Quatro Elementos: O Começo escrita por Amanda Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
Bia
A Claudia nos chamou na sala do João, eu e o Rick entramos e a expressão deles era de entusiasmo, o Rick me olhou confuso:
- Qual é a boa? - o Rick perguntou.
- Tenho que agradecer a vocês dois, foi uma ótima observação!- o João falou feliz.
- Do que você esta falando? - perguntei confusa.
- Da pele que nós trouxeram!
- Ai meu deus, aquilo é nojento, o que isso tem a ver? - falei ainda mais confusa.
- É dele! - a Claudia falou mais entusiasmada ainda.
- Dele quem? - foi o Rick que perguntou.
- Aquilo é uma amostra do dominador da terra! - o João falou quase pulando de alegria.
- Nossa... - o Rick falou desanimado.
- Aquela coisa? - falei
- Sim, parece que ele está por perto! - a Claudia sorriu.
- Na verdade foi o Rick que achou e não “nós”! - admiti.
- Muito bom Henrique! - O João riu e pegou uma blusa de frio.
- Onde voce vai? - olhei ele sair pela porta.
- Vou agora mesmo procurar por ele!
- Tão rápido! - o Rick parecia arrependido.
- Quanto mais rápido melhor meu caro! - ele riu e saiu.
Tomei um banho e fiquei pensando se eles encontrariam o garoto, vesti um vestido vermelho e calcei sapatilhas. Escovei os cabelos e fiz uma trança e sai.
Ele estava encostado despreocupadamente na árvore e sorriu assim que me viu.
- Oi gata!
- Oi gato!
Sentamos num banco ali perto da sorveteria, depois que pedimos sorvete de chocolate, era uma noite quente e tinha muitas estrelas. Ficamos ali vendo muitos casais tomando sorvete:
- Adoro me sentir assim! - falei pegando sua mão quente.
- Assim como? - ele agora me olhava curioso.
- Normal! - suspirei sentindo seu perfume.
- É, eu também! - ele sorriu e passou a mão no meu rosto chegando perto e me beijando devagar. Era tão bom ter ele perto, sua boca quente na minha, sua mão acariciando meu rosto.
Fui dormir sorrindo, depois que ele me deixou na porta do quarto e me deu um último beijo quente e saiu ainda olhando para trás. Eu me sentia feliz, eu estava feliz e nada podia dar errado agora, pelo menos era isso que eu achava, na verdade era isso queria.
***
Felipe
Olhei atentamente o papel amaçado no meu bolso:
”Ligue se mudar de ideia: 3265-9870”.
Eu sabia que se ligasse estaria praticamente confirmando que queria a ajuda dele, mais como eu podia ter certeza que aquele homem dizia a verdade. O sol batia forte no meu rosto e queimava a minha pele. Fechei os olhos só ouvindo o barulho do mar e sentindo o sol, quando algo me acertou e eu abri os olhos devagar e olhei em volta. Uma garota me olhava, me sentei e olhei bem pra ela, era clara, os cabelos eram castanhos-claros,o rosto delicado com uma boca pequena e os olhos cor de mel. Ela era linda eu diria, os cabelos compridos formavam algumas ondas caindo abaixo da cintura, ela tinha um rosto perfeito como um anjo, era tão bonita e eu olhei bem pra ela que usava a parte de cima do biquini preta e com um short curto vermelho. Ela me olhava como quem se desculpava, me levantei ficando a sua frente e ela me olhou surpresa e sorriu:
- Me desculpe, eu sou tão desastrada, não queria encomodar você! - ela falou e sua voz era como música e eu fiquei paralisado e ele me olhava meio sem graça.
- Tudo bem! - falei em voz baixa e ela voltou a sorrir.
- Desculpa mesmo! - ela pegou a bolsa que tinha caido em mim e saiu devagar. Fiquei ali parado que nem um bobo e foi ai que me toquei, abaixei e peguei minha camisa e fui atrás dela.
- Ei! espera ai! - gritei pra ela que parou e me olhou confusa.
- Tudo bem? - ela perguntou com sua voz musical.
- Tenho a impressão que te conheço de algum lugar! - isso não era uma tática de sedução, ate porque eu não era muito bom em seduzir. Eu realmente tinha visto essa garota em algum lugar em que não me lembrava.
- Talvez eu tenha te visto em algum lugar também!
- Nossa! - falei suspirando.
- É sim. Eu já estava indo embora,desculpe, tchau.
