Papai Por Encomenda escrita por Bea Maciel


Capítulo 5
Guarda Provisória


Notas iniciais do capítulo

Hey galerinha, como vocês estão? Meu ano novo foi ótimo, e o de vocês?
Pesquisei um pouco sobre o assunto do capítulo, então espero que apreciem a leitura.
Vejo vocês lá nas notas finais, ok?
Enjoy...



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Os meses passaram-se rapidamente na casa do jovem escritor, e assim logo se completaram dez meses que a pequena estava com ele. Há poucos minutos havia recebido uma ligação de Marlene dizendo que ele havia conseguido a guarda provisória da menina, e a partir daquele momento ele teria uma chance de conseguir registrar Charlie como sua filha. Remus saiu apressadamente de casa e deixou a pequena com Sirius a fim de ir até o tribunal, afinal precisava assinar alguns papéis. Marlene o aguardava no local, e antes de terem liberado a guarda provisória, ele precisara comparecer ao tribunal por algumas vezes, a fim de declarar tudo o que ocorrera desde a noite em que a pequena foi encontrada na soleira de sua porta, e também teve que afirmar que queria a guarda da menina. Marlene como sua advogada apresentou os fatos que ela havia recolhido, porém só a carta que a pessoa deixara com o bebê, de que a mãe da menina estava morta, já havia ajudado em boa parte, e assim mandaram que esperassem. Cerca de alguns meses depois que a advogada entrou com o pedido da guarda, e das audiências, foi que o Juiz decretou a guarda provisória, e era isso que ele precisava fazer ali, naquele dia: assinar os papéis.

***

Sirius não sabia ao certo o que Charlotte queria. A garotinha estava esperneando no berço, e ele apenas chegava perto, ela o encarava, o choro cessava por alguns instantes e ela chorava novamente. Passou as mãos pelos cabelos molhados, não sabendo o que fazer, nem sempre ficava olhando-a. Não sabia o que fazer, Remus havia deixado o bebê sobre os seus cuidados, e ele não sabia cuidar dele mesmo, imagine de um bebê!

– Por Merlin, Charlie, não chore, por favor! – ele implorou chegando perto da menina pela terceira vez consecutiva.

Ele então a pegou no colo, e começou a acalentar a menina, a fim de ela parar com o choro, porém não foi isso que aconteceu. Chorou ainda mais, e o moreno não sabia mais o que fazer. O que era mesmo que Lupin fazia quando ela chorava?

Sirius se arrepiou ao pensar naquilo. Não, ele não iria precisar trocar a frauda dela, definitivamente ele não servia para isso! Portanto logo chegou à conclusão de que não era isso, ela estava limpa. Nunca agradeceu tanto a Deus por isso.

– Ok, bebê, se você não está suja, o que você quer? – perguntou a olhando – Fome? Sede? Seria tão fácil se você falasse – disse e saiu do quarto dela, com a garota ainda chorando, e desceu as escadas, a procura de um telefone. Porém parou quando começou a discar o número.

Deu um longo suspiro. O que Remus ou até mesmo Marlene pensaria dele caso ele ligasse para alguém lhe ajudar? Será que ele não saberia cuidar nem de um bebê pequeno e indefeso? Esse era o grande problema, era pequeno! Droga!

Seguiu então para a cozinha, e colocou a garotinha em sua cadeirinha, para vigiá-la enquanto esquentava a água para fazer a mamadeira dela. Mas Charlie ainda permaneceu chorando, principalmente quando ele a pegou no colo e levou consigo, com a mamadeira dela nas mãos dele.

Sentou-se no sofá e se ajeitou, logo depositando o bico da mamadeira na boca de Charlotte, e assim o bebê sugou o leite como se aquela fosse a sua meta de vida. Sirius apenas apreciou a cena sorrindo. Ela estava com fome. Ele a fizera parar de chorar.

***

Enquanto a felicidade reinava na casa de Lupin, a ruiva estava indo visitar sua amiga pela terceira vez na semana, e ela sabia que o estado da loira era quase lamentável, o acidente de carro a fizera ficar em estado vegetativo, e o pior sua filha estava desaparecida.

