Filha De Todos escrita por Anne Kath


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Gente gostaria de agradecer imensamente a Carolina Mesquita que recomendou a minha fanfic, lindaa muito obrigada, de verdade... fico muito feliz que você tenha gostado tanto assim da fic, de todo coração muito obrigada, gostaria de agradecer a todos que comentam também, adoro cada Review e devo dizer que estou extremamente feliz de estar indo bem com a fic. Enfim aí está mais um cap... :D bjs



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Melany

Os raios de sol que vinham de minha janela aqueciam meus olhos fechados e cansados, fechei eles com ainda mais força sem querer acordar. Podia sentir cada músculo de meu corpo doer, sem contar que minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. Engoli em seco, senti minha garganta seca arder, meus lábios estavam incrivelmente ressecados. Gemi incomodada não conseguia nem respirar direito com a dor que sentia.

–Melany!- foi aí que lentamente abri os olhos. Nico está em minha cama, e eu havia dormido em seu peito. Dei um meio sorriso cansado e fechei meus olhos novamente. –Pelos deuses, Melany, você está fervendo.

–Nico!- tentei chamá-lo com clareza, mas a minha voz saiu rouca seguida por tosses- Eu estou com sede!- falei com a voz ainda rouca. Nico me deitou devagar de frente na cama, me tirando de cima dele, e me olhou com aqueles olhos castanhos preocupados.

–Tudo bem, vou procurar água pra você!- Ele correu até a porta, a abriu e saiu correndo, imagine a minha surpresa quando dois segundos depois, o vi voltando, dando passos para trás. Zeus, pelo visto, o havia encontrado no meio do corredor, e o olhava como se fosse torrá-lo ali mesmo. Nico tinha as mãos em punhos para esconder o quanto tremia, mas apesar de estarem em punhos, ainda dava para vê-las vibrando um pouco.

O que... você faz... no quarto... da MINHA FILHA?– quarto ficou escuro com as nuvens que se formaram ao redor do palácio, um trovão soou fazendo tremer todo o Olimpo.

–Eu... é que eu... eu só...- Zeus o encarava ameaçador. Vi Nico apertar as mãos em punhos com ainda mais força, respirar fundo, e despejar tudo em cima de Zeus tão rápido que eu mal pude entender o que ele dizia.

–Escute aqui, Zeus, eu cansei de inclinar a minha cabeça e aceitar tudo o que você ordena simplesmente por ser o Deus do Olimpo, mas pra mim chega, eu vou me casar com sua filha, vou passar o resto da minha vida com ela, e se o senhor quiser, sim eu tomarei o trono de meu pai e virarei imortal para que Melany aceite a sua oferta e torne-se a rainha do Olimpo, mas eu, não vou admitir que continue tratando Melany como aquela menininha de seis anos que mal sabia o que era, com a mulher que ela está se tornando agora!- Zeus abriu a boca para responder mais Nico o interrompeu- E não me interessa se ela tem 17 anos, a questão é que 17 anos para um meio sangue, é praticamente 30, uma vitória para todos que alcançam essa etapa. Então não venha me olhar como se fosse me matar, quando deveria me agradecer por eu estar cuidando dela quando você não está.- sentei com dificuldade para olhar para os dois. Pela primeira vez em toda a minha vida vi Zeus sem reação.

Quando já estava começando a pensar quem era aquela pessoa disfarçada de meu pai Zeus, ele piscou duas vezes se endireitou e assumiu aquela sua expressão autoritária que ele sempre assumia.

–Como ousa?– gritou Zeus.

–Como ouso?– Nico riu sem humor- Como ouso? Como ousa o senhor tratar a sua filha como uma prisioneira durante todos esses anos? Como ousa o senhor permitir que ela carregasse toda essa responsabilidade e sofrimento nas costas?- me levantei da cama lentamente, me apoiei em uma das cômodas brancas com um vaso de porcelana branca em cima, decorada com flores rosas claras a sua volta.

Senti meus músculos reclamarem de dor, mas tentei não me concentrar neles, continuei tentando me manter de pé.