- Tchau! - falei olhando e foi ai que eu vi, ela tinha um símbolo exatamente no mesmo lugar do meu. Eu queria correr atrás dela e olhar direito, mais eu não podia fazer isso o que eu diria: " Posso ver se você é uma aberração assim como eu?" Ridículo. Então ela se foi.
Eu estava com raiva, não gostava de sábados porque era tedioso, fui para casa olhando a paisagem enquanto caminhava na rua. Cheguei e guardei minhas coisas e tomei um banho rápido. Peguei o telefone decidido a ligar pro homem esquisito. Disquei o número e respirei fundo esperando chamar a ligação. Uma voz de homem atendeu e eu imaginei que era o mesmo homem que tinha vindo falar comigo.
- Alô!
- Quero uma prova de que esta falando a verdade, e ai sim eu vou pensar melhor na sua proposta! - falei seéio e ele se manteve mudo por um tempo.
- Que tipo de prova?
- A que você tiver de melhor! - falei e vi que ele pensava.
- Tudo bem, eu lhe levarei uma prova e assim saberá que não estou mentindo!
- Estarei esperando! - falei e desliguei o telefone sem esperar que ele falasse mais nada.
Agora era só esperar pela verdade, e saber se eu realamente tinha tomado a decisão certa! Agora com certeza era ver para crer.
***
Rick
Olhei desanimado enquanto ele explicava tudo com um entusiasmo tremendo, a Bia ouvia com atenção e eu realmente não queria ouvir, aquilo estava começando a ficar chato até ele chegar na parte que eu entrava:
- E você Rick vai vir comigo!
- Eu? O João não é porque eu achei aquela maldita pele que tenho que ir encontrar a cinderela perdida!
- Preciso que ele acredite em mim e você é a melhor prova!
- Prova? Agora eu sou uma prova da verdade. Sem chance, eu não vou! - cruzei os braços.
- Tudo bem Henrique. Bia você vem comigo então? - ele se dirigiu a Bianca que se matinha em silêncio.
- Cla... - ela começou.
- Não! - eu gritei me levantado e interrompendo ela.
- Rick! - ela me reeprendeu.
- E por que não? - ele perguntou se virando pra mim.
- A Bia não. Leva outra pessoa, menos ela. - eu não podia deixar ela ir encontrar um cara idiota que desconfiava de tudo, principalmente sozinha com ele.
- Ae e porque a Bia não pode ir se você não quer? - foi a Claudia quem perguntou.
- Eu vou então, melhor eu ir do que ela. - concerteza era melhor eu ir falar com a princesinha do que a minha Bia.
- Qual o problema comigo? - ela falou irritada.
- Você sozinha com esse garoto estranho, nem pensar! - falei furioso.
- Não acredito que você esta com ciúmes! - ela falou rindo e olhando pro João que sorria do outro lado da sala.
- Não é ciumes!
- Imagina... - ela aproximou me beijando e o João logo tossiu e nos viramos e eu fiz uma careta.
Eu realamente não estava a fim de ir ate la encontrar esse garoto que não me interessava nem um pouco, que para minha sorte eu mesmo ajudei a encontrar.
Coloquei uma roupa qualquer e sai de cara emburrada:
- Não fica com essa cara não, desse jeito o garoto vai pensar que estão mentindo! - ela falou acariciando meu rosto e eu fiz um sorrizinho sínico.
- Problema é dele! - resmunguei.
- Rick seja gentil, isso esta dependendo de você amor, tenta pelo menos melhorar essa cara! - eu dei um sorriso.
- Assim esta melhor! - ela falou e me deu um beijo.
- Vou ser legal! - tentaria.
- Boa sorte! - ela dava aquele sorriso lindo.
- Obrigado linda! - lhe dei um selinho e sai.
Fomos no carro do João, eu, ele e a Claudia. Chegamos numa praia da Tijuca que era muito bonita e eu me concentrava para melhorar minha cara. Descemos do carro e andamos ate uma pequena pensão que era bem simples. Entramos e tinha uma garota sentada num balcão que sorriu ao nos ver:
- Boa tarde! - ela falou educada.
- Boa tarde, nos estamos procurando o Felipe, sabe se ele esta em casa?
- Esta sim! No quarto 23.