James tentou explicar a Lily que a policia iria atrás da criança, porém a mulher não se sustentou com isso, ela tomou a dor da mulher para si, e sempre se imaginava no lugar dela. E se fosse com ela? Como estaria sua vida agora?

Suspirou no momento em que entrou no quarto da amiga. Olhou-a e andou até a cama, e assim passou as mãos cuidadosamente pela testa da menina. Mesmo após meses a aparência de Dorcas era horrível, a loira ainda tinha alguns hematomas, porém algumas coisas já haviam voltado como eram antes. Ossos fraturados estavam quase no lugar. O que preocupava os médicos era o fato de ela não acordar, nem mesmo deu um sinal de vida em tantos meses. Caso continuasse assim ela acabaria indo para uma casa de repouso, assim seria melhor tanto para ela, quando para James e Lily que sempre visitavam a amiga.

A ruiva deixou uma lágrima cair, e assim acariciou os cabelos loiros da amiga.

– Doe, preciso tanto que você volte, não sabe como as coisas estão difíceis por aqui. – suspirou pesadamente – E sua menina, você não imagina, espero realmente que um dia me perdoe...

A mulher então chorou, sabia que a amiga não melhoraria tão cedo, há não ser por um milagre, mesmo visitando-a sempre, ela nunca tinha tido uma melhora. Não aguentando tudo aquilo, deixou o quarto, com a promessa de que ainda voltaria naquela semana. Assim foi até a cafeteria do hospital, precisava de um café, bem forte. Chegando ao local, viu alguém que jamais acreditaria que veria tão cedo.

– Alice! – exclamou andando em direção a velha amiga do colégio e a abraçando – Meu Deus, por onde andou?

– Lily! – a morena retribuiu ao abraço – Estava chorando? – perguntou assim que se desfez do abraçado com ela – O que houve?

– Não quero lhe preocupar com isso Lice, não é nada.

– Sério Lily, conte-me, talvez você melhore – e assim guiou a amiga até uma das mesas e pediu dois cafés.

– Lembra-se da Dorcas? Ela estudou conosco no colégio. – começou a falar quando a morena assentiu – Ela sofreu um acidente de carro há quase um ano, e está de coma desde então. – suspirou – E ela tinha tido uma menina, uma criança linda, porém precisou ir a cidade vizinha, e nesse tempo um caminhão entrou na frente do carro, ela não conseguiu desviar, e sofreu um terrível acidente. – explicou tudo rapidamente.

– Meu Deus! – exclamou –

– E o pior, ela tinha tido uma criança, era linda.

– Era? – perguntou -

– Sim, eu não a encontrei! Dorcas a deixou com uma prima e a mulher sumiu do mapa, junto com a menina! Sinto-me tão culpada por causa disso. – disse a Alice – Talvez se tivesse me oferecido a ficar com o bebê, não teria acontecido nada, e ainda teria a sua filha. – colocou as mãos no rosto – Como, como vou explicar o que aconteceu quando ela acordar? Eu não sei se vou conseguir Lice...

– Calma Lily, vai dar tudo certo, se você quiser estarei ao seu lado quando ela acordar. – tirou as mãos do rosto da mulher e colocou-as na sobre a mesa a apertando de leve.

– Não... – e assim a morena a interrompeu, indicando que ela realmente faria aquilo - Obrigada, Lice mesmo. – olhou para a amiga e deixou um sorriso fraco escapar.

Então as duas ficaram ali conversando por um longo tempo, sobre a vida das duas. Neville. Harry... O casamento das duas. Porém tudo rapidamente, em poucas palavras. Até o momento em que Alice teve que ir embora, afinal tinha que voltar ao trabalho.

– Vai dar tudo certo, ok? – abraçou a amiga antes de ir – Vamos nos falar em breve, afinal quero ver seu filho, Harry, novamente – sorriu e foi embora.

