Filha De Todos escrita por Anne Kath


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa mais uma vez a demora, maaas tá aí o cap... gostaria de agradecer a Gabrieli que recomendou a minha fanfiction... de verdade, muuuuuuito obrigada!



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Nico

Eu sabia exatamente para onde ir. Quando saímos da sombra, eu estava exausto. Havia usado o poder que eu tinha, e o que eu sequer sabia que tinha para poder tirar Melany das garras de meu pai. E eu nunca havia ficado tão acabado quanto eu estava agora. A casa que antes era abandonada, era de minha mãe, estava bem a minha frente. Havia decidido morar ali antes de comprar o apartamento, então sabia que estava tudo devidamente mobiliado e reformado. Tudo graças a grande quantia de dinheiro que meu pai havia deixado para mim no banco.

—De quem é essa casa Nico?- perguntou Melany.

—É minha. –Falei sério.

—Jura?- apertei a mão dela de leve e com muita dificuldade, dei o meu primeiro passo em direção a casa. Não obtive sucesso.

—Aí!- gritei. Meu corpo inteiro doía como se um caminhão o tivesse atropelado. Eu teria caído se Melany não tivesse me segurado e me ajudado a subir. A reforma foi muito bem feita, até demais, devo dizer. Abri a porta com a chave que não importasse aonde eu ia, estava comigo. A sala era bege com um piso de madeira marrom, uma mesa de vidro preta no centro, com quatro cadeiras acolchoadas, e também pretas. Ao lado da mesa, a direita, um sofá de couro preto que estava em de um tapete bem grande de veludo bege que cobria o espaço do sofá até a lareira logo a frente.

—Uau!- disse Melany. Sorri.

—O Olimpo é bem melhor que isso, não se faça de impressionada.

—Mas eu não estou me fazendo de impressionada!- ela continuou me levando até o sofá, e lá eu sentei, encostei minha cabeça, e fechei meus olhos tentando relaxar e amenizar a dor.- Eu realmente estou impressionada , Nico.- abri os olhos e a vi olhando cada detalhe da casa, e dando voltas nela com os olhos brilhando.

—Então você gostou mesmo?- perguntei ainda surpreso com o de ela ter achado essa casa incrível, tendo passado toda a vida no Olimpo.

—É claro que eu gostei!- falou sorrindo para mim- Gostei não... amei!- sorri.

— A considere sua!- o olhar que ela me dirigia foi de impressionado a apaixonado. Ela sentou ao meu lado me deu um selinho, e deitou a cabeça em meu peito.

—Obrigada, meu amor!- meu sorriso se alargou. Acariciei os cabelos de Melany, me estiquei para pegar o controle da lareira e liguei. Estava muito frio hoje. E olha que estávamos em um lugar que não é de fazer frio. Me perguntei se Zeus estava frustrado com o que estava acontecendo agora, e que por isso o clima estava desta forma. Suspirei e encarei a parede do canto da sala. Lá tinha um espelho do teto ao chão, nele, estava refletida a cena que era, eu e Melany em frente a lareira abraçados.

Encarei o espelho enquanto uma revelação se passava por minha mente. Minha mãe havia morrido, Bianca foi logo depois, meu pai... por mais que quisesse me criar, e que não estivéssemos passando pelo que estávamos passando agora,... ele não poderia me criar, pois Perséfone jamais permitiria. Melany era tudo que eu tinha. Ela foi a única que me restou, e definitivamente, não iria permitir que a tirassem de mim.

Senti o corpo de Melany relaxar e sua respiração ficar mais lenta.

—Durma, pode dormir minha princesa!- beijei seus cabelos e respirei fundo. O perfume de Melany agora estava gravado em minha memória. Por incrível que pareça, Melany tinha o cheiro de rosas e ao mesmo tempo, aquele cheiro de chuva que faz com que você se sinta bem e relaxado. Ri.

—Você é tudo pra mim Melany, tudo!-sussurrei.

Percy

Após um tempo eles recuaram. Quíron já estava em uma reunião com Dionísio para ver qual poderia ser a estratégia utilizada para impedir que eles voltassem. Enquanto isso, já devia fazer duas horas que eu procurava Melany. Eu estava em pânico, não a achava em lugar nenhum.

