ele falou abaixando a cabeça.

- Para de pedir desculpas, fui eu quem invadi seu quarto lembra?.- ele me olhou confuso.

- Mandaram você?

- Na verdade não!

- Então...

- Eu ouvi a sua conversa com a Claudia e eu tinha que ajudar, de alguma forma e ai eu sai correndo antes deles e, enfim estou aqui agora!

- Você esta me dizendo que eles não sabem que esta aqui?

- É...

- Mais você nem sabia o que era, nem me conhece por que veio?- fiquei confusa e não respondi, ele se levantou e pegou um copo de água e me entregou.

- O que era então? - perguntei.

- Não importa mais, você já pode ir embora! - ele falou de cabeça baixa como se estivesse decepcionado.

- Esta me mandando embora? - ele me olhou confuso.

- Não é isso... eles devem estar preocupados com você e... - ele ficou paralisado de repente os olhos arregalados e eu vi dor neles com um certo medo.

- O que foi? - perguntei confusa e ele se jogou em cima de mim tampando minha boca com a mão e fez um sinal de silêncio com o dedo e logo apertou um apagador perto da cama e tudo ficou escuro de novo.

Mantive os olhos arregalados olhando os dele que vagavam pelo quarto e ele parecia atento tentando ouvir alguma coisa lá fora. Seu cheiro tão perto me fez perder o foco, era doce mais com aquele toque de menta leve no ar, meu corpo estava queimando só por estar tão perto do seu. Ele se manteve imóvel em cima de mim e eu queria saber o que era, então me concentrei também e ouvi alguém lá em baixo mexendo numas latas ou algo assim, o cheiro dele não me deixava sentir qualquer outro.

Sua mão se levantou em direção a janela e algo acertou ela com força quebrando o vidro que voou contra nos e ele me puxou caindo no chão e falou quase num sussuro:

- Fica aqui!

- O que foi isso?

- Shii...

Ele se levantou e olhou a janela quebrada e sua mão se levanotu de novo e raízes grossas saíram do chão fechando- a por completa. Ele ficou ali parado e depois se virou para mim e veio,  acendeu a luz e depois estendeu a mão, eu a peguei e ele me levantou e olhou preocupado para meu braço direito:

- Que droga! - ele falou com raiva e levantou meu braço e uma dor veio dele, olhei confusa e vi um corte perto da minha mão.

- A meu deus me desculpa!

- Esta se desculpando porque? A culpa não foi sua.

- Eu não devia ter vindo ate aqui! - ele riu baixo.- O que foi isso?

- Visitas inesperadas! Agora me deixa ver isso! - ela puxou meu braço de novo e eu gemi com a dor.

- Não se preocupa, logo vai melhorar!

- Logo daqui alguns dias... quem sabe! - ele pegou um pano com água.

- Como você sabe que está tudo bem lá fora? - ele me encarou e sorriu, o rosto era de um anjo.

- Tenho um ouvido muito bom! - ele colocou o pano e doeu.

- Não vai me dizer por que pediu ajuda?

- Gosta de matar vampiros?

- O que? Vampiros?

- É sim, o sanguessuga que esta atacando a cidade! Para isso eu pedi ajuda, mais ai tive que agir sozinho e acabei estragando tudo! Enfim não sou um bom caçador de vampiros! - ele sorriu e apertou o pano no corte e eu me afastei. - Ei, calma... só quero ajudar... - ele me olhou agora com calma e os olhos verdes eram desconcertantes.

- Quem eram as visitas inesperadas? - respirei sentindo seu cheiro.

- Ninguém muito importante. - ele tirou o pano e passou usa mão de leve pelo corte me fazendo estremecer,  e depois que ele tirou uma espécie de pele tinha se formado, era exatamente a que o Rick tinha encontrado perto da lanchonete.

- O que isso?

- Só uma coisa que aprendi por ai... - ele sorriu educado.

