A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hello people! Vim trazer um capítulo fresquinho pra vocês.
Quero agradecer a linda da Luíza T pela bela recomendação! *------*



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Eu não conseguia me lembrar quando havia ido dormir. Só sabia que estava deitada e minha cabeça estava quase explodindo de dor.

— Ela está acordando! — disse uma voz feminina e delicada.

Eu tentei me levantar, mas uma mão segurou meu ombro, forçando-me a permanecer deitada.

Minha visão estava turva. Eu não conseguia identificar nada. Deitei e apertei os olhos com força, respirei fundo algumas vezes e voltei a abri-los. Aos poucos as imagens foram tomando forma a minha frente.

A primeira coisa que vi foi um perfeito par de olhos azul bem próximos a mim. Ele estampava um sorriso debochado no canto dos lábios.

— Da próxima vez que você tiver um surto de poder desse jeito e quiser matar todo mundo — disse ele, sorrindo — espero que seja quando estivermos cercados de demônios.

Franzi as sobrancelhas tentando entender do que ele poderia estar falando. A ultima coisa da qual me lembro é dele caído no chão, quase morrendo...

— Você está bem! — digo ao me lembrar do que lhe acontecera.

Jogo-me em seus braços e quase o derrubo ao pegá-lo de surpresa. Ele me envolve em um abraço meio sem jeito apenas com um braço só, enquanto eu repouso a cabeça em seu peito e deixo as lágrimas de alivio molharem a camisa dele.

— Nunca mais faça isso! — disse afastando-o com raiva. — Nunca mais me deixe preocupada desse jeito! — eu bradava enquanto dava socos em seu peito e ele me encarava estupefato. — O que eu ia fazer se você tivesse morrido!? Nunca mais ouse arriscar sua vida dessa forma!

Eu chorava e soluçava ao gritar com ele. Max não fazia nada além de recuar alguns passos e me encarar. Ele segurou meus pulsos e me puxou para mais um abraço. Ele afagava minhas costas e meu cabelo, enquanto eu chorava desesperadamente.

— Ei, eu to bem — disse ele, suavemente. — Não precisa se preocupar. Não aconteceu nada.

Como era bom ouvir a voz dele. Como era bom estar nos braços dele. Eu não queria me afastar dele nunca mais. Só de imaginar que eu quase o perdi duas vezes nessa mesma semana. Era horrível.

— Detesto atrapalhar o momento de reencontro do casal — disse Simon, irônico —, mas nós temos outros assuntos para resolver.

— Ele tem razão — falei, concordando com o vampiro. — Max, você ficou aqui por mais de 24 horas. Deve saber onde eles mantém minha mãe e os outros prisioneiros.

Max pareceu pensar por um tempo, talvez tentando buscar na memória uma resposta para a minha pergunta.

— Eu não posso afirmar com certeza, mas tem um local onde posso afirmar com 90% de precisão que eles estão presos.

Todos na sala o encaravam. Talvez estivéssemos, finalmente, próximos ao desfecho daquela história.

Ele pediu para que o seguíssemos e assim o fizemos. Ele nos guiou por alguns corredores e por fim chegamos a uma câmara, que ao contrario do que eu imaginava, estava vazia.

— Espero que você não esteja brincando conosco — disse Simon, mal humorado.

— Eu sei o que estão pensando e foi o que pensei quando entrei nessa sala pela primeira vez — defendeu-se Max. — Mas aí é que está: Porque uma sala tão grande estaria vazia? Foi aí que pensei na Line. Talvez tenha algo aqui, escondido por algum feitiço.

Fazia sentido. Assim que ele terminou de falar uma imagem formou-se em minha mente: Era uma espécie de olho. A íris enegrecida e sem pupila.

Rapidamente desenhei a Marca em uma parede. Esperei e nada aconteceu.

— Acho que uma Marca para ser usada em ShadowHunters — disse Simon, ironicamente.

Eu não sabia. Pela primeira vez estava hesitante em usar uma Marca em mim mesma ou em outro ShadowHunter. Mas acho que não tínhamos escolha.

Uma lembrança das minhas aulas de yoga veio até mim. Talvez não houvesse mal algum em desenhar a Marca em um ShadowHunter.

Desenhei a Marca na testa de Max, entre seus dois olhos, no ponto onde se acredita estar o terceiro olho, usando como ponto central de meditação na yoga.

Entreguei minha estela a ele e pedi que fizesse a mesma Marca em mim. Mostrei a ele como ela era e Max não teve dificuldades em fazê-la.

A principio nada aconteceu. Mas depois de alguns segundos as imagens começaram a se formar. A sala estava cheia. E não se parecia exatamente como uma cela, já que todas as pessoas ali estavam livres, com exceção de algemas que os acorrentavam ao chão, impedindo-os de deixar a sala.

Havia pelo menos umas dez pessoas ali. Mas apenas uma importava. Alguém que estava encolhido a um canto, talvez chorando. Alguém cujas madeixas cor de fogo chamaram minha atenção.

— Mãe — surrei, aproximando-me. Mas Max segurou meu pulso, impedindo-me de ir mais adiante.

Eu o fitei, incrédula. E ele apenas acenou com a cabeça em direção a uma Marca desenhada na parede. Era aquilo que os impedia de sair dali. Uma parede invisível guardada por uma Marca e ocultada graças a um feitiço.

Eu não conhecia aquela Marca. E não parecia ser uma das presentes no livro Gray. Max pareceu chegar a mesma conclusão que eu, pois encarava a Marca com uma expressão de duvida.

— Eu não conheço ninguém além de mim e minha mãe que possa fazer isso — disse, ao encontrar o olhar de Simon.

— Talvez seja um dom de família — disse uma voz masculina atrás de nós.

Eu me virei e encarei o dono da voz. Seus cabelos eram platinados e nos lábios, um sorriso irônico. Ao seu lado, surgiu uma garota vestida em um belo vestido rosa e com os cabelos loiros esvoaçando. Ela o abraçou e sorriu também.

A princesa da corte Seelie e o meu tio, que todos acreditavam estar morto.

— Então é você quem está por trás de tudo isso — digo, fitando-o, deixando toda a minha raiva tomar conta de mim. — Você vai se arrepender por machucar pessoas que eu amo dessa maneira.

Senti o calor do meu poder me invadir novamente e deixo-o tomar conta de mim. Ele iria pagar por tudo o que havia me feito sofrer nesses últimos dias.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Outra reunião de família naquele templo macabro? O.o
Sabemos que agora a Line tá com raiva. O que será que ela vai fazer?