—Melany!- eu chamava- Melany!

—Você não irá achá-la aqui!- dei um pulo de susto e olhei para trás em busca da garota que falava comigo. A garota tinha um cabelo loiro bronzeado, ela tinha mechas rosas, e na ponta dessas mechas estava pintado de roxo. Seus olhos eram de um azul profundo, e tinha pele branca. –Ela entrou em uma sombra junto com o filho de Hades!- arregalei os olhos- Hades estava prestes a leva-la quando o... o ... Nico Di Angelo... a puxou para uma sombra e eles desapareceram. Hades tentou impedir mas,... por incrível que pareça... acho que Nico o superou.- Arfei ainda mais surpreso. Isso era impossível, um meio-sangue não pode superar o poder de um deus. Ou será que pode?- Logo depois Hades se encontrou com Gaia e todos recuaram.

—Preciso achar eles, agora!-comecei a correr. Se for verdade, se Nico superou o poder de Hades por Melany, então os dois corriam muito mais perigo do que imaginávamos.

—Aonde você vai?- gritou a garota, que logo depois correu atrás de mim.

—Vou contar essa história a Quíron, e depois vou atrás de Melany!

—Se você for, eu também vou!- gritou ela vindo em minha direção. Parei de repente e virei para encará-la.

—Por quê? Quem é você?- o que essa garota tinha haver com isso tudo?

—Sou Soraia Petterson, filha de Apolo.- ela estendeu a mão para que eu a apertasse. Não apertei, não confiava naquela garota. Ela retirou a mão quando percebeu que eu não ia apertá-la e encolheu os ombros- Nico e Melany me salvaram dos Minotauros. – ela respirou fundo e se endireitou. –Tenho uma divida com eles.

Estreitei meus olhos, desconfiado. Mas ainda assim, sabia que quanto mais pessoas para achar aqueles dois, melhor. E eu tinha certeza de que a maioria dos meios-sangues iria querer ficar aqui para proteger o acampamento. Suspirei.

—Precisará...

—Pedir permissão a Quíron?! Sem problema!- ela passou por mim e foi em direção a Casa Grande. Fui atrás dela, sabia que também precisaria pedir permissão. Mas mesmo que eu conseguisse autorização, onde aqueles dois estariam?

Nico

Abri a geladeira para ver se tinha algo para comer. Estava vazia.

—Há que ótimo!- resmunguei.

—O que houve?- olhei para trás assustado e vi Melany esfregando os olhos enquanto bocejava.

—Te acordei?- perguntei já começando a sentir raiva de mim por tê-la acordado.

—Não!- ouvi um barulho vir da barriga de Melany. Ela riu e começou a cariciar a barriga.- Ela me acordou!

—Droga!- fechei a porta da geladeira com raiva e olhei para Melany, que me olhava assustado com a forma agressiva que eu tratei a geladeira.- Vem vamos comer fora!

—Mas o que? Já é madrugada, Nico. Quando a gente fugiu do acampamento o sol já estava se ponto.- fui em direção ao quadro com a foto de frutas na parede da cozinha.

—Se são seis horas lá em Nova Iorque, são três horas aqui!

—Mas o que então aonde...-ela parou de falar quando viu o cofre atrás do quadro, do tamanho de uma televisão de 22 polegadas. Sorri para ela e coloquei a minha mão na placa ao lado do cofre para identificar as minhas digitais. O cofre se abriu revelando os 10 mil dólares em dinheiro a nossa frente.

—O que você estava dizendo?- me voltei para ela curioso.- Melany estava boquiaberta e de olhos arregalados.

—Você guarda todo o seu dinheiro aí?- perguntou ela.

—O que?- fiquei confuso, por um segundo até entender.-Ha isso?-apontei para o cofre com o dinheiro dentro.

—É, Nico, isso!

—Ha isso aí é só pra emergências, o meu dinheiro mesmo fica no banco!

—Por que esse dinheiro aí não é seu dinheiro?

—É! Mas uma parte bem pequena dele.- ela arfou e continuou me encarando incrédula. Dei um meio sorriso, me virei para o cofre, peguei uma pilha com mil dólares e me voltei para ela.