Lily ficou ali por mais alguns minutos bebericando seu café, e logo pegou as chaves do carro dentro da bolsa e seguiu para o estacionamento, precisava buscar seu filho na escola.

***

Remus e Marlene seguiram então para a casa do moreno assim que resolveram tudo o que precisavam.Lupin estava ciente de que iria uma assistente social a cada duas semanas, para saber como a pequena estava sendo tratada, e tudo o que envolvia aquele processo de adoção.

No momento em que os dois pisaram dentro da casa dele, viram uma cena um tanto quando inusitada. Charlie estava dormindo, sobre o peito de Sirius, enquanto o outro assistia a televisão. Sorriram observando a cena, e o Black ficou extremamente feliz quando Marlene elogiou o seu grande trabalho como babá. Se ela soubesse como a garotinha havia dado trabalho!

– Obrigado, Mckinnon – agradeceu – Agora, Remus, tem como tirar sua filha de cima de mim? Eu fiquei com medo de que ela acordasse. – o escritor riu, e foi até o amigo, pegando a menina em seu colo, e com todo cuidado, subiu as escadas com ela, colocando-a no berço.

Logo voltou e sorriu para o amigo, dizendo:

– Obrigado por olhar Charlotte, hoje foi um dia importante.

– Não foi nada – deu de ombros – O que você precisou fazer que saiu com tanta presa?

– Ele conseguiu a guarda provisória de Charlotte – Marlene entrou na conversa.

– Sim! E desculpe o imprevisto, sei que nunca deixei Charlie com você sem alguém estar por perto, mas precisei disso, e parece que se saiu bem. – deu alguns tapinhas amigáveis no ombro de Sirius. – Obrigado, mesmo. – e foi abraçar a amiga – E obrigado Marls, por tudo, sei que é a guarda provisória, porém isso já é um bom caminho.

– Não é nada, Rem, mesmo, todos fomos cativados por Charlie, e farei de tudo para ela ficar contigo!

E assim eles mostraram os papéis para o Black, que estava querendo saber como era esse processo todo, e entendeu bastante a real importância daqueles papéis, mesmo com eles falando pouco. O Lupin então avisou ao amigo que uma assistente social apareceria dali a alguns dias, e Sirius sorriu.

– Tomara que seja uma morena gostosa.

– Você não vai dar em cima da assistente social, certo? Pelo amor de Deus, Sirus, não faça isso, ok?

– Relaxa Reminho, não farei nadinha, nada que ela não quiser.

E assim os amigos só ouviram o barulho da porta. Remus o olhou e o Black deu de ombros.

– Eu sei o que eu faço, acredite – e começou a subir as escadas.

– Sei disso, Pads, e esse é o maior problema. – suspirou e foi até a cozinha, precisava preparar as coisas para a festa que daria no dia seguinte. Afinal precisavam comemorar o um ano de Charlotte. E ele ligaria para os Longbottom e para Mckinnon para que eles comparecessem.

***

Conforme as horas passaram, logo o sol raiou no horizonte e um fiozinho de luz adentrou pelo quarto do lupino. Ajeitou-se, e arrumou Charlotte em uma roupinha que Alice dera para ela na última vez que se viram, a menina ficou linda, e ele não pode deixar de colocar um lacinho em seus poucos cabelos.

A tarde não tardou a chegar e assim os amigos se juntaram na casa de Lupin para comemorar o aniversário de um ano de Charlie. Mesmo não sabendo a real data do aniversário da pequena, Remus decidira comemorar naquele dia, talvez não fosse mesmo o dia em que ela nascera, mas para ele, era. Afinal ela deveria ter por volta dos doze meses, e no dia anterior, em especial tinha ganhado sua guarda provisória, e nada poderia ser melhor do que essa maravilhosa data.

Alice, Frank e o pequeno Neville compareceram, o menino era um pouco mais velho que Charlie, porém era quietinho, quase não notavam sua presença, mesmo sendo um bebê, era raro as vezes que dava trabalho ao casal.