- É incrível... - passei a mão de leve e ele deu um sorriso. - Você tem tanto controle, é tão seguro, como consegue? - ele riu e me olhou.

- Não sou! Só aprendi algumas coisas com o tempo.

- Eu não sou tão boa nisso!

- Claro que é, só precisa confiar...

- Talvez! - desviei o olhar, não queria me concentrar tanto nele.

- Vem, eu vou te levar ate sua casa! - ele se levantou e estendeu a mão.

- Esta tudo bem mesmo ne?

- Esta sim! - eu peguei sua mão e de novo uma corrente elétrica percorreu meu corpo e parei olhando pra ele.

- Vem ficar com a gente, la ninguém vai atrás de você!

- Acho melhor não Bianca.

- Bia... - ele riu.

- Acho melhor não Bia! Bom eu tenho mais inimigos do que amigos e de maneira nenhuma vou querer prejudicar ninguém com isso.- ele falou perto e depois sorriu.

- Podemos ajudar, os seus problemas também viram os nossos, como uma família que sempre esta unida e pronta para ajudar ate mesmo nos momentos ruins! - ele olhou meio triste e depois falou meio baixo.

- Família... algo que eu escuto sempre e sinceramente nunca vi de verdade e para mim não existe.

- Uma família nem sempre é de sangue, mais da alma e do coração. E nos queremos so ajudar.

- Eu agradeço e não quero ser grosseiro com você mais eu... não pedi ajuda de ninguém e nem preciso.

- Sera mesmo que não precisa? - olhei a janela e ele me olhou e riu mostrando os dentes afiados e perfeitos.

- Já passei por coisas piores...

- Entendo, mas saiba que só queremos ajudar.

- Eu acompanho você! - ele abriu a porta para mim.

- Obrigado. - seria mesmo estranho ter entrado pela janela e sair pela porta, quem quer que esteja na recepção vai estranhar.

Ele insistiu em dirigir a moto e foi devagar pelo caminho, o corte no meu braço já não doía mais. Assim que chegamos o João, a Claudia e o Rick estavam nos esperando na porta. O Rick parecia muito zangado e sua expressão ficou furiosa assim que me viu descer da moto junto com o Felipe e pior a moto era a dele.

- Como você faz isso conosco Bianca? - foi a Claudia que veio em minha direção.

- Esta tudo bem, eu só fui dar uma volta!

- Ela ouviu a conversa no telefone e decidiu ir atrás de mim para ajudar! - O Felipe falou me entregando o capacete, eu o encarei com raiva e ele deu de ombros.

- Bianca por que foi ate lá sem saber o que era? - foi o João quem falou.

- Eu sabia que ele precisava de ajuda! - vi o olhar do Rick borbulhar de raiva.

- Não devia ter ido sem a gente! - a Claudia falou logo olhando meu braço.

- Desculpe...

- Ela esta bem, o que eu queria já se foi... antes mesmo de vocês chegarem! - o Felipe sorriu.

- E o que era? - o João perguntou preocupado.

- Era o que esta atacando a cidade!

- O vampiro?

- Era sim, mais ele se foi!

- Que droga, mesmo assim se tiver notícias nos avise por favor!

- Claro, eu aviso. Ate mais Bia e desculpe! - ele se dirigiu a mim e sorriu.

- Desculpe... - repeti – e obrigado! - ele assentiu.

- Ate mais gente!

- Ate Felipe e desculpe por não ter chegdo a tempo!

- Tudo bem. - ele se virou e saiu.

Entramos em silêncio e o Rick não disse nenhuma palavra e parecia furioso. Eu tinha que falar com ele e explicar tudo, me sentia mal por ve- lo assim. O João e a Claudia sairam sem perguntar nada e eu sabia que depois viriam conversar, mais agora esse momento era meu e do Rick, tinhamos que falar sozinhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

;))))



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quatro Elementos: O Começo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.