—Vamos você está com fome, e eu também.

A levei até a garagem onde tinha a minha moto Honda CBR 250R preta. Melany encarou a moto com as sobrancelhas erguidas.

—Gostou?- ela me olhou ainda de sobrancelhas erguidas.

—Pena que eu não sei dirigir uma dessas.- ri- Um dia eu te ensino!- falei. Fui em direção aos armários formados em “L” no canto esquerdo da garagem e peguei dois capacetes, um azul marinho para ela, e um preto pra mim. Ela sorriu para mim e colocou o capacete. Subi na moto e logo em seguida Melany subiu, liguei a moto e apertei o botão ao lado na parede perto de mim para abrir a garagem.

—Nico?

—Sim?

—Só uma pergunta.

—Fala!

—Aonde estamos?- sorri.

—Em São Diego, Califónia.

—O que?- ela gritou e eu acelerei a moto. Estava a 90 km/h até que resolvi ir a cem. Melany segurava firme em minha cintura, e eu ri, queria ver como ela reagiria se eu acelerasse na velocidade em que estava acostumado, só não ia mais rápido porque ela estava comigo.

—Pode descer!- falei. Ela continuou com os braços firmes em minha cintura.- Ha por favor, Melany, eu fui devagar.- disse.

—Não estou com medo!- falou ela- Só não quero te soltar!- ela falou rindo. Olhei para ela sério e desci da moto. Ela franziu as sobrancelhas, confusa. Acho que eu poderia brincar um pouco com ela.

—Desce, Melany!- falei fingindo estar irritado. Ela me olhou triste e confusa, mas não disse nada, só desceu da moto e ficou de cabeça baixa a minha frente. Sorri e a puxei pela cintura.- Nossa, parece que eu sou o único que tem controle sob a filha de todos.- falei brincando, ela me encarou incrédula, ela abriu a boca para brigar comigo, mas antes que ela começasse eu já a estava beijando. Sentir os lábios macios dela contra os meus fez com que eu esquecesse que estávamos na rua, também, nem me importei, a joguei contra uma parede e fiquei a beijando ali, até que ouvimos alguém gritando:

—Arrumem um quarto!- eu me separei dela devagar. Ela ficou séria pra mim, eu mordi o lábio inferior e fiz cara de quem pedia desculpa, ela riu e me segurou pelo colarinho da camisa, fez com que nossas bocas ficassem a milímetros só pra me torturar, e para piorar me olhou nos olhos com aqueles cílios grandes e sedutores.

—Não brinque comigo, Nico di Angelo.- ela falou, o hálito dela me fazendo querer voltar a beijá-la.

—Por que?-perguntei- Serei punido?

—Possivelmente!- sorri com a resposta dela.

—Gostaria de vê-la tentar.-ela riu e se afastou de mim.

—Você não sabe com quem está se metendo!- falou ela sorrindo. E nesse momento, eu fiquei sério.

—Na verdade... sei sim!- falei irritado- Estou me envolvendo com a arma dos deuses.- Melany engoliu em seco- Por que nunca me contou?-estava gritando agora.

—Nico, fale baixo!- sussurrou ela olhando em volta.

—Me responde,Melany- falei ainda com raiva- Por que nunca me contou?- Eu sabia a resposta, mas queria ouvir dela.

—Você... você é o filho de Hades e... você jurou pelo Estige...

—Mas eu disse que a promessa que eu fiz a você, era mais importante.- Agora eu estava gritando de novo. Melany encarou o chão.- Você sempre soube não é?-perguntei com raiva.

—Sempre soube o que?- perguntou ela com a voz baixa.

—Que você era a arma dos deuses.

—Não!-ela ergueu a cabeça na mesma hora.-Se lembra daquela noite que você passou no Olimpo... e eu entrei no seu quarto?- A noite em que eu descobri que era apaixonado por você. Pensei.-Foi naquela noite que descobri que era a arma nos deuses.