Marlene chegou um pouco atrasada, e assim a pequena comemoração deu início. Sirius apareceu após algum tempo, e foi brincar com os dois pequenos que estavam no centro da sala, brincando com alguns brinquedos da própria Charlotte. Ele ficou ali por algum tempo e depois trocou com Marlene que decidiu olhar as crianças por um tempo.

Logo todos se reuniram na sala, assim observando Charlie e Neville.

– Sabe quem eu encontrei ontem no hospital? – Alice disse enquanto observava os pequenos –

– Quem? – Marlene perguntou e entregou um brinquedo a Charlotte.

– Lily. – suspirou

– Mas ela tinha sumido, Merlin ela está bem? – Mckinnon perguntou preocupada.

– Sim, ela está ótima. – sorriu fraco - Mas ela me contou uma coisa que não sei, fiquei triste pela pessoa.

– Merlin, Alice, o que ela disse? – a loira tornou a perguntar – É algo com James? Com Harry?

– Sim, os dois estão ótimos. – disse rapidamente – Mas vocês se lembram da Dorcas?

– Eu me lembro, Remus teve uma queda por ela, mas creio que já superou...

– Ok, ok, Black. – Lupin disse rapidamente – O que tem ela, Lice?

– Dorcas sofreu um grave acidente de carro há quase um ano e desde então está em coma. – disse baixinho e um silêncio percorreu toda a casa – suspirou – E o pior de tudo, no dia do acidente ela deixou sua filha dela com uma prima, e parece que ela fugiu com a menina.

O silêncio permaneceu durante algum tempo.

– Dorcas tinha uma filha? – perguntou Remus.

– Pelo que parece, sim. Mas não sabem do paradeiro dela desde o acidente, e segundo Lily ela está tão debilitada.

– Ela se casou? – o lupino tornou a perguntar.

– Não sei Remus, não perguntei isso a ela, desculpe, mas se está tão preocupado, visite-a qualquer dia. – sorriu olhando para ele. –

– Hã...

– Que tal cortarmos o bolo? – Sirius disse se levantando, e assim todos concordaram principalmente o escritor.

E seguiram para a cozinha. Remus perfurou o bolo com a vela, e a ascendeu. As crianças ficaram maravilhadas com as chamas, e assim o moreno pegou sua filha no colo ficando de frente ao bolo. Cantaram o tão esperado “parabéns pra você”, e a pequena e seu companheiro, Neville, começaram a rir, cativando a todos, enquanto as palmas eram batidas e a música era cantada.

Serviram o bolo, e todos comeram em silêncio, até mesmo os pequeninos degustaram um pouco da sobremesa, mas claro, com moderação. Como sempre acontece em festa, cortar o bolo é como uma retirada, e logo todos foram embora. Sirius então foi para seu quarto, e Remus deu um banho em Charlotte para a menina dormir, logo cantando canções de ninar, até a pequena dormir. Colocou-a no berço.

Assim tomou um banho rápido, e deitou-se na cama, porém acordou com o choro de sua menina no meio da madrugada, e a trouxe para dormir consigo. Suspirou assim que viu que Charlie adormecera e dormiu também. Aquele ser tão pequenino que mexia com todos, e alegrou-se ao se lembrar que Charlotte algum dia teria sua guarda definitiva, e assim seriam uma família, ele e Charlie.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Sirius cuidando da Charlie?
A guarda provisória?
Meu Merlin muita coisa vai rolar nessa fanfic ainda, já estou trabalhando nos próximos capítulos, ok?
Bem, espero realmente que tenha gostado do capítulo,e tenham tido uma boa leitura.
Entãooo galerinha, vamos comentar, afinal um escritor adora continuar quando vê que sua obra está dando certo, ok?
Vi que teve mais visualizações de capítulo do que reviews, mas tudo bem, espero que comentem mais, assim posto cada vez mais rápido, ok?
Postei uma one, pequenina, mas quem quiser ler: http://fanfiction.com.br/historia/456961/Broken_Promise/
Até logo,
Beijos Luna



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