–Não me diga como criar minha filha.- Zeus apontou o dedo na cara de Nico, e se aproximava dele com raiva, aquela discussão estava me deixando extremamente aflita. Apesar de Nico ter mais ou menos um metro e setenta, ele parecia um cotoco de gente comparado a Zeus que tinha mais ou menos dois metros de altura. Mas ainda assim, apesar disso, Nico se manteve firme como uma rocha- Eu a criei desde que ela se conhece por gente.

–Você a roubou! Ela nem deveria te chamar de pai. – Nico bufou- Você não é o pai dela, Poseidon é.- um trovão soou me fazendo colocar as duas mãos na cômoda para me equilibrar.

–Parem!- tentei gritar, mas minha voz mal passou de um sussurro de tão rouca- Parem!- tentei novamente, mas não obtive sucesso. Tentei andar na direção deles apesar da dor que eu sentia.

Vamos, Melany! Um passo de cada vez.

Repita, pivete!-falou Zeus entre os dentes.- Repita!- outro trovão soou, dessa vez ainda mais forte, ele tremeu ainda mais o palácio, e de novo, eu quase caí, mas me firmei a tempo.

–Pivete não!- disse Nico irônico- Genro é o termo mais adequado.- E mais uma, um trovão tremeu o Olimpo, sendo que dessa vez foi forte demais. Minha mão bateu no vaso de porcelana fazendo ele se espatifar no chão, logo depois era eu que estava jogada na superfície plana e fria.

–Melany!- os dois falaram ao mesmo tempo. Eu ouvi passos apressados em minha direção. Nico chegou primeiro e colocou a minha cabeça em suas pernas, senti algo úmido e quente aquecer minha mão e meu braço direito.

–Nico!- falei com a garganta ainda seca e a voz ainda rouca.

–Sim?

–Água!- falei.

–Ha, claro! Nossa como sou idiota. Calma, eu vou pegar.- ele já estava se levantando quando Zeus colocou a mão em seu ombro o fazendo ficar.

–Não precisa ir!- falou Zeus e em seguida estalou os dedos. Três ninfas apareceram rapidamente logo depois.

–Majestade!- disseram as três fazendo uma reverência- Peguem água para Melany, e tragam alguma coisa com que eu possa fazer um curativo nela, rápido, agora!– as três fizeram uma reverência rápida e correram.

–Pronto, minha filha, logo logo elas voltaram com tudo.- Zeus passou a mão em minha testa e então só aí eu reparei o quanto estava soando. E podia sentir meu braço doendo com os cortes que vinham dos cacos da porcelana. Será que dava para ficar pior?

–Céus, Melany, você está fervendo em febre. - falou Nico apavorado.

É! Quando a gente pensa que chegou no fim do poço, percebemos que ele é muito mais fundo do que imaginávamos.

E foi nesse instante, que eu desmaiei.

Percy

Cheguei em casa e bati a porta com força.

–Mãe?- gritei- Mãe, cheguei!- ouvi o barulho de algo quebrando na cozinha.-Mãe!– corri até a cozinha já destampando contracorrente. Vi minha mãe dar passos lentos para trás com as duas mãos na boca e os olhos cheios de lágrimas que não desciam, olhando para alguma coisa... ou alguém no meio da cozinha.

Entrei no local e olhei na mesma direção em que minha mãe olhava. Quase caí para trás ao encarar o vulto branco ganhando forma no meio de minha cozinha.

Quando terminou de ganhar forma, me encarou com um olhar inexpressivo. Arfei.

–Olá, Percy!- ele deu aquele meio sorriso debochado dele, como se nunca tivesse partido.

–Luke!


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Espero que tenham gostado!
Enfim... Bienal gente, PERFEITAAAA.... Amo a bienal com todas as minhas forças, é o paraíso de todo leitor( Com exceção da comida que custa uma fortuna, mas por ser a bienal a gente deixa passar).
Bjs e comentem... e se quiserem como já disse no cap de antes podem me seguir no Twitter @AnneKath ;) bjs e obg por lerem!