—Por isso você invadiu o meu quarto daquela forma...- balancei a cabeça olhando para ela indignado- Pensou que eu sabia que você era a arma dos deuses?- ela assentiu. Ri sem humor e encarei o chão. Me lembrava muito bem daquela noite. Eu estava me sentindo culpado por ter trancado Percy na cela do mundo inferior, senti ódio de mim mesmo, estava ali julgando ela, sendo que eu nunca havia contado que havia cogitado deixá-la morrer, soquei a parede. Uma grande rachadura surgiu ali e minha mão começou a doer, mas não me importei com a dor, estava com tanta raiva que não me importei. Eu tinha que contar a ela. Suspirei.- Melany... eu..-olhei para trás e percebi que Melany não estava ali. Avistei ela já a uns cinco metros de distância. Melany andava rápido para longe de mim, corri até ela.

—Ei ! Aonde você vai?-ela não me respondeu, só continuou andando, a alcancei e a segurei pelo braço, forcei ela a se virar pra mim, quando ela se virou, seu rosto estava molhado e seus olhos transbordando lágrimas. Prendi a respiração por um segundo.

—Ha não!-falei entrando em desespero. Melany puxou o braço de minha mão e voltou a andar.- Melany, espera!

—Me deixa, Nico!- da última vez que ela falou essa frase, ela ia se entregar para o meu pai, por mim, e eu nunca havia odiado tanto uma frase na minha vida, eu nunca iria deixá-la. Ela podia até me deixar, mas eu nunca a deixaria. Então, segurei seu braço novamente e a virei para mim de novo.- Nunca diga essa frase pra mim, tá me ouvindo? Nunca!- falei com raiva, ela puxou o braço mais uma vez de minha mão, sendo que agora com mais força.

—Não me trate como criança, Nico!- gritou ela- Eu digo o que eu quiser dizer. E eu digo que é para você me deixar, me esquece passa uma borracha e finja que eu nunca existi na sua vida, até porque, desde que eu entrei nela eu só estraguei ela. Você não tem porque continuar comigo.- Foi como levar um soco no estômago. Senti meus olhos arderem. Desde que ela entrou na minha vida eu percebi que não estava mais sozinho. Então... para mim, ela não estragou a minha vida, ela fez com que ela fizesse sentido.

Engoli em seco.

—Você pode até me deixar Melany.- Só aquela frase já fez eu sentir uma forte dor de cabeça e meu coração acelerar.- Mas eu nunca vou deixar você!

—Nico, será que você...

—Eu ainda não terminei de falar!- ela fechou a boca e as lágrimas desceram por seu rosto- Sabe porque eu nunca vou te deixar?- perguntei, e ela continuou me encarando em silêncio- Porque eu sempre vou olhar por você, vou te proteger, cuidar de você, porque,... porque eu te amo, Melany, sendo você a filha de todos..., e sim eu vou enfrentar seja lá quantos pais você tiver para continuar com você...- ela riu e mais lágrimas desceram- Seja você a filha de todos, ou a arma contra Gaia, seja você a inimiga de meu pai, eu vou continuar com você, porque você é justamente a pessoa que fez sentido na minha vida... na verdade você é a única pessoa que existe em minha vida, porque... porque eu não tenho mais ninguém- lágrimas desceram pelo meu rosto, e senti raiva de mim por isso.- Você é tudo que me resta, Melany, você é tudo pra mim agora.- Melany me encarou chorando, e eu mesmo fiquei surpreso com a minha reação, eu me joguei aos joelhos de Melany, abracei sua cintura e comecei a soluçar- Não me deixa, Melany, por pavor, eu sei que eu disse que eu deixaria você partir, mas não me deixa por favor, você é tudo em minha vida, Melany, não me deixa!- ela afastou um pouco os meus braços e se ajoelhou a minha frente para me olhar nos olhos. Ela abriu a boca para falar alguma coisa mas ela encostou a testa em meu ombro e chorou também.

—Eu sou um monstro, Nico! Sou uma imprestável, inútil...

—Melany...

—Uma burra insensível...

—Melany!- segurei o rosto dela com as duas mãos e fiz com que ela olhasse para mim.

—Eu não mereço você!- ela disse.

—Eu é que não mereço você!- falei.

—Verdade! Você merece alguém muito melhor do que eu.

—Impossível eu achar alguém melhor que você!

—Por que?-perguntou ela- Só por que sou a filha de todos?

—Não!-a apertei ainda mais junto a mim- É porque você é a Melany!