- Obrigado! - o João falou sorrindo e foi ate as escadas e eu e a Claudia o seguimos e a garota piscou pra mim e sorriu. Eu ri e subi as escadas entediado.Chegamos finalmanete no quarto 23 e o João bateu de leve e esperou, eu ouvi alguém la dentro se levantar de uma cama e vir em direção a porta e ela se abriu. Um garoto alto e claro,com cabelos pretos, ele tinha os olhos verdes e estranhos, não eram normais concerteza, com uma expressão mal-humorada. Ele olhou atentamente pra nos e depois gesticulou para que estrássemos. E assim nos fizemos, pra mim ele tinha cara de idiota... olhei ambiente e ele sorriu tentando ser educado e eu tentei retribuir mais no fundo não tinha ido com a cara dele.
Ele puxou algumas cadeiras e nos sentamos:
- Que bom que vieram! - ele falou em voz baixa. Sua voz era calma e parecia educada.
- Que bom que nos recebeu Felipe! - o João falou com um sorriso educado.
- E minha prova? - ele era idiota.
- Estão aqui. - o João apontou para mim e a Claudia. - Felipe esta é a prefessora Claudia! - ele se levantou junto com ela. A Claudia estendeu a mão e ele a pegou olhando seu rosto e ela fez um barulho de chocalho e mostrou a língua de cobra. E ele sorriu como se estivesse acostumado.
- Bom e este é o Henrique, um de nossos alunos! - o João apontou pra mim. Eu me levantei e estendi a mão sem vontade alguma e ele pegou com um sorriso um tanto desanimado.
- Rick por favor! - falei apertando sua mão com mais força do que devia.
- Felipe! É um prazer conhece-los! - ele falou e retribuiu meu aperto.
- O prazer é nosso! - a Claudia respondeu sorridente.
Eu não conseguia entender pra que tudo isso, o garoto não estava interessado em vir conosco, pelo menos era isso que eu tinha percebido. Olhei pela janela e ali em cima da cômoda tinha uma garrafa quase vazia de uisque, quer dizer que além de idiota ele ainda bebia? Pra mim o João estava era caçando problema.
- Felipe você me pediu uma prova...
- Sim...
- Aqui esta ela! - o João apontou pra mim e eu arregalei os olhos.
Eu! - falei revirando os olhos.
- Sim Rick! Felipe o Henrique é um elementar assim como você!
- Sério? - o garoto perguntou meio descrente.
- É sim. Rick pode mostrar a ele por favor? - o João me perguntou.
- Claro. - falei de modo meio com raiva. Concentrei em minha mão e como eu previa ela pegou fogo logo em seguida e eu sorri satisfeito. O garoto me encarou maravilhado e um sorriso começou a brotar em seu rosto.
- É incrivel... nunca vi nada parecido. - ele disse maravilhado.
- Nos estamos aqui para tentar te ajudar, de maneira nenhuma vamos levar você a força, nos só queremos que você fique seguro, não só você mais todos os outros mutantes que não podem viver aqui fora, porque tem algum problema ou ate mesmo porque a FEM esta atrás deles. Nós fazemos o que podemos para poder ajudar e principalmente os elementares, vocês são únicos e muitas coisas por aqui depende de vocês. Então eu peço que confie e dê uma chance de conhecer os nossos interesses. -a Claudia falou seria para ele.
- Eu entendo e agradeço por virem ate aqui. Mais não é algo fácil, eu tenho uma vida, conheço pessoas e não posso simplesmente sumir...
- Você não vai sumir, claro que pode continuar a suas coisas aqui fora, mais enquanto soubermos que você esta bem isso já basta! - ela falou.
- É complicado...
- Posso falar com você? - minha voz saiu finalmente e ele me encarou e o João entendeu minha pergunta.
- Fala! - eu olhei pro outros e o João saiu devagar do quarto e a Claudia o acompanhou. Esperei eles fecharem a porta e comecei a andar pelo quarto e peguei a garrafa de uisque, senti ele me queimar com os olhos e eu me virei e falei lhe mostrando a garrafa.
- Quer dizer que você bebe?
- As vezes sim, acalma e aumenta meu controle. - ele respondeu com uma voz calma.
- Eu não sabia disso! - falei colocando a garrafa no lugar.
Eu já estava ali mesmo, então tinha que fazer algo para pelo menos convencer aquele garoto estúpido a ir conosco ou pelo menos visitar o instituto. Minha vontade mesmo era arrastar ele dali... mas já isso não era possível, eu o convenceria.E de uma coisa eu sabia por mais que eu não gostasse: aquele garoto ali na minha frente tinha um papel muito importante para nos, para todos e por mais idiota que o achasse, ele tinha que ficar seguro, pro bem de todos.
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bjsss