Percy

Soraia conseguiu a autorização de Quíron, no entanto ele mandou que Grover fosse com a gente, e ele deu um prisma estranho que em qualquer tempo, seja de noite, ou com céu nublado, conseguiremos fazer um arco-íris para mandar uma mensagem de íris, para ele a qualquer momento. Fiquei feliz por Grover vir conosco pelo menos alguém conhecido. Não confiava em Soraia, não sabia porque mais não confiava nela.

—Grover!- chamei baixinho para que Soraia não me ouvisse,enquanto caminhávamos em direção a um táxi.

—Que foi?-perguntou ele baixinho também.

—Essa garota... Soraia, desde quando ela está no acampamento? Não me lembro dela!

—Soraia Petteson está no acampamento a dois anos, Percy!

—Como não me lembro dela?

—Soraia sempre foi calada, antissociável e tudo mais.-ele deu uma olhada para Soraia e depois prosseguiu- A mãe morreu a levando para o acampamento, as benevolentes as haviam cercado e estavam prontas para atacar Soraia, e quando foram atacar ela, a mãe se jogou na frente, e as benevolentes estavam tão famintas que devoraram a mãe dela ali mesmo.- um calafrio passou por minha espinha- Naquela época não houve sol por duas semanas, Apolo havia ficado realmente triste com a morte da mãe de Soraia, e veio proclamá-la pessoalmente.

—Isso é raro!- falei.

—Sabemos disso! E já falamos para ela um trilhão de vezes o quanto ela tinha sorte por isso... mas... ela sempre se importou somente com a mãe.- Me lembrei da época que pensei que minha mãe estivesse morta, senti pena e simpatia por ela, mas ainda sentia algo de estranho nela.

Chegamos perto do táxi e me veio a cabeça de que... não sabíamos para onde ir!

Nico e Melany, onde vocês estão?

Nico

Comemos no Mcdonald e em seguida resolvemos andar um pouco. Dei a sorte de ter um supermercado aberto, então fiz compras para ter o que comer amanhã e voltamos a andar. Melany não falou mais nada depois da nossa discussão. E eu respeitei o seu silêncio, mas ainda assim aquilo estava me incomodando.

—Melany, fala comigo!- pedi enquanto íamos até a moto, que estava do outro lado da rua.

—O que quer que eu fale?-perguntou ela.

—Sei lá!- falei ainda incomodado- No que você está pensando?

—Estou pensando em como seria ter filhos.- parei de andar surpreso com a resposta dela, ela havia continuado um andar mais logo parou e olhou pra mim.- Qual o problema?

—Você quer ter filhos?-perguntei.

Geralmente nós, meios sangues, não queremos ter filhos por conta dos perigos que temos de correr, e o fato de Melany querer ter, me assustou bastante.

—É claro que eu quero ter filhos!- falou ela.

—E por que você está pensando nisso agora?- ela deu de ombros.- Só pensei.- ela parecia realmente querer isso, olhei para o chão para pensar. Suspirei e olhei para o lado, para a vitrine de uma loja ao meu lado. Ela ainda estava aberta, encarei o anel de ouro com uma grande pedra de rubi em cima, e então tudo passou pela minha cabeça como um fleche.

Eu e ela batalhando juntos, ela me ajudando a subir as escadas , o encantamento dela com a minha casa, ela ao lado de minha cama após o ocorrido com a poção de Afrodite, nossos beijos, tudo passou diante dos meus olhos a partir daquele anel.

Eu havia chegado a conclusão de que Melany era tudo que eu tinha, então porque não garantir que ela fosse minha?

Sabia que estava sendo precipitado, sabia que namorávamos a muito pouco tempo. Mas do jeito que as coisas estão, talvez seja bom eu ser precipitado.

—Melany!-voltei meu olhar para ela.

—Sim?

—Tem uma padaria bem ali na esquina, ela só fecha as oito, vai lá e compra pão para o café da manhã de amanhã.

—Tá legal!- dei o dinheiro a ela, quando a vi entrar na padaria, entrei o mais rápido que pude para comprar o anel.

Será que ela vai aceitar essa loucura?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, é eu sei esse cap ficou meio grande mais espero que tenham gostado!!
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